Para ver se resulta em mudanças num mundo
de contradanças. Como os seus comentadores, (na maioria, não na totalidade,
hélas!) – eu também fico feliz, com a presença semanal erudita e esclarecedora
do Dr. Jaime Nogueira Pinto, que nos vai elucidando a respeito destes tempos de
muita malícia e habilidade deturpadora ou acentuadora dos dados, para prestígio
próprio ou para o mal alheio. Venha Meloni, só, de resto, para uma pausa de
expectativa. Vivemos uma guerra monstruosa, e a Itália tem pouco peso
dissuasor. Os adeptos de Putin defenderão sempre Putin, que esse, sim, tem
poder visível, que é o que conta. Mas gostamos sempre destas leituras
históricas que põem os pontos nos ii, há muitos anos já, sem consequências
reais sobre os percursos históricos actuais, mas que nos aquecem a alma,
enquanto por cá andarmos.
Opinião: Itália: o novo perigo
O novo “perigo para a Democracia” é
agora mais subtil e está mais próximo, e em vez de encarnar figuras masculinas,
com ar de ferrabrases, assume a forma de uma mulher.
JAIME NOGUEIRA
PINTO Colunista do Observador
OBSERVADOR, 06
set 2022, 00:3053
Os
alarmes vão subindo de tom, enquanto, num coro orquestrado, os
porta-vozes euro-americanos da esquerda liberal chique – Le Monde, El
País, La Repubblica, The Guardian, The New York Times – anunciam o novo perigo iminente. Desta vez o perigo não assume a forma de um
milionário populista, como Trump, ou de um militarista, como Jair Bolsonaro (que o
impoluto Lula da Silva irá neutralizar em Outubro); ou
de paleocatólicos, como os polacos do Direito e Justiça, ou sequer do
Inimigo Número Um do Progresso e das Luzes, o demónio reaccionário de Budapeste, Viktor Orbán. O perigo é agora mais subtil e está mais próximo, e em
vez de encarnar figuras masculinas com ar de ferrabrases, assume a forma de uma
mulher. Uma mulher de 45 anos, talvez de aspecto
demasiadamente feminino para os fluidos gostos dos partidários do novo
despertar; uma mulher com o ar tranquilo de executiva de outros tempos ou até
de arcaica dona de casa americana, saída de um dos idílios paternalistas de
Norman Rockwell. Um perigo.
O
diabo de saias
O
perigo é agora Giorgia Meloni, líder do
partido Fratelli d’Italia e, nessa
qualidade, cabeça da coligação de centro-direita que, ao que tudo
indica, irá vencer as eleições italianas de 25 de Setembro.
Numa
sondagem de vários institutos, anunciada pela Sky TG24 a 27 de Agosto,
o Fratelli surge como o primeiro partido, com 24,7% das intenções de
voto; seguem-se o Partito Democratico (PD), com 22,7%, La Lega,
com 13,4%, 5 Stelle, com 10,9%, Forza Italia, com
8,4%, Terzo Polo, com 5,9%, I Verti/Sinistra, com 3,4%.
Depois, vem uma série de partidos com menos de 3% de espectativas de voto.
O problema é que, em coligação, a
vantagem do centro-direita é manifesta: os Fratelli de Meloni (24,7%)
estão unidos à Lega de Salvini (13,4%) e à Forza Italia de
Berlusconi (8,4%) e a soma dos três é 46,5%. Contra, a coligação da
esquerda, Partito Democratico com I Verti/sinistra e +
Europa, fica-se pelos 29,5%. O Movimento 5 Stelle vai às urnas
sozinho. Assim, e dado
o sistema eleitoral italiano, que premeia as maiorias, é natural que a
coligação liderada por Meloni tenha uma significativa maioria de lugares no
Parlamento. O actual sistema eleitoral foi consagrado pelas
reformas constitucionais a partir de 2017: é um sistema misto proporcional e
maioritário que determina que 148 deputados e 74 senadores (37% do Parlamento)
são eleitos em colégios uninominais, e os restantes, a maioria, 244 deputados e
122 senadores, são eleitos de forma proporcional.
Foi a lei constitucional de 19 de
Outubro de 2020, votada por uma esmagadora maioria, que reduziu o número de
deputados de 630 para 400 e o número de senadores de 315 para 200. A Itália, que era o país europeu com um maior
número de parlamentares eleitos pelo povo (945 antes da reforma aprovada por
referendo popular em 2021), deixou então de o ser. Com as expectativas de
voto indicadas pelas sondagens, o centro-direita pode esperar cerca de 250
deputados no Parlamento e de 125 senadores, o que fará de Giorgia Meloni a
próxima primeira-ministra de Itália, com uma larguíssima vantagem.
O “perigo fascista”
Perante este cenário – e mesmo descontando a ignorância negligente
ou culposa da generalidade dos jornalistas e comentadores sobre a Direita, as
suas ideias, doutrinas e movimentos, que tende a aplicar a tudo o que não é
esquerda o rótulo de “extrema-direita” e de “fascismo”, prescindindo, por uma
vez, dos seus afamados “fact checks” –, percebe-se o alarme reinante. É que a Itália é um país importante da Europa e da União
Europeia, e uma vitória daquilo a que neo-esquerdistas, tardo-comunistas e
ignorantes chamam “pós-fascismo” ou “ultra-direita” não deixará de ter
consequências.
Mas haverá razão para tanto medo?
Os
termos fascismo e fascista tornaram-se rótulos usados como insulto para
neutralizar ou desqualificar inimigos políticos. Até no interior da Esquerda
foi assim: nos anos Trinta, os comunistas de Moscovo – Estaline e
Zinoviev – usaram o termo para o arremessar à
social-democracia alemã, para eles cúmplice do fascismo. Mais
tarde, durante a Guerra Fria e o conflito sino-soviético, várias seitas
radicais esquerdistas o viraram contra os soviéticos, que descreviam como
“sociais-fascistas”.
No
seu programa fundacional, o fascismo italiano procurava fazer convergir a
comunidade nacional com a ideia de justiça e solidarismo social. O combate à decadência foi determinante na ideologia
fascista e a ideia de ruptura revolucionária e autoritária com a ordem
parlamentar liberal foi essencial na doutrina e verificou-se na prática. Mussolini,
o inventor do Fascismo, tinha uma
ascendência intelectual e social socialista revolucionária, de sindicalista
militante. Combinava essas raízes com a experiência das trincheiras e com uma
cultura política italiana dominada pelo realismo
maquiavélico. As teses paretianas sobre a circulação das elites e a permanência da
oligarquia são também essenciais para perceber as raízes do fascismo.
Para
a caracterização e o entendimento do triunfo do fascismo é ainda preciso levar
em conta mais dois fenómenos: a
“Grande Guerra” e a revolução bolchevique. A Grande Guerra acabou com a Belle Époque e
com a douceur de vivre da Europa conservadora burguesa e liberal
retratada por Proust, por Stefan Zweig e Joseph Roth. E destruiu os impérios continentais – o dos Habsburgo, o dos Hohenzollern, o dos Romanoff e
até o Otomano – criando
na MittelEuropa e
na Eurásia uma grande fragmentação nacionalitária e identitária.
Nesta
confusão, depois da Revolução de 17, o medo dos bolcheviques levou as classes
altas e as classes médias a apoiar as reacções anti-liberais, que foram de duas
espécies: as
militarizadas, ordeiras
e conservadoras, como as que levaram ao poder Horthy, Piłsudski, Primo de
Rivera e, em Portugal, depois da Ditadura Militar, Salazar; e as revolucionárias, fascistas ou nacional-populistas, que aconteceram
na Itália, por via de um misto de movimento de massas e golpe de Estado – a
marcha sobre Roma, em Outubro de 1922; ou na Alemanha, 11 anos depois, com
o Machtergreifunghitleriano. Nestas, os instrumentos não foram os
militares, os Exércitos, mas os movimentos de massas e as vitórias eleitorais.
Estas
reacções ou revoluções – as nacionais autoritárias e as fascistas (sendo o
nacional-socialismo um caso particular de fascismo pelo factor racial e as
consequentes políticas de extermínio) –
tiveram em comum a rejeição do processo de livre
competição democrática partidária como processo de selecção dos governantes,
uma rejeição fundamentada em textos teóricos e na prática política. E controlos
policiais e censórios às liberdades fundamentais.
Ora os movimentos e governos que a
Esquerda hoje acusa de fascistas (que corresponderiam aos fascismos italianos
ou ao hitlerismo) e de “ultradireita” (que corresponderiam mais ao nacionalismo
autoritário, tipo Salazar ou a Franco, embora para a maioria da crítica pouco
informada funcione a amálgama) não têm, nem na teoria nem na prática, qualquer
espécie de anti-democratismo. Na
Polónia e na Hungria há oposição e eleições competitivas, juízes independentes
e Estado de Direito.
Direita Nacional e Popular
Há,
no entanto, traços comuns, tanto entre os movimentos fascistas e os regimes
autoritários do entre-guerras, como entre os nacionalismos populares dos nossos
dias: a defesa
dos valores da Nação, da História, da independência nacional ou da Família. São, de resto, valores comuns às direitas, e o seu
abandono pelos partidos clássicos e conservadores explica também o aparecimento
e progresso dos novos movimentos ditos populistas.
Na Esquerda, o facto de os comunistas
serem pela igualdade e os sociais-democratas também, não leva ninguém a chamar
“comunistas” ou “estalinistas” aos sociais-democratas, nem a fazer amálgamas. O mesmo
não acontece na Direita em que qualquer paralelo, por mais ténue, é prontamente
amalgamado ao hitlerismo. E no
sentido de ruptura ideológico-institucional há paralelos entre fascistas de
ontem e populistas de hoje: o fenómeno
da decadência, por exemplo, que há um século tinha mais valor e
significado político, e hoje é sentido pelos europeus das classes trabalhadoras
e médias, na desindustrialização e desnacionalização das suas economias. E
o populismo é uma reacção ao aparente desinteresse da sorte dos
povos das elites tradicionais económicas e políticas, mais voltadas para os
“grandes desígnios” da comunidade internacional, do planeta e da espécie
humana, animal e vegetal.
É também uma reacção aos riscos da
marginalização das nações europeias na luta China-Estados Unidos, sobretudo na
lógica da “cruzada democrática” de Biden, que as atira para o dualismo The
West against the Rest, com os europeus a suportarem os custos do enfrentamento
com a Rússia por causa da Ucrânia.
Identitariamente, em vez de uma “conspiração dos judeus”, há uma imigração
com características culturais e incidências civilizacionais que parte da
população europeia considera alheia, hostil e desintegradora para a sua
identidade nacional. E, finalmente, reage ainda a uma ameaça paralela e
também internacionalista, embora de natureza diferente, à do bolchevismo de há
cem anos: o ataque cultural aos valores e instituições
euro-ocidentais – à Religião, à Nação, à Família – pelas novas ideologias do Wokismo e da Cultura do Cancelamento.
Meloni e os FDI respondem a tudo isto, caracterizando o que é histórico, passado e o que
permanece: Mussolini
é História e pertence à História; como o fascismo e o uso da violência e as
imposições anti-liberais e anti-democráticas do Estado totalitário são História
e pertencem à História. O
objectivo da coligação italiana de Centro-Direita é defender os valores
nacionais e conservadores em termos democráticos, eleitorais, procurando e
conquistando o voto do povo.
E
hoje são as elites do sistema que, através dos seus órgãos de formação,
informação e deformação, são desconfiadas e críticas do voto popular, ao ponto
de insistirem permanentemente no perigo do populismo, como uma forma de
“enganar o povo”, repetindo
argumentos que há cem anos os fascistas e os autoritários usavam para
justificar a supressão das liberdades e da Liberdade. Veja-se o
processo, em Itália, de adiar as eleições, que durou até Draghi se demitir,
precipitando a crise.
Isto, ao mesmo tempo que, nas áreas
onde estabeleceram, senão o monopólio, pelo menos a hegemonia, os Woke e os
seus cúmplices reprimem, expulsam, regulam, silenciam, cancelam, intimidam.
Mas fora daí – e apesar de uma
propaganda sistémica e sistemática – a generalidade do povo italiano parece
manter a sua liberdade de escolha. Vamos ver no dia 25.
ELEIÇÕES POLÍTICA ITÁLIA EUROPA
COMENTÁRIOS:
MURiaz Carmali: Apreciei o artigo do JNP a quem saúdo democraticamente. Contudo,
tenho as seguintes observações a fazer. 1) Se ser de Direita abarca a crença no Deus Único,
na família tradicional homem/mulher, em aceitar todas as religiões dando o
mesmo respeito a todas, em ser-se contra a Eutanásia, contra a legalização das
drogas e prostituição, em se defender a igualdade de todas as etnias, e demais
valores conservadores, em se defender a identidade nacional que não assente em
princípios raciais e religiosos, em se defender o Património Histórico e a
História do país, em não se destruir monumentos, em se respeitar (como se faz
nos EUA) o Princípio "do Primado do Indivíduo sobre o Estado", em se
aceitar o Estado Social, então essa Direita está muito próxima do meu
Pensamento e da minha forma de estar na Vida. 2) JNP
disse: "há uma imigração com características culturais e incidências
civilizacionais que parte da população europeia considera alheia, hostil e
desintegradora para a sua identidade nacional." É
importante referir que o autor não se refere a ele mas sim a parte da população
europeia. Esses receios são legítimos dentro de um quadro democrático. Quem imigra para a Europa deve integrar-se na
Sociedade Receptora sem contudo perder a sua Identidade. Para isto acontecer, o
Estado Receptor também tem de criar mecanismos que permitam a integração do
Imigrante sem este perder a Identidade. Dou 3 exemplos: — França. Neste país,
nem o Estado tem um modelo integrador que permita ao Imigrante manter a sua
Identidade, nem algumas comunidades imigrantes estão interessadas em se
integrarem. Isto tem
também a ver com o Modelo Político que rege a França, o qual não
aceita o Princípio do Primado do Indivíduo sobre o Estado, sendo que isto se
verifica desde antes da revolução francesa e permeou tanto as formas de governo
monárquicas como as republicanas; – Reino Unido: Neste país
(bem como nos EUA), o "Princípio do Primado do Indivíduo sobre o
Estado" é levado bastante a sério, e para se ser britânico (ou americano),
não é necessário o Imigrante perder a sua Identidade, nem ter certas
características raciais. Conheço
muito bem a realidade britânica e já estive naquele país inúmeras vezes. O Reino
Unido é uma Sociedade Multicultural onde o Indivíduo pode ser britânico e ao
mesmo tempo manter a sua Identidade. Daí, Muçulmanos, Hindus, Sikhs e outras comunidades
não caucasianas, estejam bem integradas, sentindo-se britânicas e mantendo as
suas identidades. – Portugal, a minha
terra amada! O modelo português é muito parecido com o britânico
no tocante à imigração e a vários outros aspetos sociais. Porém, os nossos políticos
ainda precisam de aprender que numa Democracia, o "Princípio do Primado do
Indivíduo sobre o Estado" deve ser uma realidade, algo que na nossa terra
não o é. Quanto
à integração dos imigrantes, dou o meu exemplo. Sou neto de imigrantes indianos
que migraram da Índia para a Antiga Província Portuguesa se Moçambique, onde
nasceram os meus pais e tios. Após o 25 de Abril, toda a minha família imigrou
para a Metrópole, porque sempre se sentiram portugueses e não queriam estar num
lugar onde não houvesse Jurisdição Lusitana!! Eu nasci em Lisboa há 43 anos,
sou Muçulmano Praticante e Português Altamente Patriota!! Nem eu nem
os meus familiares, nem as pessoas que vieram de Moçambique, alguma vez
sentimos qualquer incompatibilidade entre ser-se Português e Praticante de uma
Religião que não seja a Cristã. 3) Conclusão. Face ao
exposto acima, não vejo por que a Direita é tratada como um bicho papão!! Se o é por
defender uma imigração não discriminatória mas numericamente controlada? Eu
também defendo esse princípio!! Se o é por temer a substituição de uma maioria racial
por outra ou outras? Eu também não defendo essa substituição!! Poderia
dar muitos exemplos mas por uma questão de falta de tempo, fico-me por aqui,
saudando o autor deste texto e todos os meus e minhas compatriotas. Viva
Portugal e vivam os Portugueses!! 🇵🇹🇵🇹🇵🇹 Filipe Costa: Temos aqui uma ideologia correcta, eu não avalio esquerdas
e direitas, avalio políticas e resultados. Se as políticas produzirem sempre os
mesmos resultados medíocres, há que mudar. Ponto. Carminda Damiao: Muito bom. É sempre um prazer
ler os seus artigos. Mapril
Oliveira: Tão democráticos que eles são! Por isso simpatizam com Putin, esse
expoente de liderança democrática! Riaz Carmali: Já estava a sentir a sua falta por não ter publicado o artigo tradicional
ao Sábado. Posso discordar de si em certas matérias, mas respeito-o como
intelectual e quero dar-lhe as "boas vindas" por mais um artigo, que
irei ler com toda a atenção, para depois deixar aqui a minha opinião, In Shaa
ALLAH. Cumprimentos Eduardo L: Brilhante! Simplesmente
Maria: Quando julgamos que o pensamento único está
insanamente coeso, eis que nos surge Jaime Nogueira Pinto a dar-nos notícias da
mudança. Obrigada Alexandre
Barreira: Muito bem, caro JNP. No fundo, não disse nada de novo. Mas olhe que a
"rapariga", a ganhar, não vai ter a vida facilitada ! Joaquim Almeida: Patronos.
Egrégio e muito estimado Jornalista jmf : Com sã consciência, pode
um democrata "patrocinar" um jornal que, em termos objectivos,
mantém uma parceria com média brasileiros que banalizam a mistificação, a
mentira e a censura? Os Média, inimigos da liberdade de expressão de opinião,
que aplaudem com silêncio cúmplice a perseguição política movida por corruptos
juízes do STF e do STE contra opinião conservadora, mediante processos
inconstitucionais, ilegais, arbitrários, secretos e inquisitoriais, com farta
devassa policial-pidesca de vidas privadas, desmonetização, algumas
prisões e muita intimidação. É com esses média militantes partidários,
traumatizados pelo desmame de verbas públicas (a Folha, v. g., recebeu em 3
anos do actual Governo apenas 400 mil euros, contra um total de 106 milhões de
euros (529 milões de reais) nos 16 anos Lula-Dilma - Temer.), é com esses
média que este jornal prefere continuar a dar-se, ignorando ou voltando
as costas a outros, comprometidos com a honestidade intelectual e a verdade e
que, por definição, devia acompanhar? Gazeta do Povo - diário centenário, agora
digital, JovemPan - com a 2.a maior audiência na tv paga, com múltiplos
programas diários onde se pratica o contraditório - Lacombe e a Rede-tv,
Brasil Paralelo, TerçaLivre, Alexandre Garcia, Augusto Nunes, Cristina Graemli,
G. Fiúza, Caio Coppolla, e tantos outros - todos esses nomes não dizem
nada a este jornal? Caro JMF, a campanha dos patronos tem ínsita uma
contradição nos seus próprios termos que urge resolver. Ou estamos perante um
esforçado Sísifo que a si próprio se condena? Um Sísifo trouxa,
digamos... Nunya
business > Joaquim
Almeida: MUITO
BEM!! Subscrevo inteiramente. Joaquim
Almeida: Lapidar
revisão da matéria. Parabéns e obg. Lidia Santos:
Brilhante. Obrigada. Henrique
Frazão: Excelente artigo. Margarida Rosa: Dr. Jaime
Nogueira Pinto não estou muitas vezes de acordo consigo, mas não deixo de ter
uma enorme admiração pela sua forma de observar o mundo. Jorge Lopes: Viva Itália
! Obrigado por mais um excelente artigo, Dr.Jaime Nogueira Pinto ! Paulo Orlando: O problema
de fundo é que as elites derivam facilmente de ideologia mantendo os
privilégios enquanto a ralé continua a sustentá-las independentemente dos
regimes instalados. O Estado de Direito não é mais do que um artifício para
controlar a ralé protegendo as elites. Henrique
Frazão > Paulo
Orlando: Na minha opinião esse fenómeno é evidente em Portugal com o PS v PSD/CDS
no poder. MCMCA
> Henrique
Frazão: E falta o
BE que com os impostos da classe média compra, também ele, os votos da triste
ralé. João Ramos: Como sempre clarificador, obrigado Jaime! Sofia Fernandes: Muito
obrigada pelo excelente artigo. Contra a desinformação, o conhecimento; contra
a autocracia, a liberdade de pensamento. Francisco Lobo de Vasconcellos: Mais uma
vez uma explicação clara, fundamentada e concisa dos tempos actuais. Muito
obrigado! Isabel Amorim:
Que saudades que tinha dos seus
artigos! Enchem a alma de tão lúcidos! bento guerra:
Um reaccionarismo estrutural
com laivos misóginos. Mudança ! Jose Luis
Salema:
Muito obrigado Jaime Nogueira
Pinto. É bom percebermos como funciona a direita e de forma simples. Helder Machado: O artigo
revela não só conhecimento profundo da história contemporânea, como uma coragem
intelectual praticamente desaparecida do ambiente medíocre onde se vegeta.
Jovens: parem o tic toc por uns momentos e atrevam-se a ler! Estar desatento
leva à submissão. Já estão a pagar um preço muito alto. Muito obrigado, Jaime. Jose Luis Salema: Muito
obrigado Jaime Nogueira Pinto. É bom percebermos como funciona a direita e
de forma simples. Joaquim Lopes:
A Itália tem mantido muita
produção industrial em Itália e se assim continuar, sem a entregar à RPC, vai
muito bem, há coisas que quando se perdem não voltam, o saber fazer e ser
auto-sustentável, a Itália ainda é uma potência industrial espero que mantenha,
a França desapareceu, a Alemanha igual, agora queriam por via do Fórum Mundial
esses sim que pelo uso da palavra e abuso são os fascistas mundiais. MCMCA > Joaquim
Lopes: Está-se a
esquecer o que se passa na indústria têxtil italiana: o Prado, terra mítica das
famosas lãs italianas onde eram manufacturadas as melhores malhas e onde a
indústria têxtil foi vendida a chineses que, pronto, despediram os
trabalhadores italianos e os substituíram por chineses que dormem nas fábricas
e são escravizados perante autoridades que, fecham, na Europa de hoje, os olhos
às miseráveis condições de trabalho que lá se praticam. Foi no Prado que se
iniciou a expansão da epidemia covid na Lombardia, trazida por imigrantes
chineses de Wuhan que após o natal na China regressaram ao Prado e contaminaram
a Itália, Europa e o resto do mundo. João Floriano.
Excelente como é habitual. A
História é da máxima importância para perceber os acontecimentos do presente.
Filipe Brandao. Excelente. Maria
Nunes: Brilhante
artigo. Obrigada JNP. João Eduardo Gata: Parece que Itália precisa de ser posta em quarentena até
aprender a ser racional. Joaquim
Lopes > João
Eduardo Gata: Sim e o seu Portugal da geringonça, numa gateira? Henrique
Frazão > João
Eduardo Gata: Muito democrata a sua observação, o voto do povo só vale quando ganham os seus, caso
contrário quarentena neles. LJ ® > João
Eduardo Gata: E os outros é que são fascistas… Joaquim Almeida > Henrique
Frazão: Democrata e original... bento
guerra: Itália: o FALSO perigo. O partido
"socialista" P. Democrático tem estado ligado à governação, desde que
Berlusconi saiu, em 2011.Conseguiram controlar o Presidente, de eleição
parlamentar, um inútil bota-discurso e finalmente, até garantiram o governo do
"avalista" financeiro internacional, o super-Draghi, autor do
dinheiro barato, para os governos espatifarem. Assim, a Itália chegou quase ao
nível da Grécia, em dívida e problemas de desigualdade social, a que acrescenta
ser a entrada dos africanos dos barcos de recurso, actividade negreira desta
década. Muitos
italianos estão fartos desta classe política oportunista e querem mudar. A
Meloni ocupa o primeiro lugar nas sondagens, desde há um ano. É agora, ou nunca. V.
Oliveira: Um aplauso Sr. Jaime Nogueira Pinto! O discurso do perigo já vem de
longe. Aqui em PT, o discurso do medo do PCP e dos embriões do BE vem desde 25
de Novembro de 1975. Ia ser o regresso ao fascismo, o fim do mundo... Luis
Ferreira > V.
Oliveira: O PS tem, neste aspecto, o mesmo discurso de PCP e
Bloco, que são partidos anti democráticos. V.
Oliveira > Luis
Ferreira: Sim, concordo
consigo. Na ocasião a que me refiro (25Nov1975) existia um outro PS, que,
claramente, se demarcava desses partidos da extrema-esquerda e
anti-democráticos. Na actualizade é como diz, o mesmo discurso manhoso daqueles. MCMCA Luis
Ferreira: Esquece as boutades do nosso PR. Pontifex
Maximus: Excelente artigo, com certeza muito actual. Todavia poderia ter
acrescentado um ponto, que reputo muito importante: é a segunda vez que os
Estados Unidos impõem à Europa que assuma os custos do “West against the Rest”,
sendo a primeira vez, na sequência da II Grande Guerra, o fim dos impérios
coloniais em África e na Ásia (nas Américas o fim dos impérios teve causas
diferentes e foram até o espoletar do aparecimento dos EUA). E a importância
disto poderá ter efeitos catastróficos e muito piores que o anterior, pois que
se da primeira vez foi a irrelevância político-militar da Europa no mundo mas
continuou a manter alguma da sua relevância económica, desta vez temo
seriamente que a guerra da Ucrânia nos leve à irrelevância total e os proveitos
fiquem todos do lado americano. Ou até mais precisamente anglo-saxão, que é
aquilo em que os ingleses (não os britânicos, note-se) andam a apostar
sorrateiramente. Ou julgam que a escolha da nova primeira-ministra inglesa, que
quer desde já rasgar o acordo do Brexit duas vezes assinado pela coroa, é mera
coincidência no tempo? Isso não existe em política. Pedro
Ferreira > Pontifex
Maximus: Não estou bem a ver como é que os EUA podem impor à
Europa que assuma os custos do West against the rest uma vez que quem se
deixou ficar nas mãos da Rússia e da China foi a Europa ao ter-se desindustrializado
e não ter procurado a independência de certas matérias primas indispensáveis
para a vida dos Europeus. Pedro Fontes > Pedro
Ferreira: Custos recorrentes futuros: A NATO está
"aos poucos" a transformar-se na "polícia do mundo",
quando esse papel dantes era apenas feito por um país Custos
recorrentes futuros, associados às sanções: ora a UE convivia bem com o gás
russo ... "F@ck the EU!" Pontifex
Maximus > Pontifex
Maximus: Pedro, não foi a Europa que escolheu desindustrializar-se,
foram os americanos que o impuseram
nos anos 70 com a concessão do novo papel à China maoista pelo presidente Nixon
(justificado pela luta contra a união soviética mas que deu no que estamos a
ver na guerra na Europa…) a que os europeus não puseram prego nem estopa! É verdade
que sobrepôs alemães também deslocalização (sobretudo o automóvel) mas
fizeram-no tardiamente e a reboque dos americanos e como condição de
sobrevivência, haja memória.
Luis Ferreira: Brilhante. O
conhecimento é essencial à opinião livre e à liberdade. Vale a pena continuar a
assinar este jornal para poder ler este homem. Não sei se publica em livros
estas crónicas, como felizmente fez Carlos M. Fernandes (Vai correr tudo mal,
Aletheia Editores, 2021), mas eu agradecer-lhe-ia que o fizesse. Troca
Tintas: O único perigo
para a democracia é o jornalixo! João
Floriano > Troca
Tintas: Concordando em grande parte com o Troca Tintas, lembro que a proliferação
das redes sociais também dá uma ajuda e neste caso torna-se ainda mais
complicado do que o jornalixo porque a linha vermelha ( está na moda) entre liberdade
de expressão e libertinagem na expressão é extremamente ténue. João Floriano > Troca
Tintas: Concordando em grande parte com o Troca Tintas, lembro que a
proliferação das redes sociais também dá uma ajuda e neste caso torna-se ainda
mais complicado do que o jornalixo porque a linha vermelha (está na moda) entre
liberdade de expressão e libertinagem na expressão é extremamente ténue. Carlos
Chaves: Caríssimo
Jaime Nogueira Pinto, obrigado por esta brilhante crónica de esclarecimento,
nomeadamente por ser dos poucos no nosso país a classificar o regime de Salazar
como nacionalismo autoritário, o que é diferente de ter sido um regime
fascista, como a esquerda Portuguesa sempre nos tem querido convencer. Américo Silva: Talvez a Europa, que tal como o Japão perdeu a soberania,
ainda não a tenha perdido de vez? De Gaulle furtou a França de ser incluída
entre os derrotados por uma unha negra, e não perdoaram, um movimento
orquestrado, até hoje nunca esclarecido, Maio de 68, virou a mesa. As despesas
da CIA têm-se mostrado eficazes, e os telefones dos líderes europeus estão sob
escuta. Até Segolene Royal está desconfiada. Carlos Quartel: O perigo vem do bombeiro, não do
incêndio. De facto, esses arautos dos grandes perigos são eles próprios o
maior perigo para a democracia e para as liberdades. Acossam, caluniam e
perseguem quem não lê pela cartilha do politicamente correcto, pelas suas
inclusões e exclusões, pela fabricação de uma sociedade de racistas e tarados
que os perseguem e os segregam. E, mesmo cá, já chegaram alto.
Assassino ao almirante e ao Ferro, despedimento do prof de Aveiro, com
entusiasmada colaboração do reitor, mais o camarada que quer matar o homem
branco, arrogância dos orgulhos LGBT, etc etc É neles que está a intolerância, a
perseguição e o desejo de eliminação, não nos partidos das várias direitas, que,
apesar de pedirem mais músculo, sempre agiram dentro do mundo
democrático, do voto , da alternância e do pluralismo.
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