Convém ler e reler para ficar a saber,
pois isto é uma coisa que interessa a todos...
A INSUSTENTABILIDADE DA SEGURANÇA
SOCIAL
A Segurança Social nasceu da Fusão (Nacionalização) de praticamente
todas as Caixas de Previdência existentes, feita pelos
Governos depois do 25 de Abril de 1974.
As Contribuições que entravam nessas Caixas eram das Empresas Privadas
(23,75%) e dos seus Empregados (11%).
Mas os Governos não criaram rubricas específicas nos Orçamentos
de Estado, para contemplar as necessidades da Segurança Social.
Optaram, isso sim, pelo permanente "assalto" àqueles
Fundos.
Cabe aqui recordar que
os Governos de Salazar recorreram também a esses Fundos várias vezes para
equilibrar a balança de pagamentos anual.
Só que de outra forma: pedia emprestado à Segurança Social e
sempre pagou à Segurança Social. É a
diferença entre o ditador e os democratas !
Em 1996/97 o 1º Governo Guterres nomeou uma Comissão, com vários especialistas,
entre os quais os Profs. Correia de Campos e Boaventura de Sousa Santos,
que em 1998, publicam o "Livro Branco da Segurança Social".
Uma das conclusões, que para este
efeito importa salientar, diz respeito ao Montante que o Estado em
1996 já devia à Segurança Social, ex-Caixas de Previdência, pelos
"saques" que foi fazendo desde 1975.
Pois, esse montante apurado até 31 de Dezembro de 1996 (após
21 anos de saque) era já de 7.300 Milhões de Contos - na moeda de
hoje, cerca de 36.500 Milhões de euros !
De 1996 (mais 16 anos) até hoje, os Governos continuaram a
"sacar" dinheiro da Segurança Social sem a reembolsar, já lhe
devendo, no total, cerca de 75 biliões de euros.
Faltará criar agora outra Comissão
para elaborar o "LIVRO NEGRO DA SEGURANÇA SOCIAL", para, de entre outras rubricas,
se apurar também o real montante actualizado daquela dívida, depois dos
"saques" que continuaram até hoje.
Mais - desde 2005 o próprio
Estado admite Funcionários que descontam 11% para a Segurança Social e
não para a CGA e ADSE.
Mas
o Estado não desconta, como qualquer
Empresa Privada 23,75% para a Segurança Social.
Outra questão se pode colocar:
Se desde 2005, os Funcionários que o Estado admite, descontam
para a Segurança Social, como e até quando irá sobreviver a CGA e a ADSE?
Há poucos meses, um conhecido
Economista estimou que tal valor, incluindo juros nunca pagos pelo
Estado, rondaria os 75.000 Milhões?!
Ou seja, pouco menos do que o Empréstimo da Troika!...
Há dias um advogado, em Portugal, dizia
que isto vai parar ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Esperemos
para ver
Há já um grupo de Juristas a
movimentar-se nesse sentido.
Esta síntese é para que os mais jovens, que estão
já a ser os mais penalizados com o desemprego, fiquem a saber o que se
fez e faz também dos seus descontos e o quanto irão ser também
prejudicados, quando chegar a altura de se reformarem!...
Falta falar da CGA dos
funcionários públicos, assaltada por políticos que dela mamam reformas
chorudas sem terem descontado para tal, e sem que o estado tenha reposto
os fundos do saque dos últimos anos.
Quem pretender fazer um
estudo mais técnico e completo, poderá recorrer ao Google e ao Instituto
Nacional de Estatística.
Para relembrar:
Na bancarrota do final do Século XIX que
se seguiu ao ultimato inglês de 1890, foram tomadas algumas medidas de
redução das despesas que passo a
citar:
A Casa Real reduziu as suas despesas em 20%; a Presidência da
República nada fez de semelhante.
Os Deputados ficaram sem
vencimentos e tinham apenas direito a utilizar gratuitamente os
transportes públicos do Estado (na época comboios e navios); também nada
de semelhante na actual conjuntura nem nas anteriores do Século XX.
Mas há mais:
Aqui vai a razão pela qual os países do
norte da Europa estão a ficar cansados de subsidiar os países do Sul.
Governo Português:
3 Governos (continente e ilhas)
333 deputados (continente e
ilhas)
308 câmaras
4259 freguesias
1770 vereadores
30.000 carros
40.000(?) fundações e associações
500 assessores em Belém
1284 serviços e institutos públicos
Para
a Assembleia da República Portuguesa ter um número de deputados "per
capita" equivalente à Alemanha, teria de
reduzir o seu número em mais de 50%!!!
O POVO PORTUGUÊS NÃO TEM CAPACIDADE PARA CRIAR RIQUEZA SUFICIENTE PARA ALIMENTAR
TANTOS...
POR ESTAS E OUTRAS
PORTUGAL É O PAÍS DA EUROPA EM QUE SIMULTANEAMENTE SE VERIFICAM
SALÁRIOS ALTOS A NÍVEL DE GESTORES/
ADMINISTRADORES E O SALÁRIO MÍNIMO MAIS BAIXO, PARA A ESMAGADORA
MAIORIA .
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