sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Duas homenagens

 

No Facebook de Luís Soares de Oliveira

1ª:  De ontem, 8/9/22:

Luis Soares de Oliveira:

7 h  · 

«Isabel II de Inglaterra. A minha homenagem a quem soube ser Rainha

 2ª –  do dia 4/9/22

Luis Soares de Oliveira

Ontem às 18:22  · 

«Adriano Moreira que fez 100 anos disse algo de que não nos devemos esquecer: Portugal não pode existir sem patrono externo. Portugal é um país condenado a partilhar a sua soberania. (entrevista Adriano Moreira, professor, no âmbito do seu 90º aniversário, ilustrado e conduzido por Fátima Campos Ferreira RTP 3, 4 /09/ 19»

 

1 - Sobre a Rainha, além de partilhar a emoção geral, presa, como os mais, a um percurso de simpatia que se arrastou no tempo, só poderei dizer que essa simpatia resultou - para além de uma constatação de sobriedade na actuação régia, aliada a um percurso naturalmente de efusão fotográfica vária, com esplendor, sim, e ternura, mas igualmente com os momentos de tragédia especulativa que a vida lhe proporcionou e aos seus - a consciência do seu poderio, num país que tem comandado em grande parte os destinos do mundo inteiro. Não fora a Inglaterra tão poderosa, o mundo da Rainha Isabel II talvez passasse mais discretamente, como outras rainhas e reis de outras monarquias europeias menos poderosamente altivas. Mas acredito na simpatia geral, de cujo sentimento participo, desejando para o Rei Carlos idêntico êxito e prosperidade governativa, de que depende também a estabilidade mundial.

 

Sobre Adriano Moreira, só posso dizer da sua seriedade nos textos que não lia completamente, por serem densos, em tempo de menos tempo meu para os ler, mais voltada para os discursos provocatórios dos meus sentimentos pátrios inquebráveis. Mas sempre o admirei nos seus discursos educados e discretamente amplos, e me espantei, por contraste, com os da sua filha Isabel, certamente que mais espalhafatosos e pouco em consonância com os discursos paternos. Mas cem anos, é obra, para nossa admiração e regozijo!

Todavia, não entendi bem essa da condenação de “Portugal a não poder existir sem patrono externo”, “condenado, pois, “a partilhar a sua soberania”. Patrono externo esteve para o obter por alturas de 1383-85, mas ultrapassou isso, como ultrapassou os 60 anos do domínio castelhano de 1580–1640. Teve gente capaz disso, depois de ter demonstrado que gente sua fora corajosa bastante para alargar a visão do mundo. Hoje, na democracia, vivemos em timidez – ousadia, talvez antes, mas pouco digna – colectora da esmola externa, e, por isso, somos condenados à dependência. Lamento isso.

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