sábado, 15 de abril de 2023

Amor a quanto obrigas


Desde os primórdios, afinal. Não se julgaria é que o Dr. Salles, em pleno século 21, de sentimentos tão à vista (digo, os do século), por vezes noticiados nos escaparates apropriados, ainda se enterneça com os romanticismos eternos com que topa nas suas pesquisas históricas, para poder, aliás, concluir sobre a perenidade dos artifícios – e dos valores sentimentais - nas relações humanas de todo o sempre. A menos que tenha usado a sua história para impor o seu conceito machista ultrapassado, segundo as correntes deste tempo…

Mas afinal, a estátua da ilustre “faraona”, mostrada na Internet, também é referida nos livros de História, pude revê-la, com a simpatia do reconhecimento, animado pelo parâmetro do sentimento, numa história bem passada e bem igual às de todo o sempre.

ESCARAVELHO - 3

HENRIQUE SALLES DA FONSECA

A BEM DA NAÇÃO,  14.04.23

«PANZER, PANZER – GERADE AUS!!!» - este, o brado da Cavalaria blindada alemã cuja tradução é «PANZER, PANZER – A DIRECTO  EM FRENTE!!!».

Este brado é tipicamente masculino com a concentração total no objectivo que foi considerado prioritário e abstracção da envolvência. De modo diferente, a mulher tende a esbater as relevâncias do que a cerca e, daí, a ter uma visão holística, menos focada. Eis por que o casal homem-mulher, agindo em consonância, segue num rumo determinado sem descurar a envolvência.

Mais prosaicamente, o homem só olha em frente e é colhido pelos flancos; a mulher só olha em redor e perde o rumo (o fio à meada).

Dando de barato todas as simplificações e generalizações anteriores, demos um salto até aos primórdios dos tempos e reconheçamos que o homem, recorrendo à força física, impôs à subtileza feminina a determinação de ser ele a mandar. Muito mais tarde, apareceu a «finura» e a lei sálica, mas, entretanto, no antigo Egipto, Faraó era função masculina e ponto final na discussão. A menos que…

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…O DEUS VIVO, O FARAÓ, DECIDISSE DE OUTRO MODO, e Tutmés I decidiu que a sua filha lhe sucederia no trono. E, com choros vários e muito ranger de dentes, Achetsup governou de facto durante 22 anos incluindo aqueles em que o fez como regente em nome de Tutmés III que subira ao trono com 2 anos de idade. Adorada pelo povo e odiada pelos misóginos, abdicou a favor do sobrinho (que ela preparara para a governação) quando este atingiu a idade apropriada, retirou-se para uma merecida aposentação. Obesa e desdentada, morreu aos 60 (então provectos) anos de idade.

Mas a história dos violinos e passarinhos chilreantes começa quando, criança de 7 anos, se encanta por um rapazinho da mesma idade que frequentava o palácio do faraó e que, com ela, partilhava as atenções dos mesmos professores. Correspondida na paixão, assim passaram da infância À adolescência, à juventude, à idade adulta e à idade madura. Ele foi primeiro ministro e arquitecto principal no Vale dos Reis; ela cumpriu as suas obrigações casando com um meio-irmão para assegurar descendência real mas a paixão mútua foi da infância aos túmulos – se não mesmo para além deles

Pena foi que a famosa Corin Tellado não tivesse escrito esta história. Teria posto o mundo feminino a sonhar com um Primeiro Ministro.

FIM

Abril de 2023

Henrique Salles da Fonseca

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COMENTÁRIOS:

Anónimo 15.04.2023 12:14: Obrigado, Henrique, por partilhares connosco as tuas impressões da recente viagem. Apenas duas linhas de reflexão sobre a Lei Sálica, que citas. É evidente que a História não é suscetível de experiências laboratoriais. Mas como seria a História Mundial, concretamente a da Europa e, particularmente, a da Península Ibérica, se em alguns Reinos imperasse essa Lei? No século XV, nos Reinos Vizinhos ao nosso, aquela Lei vigorava em Aragão e não em Castela, o que proporcionou que Isabel, a Católica, tivesse chegado ao poder, tendo-o exercido da forma que sabemos. Se Isabel não tivesse usurpado o trono à sua sobrinha e afilhada Joana, a Beltraneja, seria que a Reconquista teria prosseguido como ocorreu? Seria que Colombo teria tido audiência por parte de Joana, ou será que teria ido, perante a recusa do nosso D. João II, oferecer os seus serviços a França, como esteve na iminência de o fazer, perante as delongas dos Reis Católicos, mais interessados na Reconquista? Não há “laboratório” que possa responder a essas e outras perguntas. Tivemos de esperar pelo último quartel do século XVIII para termos uma Rainha governante, embora se tenha de dizer que a “estreia” não foi promissora Abraço. Carlos Traguelho

 

A História seca, contada na Internet sem romantismos ultrapassados
Afficher / masquer la sous-section Règne de Thoutmôsis II

Règne d'Hatchepsout

Ne doit pas être confondu avec Hatchepsout (fille de roi).

Hatchepsout est une reine de l'Égypte antique qui deviendra pharaon, cinquième souveraine de la XVIII dynastie.

Hatchepsout est la fille du pharaon Ier et de la Grande épouse royale Ahmès. Son époux est Thoutmôsis II, fils de Thoutmôsis Ier et d'une épouse secondaire, Moutnofret Ire. Le couple a une fille, Néférourê.

Hatchepsout monte sur le trône vers 1478 av. J.-C. Elle règne conjointement avec Thoutmôsis III, le fils de son époux et d'une épouse secondaire de celui-ci, Iset.

Selon l'égyptologue James Henry Breasted, elle est connue pour être la «première grande femme dont l'histoire ait gardé le nom»2.Manéthon l'appelle Amessis3 ou Amensis4.

 


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