segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Esclarecendo


O texto de José Manuel Fernandes. E a unanimidade de opiniões, enfim,  quando se observa que a casa arde.

António Costa fez as contas?

O problema não é o que António Costa fez agora, com o seu pacote anti-inflaccionista, mas o que fez durante sete anos ao optar, recusando reformas, pela estagnação económica.

RUI RAMOS Colunista do Observador

OBSERVADOR, 09 set 2022, 00:2148

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“É só fazer as contas”, disse um dia o pai fundador do corrente poder socialista. Durante anos, houve dúvidas de que os  portugueses tivessem ouvido António Guterres. Mas esta semana, perante o pacote anti-inflaccionista de António Costa, os portugueses parecem finalmente ter feito contas. E as contas que fizeram não bateram certo com a excitação de Pai Natal com que o governo expôs as suas “ajudas”. Afinal, a doação de 125 euros é única, e, com a subida dos preços, não vai muito além de um carrinho de supermercado. Afinal, a grande poupança no custo da electricidade pouco mais significa do que um euro por mês. Afinal, o maior aumento de pensões desde o euro é também, a prazo, o maior corte de pensões desde o euro. E a pergunta foi geral: o governo não fez as contas?

É claro que fez. Acredito, aliás, que foi por ter feito as contas que os números são o que são. Na quarta-feira, na Assembleia da República, o grande chapéu-de-chuva que os governantes abriram para se protegerem do aguaceiro crítico da oposição foi este: não podia ser melhor. O governo está à frente de um Estado que permanece tragicamente endividado, com uma economia estagnada e uma população envelhecida. Ora, a maior inflação dos últimos anos pôs toda a gente a prever, na Europa, a correspondente maior subida de juros dos últimos anos. Com esse horizonte, o governo não podia ir longe.

Não é uma novidade. Os portugueses, se além de fazerem as contas, puxarem pela memória, concluirão que já viram este filme: também as ajudas do Estado às empresas durante os confinamentos do Covid foram em Portugal das mais baixas da UE. A “incerteza” que os governantes invocaram no parlamento não é outra coisa senão a suspeita de que o dinheiro barato com que durante sete anos disfarçaram os problemas pode acabar. Daí, o que agora chamam “prudência”.

A verdadeira opção de António Costa não foi ajudar menos quando podia ajudar mais, mas não deixar a sociedade portuguesa prosperar quando, durante sete anos, teve para isso as condições mais favoráveis da história de Portugal: uma população mais educada do que nunca, dinheiro barato, o acesso a um grande mercado unificado na Europa. Tudo se perdeu, porque em 2015 Costa fez outras contas. Em primeiro lugar, concluiu que, depois de derrotado nas eleições, podia ser primeiro-ministro com o apoio da extrema-esquerda, isto é, dos principais inimigos da economia de mercado e da democracia liberal. Em segundo lugar, convenceu-se que podia um dia ganhar eleições se formasse um bloco eleitoral com os dependentes do Estado. Desde 2015, aproveitou o crédito restabelecido por Pedro Passos Coelho, para aumentar o número de funcionários do Estado e o seu custo. A despesa pública passou de 86 mil milhões em 2015 para 91 mil milhões em 2019, antes da pandemia. Para entregar em Bruxelas os défices de que dependia o financiamento do BCE, tivemos as “cativações” e a degradação dos serviços públicos, a começar pelo SNS. Continuámos a divergir da Europa, como desde que o PS tomou conta do governo em Portugal e suspendeu o processo iniciado por Cavaco Silva de modernização e adaptação aos mercados globais. Num país assim, quando as vacas emagrecem, não há muito para acudir às necessidades.

Não, não estou a culpar António Costa por tudo. A crise energética e a inflação causariam sempre perdas. Mas a sociedade portuguesa vai sofrer essas perdas a um nível de riqueza mais baixo do que aquele em que, com outras políticas, poderia estar. É essa a responsabilidade de António Costa. Portanto, não lhe peçam só contas pelo que está a fazer agora; peçam-lhe contas pelo que fez durante sete anos, porque é isso que está em causa.

GOVERNO   POLÍTICA   ANTÓNIO COSTA   INFLAÇÃO 

COMENTÁRIOS:

Andrade QB: Uma das convicções de Costa mostrou-se tão certa que continua com a gorjeta dos 125€, "...convenceu-se que podia um dia ganhar eleições se formasse um bloco eleitoral com os dependentes do Estado...". Sendo o voto secreto, nem todos o venderão por 125€, mas lá chegará o tempo em que, como já acontece nalguns países em que parodiam a democracia, Costa dará esse dinheiro à boca das urnas e sob o controlo do seu bom uso por  olheiros.           Charly Lux: O único problema do artigo é que as contas sobre a dívida e a despesa pública estão erradas’ há boas razões para criticar António Costa mas os argumentos usados têm um problema: não batem certo com a realidade. Assim não vão lá! já agora explique lá quais são as reformas anunciadas pelo excelente governo de Passos Coelho e que nos iam colocar na senda da prosperidade. Seria a famosa devolução do IVA prometida antes das eleições de 2015?               Miguel Cabaça > Charly Lux: O governo de passos coelho aplicou as reformas acordadas por José socrates com a troika. O homem nunca governou na realidade, serviu só para levar nas orelhas pelos erros socialistas.           Manuel Cabral: Artigo excelente mas, infelizmente, não vi o PSD ter feito ou sequer dito algo de relevente... A IL é a única que diz alguma coisa de jeito!            Pedro Reis: dos 7 anos , já teve a resposta , maioria absoluta.  Em democracia a culpa é dos eleitores. Tudo foi anunciado pelo PS e denunciado pela oposição. Escolheram, vivam com a escolha.            J. Costa: O PS a partir de Guterres transformou-se num partido de propaganda em que as suas narrativas descolam da realidade. O certo é que estas narrativas conquistam votos e vão fazendo com que o PS tenha governado 21 dos últimos 27 anos com o resultado que sabemos.  Portugal tem empobrecido quando comparado com os outros países europeus e os serviços públicos como saúde e educação estão em mínimos históricos. O socialismo sempre foi e sempre será uma fábrica de fazer e manter pobres de forma a se perpetuarem no poder.                  FC: Não sei ainda como, mas cheira-me que este governo, mais dia menos dia, estatela-se ao comprido e cai de podre no meio da rua, por pura incompetência. Não há nada que consiga fazer bem. E o que faz mal (que é quase tudo) é sempre com a bênção de São Marcelo o Deus da Festa. É tão trágico como é urgente correr com esta malta e reformar o país. Acordar o país! Gritar ao ouvido da malta que dorme!          João Ribeiro: Eu acho isto LINDO! Tenho pena dos 20 ou 30% de portugueses que desejam um país onde possam prosperar com o próprio esforço, mas o resto da população merece é isto mesmo. Ainda há uns dias andava aqui um nobre cidadão que não conseguia esquecer que o PPC lhe cortou a pensão : "PSD nunca mais!", bradava. Acho que ele estava convencido que só os eleitores do PSD é que deviam pagar a factura da bancarrota do Sócrates. Hoje não aparece aqui nenhum xuxa para defender o PM a quem deram maioria absoluta.  O mais engraçado é que o pior ainda está por vir. Quatro aninhos para toda a gente ver o que o PS é: um partido verdadeiramente democrático a distribuir pobreza.             Sérgio  > João Ribeiro: Um povão reles iletrado medíocre e analfabeto que só percebe de chutadeiros de fuitiboilas....                Tiago S: SALVO PELO GONGO Bom regresso de férias de RR. Prosa limpa, ideias escorreitas, visão liberal, o que pretendemos do Observador. Desta vez uma súmula assertiva sobre 7 anos de governo socialista. Apenas com um pequeno problema: o momento passou. No momento em que as redes sociais estavam ao rubro e na chacota total com as panaceias servidas pelo governo socialista para obstar à inflação, à depauperação do português médio, e aos piores cenários macro-económicos que se avizinham, eis que Elizabeth Alexandra Mary morre. Mas quem por raio é Elizabeth Alexandra Mary? Simples: uma velhinha também conhecida por Elizabeth II, by the Grace of God, of the United Kingdom of Great Britain and Northern Ireland and of her other realms and territories Queen, Head of the Commonwealth, Defender of the Faith.  Resultado 1? Quando os media começavam a questionar finalmente o mirabolante daquelas medidas, quando Montenegro estava a malhar e Costa himself aparecia nas notícias de 2ª e 3ª muito aflitinho, e tinha inclusive uma entrevista de fundo programada para a voz do dono (SIC) na terça à noite (e que não foi emitida ...), eis que a Defender of the Faith, decide partir, assim, sem mais nem menos, e tudo se esfuma entre os dedos. Resultado 2? O logro do governo socialista passou num ápice do centro das atenções e a agenda dos media seguiu para bingo como sempre, com um anúncio hoje de um ministro e nada mais de questionamento sobre a mentira das medidas anti-inflacionistas. E Costa? Mais uma vez salvo pelo gongo. Tenho para mim a esperança de um dia voltar a ser governado em social-democracia liberal, depois de 25 anos perdidos, dos quais 19 de tragédia socialista, 4 de sacrifícios e reformas (Coelho) e 2 de algumas reformas (Barroso). Sempre acreditei, como continuo a acreditar, que na primeira dificuldade séria, o largo do rato mandará costa arrear, como mandou guterres e sócrates, é bom não esquecer. O momento será aquele em que a perspectiva das consequências do exercício do poder sejam superiores à própria benesse do poder. Por outras palavras, o momento em que a cobardia se sobrepõe à responsabilidade. Só não estou a ver é esse momento chegar. Costa teve tudo: casa arrumada por Coelho, turismo a disparar, emprego a baixar, Portugal campeão da europa de futebol, eurovisão, juros do mais baixo que é conhecido na história, um líder de oposição inacreditável, um governo proibido em democracia (com comunistas e maoistas), uma maioria caída do céu sem saber ler nem escrever, e quando começa a meter os pés pelas mãos, como meterá sempre que o socialismo tiver que enfrentar a realidade, eis que mais uma vez é salvo pelo gongo. E nem mesmo as 116 mortes atrozes em 2017 o fizeram abanar. O que será necessário acontecer a Portugal para esta pessoa e a sua ideologia atrofiante finalmente desaparecer?               Manuel Fernandes: 1) Em 2015 Costa, para não ir para o desemprego, inventa a geringonça; 2) De 2015 a 2019 a geringonça arruína deliberadamente o País, o BE e o PCP por motivos ideológicos, o PS por raiva a Passos Coelho. Revertem-se as medidas que tinham tirado o País da bancarrota e aprovam-se outras que o impedem de crescer (35 horas, TAP, etc). Evitam-se cuidadosamente todas as reformas (fiscal, do SNS, do ensino, judicial, da segurança, da estrutura económica empresarial, eleitoral, das FA, dos apoios sociais) que possam abalar a geringonça. 3) Em 2019 Costa acha que tem o emprego seguro e dispensa a geringonça. Vai aproveitar para fazer o que não fez de 2015 a 2019? O PSD/Rio dá-lhe a oportunidade, mas Costa sente a ala BE do PS a preparar-se para a facada nas costas e recusa, confiante no apoio da teimosia ideológica dos geringonços. 4) Em 2022 o despeito dos geringonços tira o tapete ao Costa. Temos eleições, teremos futuro? 5) Não temos! O exército do funcionalismo e os votantes duma extrema-esquerda apavorada com a possibilidade dum Bloco Central dão-lhe uma maioria absoluta com que nem ele contava. Bendita carneirada! 6) Entretanto perdeu-se a oportunidade (7 anos) do dinheiro barato e da economia saudável. Costa, por cálculo eleitoral e cegueira política perdeu-a. A Irlanda, a Estónia, a Letónia, a Lituânia não tinham Costas à frente dos seus governos, tinham Primeiros Ministros, e aproveitaram. Sorte a deles, azar o nosso. 7) À oportunidade desperdiçada junta-se agora a guerra na Europa, a crise na energia e a inflação. Quem é que vai pagar os erros do Costa? Os do costume: quem trabalha e paga cada vez mais impostos, cada vez mais altos. E agora também todos os pensionistas que não tiverem a sorte de morrer até 31 de Dezembro de 2023. 8) Apostam que se tivéssemos novamente eleições o PS tinha novamente a maior votação? Bendita carneirada...            O Serrano > Manuel Fernandes: Nesta descrição, no essencial correcta, só esqueceu o miserável papel que se prestou a desempenhar nestes anos para ser reeleito e popular até demais, o PR Marcelo Rebelo de Sousa. Este inteligentíssimo, o outro, o melhor político português desde o 25 de Abril, assim o dizem os eminentes comentadores avençados do PS nas TVs, nos jornais, nas redes sociais, nas revistas e em tudo o mais que possa dar alguma coisa.             Manuel Fernandes > O Serrano: O Marcelo é um c l o w n que gosta de se sentir amado e de fazer rir. É um populista barato que não quer conflitos. Fosse qual fosse a forma como Costa governasse o Marcelo ia atrás a abanar a cauda...           João Alves > Manuel Fernandes: António Costa é PM de Portugal, porque Cavaco Silva e, em certa medida, Passos Coelho permitiram que fosse Jerónimo de Sousa a indigitar António Costa para PM.             Manuel CabralJoão Alves: SIM, TEM TODA A RAZÃO! Pessoalmente, sempre o disse e aqui escrevi, mas Cavaco e Passos não tiveram coragem/capacidade/seja o que for que não tinham para conseguir impedir António Costa de consumar um «golpe parlamentar» que chegou até agora e irá terminar mais tarde ou mais cedo, como tem sido habitual, isto é, indo à falência! Resta saber se nessa altura, o FBI e a UE voltarão a ter paciência para nos aturar... Não dos esqueçamos que, entretanto, temos a guerra que temos!            Carlos Monteiro: Continuam com aquilo que alegra os portuguese, mentir. Enganando os incautos com a forma mais perfeita do engana menino e papa-lhe o pão.             Francisco Correia: Resumindo, a Albuquerque disse em 2015 que era preciso cortar €600 milhões nas pensões. Costa e o PS reagiram, lançando raios e coriscos a semelhante possibilidade. Agora, o mesmo Costa e PS preparam-se para cortar €1000 milhões de forma ardilosa, pois até o Marcelo foi apanhado desprevenindo assinando de cruz um decreto-lei que não percebeu o impacto, para 2024 e seguintes,  no rendimento dos pensionistas. Acresce que no tempo da Troika os cortes nas pensões foram provisórios e só para as pensões mais elevadas. Agora os cortes serão definitivos e afetarão todas as pensões, incluindo, portanto, as mais baixas. Conclusão: Vota PS! Costa amigo, o povo (41%) está contigo!          João Ramos: Muito bom artigo mais uma vez, este artigo diz exactamente o que é António Costa, um oportunista sem escrúpulos e, pelo que desperdiçou ao país a fim de se manter no poder eu diria mesmo que é um criminoso… e Marcelo anda lá perto pela irresponsabilidade que tem demonstrado…             Iur Sotam: Pedir contas a esta gente? só de diminuir, como se está a ver....              Iur Sotam: obrigado Rui Ramos obrigado         Rita Salgado: Nem mais!            Luisa Falcão: A realidade vem sempre a galope e o futuro chega sempre. Pode enganar-se por algum tempo mas não pode enganar-se sempre. Aí está!            Luis Oliveira: O Costa vai ficar para a história como o pior PM de Portugal! Além de ter sido o número dois do ze44, um assalta o poder para não morrer politicamente, irá deixar um doloroso legado aos portugueses, outra vez bancarrota...    Luis Figueiredo: O País a andar para trás com Costa, a perder riqueza todos os anos (e desde a brilhante geringonça) e a piorar em tudo o que diga respeito a serviços aos cidadãos: veja-se o exemplar SNS, o sistema de segurança interna de combates aos fogos, ou o sistema judicial. Tudo um primor de eficácia. E com as derivas e insanidades do costume: Costa nacionalizou a TAP porque tinha que ser uma companhia de bandeira e pública; agora anunciou que vai arrancar com venda de mais de 50%. Estes socialistas esbanjam o dinheiro dos outros. Marcelo, esse, tira selfies e dá beijinhos a velhas. Muito mau. Chamem o General Eanes.               João Alves > Luis Figueiredo: Não sei como é que ainda não foi denunciado por assédio a velhinhas e criancinhas.            Censurado sem razão: Tem sido sempre assim desde Guterres. Os dependentes do Estado só mudam o voto em desespero de causa. Quando olham para o recibo de vencimento é tem menos dinheiro que no mês anterior. Enquanto isso não acontecer novamente, o PS manterá o poder. E mesmo quando o perder, ao fim de 4 anos estará lá outra vez. Vai uma apostinha?             Eduardo Silva:  Claro e conciso             Ana Torres: Muito bem! Completamente de acordo! Não podia ser mais elucidativo! Ainda está para nascer um governo socialista que traga prosperidade e riqueza a algum país! No entanto a uma elite os governos socialistas enchem os bolsos como nenhum outro!            Rui Cunha: Muito bom. Obrigado pela clareza da exposição.          Joaquim Rodrigues: O que é dramático constatar, ao fim de mais de 6 anos de Governo, é que o Costa esgotou todo o seu “reportório programático” nas “famigeradas reversões” e, para além disso, não tinha e não tem qualquer “Visão”, qualquer “Estratégia”, qualquer “Ideia” para governar o País. O Costa, na verdade, para além do Seguro, traiu a democracia, ao aliar-se, contranatura e contra qualquer lógica democrática, com os inimigos da liberdade, da democracia, da NATO e da União Europeia, como são o BE e o PCP. Depois, sem qualquer vergonha, usou e abusou do Jerónimo e da Catarina (que, verdade se diga, queriam mesmo era ser abusados) para provocar eleições antecipadas, aproveitando a crise interna dos partidos à sua direita, a cumplicidade de Marcelo, tudo na "ambição e ganância" de uma maioria absoluta, para mostrar aos seus amos e senhores, os “Oligarcas da Corte” que ele, Costa, para seu “capataz”, é a melhor solução. Os “Oligarcas da Corte” têm-se servido, umas vezes do PS, outras vezes do PSD e do CDS, conforme a conjuntura e conforme os “serviçais” que consegue pôr na liderança de cada um dos partidos e que, em cada momento, mais garantias lhe dão quanto aos privilégios montados à volta do Estado, dos poderes de Estado, das benesses do Estado e do Orçamento de Estado que o nosso Regime “Estatista” e “Centralista” permite e facilita. Os “Oligarcas da Corte” adoraram o Sócrates que, com uma “narrativa pseudo-democrática” juntou, nas suas negociatas, ex- cunhalistas, como o Mário Lino e ex- salazaristas, como o Ricardo Salgado. O Costa está apostado em mostrar aos “Oligarcas da Corte” que, é melhor a servi-los, que o Sócrates. Os “Oligarcas da Corte”, como prova o esforço diário de Marcelo para nos convencer, tal como não confiavam em Passos Coelho, também não confiavam em Rui Rio e, face à inabilidade e incapacidade política deste, limitaram-se a esperar pela melhor oportunidade para correr com ele da liderança do PSD.  Queriam servir-se dele como trampolim para pôr, no lugar de Rui Rio, um “serviçal” da sua confiança e que não ia para lá alguém em quem não confiassem e que não controlassem. Como a aposta que fizeram no “Moedas” para substituir o Rui Rio saiu completamente frustrada (o homem foi-se revelando um completo flop) optaram por manter o Costa na Governação, por mais um mandato. Não foi por acaso que, nas últimas eleições, assistimos ao abrir de alas, em particular pela Comunicação Social, que conduziram o Costa à maioria absoluta. Mas, não nos esqueçamos: o grande sonho dos “Oligarcas da Corte” é ter dois “serviçais” seus à frente dos dois principais partidos para fazer crer aos “indígenas” que vivem na melhor das democracias, com “alternância democrática” e tudo. O grande temor da Oligarquia é que, para a liderança do PSD, vá para lá alguém em quem não confiem e que não controlem, como aconteceu com o Passos Coelho e, em particular, algum seguidor de Sá Carneiro e do Programa Político de Sá Carneiro, o qual, mantendo plena actualidade, resta como a grande esperança de salvação do País. Este Costa só foi e é possível, porque antes, existiu um Sócrates. E, em relação a esse Sócrates, a nossa “classe política” e a nossa Comunicação Social, não tiveram coragem nem verticalidade para fazer o obrigatório julgamento político, sem o qual, nunca teremos em Portugal, uma verdadeira democracia. Razão tinha Vasco Pulido Valente quando escreveu, em Setembro de 2015: "Desde a I República que não aparecia um cacique da envergadura do dr. Costa, pronto a meter o país no fundo por vaidade pessoal ou conveniências partidárias".             José Monteiro > Joaquim Rodrigues: António Costa, politico, sem profissão conhecida. «as eleições conduzem ás oligarquias» Pitágoras.              Joaquim Rodrigues > José Monteiro: Isso era no tempo do Pitágoras. E, que se saiba, o que se aproveitou do legado do Pitágoras, foi no domínio da Geometria.  No caso vertente, não foi o Costa nem as eleições que conduziram aos "Oligarcas". Foram os "Oligarcas"  (cujo  núcleo duro já vem do tempo do Salazar) que acharam oportuno, nesta fase, e depois da experiência bem sucedida que tiveram com o Sócrates, que conduziram ao Costa.           Joaquim Rodrigues > Joaquim Rodrigues: Onde acima, na parte final, se lê: "... que conduziram ao Costa. …" deve ler-se: "... que decidiram aproveitar a disponibilidade do Costa para os servir. …"                Sérgio: Artigo brilhante e tão claro e óbvio que assusta! Mas os portugas, iletrados e anestesiados com fuitiboiladas 24h dia em todas as tvs e jornaleiros, acham-nos "habilidosos" e, tudo isto com todos os casos de inaptidão, incompetência e corrupção e pagamento favores com dinheiros públicos a amigos e boys e girls e a moços de recados e de propaganda para pagar programa de tv (em horario nobre para fazer propaganda) e nepotismo reles como se vê com o Nando meRdina....           Alexandre Areias: A maneira de governar do PS sempre coincidiu com o cheiro a podre mas agora é mais nauseabundo que nunca. É claro que o resultado só podia ser este passados 7 anos e as coisas só vão piorar daqui para a frente. Tardou todo este tempo, precisamente, porque como diz o Rui Ramos, este governo beneficiou da conjuntura mais favorável possível. Também ajudou terem a Comunicação Social na mão, a ecoar sem pingo de vergonha, as mentiras e propaganda do Governo, e um PR e um líder da oposição a juntarem a voz ao coro. Dá ideia que o "génio calculista" Costa já percebeu isso mesmo e que prepara a "fuga dos ratos", como é já clássico quando o PS leva o país para um beco sem saída. Estes últimos desenvolvimentos com a actualização das pensões, que começou por ser vendido descaradamente como um aumento extraordinário e exemplo da generosidade sem limites dos governos PS, mas que se conclui agora vai mas é resultar num corte sem precedentes das mesmas pensões, é para mim indicativo de que eles já antevêem o fim. Isso, ou então estão totalmente convencidos de que não resta em Portugal qualquer energia e discernimento para lhes fazer frente e que podem continuar impunemente a confiscar e a insultar o país                 Fernando Prata: Nem mais!            João Floriano: Contas é o que António Costa anda a fazer desde 2015 quando somou BE+PCP e viu o resultado. Afastando as reformas e abraçando a estagnação, o PS conseguiu transformar Portugal no maior lar de idosos do mundo. Os jovens não ficam por cá, a não ser juventudes partidárias que se preparam para serem os próximos a gerir o lar de idosos. Não há prudência que nos safe da subida de 75 pontos base das taxas de juro anunciadas pelo BCE. Resta-nos esperar que António Costa não sofra de hérnias na coluna e se possa curvar ainda mais quando perguntar se já pode ir ao banco, um dos momentos mais tristes da nossa vida política recente, entre tantos que o PS e seus aliados  têm  protagonizado, PR incluido. Quanto ao acerto de contas que devemos pedir a António Costa, não restam dúvidas que os utentes do lar de idosos aprovaram o último relatório de contas e deram maioria absoluta. Não há razões para pensar que no futuro será diferente. Uma dose q.b. de medo salpicada através da CS e os acompanhamentos do costume mesmo que em pequenas doses ( PCP, Bloco, Livre e Pan)  asseguram que a ementa está para durar neste lar da terceira idade.               Português indignado: E o pior é que está cheio de razão! Mas este povinho de m... Não tem inteligência nem capacidade para perceber que este modelo socialista é errático, ineficaz, empobrecedor e afunda o país, cada vez mais na cauda da Europa. O ilusionista Costa oferece 10 € de aumento mensal nas pensões e os pensionistas votam todos nele. Palavras para quê? Nos últimos 7 anos mais de 500.000 portugueses saíram de Portugal para conseguirem ter uma vida digna noutros países. Mas este governo horroroso, com a conivência da generalidade da comunicação social, diz que o desemprego nunca foi tão baixo e o inútil do Marcelo diz que somos os melhores do mundo. Felizmente temos a Iniciativa Liberal para fazer oposição séria e construtiva em Portugal aos socialistas horrorosos.            bento guerra: Ele acha que resolve tudo, mostrando a dentadura branca .Cá dentro ,com o parlapié para clientela amorfa, ou amedrontada .lá fora com ar de criado de café. O padrinho deles, o Soares, também não era dado às contas."A política, vender votos!"               Tristão: Não perco um “o resto é história “, o último programa então foi de excelência, não sei se entusiasmado pelo sucesso do programa, o que sei é que o Rui Ramos está em grande forma, certeiro, conciso e brilhante. Parabéns.  Vitor Batista  > Tristão: Também oiço o resto é história, grande programa.            Maria Tubucci: Não, porque AC  não sabe fazer contas, a 20 Jun., garante um aumento histórico das pensões em 2023, a 5 Set., voltou o bico ao prego. Mas, quem sabe mesmo fazer contas é a máquina da propaganda PS, não só sabe fazer contas como também sabe antecipar cenários e não gostaram do que viram. Escaldados que estavam da bancarrota que criaram em 2011, previram que em 2024 poderiam ter outra, se nada fosse feito, e pior, poderiam ser removidos do poderEntão, em 2 meses montam a operação “Bodo aos Tansos”, para fingir que se distribui dinheiro, quando na realidade sacaram porcos aos portugueses, ficaram com os presuntos para eles e deram as migalhas aos tansos, perdão, portugueses. E cuja narrativa assentou no “não podemos dar o passo maior que a perna”, pois não, corta-se a perna. Face à má imagem exibida por AC na CS e que todos viram, foi salvo pelo falecimento da rainha das rainhas, que lhe dá tempo para corrigir a narrativa que trazia para debitar na entrevista, esperando que a máquina da propaganda PS conduza a CS para outro lado, matando a polémica dos brindes ilusórios         João Eduardo Gata: De facto, os Governos Socialistas de António Costa vão ficar marcados por isso mesmo: a Estagnação Económica e a Ausência de Reformas Estruturais. Praticamente 11 anos perdidos. Como se Portugal pudesse desperdiçar tempo: cada ano de estagnação são mais uns milhares de jovens que fogem de Portugal para outros países., sobretudo na Europa, e mais o País se afunda.                  Filipe Paes de Vasconcellos: Quando somos governados pela maralha socialista dependente do Costa. Quando se teve um líder da oposição que não o era, fazendo a figura de um verdadeiro palerma. Quando se tem na PR um titular que faz de porta-voz do governo socialista que foi e ainda é apoiado pela extrema-esquerda (a extrema do PS confunde-se com BE). Portugal e os Portugueses só podem esperar esta  desgraçada situação em que se encontram. E, o mais espantoso é que ninguém se revolta! E, ainda mais espantoso é que ninguém vai preso por gestão danosa dos dinheiros públicos.  Chiça!             Fernando Cascais: Ontem Marta Temido II disse finalmente adeus ao ministério da saúde. Não obstante, rematou à saída que a sua missão é servir o SNS, o seu governo e o país. Então porque é que se despediu se estava no melhor cargo para o fazer? A resposta é simples; não tinha condições para salvar o SNS da Marta Temido I. Desconfio que com Costa se vai passar a mesma coisa. Costa II vai bater com a porta porque os problemas que o Costa I deixou são demasiados corrosivos para poderem ser tratados. Bom, seria mesmo um afastamento durante 4 anos para um Passos Coelho resolver os problemas e depois da casa arrumada regressar em triunfo para presidente da república. O problema é a maioria, mas, com o exemplo de Marta Temido, Costa pode alegar o despedimento por falta de condições, já que a conjuntura internacional conspira contra ele.          José MonteiroFernando Cascais; Temido, nada como garantir futuro fácil, garantido pelo cartão da Rosa. Costa, tratar de vida na Europa. A saber, das suas vidinhas, como na sentença de uma Pres da AR Laranja.            José Fernandes: Ainda não é o mafarrico, mas já se sente o cheiro das brasas.             Rui Teixeira: Chegou a hora da bordoada no toutiço do nosso Costa Zero, a quem há 7 anos, aquando do seu golpe eleitoral, um tal prof. Soromenho, também mestiço, apelidou de "génio político"! 

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