sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Policial


Só Evans, para responder convenientemente. Na hecatombe. Que não terminou.

Vice-presidente de petrolífera russa é o nono de uma lista de mortes suspeitas de oligarcas desde o início da invasão da Ucrânia

Continuam a somar-se os oligarcas russos a morrer de forma suspeita e semelhante. Autoridades falam quase sempre em homicídio-suicídio. São quase todos executivos da indústria do petróleo e gás.

ANA LUISA BERNARDINO: Texto

OBSERVADOR, 01 set 2022, 17:45 19 

Continua a crescer a lista de oligarcas russos que morrem em circunstâncias consideradas suspeitas. O último foi Ravil Maganov, presidente do conselho de administração e vice-presidente da Lukoil, a segunda maior petrolífera da Rússia e uma das poucas empresas que publicamente criticou a invasão à Ucrânia. O homem, que tinha sofrido um ataque cardíaco e estava internado, terá morrido após cair de uma janela do sexto andar do Hospital Clínico Central de Moscovo, avançou, esta quinta-feira, a agência estatal russa TASS, que disse que o homem terá cometido suicídio.

Contabilizam-se, assim, já nove mortes de magnatas russos desde o início da guerra — muitos deles, morreram em circunstâncias idênticas (quase todas, suicídio), havendo até casos com datas muito próximas. As vítimas são executivos ou antigos executivos com altos cargos, sobretudo, na indústria petrolífera e do gás, as mais afectadas pelas sanções impostas pelo ocidente à Rússia pela invasão da Ucrânia. Dissidentes russos acreditam tratar-se de uma purga levada a cabo por Vladimir Putin.

Alexander Subbotin

Antigo executivo de topo da petrolífera Lukoil, Alexander Subbotin foi encontrado morto, a 10 de maio, na casa de um xamã, em Mytischchi, na Rússia, avançou a agência estatal russa TASS. O homem terá morrido vítima de um ataque cardíaco, avançaram na alturas as autoridades. De acordo com a mesma agência, Subbotin terá chegado a esta casa para fazer um tratamento anti-ressaca, que incluía realizar um corte na pele e expor a ferida a veneno de sapo, poderoso alucinogénico rico numa toxina com propriedades psicadélicas. Foi encontrado sem vida no dia seguinte por dois xamãs.

Andrei Krukovsky

Andrei Krukovsky, 37 anos, director-geral da estância de ski Krasnaya Polyana, localizada na cidade de Sochi e gerida pela Gazprom (é mais famosa da Rússia, frequentada até por Vladimir Putin), foi encontrado morto no início de maio, depois de cair de um penhasco. “O director geral do resort de Krasnaya Polyana, Andrei Alekseevich Krukovsky, morreu tragicamente. Ele amava as montanhas e encontrou paz nelas. A tragédia ocorreu no caminho para a fortaleza de Achipsinskaya, como resultado da queda”, declarou a agência turística à TASS na fortaleza de Aczipsinskoy.  Não resistiu aos ferimentos provocados pela queda, tendo o óbito sido declarado no hospital.

Krukovsky era director-geral de uma estância de ski dirigida pela Gazprom.

Sergei Protosenya

A 19 de abril, o milionário russo Sergei Protosenya, 55 anos, foi encontrado morto, vítima de enforcamento, na sua mansão de luxo, em Lloret de Mar, em Espanha. A sua mulher e a filha de 18 anos também morreram, vítimas de golpes de faca. Foram descobertas deitadas numa cama, no primeiro andar da casa, cobertas por um lençol, junto a uma faca e um machado.  As autoridades espanholas acreditaram tratar-se de um homicídio seguido de suicídio. Protosenya tinha feito parte da Novatek, uma das maiores empresas de produção de gás da Rússia. Fedor, o filho sobrevivente, lançou dúvidas sobre aquilo que de facto aconteceu: ao MailOnline, rejeitou a teoria das autoridades, afirmando que o pai “nunca faria nada para magoar” a sua mãe e irmã. “Não sei o que aconteceu naquela noite, mas sei que o meu pai não as magoou.”

Vladislav Avayev

No dia anterior, a 18 de abril, o oligarca russo Vladislav Avayev, 51 anos, antigo aliado de Putin e antigo vice-presidente da Gazprombank, o terceiro maior banco da Rússia, apareceu morto em circunstâncias suspeitas e semelhantes: foi encontrado sem vida no seu apartamento em Moscovo, junto da mulher e filha de 13 anos, que foram encontradas com ferimentos de bala. De acordo com o que reportou na altura a agência TASS, a justificação das autoridades responsáveis pela investigação é idêntica à da morte de Protosenya: o homem terá morto a família e posto fim à sua vida. A porta de casa do magnata estaria trancada por dentro quando os corpos foram encontrados. Avayev tinha uma arma na mão.

Vladislav Avayev era antigo aliado de Putin e antigo vice-presidente da Gazprombank, o terceiro maior banco da Rússia.

Vasily Melnikov

A 24 de março, o bilionário Vasily Melnikov, executivo da MedStom, gigante de equipamentos médicos, foi encontrado morto junto da esposa, Galina, e dos dois filhos de 10 e 4 anos, no seu apartamento na cidade de Ninzhni Novgorod, na Rússia. Apesar da suspeita de crime cometido um antigo sócio com quem terá tido um conflito, as autoridades voltaram a pôr em cima da mesa a suspeita de um homicídio seguido de suicídio. A MedStom terá sido muito prejudicada pelas sanções impostas pelo ocidente à Rússia na sequência da invasão à Ucrânia.

Mikhail Watford

A 28 de fevereiro, Mikhail Watford, magnata do petróleo e gás, nascido na Ucrânia, nos tempos da União Soviética, foi encontrado morto, na garagem de sua casa, em Surrey, no sul da Inglaterra, onde se terá enforcado, avançou a BBC. As autoridades inglesas consideraram tratar-se de um caso de suicídio. Watford mudou-se para o Reino Unido no início dos anos 2000, juntamente com a mulher.

Alexander Tyulyakov

Três dias antes, a 25 de fevereiro, era Alexander Tyulyakov,  director-geral do Centro Unificado da Gazprom para a Segurança Cooperativa, a morrer nas mesmas circunstâncias: foi encontrado morto pela mulher de 61 anos, enforcado na garagem de sua casa, em São Petersburgo. À Novaya Gazeta as autoridades russas adiantaram que o oligarca tinha deixado uma nota de suicídio. Tyulyakov tinha sido espancado na véspera da sua morte.

Leonid Schulman

Leonid Schulman, outro executivo de topo da Gazprom, apareceu morto no final de janeiro, um mês antes de as tropas russas invadirem a Ucrânia. Também a sua morte foi classificada de suicídio — até porque foi encontrada uma nota junto ao seu corpo, em que o oligarca dizia que não queria ser uma “pessoa inválida” e um “fardo” para a sua família, referindo a dor numa perna que tinha partido, disse a 78.ru — que adiantou também que o homem tinha pedido uma baixa médica por causa desta lesão.

GUERRA NA UCRÂNIA   UCRÂNIA   EUROPA   MUNDO   GUERRA   CONFLITOS

COMENTÁRIOS
ELENA MARIA VICENTE DE SÁ COUTO:
Mais uma morte suspeita depois da invasão da Ucrânia. Esta operação especial supostamente que já vai no 9o oligarca ! Então o senhor tem um enfarte de miocárdio, está internado num Hospital Clínico Central de Moscovo ,supostamente num 6 piso ,num quarto ,com antidepressivos e as janelas não tem fechos de segurança ?? ...e cai....              António Cézanne: Ou me engano muito, ou não tarda muito estes voos planados vão chegar ao Putin.            Censurado sem razão: Esta é a “democracia” defendida por PCP, BE e uma  cada vez maior parcela do PS. Quem se opõe ou pensa de  maneira diferente tem uma tendência incontrolável para descobrir se sabe voar e beber coisas estragadas. E o perigo para a democracia é ter um partido na assembleia como o chega. Confesso que a minha inteligência é limitada. No Brasil preferem colocar um ladrão corrupto na presidência porque o bolsonaro é antidemocrático. No entanto são os amigos do molusco que mandam prender jornalistas e deputados porque tem a ousadia de postar a sua opinião. Novamente, reconheço que a minha inteligência e os valores em que fui educado são muito, mas mesmo muito limitados.             João Eduardo Gata: Mais um assassinato encomendado pelo Terrorista e Genocida V. Putin.                 Luís Abrantes > João Eduardo Gata: E apoiado pelo seu indefectível Jerónimo de Sousa…             Luís Abrantes: O pzp explica…            Lourenço de Almeida: Ya! Parti o braço...o melhor é suicidar-me para não pesar à família, apesar de arrotar dinheiro suficiente para ter um hospital em casa e um bando de odaliscas para tratar de mim 24 horas por dia! Palavra de honra!               bento guerra: O site da Lukoid escreve que morreu depois de "severe illness".Basta procurar na net          António Cézanne > bento guerra: Não! Diz que caiu da janela, ponto! E diz isso logo no primeiro parágrafo. Tu, é que de forma infantil a pensar que aqui consegues enganar alguém, só transcreveste o segundo. Todos os que caíram de janelas eram contra a guerra. Terás esse cérebro tão amestrado pela russalhada, ao ponto de não conseguires perceber o que se passa ali? Isso que se passa contigo já começa a ser um caso de psiquiatria e possível internamento.              bento guerra > António Cézanne: Não diz não, vai lá ler, se sabes, verme...            António Cézanne > bento guerra: Para já tu estás a ver isso num site russo e isso não conta para nada. Tens essa mesma descrição na BBC e na Reuters, dizendo que a única teoria sobre a doença é da Lukoil. Claro, ou tu não pensas? Então o homem cai de uma janela e é o ataque cardíaco que o empurra? Pensa, marreco! "The chairman of Russia's Lukoil oil giant, Ravil Maganov, has died after falling from a hospital window in Moscow, reports say. The company confirmed his death but said only that Maganov, 67, had "passed away following a severe illness". Jose Miguel Pereira > António Cézanne: É verdade, cair de uma janela é maleita não só severa, como extremamente aguda.              Luis Freitas > bento guerra: És o maior verme  deste planeta e arredores  assim como todos os bentos guerras e trolls Russos deste planeta que apoiam a ditadura neo nazi vigente na Rússia.  Se o teu amigo ditador nazi se atrever a atacar um país da UE ou da Nato tu e todos os trolls Russos que residem na UE serão os primeiros a serem caçados.           José Paulo C Castrobento guerra: Eu tenho uma teoria mais simples: ele estava no hospital e alguém do FSB sugeriu-lhe que visse o filme "Birdman", óscar de melhor filme há uns anos atrás. A cena final foi demais para ele.            António Cézanne > Luis Freitas: Também penso que sim. Eles estão tão cegos com a Rússia, ou contra os EUA, nem percebo bem, que nem se apercebem onde se estão a meter. No caso de a guerra se alastrar à UE, ninguém deste lado pode permitir inimigos dentro de portas. É que estes palermas que andam aqui a defender a Rússia nem se apercebem que estão a apoiar quem nos considera inimigo e que isso lhes pode sair mesmo muito caro em caso de guerra generalizada na Europa. Eu diria mais, mesmo sem guerra generalizada lhes pode sair muito caro, é só eles esticarem-se demais lá fora. A ver vamos, mas eu não queria estar na pele deles.            Filipe Costa: Suicidaram-no, de certeza.              António Abreu: Espero ansiosamente que o pêzêpê (Partido Calhaus Portugueses) emita um comunicado a denunciar a qualidade miserável da construção civil na Rússia. As varandas, e agora até as janelas são um perigo... Muito escorregadias... Uma miséria... Inadmissível !           Amaral Lopes: cada um (exceto os membros do PCP) que tire as suas conclusões.....

 

Nenhum comentário: