Em recuperação possível, em PSD representativo
da alternativa que foi em tempos, o país actualmente acomodado - como também lá
pela Rússia (salvo os devidos contrastes no que toca às ambições, é claro) -
mas crentes ambos no “paizinho” que resolve os problemas estruturantes do estar
na vida, acomodados nós com o poucachinho das sobras distribuídas, ainda que
vindas de fora não se sabe por quanto tempo mais, o país não quer largar aquele
que lhe estende o osso, sem grande esforço, que é o senhor do PS, que também
quer o seu osso, embora à escala de tacho… Há comentadores do excelente e nobre texto
da MJA que argumentam com perspicácia… Mas a Maria João ainda está aferrada àqueles
tempos, significativos de ambições mais ligadas ao sentido pátrio… Só no
futebol, contudo, é que ele permanece, que é onde se canta “A Portuguesa”, mas
mesmo essa por obrigação, com pouca firmeza, digo-o com desgosto.
O melhor partido da alternativa ou o maior da oposição?
O eleito do PSD só abrirá um novíssimo
ciclo político no centro e na direita se adubar cada ramo da grandíssima árvore
reformista que o país precisa de ver crescer.
OBSERVADOR, 25
mai 2022, 00:2018
1Mais
ainda do que indispensável, a eleição do próximo líder do PSD é em si um
acto político seriíssimo. Mais do que uma escolha, uma oportunidade, uma
rotina ou até um hábito — quantos anos já leva o PSD destes psicodramas? — não
é disso que se trata. E não é um psicodrama. Nesta
particular ocorrência, neste particular tempo histórico, neste particular
xadrez partidário em que se transformou o espaço á direita do PS, trata-se do
país (mesmo que não pareça).
E
não sendo nada indiferente votar em A ou em B (já lá vou), o que interessa é
saber se as costas do vencedor serão suficientemente fortes para carregar a
pesadíssima mochila da alternativa. A equação é naturalmente a única que
serve esta eleição: ou o PSD deixa de ser o inconvincente e inoperante
maior partido da oposição para passar a ser o melhor partido da alternativa, ou
nada feito.
Ou
faz o obrigatório “dois-em-um” pelo qual se espera há anos — 1) olhar para dentro de si mesmo e perceber o que
vê; 2) abrir uma janela para deixar entrar o “outro” ar de que precisa para se
reconstruir – ou nada
feito.
Nada feito em lugar algum — nem no recomendável equilíbrio da vida democrática do
país; nem no centro e na direita; nem no próprio PSD que passará a ser uma
memória em vez do motor de arranque das carruagens que terá que conduzir. Ou alguém está a ver hoje, ou daqui a dois anos,
ou seja quando for, a Iniciativa Liberal, o Chega, ou o CDS quando ressuscitar,
a liderarem o centro-direita e a direita em Portugal? Ninguém, pois não?
2A corrida do PSD só poderá marcar,
interpelar, mudar, se souber travestir-se na corrida da alternativa e não em
mais um galope para nova liderança. O enésimo galope.
Não há confusão possível entre a
natureza, a importância e o desafio de eleger um presidente e meia dúzia de
tenores e a eleição de rumos capazes de inconfundivelmente conduzirem a outra e
melhor rota alternativa. A empreitada, é
certo, exige a abertura de (muito) hostis e duras frentes de combate e por
isso, não destinadas a qualquer um: da compreensão da crucial indispensabilidade
de reformas ao cumprimento escrupuloso do
mandamento número UM que tem de ser o crescimento
económico — único
decisivo instrumento capaz de colmatar persistentes desequilíbrios e domesticar
um fisco imoral — até à reconfiguração do Estado, da sua populosa
administração, da sua selvática burocracia, nada é fácil. Nem consensual e ainda menos popular. O PS pouco
(ou nada?) fez, o PSD foi destreinado, fizeram-no esquecer que era convicto e
que foi um grande reformador.
Infelizmente porém o estado da arte reclama mais que prioridades acertadas e
destemor reformista. Reclama
por exemplo que o próprio PSD perceba que só sobreviverá como grande partido se
mostrar na eleição que é o primeiro a perceber a relevância que tem para o país. Sim, há um governo e uma maioria parlamentar que
garantirão alguma estabilidade em algumas políticas. Mas não nos iludamos, o PS parece-nos sempre mais interpelado pelo hoje do
que pela sustentabilidade do amanhã.
Como se o futuro estorvasse a governação ou destoasse das suas prioridades
partidárias. Convinha que o PSD se mostrasse à altura do futuro sem o
disfarce de uma trivial demagogia ou de tiradas ocas. Caso contrário baixaremos de divisão mais depressa e
por mais tempo.
3Falando
da sociedade portuguesa, que dizer dos cânones ditatoriais com que um conjunto
de minorias – aplaudidas de pé pelo politicamente correcto e trazidas ao colo
da media – querem formatar mentes e almas a começar logo na escola publica? Forçando
uma permanente revisão da história, impondo adulterações sobre o passado?
Introduzindo matérias descabidas nos currículos que chocarão mais que
elucidarão alunos de 8 e 9 anos? Humilhando dentro mas também fora da escola o
exercício da autoridade e fazendo dela o mais timorato e envergonhado dos
exercícios?
De caminho vão-se abolindo valores com
a ficcionada mas obscena acusação de que são racistas, fascistas ou etc, como
ouvimos apregoar com insuperável rancor (para além da flagrante falta de senso
e verosimilhança). Qualquer dia há tantas falhas tectónicas no chão da nossa
sociedade que deixará de haver chão.
Dir-se-á
que no país, na sociedade, nas comunidades, há males, deformações e aberrações
vistas como de fora do perímetro de acção de um candidato partidário. Ou que levarão o cidadão comum a pensar não ser
esse o combate ou o “trabalho” político que norteia ou“recheia” uma candidatura
partidária.O que julgo é que em tão baixa maré, só o PSD – dispenso-me
de explicar porquê – pode e deve sinalizar também a sua preocupação face ao que
tal baixa maré vai deixando à vista. De novo é capaz de não ser popular, não
dar votos, não trazer glória mediática. Pior será porém este silencioso e
desistente contemporizar com uma sociedade e seus societários que comem tudo o
que se lhes dá (e muitos ainda louvam os cozinheiros por tão indigesta
gastronomia).
4E
os candidatos? Jorge
Moreira da Silva tem currículo mas não tem liderança, esmorece as
plateias; o melhor
do PSD contou com ele com gosto (embora algum desse “melhor” pareça ser hoje
para ele um estorvo mais que ter sido um serviço ao país). A sua muito natural
ambição de liderança é, sabemo-lo, já antiga. Nunca conseguiu concretizá-la por
falta de apoios. Chegaram agora de supetão, na bandeja do rioismo. Moreira da
Silva pesou essa cabazada de votos, saiu de um bom lugar internacional
(chapeau!) e avançou. Fez bem, a política precisa de decisão e dádiva numa
candidatura, mesmo se no seu caso, muito servida pelo uso de uma “linguagem” de
funcionário internacional (como estará o PSD a lidar com isso?). Tendo Moreira da Silva justamente muito a haver com
uma grande parte do universo do PS ao nível das afinidades europeias — agenda,
metas, circulação de informação, bastidores, preocupações, objectivos — tem
concedido ao Chega a importância que ele não tem. Mas isso seria o menos. O mais é que ao longo da
campanha o candidato nunca pareceu incomodado por aí além com a soma dos
nefastos erros e males políticos que vinham atrelados aos votos rioistas. Terá havido
porventura quem tenha ficado esclarecido. Melhor assim.
5É suposto que Luís
Montenegro tenha maiores e mais sólidos apoios internos que o seu
rival. Mas os
“supostos” são sempre desaconselháveis em política. Não há como ela para
esbanjar surpresa. Que Luís
Montenegro foi assertivo e combativo na difícil liderança da bancada
parlamentar do PSD+CDS do tempo da troika, não foi “suposto”, foi uma realidade. Sucede que
a indiscutibilidade de Passos Coelho, como líder do PSD e chefe do
governo, tornou-lhe a tarefa menos penosa: havia um maestro que dirigia
instrumentos e instrumentista. Hoje Montenegro está entregue a si mesmo, é
nessa responsabilidade e nessa exigência que reside tudo: será capaz? Sou
incapaz de dizer.
Talvez tenha aprendido. Como aprendeu
a não se comover com a media e ainda menos a depender dela. Ou a saber resistir
— até aqui pelo menos – a não se deixar capturar pela imposição das agendas ou
dos clichés da espuma dos dias. Não é mau sinal. Chega? Também não sei (nunca
sou optimista em política).
6Tudo isto que não é pouco se torna
ainda mais duro, hostil, complexo, quando se sabe, repito, que é necessária
riqueza no país. Mais rejuvenescimento, educação, equilíbrio. E, também repito,
menos fracturas civilizacionais abertas pelo que de demencialmente irracional é
lançado todos os dias sobre o comum de atónitos cidadãos. Impossível
tarefa? Admito. Com a dimensão que por um lado atingiu a hegemonização do PS no
país e por outro com a imposição dos credos vigentes, a tarefa pode ser
inglória. É porém incerto que o seja. Verdade é o longuíssimo, certamente exaustivo e
provavelmente desanimador caminho de pedras que se abrirá ao candidato
vencedor. E lhe exigirá por isso um alto grau de exigência e resistência e
claro uma oposição sistemática e não a tibiamente avulso. Ah! e lhe reclamará ainda essas boas maneiras cívicas
face às previsíveis (e armadilhadas) mentiras que serão semeadas a eito — pelo
poder, pela media, pelos interesses, pelas redes sociais, pelos fortes, os
fracos, os oportunistas – no chão da democracia. Fora de portas também há estas
sementeiras. Mas é intramuros que estamos.
Seja como for, mais ou menos
complexo, mais ou menos longo, o próximo eleito só abrirá a porta de um
novíssimo ciclo político no centro e na direita se adubar cada ramo da
grandíssima árvore reformista que o país precisa de ver crescer. Eu sei, o
povo, os militantes, os eleitorados, os portugueses, abominam reformas. Saberão
que se elas não ocorrerem e se não se inverter esta marcha humilhante,
ficaremos ainda mais miseravelmente hegemonizados por décadas?(hegemonizados
e não mexicanizados, conforme a meu ver se tem erradamente apontado e hei-de
voltar a isto em breve).
Talvez
conviesse não esquecer – aos interessados, claro – que uma baixa expectativa é sempre uma desistência acomodada.
Digo
isto para lembrar que ao contrário dos snobs intelectuais que se enjoam com o
PSD e dos “cultos” que o pretendem arbitrar, quem se desqualifica diariamente
com este andar da carruagem é o país, mais que o PSD. E claro, quem se
menoriza, numa inoperância envelhecida e resignada é o regime democrático.
Mal
servida pátria esta.
* As “autoridades” estão refasteladas
no turismo que voltou. Eu não me embriagaria com tão pouca garantia de futuro —
digno desse nome, claro – e basta pensar na população jovem que se esforçou e
estudou. Que solidez ou valor acrescentado há no aparente amparo de hotéis e
esplanadas cheias enquanto as empresas que produzem riqueza estão a meio gás
(ou talvez a agonizar agora que acabam moratórias e apoios?).
COMENTÁRIOS:
Joaquim Rodrigues: O grande drama do PSD e do país foi o assassinato de Francisco Sá Carneiro
(FSC). Depois de muitos golpes, cisões e traições várias (Opções Inadiáveis)
quando FSC conseguiu correr com uns, desmascarar outros, neutralizar mais uns
quantos e, finalmente, criou condições para “liberalizar e descentralizar”, foi
assassinado e nunca mais o PPD/PSD foi o que era. A vida do partido passou a
ser marcada pela contradição entre o legado "ideológico" do seu
fundador, representado nas bases do partido (nos pequenos e médios empresários,
nos pequenos e médios agricultores, nos profissionais liberais) e as ambições e
interesses de uma elite centralista de barões e baronetes encostados ao Estado,
ao Orçamento de Estado e às benesses do Estado que, com pequenas intermitências
(como foi exemplo Passos Coelho), sempre foi conservando, no essencial, as rédeas
do poder, dentro do Partido. A questão está em saber se haverá alguém que
consiga retomar o Programa Político de Sá Carneiro, o qual mantém toda a
actualidade, e se, nesse caso, o PPD/PSD ainda hoje tem vitalidade para liderar
a luta pela “libertação da sociedade civil” e pela “Desestatização
(Liberalização) e Descentralização (Regionalização)" desbancando da mesa
do orçamento os "oligarcas da corte” que, salvo raras excepções, seja com
os Sócrates, os Costas, os Durões ou os Santanas, sempre mantiveram o
“controle” do poder. Uma vez liberta a economia nacional das sanguessugas que a
tornam anémica, teremos condições para enfrentar com êxito os desafios do
desenvolvimento e da democracia e para nos tornarmos um país europeu
verdadeiramente democrático-liberal, capaz de se desenvolver.
Temos de
exigir que os responsáveis políticos ponham as Universidades Portuguesas a
Estudar a “Reforma do Estado” e a forma de distribuir Funções e Competências, à
luz do "Princípio da Subsidiariedade", pelos níveis Central, Regional
e Local e o "Sistema de Relação" entre os três níveis de Poder, nos
vários sectores de actividade e da vida nacional, de forma a optimizar a
aplicação de "políticas públicas", reduzir o peso do Estado na
Economia e garantir a efectiva "libertação da sociedade civil" e uma
maior participação democrática dos cidadãos nas coisas da Governação, como
defendiam Sá Carneiro e Lucas Pires. O “Estudo da Reforma do Estado e da Regionalização” tem que definir
exactamente o âmbito da Reforma, descrever com todo o rigor qual é o “Edifício
Existente” a reformar e qual o “Edifício substituto a Construir”. Quando se partir para um
Referendo à Regionalização, estas questões têm que estar muito bem estudadas e
esclarecidas e os cidadãos têm que saber exactamente o que está em jogo quando
forem votar. Não pode ser feito é um Referendo às "escuras", como pretende
Marcelo, o principal candidato a "Coveiro Número Um", contra a Constituição,
da Regionalização. Luís Montenegro é, de longe, o
candidato que mais garantias oferece para a concretização das Reformas de que o
País necessita.: Patricio
Guerreiro: A Politica em
Portugal está mais interessante porque o sistema já não domina todo o baralho
de cartas, e a queda do PSD de 2º Partido vai ser uma prova clara disso. As
mudanças em Portugal já não levam largas décadas para acontecer, bastam-lhe
alguns Anos. Por toda a Europa grandes partidos caíram, agora vai ser a vez do
PSD. Portugal a entrar na normalidade Politica, que já vem tarde! Conta calada:
Está a falar do
PPD ou do PSD? Querem continuar com a burla. Joaquim Rodrigues > Conta calada: Burla é mesmo você! Pode ser PPD, pode ser PSD,
pode ser PPD/PSD, pode ser a PQOP. Que é que isso lhe interessa? O que é que você tem a ver com
isso? Vá-se mas é tratar com aquelas "mezinhas"
que o Putin costuma dar.
Paulo Silva > Conta calada: E o Centro Democrático e
Social, não será outra burla?… Ou será bullying em vez de
burla!?... Como diz André Ventura, isto já não vai lá só com reformas…. Alberico Lopes > Joaquim Rodrigues: Apoiado!
Miguel
Ramos:PSD é mais do mesmo, na prática uma espécie de PS. Quer o poder e não tem
coragem de afrontar as mesmas clientelas do PS, sem pendor reformista e sem
rumo. Pelo menos nos próximos meses vamos ser os melhores da Europa em
crescimento do PIB, mais uma oportunidade para não olhar para o futuro
(sombrio) do País.
Miguel Abecassis: Parabéns Maria João, pela clareza cristalina do seu
texto. Tenho dúvidas que qualquer dos candidatos tenha a força anímica
indispensável para tirar o PSD da modorra em que se encontra. Nenhum consegue
chegar aos calcanhares dos três lideres que antecederam o rioísmo, e pena é que
Pedro Passos Coelho não queira retomar a iniciativa. Olhando para todos os
lados não vejo ninguém que possa assegurar uma liderança sustentável e que, nas
próximas eleições consiga alcançar um entusiasmo para ser levado aos ombros
para as ganhar. E precisa, especialmente, demonstrar a coragem que, tendo
sucesso, chegue para derrotar o conformismo que se apoderou desta pobre pátria advoga diabo: Enquanto personagens como MJA e
as suas grandíssimas árvores reformistas,
uma cajadada em dois coelhos, a credibilidade e os candidatos, não se calarem,
o PSD vai continuar a definhar de velho! Graciete Madeira: Excelente texto. Filipe
Paes de Vasconcellos: Procura-se: 1. Melhor candidato para derrotar António
Costa 2. Melhor candidato para derrotar António Costa 3. Melhor candidato para derrotar António Costa 4. O melhor candidato para derrotar António
Costa 5. O melhor candidato para
derrotar António Costa. O PSD, e os seus
militantes quando votarem, tem de pensar muito bem se quer ser relevante a
Portugal e aos Portugueses , ou se quer definitivamente passar à irrelevância
total e completa em que Rui Rio o colocou . Moreira da Silva quando perguntado em quem votava, se entre o CHEGA e o BE, reponde sem
hesitação BE definiu-se como um político híbrido o que é tudo o que o PSD tem
de deixar de ser. O grande PSD que conheci e ajudei a crescer nunca foi
acobardado e acomodado e sempre falou para os Portugueses com rasgo, coragem
e vontade de romper. Alberico
Lopes > Filipe Paes de Vasconcellos: O Moreira da Silva disse que
votaria no BE? Essa não a conhecia eu! O meu voto ficou agora decidido!
Obrigado!
João Floriano: Não posso concordar com MJA
quando minoriza o CHEGA. No Parlamento paupérrimo que temos, os 11 deputados do
CHEGA são a única voz da oposição. Bem podemos esperar pelas reformas que nunca
irão chegar. A maioria concedida a António Costa, o delicado momento
internacional com a guerra da Ucrânia, a inflação e mais Covid são motivos mais
que suficientes que adiam qualquer ímpeto reformista para as calendas gregas ou
sem citações eruditas para o dia de S. Nunca à tarde. Tudo parado no Mar dos
Sargaços, a não ser a caravela wokista que navega de velas cheias enfunadas
pelo vento. Quanto aos dois candidatos à liderança do PSD, nenhum merece o meu
entusiasmo. Nem alternativa, nem oposição. Carlos Quartel: Penso que é hora do PSD pensar
seriamente na hipótese de desaparecimento. Um historial de traições e intrigas,
num partido de meias tintas, que, com Rio, agravou a sua irrelevância, incapaz
de apresentar um projecto de governação claro, com planos concretos para a
educação, para a justiça, para a saúde, para a defesa, etc de modo que o
eleitor fizesse uma ideia daquilo que se pretende. O debate é reconhecer ou não o
Chega, quando se convive comodamente com PC e BE, partidos comunistas
declarados, portanto anti-democráticos por natureza. Assim não vamos lá, tempo para
outros ...... Domingas
Coutinho: Como sempre,
gosto de ler as sua crónicas Maria João. Já se sabe que a tarefa do futuro
líder do PSD é dura mas quem gosta de desafios tem agora uma excelente
oportunidade sobretudo como diz e bem “o PS parece-nos sempre mais interpelado
pelo hoje do que pela sustentabilidade do amanhã como se o futuro estorvasse”.
Mas o caminho faz-se caminhando e o País precisa de um PSD forte e reformista e
que fale para tantos jovens, os que cá ficaram e os que tiveram que emigrar,
que estão ensanduichados e sem esperança. Carlos Silva: Cara MJA, Não dá para "inventar". Repare, caríssima, o CHEGA não
foi "parido" por mero acaso. Pense nisso!
Carlos Chaves: Caríssima Maria João, cada um
no seu tempo trouxe um PSD que serviu para o avanço da democracia do progresso
e do bem-estar dos Portugueses falo de Francisco Sá Carneiro, Aníbal Cavaco
Silva e Pedro Passos Coelho. Todos eles conseguiram mobilizar o eleitorado com
as suas ideias e propostas politicas, muitas vezes em choque com o próprio
aparelho PSD! Todos eles avançaram com reformas essenciais para ainda podermos
dizer que vivemos numa sociedade livre, democrática com iniciativa privada e
com um Estado regulador e não controlador no que respeita à economia. Não é
necessário reinventar a roda, um PSD com este lastro tem obrigação de continuar
este trabalho para bem dos Portugueses e de Portugal. Se não for capaz, isto é,
se não aparecer um líder com as características dos anteriores referidos, em
política as alternativas surgirão. Paulo Silva: Ao fim destes 48 anos de IIIª
República a conclusão a que se pode chegar é que o que nasce torto jamais se
endireita. Parece ser a sina do país, do regime e em particular do PPD/PSD
fundado no prec pelo liberal e democrata Francisco Sá Carneiro. Um outro cronista
escreveu aqui que foi a 3ª bancarrota pré-anunciada responsável pela mudança do
paradigma político, (que vai favorecer a hegemonização da esquerda e do PS por
muitos e bons anos). Concordo. Aproveitando o ensejo e por causa dele - a crise
- Passos Coelho tentou ‘Mudar’ o estado de coisas, mas acabou corrido pelo
golpe palaciano das esquerdas unidas, e o PSD entrou em convulsão. Se calhar
tinha de ser mesmo... Nota: é bom verificar que a cronista já percebeu que
um dos desafios que as sociedades ocidentais enfrentam consiste naquilo que na
sua linguagem é o “ficar sem chão”. Algo a que o candidato Moreira parece
talhado para não reconhecer... mas tanto se me dá.
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