E as ocasiões nunca se devem perder, tais
como as verdades, que são para se dizerem. Por isso, lembrei-me duns versos de Tomás Ribeiro, que tinha perdido da memória, desses
tempos em que as antologias escolares eram apenas um repositório de textos, e portanto
também continham os textos do nosso ultra-romantismo. E a bendita Internet
trouxe-mos de volta, para eu poder dedicá-los ao nosso PR, que mos fez
lembrar. Pertencem ao poema “A Judia” de Tomás Ribeiro - cujo “D.
Jaime” existia na
estante do meu Pai, livro que eu li e que me levou a recordar versos tais como:
“Um dia numerosa cavalgada / Apeia-se ao
portão…… ou “O senhor D. Martinho de
Aguiar? – Eu sou, lhe diz o ancião…” ou mesmo a “Dedicatória” a Portugal, desse seu patriótico livro: ”Meu Portugal, meu berço de inocente; / lisa
estrada que andei débil infante…”. E tantos outros, um descalabro. Mas os
que sabia mesmo de cor eram esses de “A Judia” que a Internet me veio recordar,
e que aqui coloco com ternura, como dedicatória ao nosso errante PR, que não perde pitada para solucionar os nossos casos belli, que nem ao também nosso “Tino de Rana”
lembrariam:
Dormes?
eu velo, sedutora imagem,
Grata miragem que no ermo vi:
Dorme – impossível – que encontrei na vida!
Dorme, querida, que eu descanto aqui!
Dorme! eu descanto a acalentar-te os sonhos,
Virgens, risonhos, que te vêm dos céus!
Dorme! e não vejas o martírio, as mágoas,
Que eu digo às águas e não conto a Deus!..........
Marcelo
defende que Portugal é "beneficiário líquido" da actual situação
internacional Portugal é um "beneficiário líquido" da situação vivida
a nível internacional, por ser visto "como longínquo da guerra" na
Ucrânia. Marcelo defendeu que "o inteligente é saber aproveitar
ocasião".
OBSERVADOR, 14 mai
2022, 21:03 62
RODRIGO
ANTUNES/LUSA
O
Presidente da República considerou que Portugal é um “beneficiário líquido” da situação vivida a nível internacional, por ser
visto “como longínquo da guerra” na Ucrânia, e defendeu que “o inteligente é saber aproveitar essa ocasião”.
“Tal
como aconteceu, embora de forma muito diferente na Segunda Guerra Mundial, somos de
momento beneficiários líquidos da situação vivida: Portugal está solidário na guerra, mas é visto longínquo da guerra, é
visto longínquo da guerra para o turismo, é visto longínquo da guerra para o investimento”,
sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.
O
Presidente da República falava no encontro “Portugal XXI: País de futuro”, que decorreu hoje na Casa das Histórias Paula Rego, em
Cascais, que também contou com a participação da ministra da Presidência, Mariana
Vieira da Silva, do vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, e
do presidente do Portugal XXI, Hugo Nogueira.
Marcelo
Rebelo de Sousa sublinhou que “o
que era a loucura do investimento para a Europa do Leste num determinado
momento, agora passa a ser um modismo, ou pode ser um modismo para Portugal”. “O mesmo se aplica em comparação com outros parceiros
nossos, que são mediterrânicos, ou quase mediterrânicos, mas mais próximos da
charneira atritiva”, sublinhou.
O
chefe de Estado defendeu que é por ser um beneficiário líquido que Portugal
assiste actualmente a “números do turismo que ultrapassam já 2019 — não é 2020
ou 2021 — e números de investimento que estão a ultrapassar 2019, é verdade que
com a ajuda da inflação”.
“Há
que descontar a inflação, mas, mesmo descontando a inflação, é o que é. É a realidade que é. Dir-se-á: ‘é conjuntural, porque o investimento
largamente é imobiliário numa parte, deriva de haver economias ou sociedades
que estão instáveis e, na dúvida, as
pessoas procuram o lugar seguro’.
Foi assim noutros tempos, o inteligente é saber aproveitar essa ocasião, porque
é em parte irreversível, em parte pode não repetir-se com a mesma frequência”, frisou.
GUERRA NA
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MARCELO POLÍTICA
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