E socorro-me da lição arrumada da
Internet, para contrariar um pouco o optimismo poético do Dr. Salles, que nos
deixa felizes, todavia, desejosos de embarcar em iguais perspectivas calmantes
dos nossos melindres e medos de um futuro que apague o que mais amamos, esta
Terra “que pelo espaço vai, leve como uma
andorinha”, segundo conceito belo mas pessimista do nosso melancólico decadentista
António Nobre, que se debruça antes sobre “A VIDA” humana feita de contrastes e
corrupções assustadores. É de optimismo, empírico que seja, o texto do Dr.
Salles, mas desejamos embarcar nele, nesse “empirismo” apaziguador dos medos,
de um “estouvamento” sadio, em que só desejaríamos todos acreditar. E por isso,
bem-haja ao Dr. Salles, por o ter escrito.
HENRIQUE SALLES DA
FONSECA
A BEM DA NAÇÃO, 22.05.22
O conhecimento empírico é aquele que
se obtém pela mera observação. Despojado de qualquer intenção, é inocente.
E
aqui vou eu pelo empirismo além munido de toda a inocência para constatar que
há 77 anos tanto a Torre de Belém como o Cais das Colunas, a praia do Ginjal e,
de um modo geral, todas as zonas ribeirinhas deste final do Tejo se
encontram com as águas sensivelmente ao mesmo nível médio entre as marés.
E
se aparecer algum sábio a afirmar que nos últimos y anos o nível das águas
subiu ou desceu meio centímetro, eu acho que esse medidor terá que ser aferido
e o cientista que vá pentear macacos sãos, sem varíola.
Aqui,
na minha «aldeia» - que é a mesma do Fernando Pessoa – o conhecimento
empírico diz-nos que a elevação do nível médio dos mares é tanga e que o rei de
Vanuatu apenas grita porque quer ir viver para Londres ou… se eu vivesse num
arquipélago de atóis afundantes pelo peso dos corais e de materiais importados,
também quereria emigrar mas não argumentaria com a elevação dos mares quando se
sabe que são essas ilhas curiosas e paradisíacas que estão a afundar.
Mas o negócio das emissões de gases poluentes e de efeito estufa,
sim, exige que se instale o pânico.
Também sabemos que não é o Adriático que sobe mas sim Veneza que se
afunda.
Lisboa, 21 de Maio
de 2022
Henrique Salles da
Fonseca
Tags: clima
Alice Gouveia 22.05.2022, 16:31: Viva
Henrique. É verdade, o empirismo engana-nos frequentemente ( copo meio cheio,
meio vazio).
Adriano Miranda Lima 22.05.2022 20:09:
Esta é uma matéria sobre a qual não me
sinto capaz de opinar nem pela via do empirismo nem pela do racionalismo. E
fujo a entrar pela via especulativa porque sei que me afundaria sentado numa
esplanada da Praça de S. Marcos ou na praia de uma paradisíaca ilha do
Pacífico. Mas esta breve crónica do Dr. Salles da Fonseca proporcionou-me um
fugaz momento de exercício da mente. Veio lembrar-me que o Putin pode arrasar
cidades, mas o seu poder é de uma pequenez infinitesimal face à portentosa
natureza que envolve e dá vida a este o nosso belo planeta azul. Mas é claro
que a sua mente de ex-expião não lhe dá para pensar nisso.
UMA AULA DA INTERNET
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA:
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> POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
A poluição atmosférica é característica dos grandes centros urbanos,
pois as cidades são responsáveis por lançar um grande volume de gases poluentes
na atmosfera.
Um dos grandes problemas ambientais da atualidade é a poluição
atmosférica, esse tipo de poluição é característico dos grandes centros urbanos
e industriais. É consequência, principalmente, da queima de combustíveis
fósseis nos transportes, na geração de energia eléctrica e na produção fabril.
O dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC), aldeídos
(R-CHO), óxidos de nitrogénio (NOx), óxidos de enxofre (SOx) e material
particulado (MP) são os poluentes mais emitidos na atmosfera.
Esses poluentes afectam
diretamente o meio ambiente, provocando vários problemas ecológicos (efeito de
estufa, destruição da camada de ozónio, inversão térmica, etc.), o homem, que
também faz parte desse meio, tem sua saúde afectada, pois doenças respiratórias
crónicas e alérgicas, como a bronquite e rinite, são uma das consequências
desse processo.
O monóxido de carbono, liberado
principalmente do escapamento dos veículos, é extremamente nocivo para o ser
humano, podendo ocasionar problemas cardiovasculares, pois esse gás tem mais
facilidade de reagir com a hemoglobina do que o oxigénio, diminuindo o volume
desse último no sangue. Sua inalação provoca vertigem, náusea e, em quantidades
elevadas, inconsciência e até morte cerebral.
O dióxido de carbono não afecta
de forma tão agressiva a saúde da população, a não ser em grandes
concentrações. Porém, é o principal responsável pelo efeito de estufa e tem
relação directa com as alterações climáticas.
Portanto, com todos esses
aspectos prejudiciais gerados pela poluição atmosférica, atitudes para
minimizar esse processo devem ser realizadas. Além da cobrança das autoridades
para implantação de políticas públicas que gerem menos poluentes (implantação
de ciclovias, maiores investimentos em transporte colectivo para reduzir o
número de automóveis nas cidades, entre outros), devemos mudar alguns hábitos
como: evitar a aquisição de produtos que tenham CFC´s (Clorofluorcarboneto),
não realizar queimadas, redução na produção de lixo (realizar a colecta selectiva).
Com a mudança de atitude individual podemos contribuir para o meio ambiente,
podendo desfrutar de um ar puro e saudável.
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