quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Pasárgada

 

Para os "amigos do Rei”. Refiro-me, obviamente, a alguns comentadores do texto seguinte, de José Milhazes.

E é assim que acaba o poema optimista de Manuel Bandeira, que talvez se possa aplicar aos fiéis do “Rei”:

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

O “missionarismo messiânico” de Vladimir Putin

Putin tem conseguido algum êxito levando alguns a acreditar que foi a Ucrânia que começou a guerra contra a Rússia e não o contrário. É ouvir  discurso de Jerónimo de Sousa no final da Festa do Avante

JOSÉ MILHAZES Colunista do Observador. Jornalista e investigador

OBSERVADOR, 07 set 2022, 00:1946

Se antes era a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas “O Sol da Humanidade”, “O futuro radioso da Humanidade”, o “Paraíso Terrestre”, etc., hoje Vladimir Putin acha-se no direito de apresentar o seu país como o baluarte das liberdades e o defensor dos princípios tradicionais. Na História da Rússia, estas ideias messiânicas nunca deram bons resultados e os desastres podem repetir-se.

Nos últimos anos, principalmente depois da invasão da Ucrânia pelas tropas russas a 24 de Fevereiro, o ditador russo tenta apresentar-se como o salvador da humanidade, produzindo discursos e decretos cada vez mais semelhantes a encíclicas papais, mas pouco convincentes. Como será possível levar ao mundo princípios e conceitos que são espezinhados diariamente na Rússia?

Por exemplo, a 5 de Setembro, dia em que um tribunal de Moscovo condenou o jornalista russo, Ivan Safronov, especialista em questões militares, a 22 anos de prisão por “alta traição” e outra “fábrica da justiça” proibiu a publicação do jornal da oposição Novaya Gazeta, o ditador Vladimir Putin decidiu publicar “A concepção da política humanitária da Federação da Rússia no estrangeiro”.

Sublinho “no estrangeiro”, porque na Rússia corre tudo às mil maravilhas.

Um dos objectivos deste “sábio documento” visa “a formação da ideia da Rússia como um estado que preserva cuidadosamente a sua rica história e herança cultural … e em que a vida sociocultural se desenvolve dinamicamente nas condições de … pluralismo de opiniões, ausência de restrições de censura”.

Os exemplos acima citados são apenas dois exemplos de muitas centenas de acções repressivas na Rússia, que vão desde a existência de centenas de presos políticos ao assassinato de líderes da oposição, passando pela imposição de uma impiedosa censura. Como será possível “vender” no estrangeiro a imagem desejada por Putin?

Também não consigo compreender que “história e herança cultural” Putin irá apregoar se elas são quase revistas diariamente ao sabor das descobertas ideológicas do ditador. No campo da história, provavelmente será a última versão revista por ele, de onde desaparecerão nações e povos inteiros, teorias delirantes como aquela de que “a Rússia nunca invadiu outro país”, etc.

No campo da herança cultural, as proibições dos concertos e actuações de músicos e actores que ousam protestar contra a invasão da Ucrânia pelas tropas russas. O último exemplo é o da proibição do concerto da pianista mundialmente famosa, Polina Ossetinskaya, em São Petersburgo no dia 3 de Setembro.

Outros dos grandes princípios que o Kremlin irá vender serão “o apego aos princípios da igualdade, da justiça, da não ingerência nos assuntos internos de outros Estados… o reconhecimento da identidade nacional e cultural”.

Aqui, verdade seja dita, Putin tem conseguido algum êxito, principalmente na propagação do princípio da não ingerência nos assuntos internos de outros Estados, ou melhor, na venda da imagem que o seu país não se ingere nos assuntos dos outros, levando até alguns a acreditar que foi a Ucrânia que começou a guerra contra a Rússia, e não o contrário.

O discurso de Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP no final da Festa do Avante, é um eco dessa propaganda putinista: A escalada da guerra na Ucrânia e a espiral de sanções impostas pelos Estados Unidos da América, a União Europeia e a NATO, com a cumplicidade do Governo português, são indissociáveis da desenfreada especulação e aumento dos preços da energia, dos alimentos e de outros bens de primeira necessidade, do ataque às condições de vida dos povos, arrastando o mundo para uma ainda mais grave situação económica e social”.

Claro que não é Putin e os seus falcões que atiçam a guerra na Ucrânia, que matam milhares de pessoas e destroem aldeias, vilas e cidades. Não, o que está implícito nas palavras acima citadas é que os ucranianos deveriam ter-se rendido e entregue à bondade do Kremlin e que o chamado Ocidente assistisse “impávido e sereno” à carnificina iniciada pelas tropas russas no Leste da Ucrânia em 2014-2015. Isso, segundo os comunistas, é que seria a “paz”.

Outra das grandes missões é que a Rússia quer sero guardião e defensor dos valores morais e espirituais, da herança da civilização mundial”. Aqui, alguns dos cantores e artistas que actuaram na Festa do Avante poderão vir a ter sérios problemas se Putin conseguir o seu objectivo.

Penso eu que, a julgar pelo que se passa na Rússia, é perigoso deixar nas mãos de Putin essa tarefa existencial. Prefiro que seja, por exemplo, o Papa de Roma ou o Dalai-Lama a dirigirem a realização de semelhante missão. Mas esta é apenas a minha humilde opinião.

RÚSSIA   MUNDO   GUERRA NA UCRÂNIA   UCRÂNIA   EUROPA   VLADIMIR PUTIN

COMENTÁRIOS:

Tone da Eira1 h: De repente fiquei com pena dos comunistas portugueses já velhotes e a forma como estão a ser atacados. Eles na juventude estavam convencidos de que tinham superioridade moral e que a URSS era o sol na terra. Mas depois, as desilusões foram tantas que ficaram perdidos no mundo. Agora ao fim de umas décadas de desânimo aparece-lhes vindo da Rússia dos seus sonhos um Putin, um filho do KGB e com a linguagem da URSS e a dizer mal dos EUA. Como é que queríamos que eles reagissem? Eles sabem que o Putin é um capitalista do pior e que é ultra reaccionário, colonialista e imperialista. Mas é como um(a) velhote que fica viúvo(a) e se sente só. Arranjam um(a)  "companheira(o)" mesmo sabendo que a(o) primeira(o) era muito melhor. E mesmo que tal seja um tanto caricato, no fundo ninguém vai afirmá-lo ao novo par. É essa reacção que devemos ter com os velhotes do PCP, deixá-los gozar os últimos anos de vida com renovada esperança e felicidade acreditando que Putin e a Rússia são como Lenine / Estaline e a URSS.              João Floriano > Tone da Eira: OK! Mas nesse caso vão  para bem longe falar das glórias passadas. Eu não sinto a mínima empatia pelo PCP.              Tone da Eira > João Floriano: Eu escrevi isso meio a sério e meio a brincar. Mas hoje devo ter acordado com o coração mais "mole" que o costume.           João Eduardo Gata: Se tudo correr bem, tanto o PCP como o Regime do Criminoso Putin, estão a caminho do seu Colapso.            d. garcia: Esta Festa do Avante teve coisas muito curiosas. Por exemplo, excursões inteiras pagas, com almoço incluído  e não interessava quem ia ... Quem me revelou isto foi uma das pessoas que foi numa dessas  excursões e que não sendo comunista quis aproveitar «benesse» que lhe chegou por via indirecta de um familiar afecto ao PCP, precisamente para o dia do encerramento com direito ao discurso de Jerónimo de Sousa.  Perguntei-lhe se a excursão correu bem e se gostou ao que me respondeu: «Correu tudo muito bem! Aquilo é muito grande e muito bonito ! Andava-se lá muito à vontade e o dia estava bonito ! »   Depois acrescentou  «.... Epá ele eram tantas excursões que até fiquei admirado! ... Aquilo era muita gente ! Depois riu-se e disse: «Será que aquilo era como a minha,  com tudo  pago ? ...C'um raio, se era , os gajos vão à falência... »   Pois é, caro Milhazes , temos que ver as coisa por outro prisma ... E se Jerónimo de Sousa, que não sabe voar, está com medo de voar ....???             Tone da Eira > d. garcia: Diga a essa pessoa, "não há almoços grátis".          João Floriano > d. garcia: Muito longe da falência. Basta pensar no património imobiliário que não paga IMI e a quinta da Atalaia é sem dúvida belíssima, enorme e muito valiosa. Mesmo com tantas excursões, a Festa deve ter sido muito murcha porque não sei se reparou mas a TV, pelo menos a CNN não mostrou a assistência. Estava um «camarada» na imagem atrás do discursante Jerónimo, a babar-se, com uma cara de enfado a pensar quando é que podia ir para casa e estender-se no sofá. Costumo sempre ouvir o ruido das palmas e desta vez não aconteceu. Para o ano  têm de convencer os convidados com um kit de ferramentas de plástico para «eles» e um conjunto de tupperwares para «elas».              João Eduardo Gata: O PCP, bem como alguns tristes comentadores aqui, são raivosamente e dogmaticamente pró-Putin e pró-Rússia Criminosa e Imperialista, tal como eram raivosamente e dogmaticamente pró-URSS dos Gulags, dos Massacres e Deportações maciças de povos na URSS e na Europa de Leste, tal como foram apoiantes, alguns posteriormente e em retrospectiva, das invasões, e correspondentes massacres, dos três países bálticos em 1945/46, da Polónia em 1949, da Hungria em 1956, da então Checoslováquia em 1968, da Chechénia em 1999/2000, da Geórgia em 2008, da Ucrânia em 2014, pelo Império Russo/Soviético. Aliás, o PCP e esses tristes comentadores são pró- tudo e todos os que sejam contra as Democracias Ocidentais, contra a União Europeia, contra os Direitos Humanos e contra a Carta da ONU.               Vitor Batista: O Barreirinhas dá voltas na tumba com este texto do José Milhazes, espero eu que isso aconteça ao putinas num futuro próximo, e o futuro é já amanhã.            Bernardo Vaz Pinto: Impossível convencer os comunistas…mas há que fazê-lo todos os momentos possíveis …            Paixao:  força, Milhazes, muito bem.                      Jose Augusto Mira Pires Borges: Excelente!                 João Eduardo Gata: O que o PCP diz é Lixo. Nem sei porque perdemos tempo a discutir o que esse bando de Estalinistas bota para fora.          Daniel José > João Eduardo Gata: Porque têm a Lusa e a comunicação social a fazer propaganda diária?              Carlos Quartel: Há que pôr isto em dois planos. Jerónimo sabe bem que está a mentir, não acredita no que diz e conhece a verdade, como todos nós. Isto aplica-se à grande maioria  dos comunistas portugueses, que estão a fazer o seu serviço. O inimigo é o capital, a liberdade, o pluralismo e não se podem perder oportunidades. Se deixarem de falar assim, desaparecem e têm essa noção. O outro plano diz respeito ao povo russo, Aí é que está a tragédia, a maioria acredita nas balelas de Putin, muitos porque querem acreditar outros porque a teoria de sós contra o mundo, vendida ao longo de 70 anos, cavou fundo nas consciências e acreditam mesmo que nasceram para trazer luz e paz ao mundo. Isto vivendo em camaratas, com cozinha e casa de banho ao fundo do corredor, sem hospitais, com escolas sem qualidade, sem comboios, nem estradas. Será assunto para décadas, limpar toda essa ganga ideológica. Até lá, necessário travar a besta e ter a noção de que parar Putin agora é fundamental. Ou agora ou a mancha vai estender-se a não saberemos onde parará......             António Louro: Enfim: "as amplas liberdades democráticas" em funcionamento. Excelente.            Eduardo L: à carnificina iniciada pelas tropas russas no Leste da Ucrânia em 2014-2015''. Sr comentador, por favor forneça a evidência robusta e provada que suporta esta afirmação. Tanto quanto se sabe foi a Ucrânia que decidiu em parlamento não cumprir (unilateralmente) os acordos de Minsk, assinados 1-2 meses antes! Na sequência disso encetou uma campanha militar no Donbass para abafar quaisquer aspirações de autonomia dessa região aliás plasmadas e previstas nos ditos acordos de Minsk. A lógica foi: assinámos mas não concordamos com os acordos de Minsk que acabámos de assinar porque eles prevêem autonomia para os territórios do leste. Vamos anular esses acordos e acabar com as aspirações autonómicas. Mas se tiver evidência do contrário por favor forneça-a. Aqui não há lugar para opiniões: antes delas tem que se olhar para os factos objectivamente.             Luis Oliveira > Eduardo L: Contaram-me na primeira pessoa, ucranianos emigrantes que conheço da zona de Donbass, que por volta de 2013/14 a Rússia introduziu nesta zona agentes pró - russos que ninguém conhecia, estes indivíduos começaram a destabilizar as comunidades, dinheiro e armas não lhe faltavam tudo patrocinado pela Rússia.            Mario Areias > Eduardo L: Aconselho-o a ler o memorando de Budapeste de 5 de Dezembro de 1994. Relacione-o primeiramente com a invasão e anexação da Crimeia e posteriormente com a invasão do Dombass. Portanto, como diz: "aqui não há lugar para opiniões: antes delas tem que se olhar para o factos objectivamente".            Lourenço de Almeida > Eduardo L: Os acordos de Minsk foram assinados em 2015/15, ou seja, já com a Ucrânia sob agressão militar russa na Crimeia. Não são acordos entre estados livres e soberanos mas sim condições de cessar fogo impostas por um agressor sobre aqueles que invadiu          Milhazes JoséAUTOR > Eduardo L: Após a invasão da Crimeia, a Rússia criou um movimento separatista fantoche para desestabilizar o Leste da Ucrânia. Em comparação com aquilo que Putin fez na Chechénia, a acção dos militares ucranianos foi leve. Quanto aos acordos de Minsk, eles não foram cumpridos porque eram uma ratoeira que foi aceite pelo Presidente Poroshenko sob a pressão dos dirigentes da Alemanha e França. As aspirações nunca foram autonómicas, mas separatistas e o cumprimento desse acordo seria o fim da Ucrânia como Estado.              Eduardo L > Lourenço de Almeida: Tem então que pedir responsabilidade à França e à Alemanha que apoiaram esses acordos. Independentemente das emoções individuais, o facto é que, tal como em muitas outras áreas na Europa, as aspirações de autonomia das populações do leste ucraniano não vão desaparecer. Penso que estamos de acordo aqui. Poderão ser suprimidas mas não vão desaparecer. Imagine retirar a autonomia à Catalunha ou à Madeira? Logo a questão tem que ser resolvida à mesa das negociações e não com violência. Donde os acordos de Minsk serem um bom exemplo que até Macron defende. O problema é que a questão é MUITO mais complexa e envolve interesses geo estratégicos dos EUA, Rússia e China. Não há espaço aqui para dissecar.            Luis Freitas: As ambições imperialistas da Rússia de invadir os países outrora escravizados pelas ditaduras comunistas e vassalos da Rússia nos tempos da URRS estão a ser esmagados na Ucrânia. O grande massacre das populações ucranianas praticados pelo exército do ditador Putin fez exactamente o contrário do que o ditador previa, que era uma rendição e conquistar rapidamente a UcrâniaTodo o povo e nação ucraniana pegou em armas e fez frente a um dos maiores exércitos do mundo e contra todas as previsões dos analistas militares conseguiu travar a invasão e infringir pesadas perdas militares à  Rússia,  já se fala em mais de 80 mil baixas militares no exército Russo e um autêntico massacre no exército Russo que está em vias de sofrer a maior derrota militar de toda a história da Rússia. A propaganda do regime neo nazi Russo é completamente desmentida pelos bombardeamentos a civis na Ucrânia e arrasou completamente algumas cidades na Ucrânia, similar ao que se passou na segunda grande guerra mundial,  depois são as notícias confirmadas de prisão às dezenas de milhares de  simples pessoas que são contra a guerra ou são opositores ao regime e por fim o assassinato de figuras públicas importantes por se terem oposto à guerra e à ditadura vigente na Rússia.  O PCP é um partido de criminosos que sempre apoiou países com ditaduras sanguinárias e o objectivo do PCP é instaurar uma ditadura em Portugal mil vezes. O comportamento do PCP de nunca ter condenado a Rússia pelos crimes cometidos na Ucrânia e no assassinato e prisão dos opositores assim como na morte de Gorbachev o ter acusado de ser o culpado pela extinção da URRS mostra bem como é um partido anti democrático e anti democracia              bento guerra: Foi para o censor, em nome da liberdade de opinião e até de pensamento              bento guerra: A Russia Today e Sputnik, dois canais russos internacionais, foram calados, dias depois da invasão. As opiniões anti-russas não têm contraditório, passaram a matéria de fé.               Lourenço de Almeida > bento guerra: Em tempo de guerra, não se dá eco à propaganda dos agressores, como é evidente! A diferença é que no Ocidente, sempre se ouviu livremente a Radio Moscovo e todas as parlermices ditas do lado de lá da cortina de ferro ao passo que atrás da cortina de ferro, quem conseguisse ouvir a RDP, nem falo da BBC ou da RIAS ou outras do género, teria problemas!                bento guerra >  Lourenço de Almeida: Nem tens capacidade para uma resposta             Nelson Soares > bento guerra: Sou contra essa proibição. Mas se condena isso tem de condenar também o controlo dos media (ainda mais apertado que na UE) que se passa na Rússia. Na Rússia a própria internet é controlada. Se o melhor que tem para justificar a invasão da Ucrânia é a UE ter censurado esses 2 canais (um dos quais é um disseminador de teorias da conspiração mascarado de canal informativo) é muito fraquinho                    bento guerra > Nelson Soares: É burrice a mais para merecer comentário. Estou a referir ao encerramento de estações e outros canais depois da invasão. As informações da Ucrânia são organizadas, ou você julga que os repórteres andam por onde querem? Depois de 6 meses de pancada em cima, não há um só ucraniano que discorde da posição do Zelensky. Tentem pensar                  bento guerra > Nelson Soares: A minha resposta foi para o censor. Não é censura, claro, aqui nesta folha ninguém censura, é o ocidente                Nelson Soares > bento guerra: Mas também condena a censura na Rússia ou não ? E reconhece que os meios de comunicação russos permitem ainda menos contraditório que os europeus ou não? Esses canais não foram proibidos nos EUA. Apenas as versões internacionais desses canais foram proibidas. Todos os dias vejo as notícias da Ria Novosti e se quisesse de outros sites russos. Esses sites não contrariam a versão que os media europeus mostram. Aliás se formos à pasta do genocídio no Donbass da RIA, as provas que lá constam são muito, mas muito muito fraquinhas....Fala lá  de um ou 2 mortos por bombardeamentos ucranianos e pouco mais.                Nelson Soares >  bento guerra: E basicamente o que diz não é verdade. Já vi mais que uma reportagem de canais nacionais onde se vêem ucranianos pro russos a falar. Reportagens de um repórter (filiado no PCP) português com as forças russas já passaram na CNN e em vários jornais. Comentadores pró russos aparecem regularmente nos canais nacionais. O Miguel Sousa Tavares escreve no Expresso. O Roger Waters anda por todo o lado  a dizer para a Ucrânia se render. O Oliver Stone faz documentários pro russos. Na Fox news todos os dias aparecem comentadores a dizer que a guerra está perdida ou não dêem mais dinheiro a Ucrânia. Onde está a censura e falta de contraditório nos media ocidentais? Chega de provas ou vou ter de ir buscar mais exemplos?              Nelson Soares >  bento guerra: TUA resposta foi para o censor porque não respeitou a civilidade aqui nos comentários. As vezes que os pro russos já me tentaram insultar aqui revela uma sobranceria da parte deles. Eles é que vêem a verdade, eles é que sabem qual o jornalismo independente, eles é que são imunes à propaganda....no fundo são os escolhidos para nos salvar do imperialismo americano. O tal messianismo de que o Milhazes fala.          João Alves: Jerónimo de Sousa é um pateta ignorante e primário a liderar um partido obsoleto que, com a implosão do comunismo na URSS e a morte de Álvaro Cunhal, perdeu todas as suas referências, transformando-se numa organização sem norte, nem rumo.    Lourenço de Almeida > João Alves: Apesar de tudo está melhor agora, tendo em conta o rumo que tinha e o "norte" que  procurava atingir!          Eduardo Cunha: o pcp já  morreu, o problema é que  ainda não foram à  caixa do correio  verificar o atestado de óbito.          Alberto Rei: Não concordo. O que temos visto é a supressão do direito à informação dos cidadãos acerca do conflito. Foi a máquina do ocidente que assim o determinou, utilizando a sua propaganda, mentindo à descarada e inventando histórias diárias, a par da diabolização de Putin, e da culpa de tudo o que ali se passa para a Rússia.  Por outro lado, julgo que não se deve ver ou julgar a Rússia, de acordo com os nossos parâmetros. Sabemos que há certos países onde para a convivência e sobrevivência, não se pode praticar certos actos. Não vale a pena ir contra a parede, deve-se ser mais subtil, e quem não quiser pode ir-se embora. Na Arábia Saudita a mesma coisa, nos EAU, China, etc, se quisermos estar em paz e retirar desses luigares o melhor que têm, há que estar dentro das normas.Também, tem de se encarar a Rússia como uma potência, à qual se quiserem pôr em perigo a sua segurança, ela irá reagir.             Luis Freitas > Alberto Rei: Já to disse várias vezes nos comentários do Jornal Observador,  quando é que emigras para a Rússia e vais beijar a mão ao teu adorado ditador neo nazi do Putin e do seu regime que tem ambições imperialistas de invadir os países outrora escravizados pelas ditaduras comunistas e vassalos da Rússia nos tempos da URRS? Esses  tempos acabam,  e a ditadura neo nazi cometeu o mesmo erro do Hitler quando invadiu a Rússia,  portanto a UE e os seus aliados estão unidos para ajudar militarmente e financeiramente a Ucrânia para esmagarem os exércitos invasores do ditador Putin e as sanções económicas à Rússia são muitíssimo maiores que nos tempos da guerra fria ex URRS   Temos no novo uma cortina de ferro em vigor nas fronteiras da Europa com a Rússia agora muitíssimo maiores com a adesão da Suécia e Finlândia que têm vastas fronteiras com a Rússia. É uma questão de tempo a maior derrota militar da Rússia de todos tempos. A Europa vai sofrer uma recessão económica,  mas a Rússia terá completamente destruída a sua economia e sem capacidade de recuperação ao contrário da Europa que daqui a 2 anos terá de novo um grande crescimento da economia e já está completamente independente do fornecimento da energia da Rússia            Car Los > Alberto Rei: Esse comentário absurdo é pago? Quanto vale cada disparate?            Alberto Rei > Car Los: CaR Los,   deve ser mentira o que escrevi, não ligues.       bento guerra > Alberto Rei: Isto está rodeado de fas.cismo.Nada a fazer ,por enquanto.            Alberto Rei > Luis Freitas: Tá bem Zandinga. Deus nos dê saúde para continuarmos cá, e que tenhamos dinheiro para continuar a assinar este jornal (a não ser que a sua linha editorial mude drasticamente), e daqui a dois anos veremos se as tuas profecias se confirmarão. Quanto a ir à Rússia posso ir quando quiser, agora chegar ao contacto com o presidente é bastante difícil como é óbvio, mas quem sabe se os serviços secretos não lhe traduzem o Observador, e recompense a ajuda com uma audiência e uma noitada regada a vodka na companhia de umas russas à maneira. Não fiques com inveja.                 Lourenço de Almeida > Alberto Rei: A Arábia Saudita, os EAU e mesmo a China, não têm anexado países vizinhos nas últimas décadas. Aqui não se trata de discutir se o ocidente é melhor ou pior, mais livre ou mais opressivo para os seus cidadãos do que a Rússia! Trata-se de uma INVASÃO. Semelhante àquela perpetrada pela mesma Rússia - na altura trasvestida de URSS - quando invadiu a Polónia em aliança com os Nazis, a Finlândia, a Estónia, Lituânia, Letónia e quando depois, a pretexto de os libertar dos Nazis, anexou informalmente a Roménia Checoslováquia, Polónia, Alemanha de Leste (a ocidental ficou livre dos "libertadores" ao fim de poucos anos), Hungria, etc. É simplesmente estúpido comparar o que se passa no ocidente e a forma como o ocidente trata os seus vizinhos, sobretudo os que não representam ameaça à sua soberania territorial, com a forma como a Rússia - ou a URSS, porque na realidade a URSS sempre foi apenas o império colonial Russo - o fazem.             Milhazes JoséAUTOR > Alberto Rei : Invadindo países independentes.          NUNO CASTANHEIRA COELHO: Só o atraso sócio- cultural do nosso país pode explicar que ainda existam portugueses, simpatizantes de partidos como o PCP, que aceitem a actuação da Rússia ao desencadear a guerra.         Jose Augusto Mira Pires Borges > NUNO CASTANHEIRA COELHO: Isso e a má-fé, a inveja e a falta de carácter. Continuo é sem perceber porque é que com tanta coisa boa nesses países amigos do PCP, ninguém emigra para lá e os que lá estão, só não saem porque não os deixam...

 

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