Mau tempo nos diversos canais. Excepto na
questão de Júpiter. Mas gostei do discurso de Biden, feito com segurança
e racionalidade, sem titubear, no ataque severo a Putin, embora
supérfluas, de momento, as referências à questão da fome e dos cereais, o
pormenor da solidariedade e dos outros temas quentes da actualidade fazendo
diminuir o impacto da tragédia de uma guerra nuclear iminente, que é o que mais
importa, de momento, mesmo na ONU, onde isso se passou.
Mas Júpiter brilha nos próximos dias, provavelmente
em consílio previdente,
esperemos que Vénus e Marte se entendam no capítulo sentimental e
que Mercúrio seja enviado junto de PUTIN - o rancoroso Baco, impeditivo da ordem e mesmo causador da
desordem mundial, talvez por excesso de vodka - e o maniete lá nos seus
esconderijos estonteantes de “majestade irracional”,
específica de um pobre anti herói dos novos tempos nossos.
I – NOTICIÁRIO:
Rússia.
Centenas de detidos em manifestações
Putin
anunciou uma mobilização adicional, russos não gostaram e saíram para as ruas a
manifestar-se. Há centenas de detidos nas últimas horas, mas contestação
continua nas ruas.
O discurso
de Putin nas entrelinhas:
No 2.º
discurso ao país desde fevereiro, Putin assume que o principal
inimigo é o Ocidente, que quer
"destruir" a Rússia. Admite perdas na Ucrânia e, face à
"realidade", decreta mobilização
parcial.
Rússia. Zelensky rejeita uso de armas nucleares
Volodymyr Zelensky declarou que não
acredita que Moscovo utilize armas nucleares na guerra na Ucrânia. "Não acredito que o mundo permita que isso
aconteça", disse o
Presidente.
Voos só de ida para fora da Rússia esgotam.
Pesquisas
para voos para fora da Rússia aumentaram a pique depois de Putin
anunciar mobilização de tropas de reserva.
Voos para Istambul e Erevan esgotaram. Para o Dubai estão 5
vezes mais caros.
Montenegro propõe avaliação de Montijo e Alcochete
GOVERNO
Costa: "O
senhor PR conhece os calendários "Medina corrige ministro sobre IRC e pede
contenção13 Marcelo quer saber o
que vai caber no próximo OE.
22:20 : "Avatar" regressa: James Cameron explica porquê
22:05: Duma russa quer condenção dos
EUA e NATO
II -Biden
acusa Rússia de violar valores da ONU e avisa: “É impossível vencer uma guerra
nuclear. Ela não deve ser travada”
Joe Biden recorreu ao seu discurso na
Assembleia Geral da ONU para deixar avisos a Putin. Garantindo que
"ninguém ameaçou a Rússia", avisou que os EUA vão sempre escolher a
soberania e a liberdade.
O
Presidente dos EUA, Joe Biden,
condenou esta
quarta-feira a “ameaça nuclear sobre a Europa” feita pelo seu homólogo russo, Vladimir Putin, e
acusou a Rússia de “violar descaradamente” os valores da ONU.
Na sua intervenção na Assembleia Geral da
ONU, que decorre em Nova Iorque, Biden
denunciou “a guerra brutal e desnecessária” na Ucrânia e responsabilizou
pessoalmente Putin por estar a desrespeitar o direito internacional, com
sistemáticos abusos contra a população ucraniana.
O Presidente norte-americano disse
que “as provas de atrocidades” encontradas em valas comuns na Ucrânia
devem “fazer o nosso sangue gelar”, condenando a Rússia por estar a “tentar
apagar um estado soberano do mapa”.
Biden criticou ainda Putin por esta quarta-feira ter feito uma declaração em que fez uma “ameaça nuclear sobre a Europa”, dizendo que
o mundo não pode ficar indiferente perante este
tipo de declarações.
“É impossível vencer uma guerra nuclear.
Ela não deve ser travada”, defendeu o Presidente dos EUA, que se mostrou disponível
para continuar a procurar tratados internacionais para a limitação de armas
nucleares.
Sobre esta questão, Biden denunciou ainda a forma como a China está
a aumentar o seu arsenal nuclear “sem qualquer transparência” e comprometeu-se
a evitar que “o Irão adquira armas nucleares”.
O Presidente norte-americano pediu a
todos os países que se manifestem contra a invasão russa da Ucrânia, garantindo
que o seu país estará “sempre ao lado das nações e dos povos que vejam a sua
soberania ameaçada”.
“Que
não fiquem dúvidas, nós não hesitamos. Escolheremos sempre a liberdade e a
soberania”, prometeu Biden, que rejeitou os argumentos invocados por Putin de
que a Rússia está a responder a ameaças ocidentais. “Ninguém ameaçou a Rússia”,
garantiu Biden.
O Presidente norte-americano dedicou
ainda parte relevante da sua intervenção a mostrar a sua preocupação com a “insegurança
alimentar” em várias partes do mundo, sublinhando
que a guerra na Ucrânia está a ameaçar o suprimento
mundial de alimentos e anunciando um novo pacote, de 2,9 mil milhões de
dólares (aproximadamente o mesmo valor em euros) para combater o flagelo
da fome.
Biden
elogiou os esforços da ONU para mediar negociações que permitiram a criação de
corredores de exportação de cereais a partir da Ucrânia e lembrou que as
sanções ocidentais contra Moscovo nunca colocaram em causa a possibilidade de a
Rússia continuar a exportar cereais e fertilizantes.
O Presidente norte-americano colocou
mesmo a questão da segurança alimentar como uma prioridade e uma urgência, pedindo
à comunidade internacional que se una nos esforços de combater a fome, em
particular entre as crianças.
“Em qualquer lugar onde os pais
não consigam alimentar os seus filhos, nada mais interessa”, disse
Biden.
O líder dos EUA lembrou ainda que o seu
Governo continua empenhado na luta contra as alterações climáticas e, por isso,
fez o país regressar ao Tratado de Paris e tem dados sinais de empenho em
reduzir as emissões de carbono.
Biden criticou ainda a forma como muitas
minorias continuam a ser perseguidas, apelando à ONU e à comunidade
internacional para que evite que as pessoas sejam penalizadas pelas
suas crenças religiosas ou opções sexuais, fazendo uma referência “aos corajosos homens e mulheres no Irão,
que se manifestam hoje mesmo para defender os seus direitos mais
básicos”.
Sobre as relações com a China, Biden
explicou que está empenhado em evitar conflitos abertos, mas sempre procurando
que haja espaço para uma concorrência saudável entre potências comerciais.
«Deixem-me
ser muito claro. Não queremos uma nova Guerra Fria. Não queremos um conflito.
Queremos um mundo próspero e transparente”, disse Biden, referindo-se aos
esforços diplomáticos para encontrar soluções que beneficiem todas as partes,
lembrando a atitude que os Estados Unidos têm tido em relação a Taiwan e às
disputas com Pequim sobre a soberania deste território.
Biden
falou ainda da necessidade de encontrar
soluções de paz para conflitos como os do Iémen ou da Síria, para resolver a
violência de gangues no
Haiti ou para colocar fim ao êxodo da população na Venezuela.
Sobre
o conflito israelo-palestiniano, Biden disse defender uma solução de dois
Estados, mostrando-se empenhado em continuar a insistir no diálogo moderado entre
as partes.
No final, e apesar de elencar uma longa
lista de desafios “perigosos e incertos”, Biden mostrou confiança nas Nações Unidas para agirem como
“instituição sólida” e na comunidade internacional para combater abusos aos
direitos humanos e lutar por um “mundo mais justo”.
“Os desafios são grandes, mas as nossas
capacidades são ainda maiores”, concluiu o Presidente norte-americano,
lembrando que os líderes sentados na sala magna da sede das Nações Unidas não
são “testemunhas passivas da História”, mas antes “actores activos”.
A semana de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas começou na
terça-feira, na sede da ONU em Nova Iorque, e irá prolongar-se até à próxima
segunda-feira, com a presença de dezenas de chefes de Estado e de Governo,
entre eles o primeiro-ministro português, António Costa.
Esta é a primeira Assembleia Geral desde o início da guerra na Ucrânia
e a primeira em formato presencial desde o início da pandemia.
O evento decorre sob o tema “Um momento
divisor de águas: soluções transformadoras para desafios interligados”, e terá como foco a guerra na Ucrânia e as
crises globais a nível alimentar, climático e energético.
GUERRA NA UCRÂNIA UCRÂNIA EUROPA MUNDO JOE BIDEN
ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA AMÉRICA NAÇÕES
UNIDAS
III - Procure o ponto brilhante no
céu: desde 1963
que Júpiter não estava tão perto
da Terra
Nos próximos dias, a luz do Sol vai incidir em cheio no maior
planeta do sistema solar que, por acaso, se encontra no seu ponto mais próximo
da Terra. Estará tão brilhante que até as luas se vêem.
OBSERVADOR, 21 set 2022, 13:02
▲A mais recente imagem de
Júpiter captada pelo telescópio espacial James Webb
NASA, ESA, CSA, Jupiter ERS Team; image
processing by Judy Schmidt
Aproveite os próximos dias, até ao final
do mês, para procurar o
objecto mais brilhante no céu noturno — depois da Lua, está claro. Numa combinação
rara, Júpiter vai estar no ponto mais próximo da Terra e
exactamente do lado oposto ao do Sol (quando visto do nosso planeta) no dia 26 de
setembro, de acordo com a NASA (agência espacial
norte-americana).
A Terra, Júpiter e outros
planetas, não têm uma órbita redonda perfeita com o Sol colocado no centro, nem
têm órbitas que se sobreponham — pelo contrário, cruzam-se —, o que faz com que
todos os anos Júpiter tenha um ponto mais próximo da Terra e outro mais distante
(cerca de 966 milhões de quilómetros).
Este ano, Júpiter estará mais
perto do que nos últimos 59 anos, a “apenas” 591 milhões de quilómetros —
mais ou menos a mesma distância que em outubro de 1963. Tão perto que, com
“sorte”, poderá ver algumas das suas luas com simples binóculos — se
bem que com um telescópio simples será ainda mais fácil e poderá ver também a
famosa mancha do maior planeta do sistema solar.
Além
de estar mais perto da Terra, Júpiter também estará em oposição ao Sol, o
que quer dizer que enquanto o Sol se põe a oeste, Júpiter surge a este — como
um espelho que leva em cheio com um holofote intenso. Esta oposição acontece a
cada 13 meses e este ano coincidiu com o ponto mais próximo da Terra.
A
“sorte” de que precisa é de estar num ponto alto, tão escuro quanto possível —
ou seja, longe dos centros urbanos — e não se deparar com uma noite nublada ou
chuvosa. Caso contrário, poderá sempre ver o ponto incrivelmente brilhante no
céu a partir da janela.
Com
bons binóculos, as bandas (pelo menos a banda central) e três ou quatro dos
satélites (luas) de Galileu devem ser visíveis”, disse Adam Kobelski,
astrofísico no Centro de Voo Espacial Marshall da NASA, em Huntsville, Alabama.
“É importante lembrar que Galileu observou estas luas com um objeto óptico do
século XVII. Um dos principais requisitos será para qualquer sistema que se
utilize é que esteja montado num sítio estável.”
Para
o ajudar, saiba que Júpiter vai nascer às 19h32 de dia 25 de setembro
(hora de Lisboa) — um pouco mais tarde nos dias anteriores e um pouco mais cedo
nos dias que se seguem — e que só se vai pôr às 7h36 de 26 de setembro. O
ponto mais alto no céu, aos nossos olhos, acontecerá à 1h34 desse dia.
Júpiter
terá 79 luas ou satélites naturais, de acordo com os cientistas, ainda que
apenas 53 tenham um nome atribuído. As mais conhecidas (e maiores) são Io, Europa, Ganymede e Callisto, e são estas que provavelmente serão possíveis de
observar, como pequenos pontos brilhantes, de ambos os lados do planeta.
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