domingo, 16 de abril de 2023

Um claro espelho


Da realidade histórica actual. Uma “peça” para decorar as paredes da nossa cobardia hodierna.

A nova esquerda e os polícias da sensibilidade

Tal como as purgas estalinistas, os novos linchamentos, que começam por exterminar o inimigo externo, acabam a exterminar também os exterminadores, o inimigo interno.

JAIME NOGUEIRA PINTO Colunista do Observador

OBSERVADOR, 15 abr. 2023, 00:2052

Sendo a Direita nacionalista e patriótica, é normal que as direitas europeias, tendo princípios comuns, tenham diferenças significativas de país para país; e que a Esquerda, sendo internacionalista, globalista e multicultural, seja significativamente mais homogénea. Isto é importante para a actual caracterização das forças políticas, uma vez que, como lembra Carl Schmitt, é também o Inimigo que determina o Amigo.

No entanto, como a Política se prende com o ser (a História), que conta muito para o dever ser (a Filosofia), nos últimos trinta anos, com a história acontecida, a Esquerda mudou de filosofia. O fim da URSS e a transição da China para o capitalismo de direcção central fez também com que a Esquerda perdesse os seus Estados tutelares, sobretudo a URSS, que assegurava parte da sua direcção ideológica e logística.

O resultado foi o desaparecimento na Europa dos partidos comunistas; os que restam, o grego e o português, andam pelos 5% nas votações nacionais. Assim, o que ficou ou passou a ser a esquerda radical são partidos do tipo PODEMOS ou BE, com uma ideologia desligada do proletariado, do mundo do trabalho e da luta de classes e voltada para novas clivagens e novos binómios de opressor/oprimido, ou de ofensor/ofendido, com vista à transformação radical da sociedade e do homem. Esta transformação não se quer já fazer através do proletariado e da revolução comunista, mas por via de um processo gramsciano assente na hegemonia cultural e na legislação avançada em favor de minorias sortidas, vítimas de uma opressão levada a cabo, ao longo do tempo, por um opressor-tipo: o ocidental branco, cristão e heterossexual. É um processo assente na vitimização e na denúncia, com origem nas universidades norte-americanas, que procura o domínio das mentalidades através de uma revolução conceptual que ataca, não só as bases ético-institucionais das comunidades humanas – a religião, a nação, a família, a propriedade e as identidades que delas derivam –, mas a própria ideia do humano, até na determinação biológica.

As novas cruzadas

Trata-se, como sempre, de impor uma nova utopia, mas agora por outros meios. Não se recorre já ao terror físico directo e generalizado, aos campos de extermínio, aos Gulags da URSS, aos massacres da Revolução Cultural e dos kmers vermelhos ou da Etiópia socialista de Mengistu. Também já não se matam os católicos, como na revolução mexicana ou na Espanha republicana de 1936. São métodos caídos em desuso, até porque, mesmo que alguns líderes mais zelosos e zelotas os quisessem usar, não teriam muitos seguidores entre as bases, às quais repugna o uso comprometido da violência física. Em contrapartida, estão abertas à denúncia e à participação no moderno sucedâneo do auto de fé e do enforcamento em praça pública e prontas para um bom linchamento colectivo – ético, moral, cultural e intelectual – em nome de novas ortodoxias. Linchamento esse que, tal como a purga estalinista, começa por exterminar o inimigo externo e acaba a exterminar também o exterminador, o inimigo interno.

Vindas de uma cultura libertária – a da revolução sexual dos anos 60, inspirada por Sade e Marcuse – e operando num clima de materialismo consumista, as novas esquerdas, essencialmente urbanas e burguesas, retomaram o assalto ao poder através do domínio das mentalidades.

O objectivo começou por ser catequizar as elites da Academia e dos media, senhoras dos multiplicadores do poder cultural. E a Geopolítica ajudou: com o fim da Guerra Fria e do perigo comunista, os partidos conservadores e cristãos democratas, da direita e do centro-direita, abandonaram os valores nacionais e religiosos e embarcaram num centrão promíscuo com as chamadas esquerdas moderadas. Se não aderiram aos valores da Esquerda, deixaram de os combater.

Paralelamente a este movimento, e na linha da frente da política externa americana, surgiram, há vinte anos, os neoconservadores que, aproveitando o clima de medo no Ocidente criado pelo megaterrorismo, lançaram uma cruzada de globalismo democrático, pretendendo impor, pela força, o modelo euro-americano a todo o universo. O que, por ser contra a natureza das coisas, tinha de acabar mal.

Daqui vieram as guerras perdidas do Iraque e do Afeganistão, e um recuo progressivo da influência militar e diplomática dos Estados Unidos e do Ocidente em áreas importantes como o Médio Oriente e o mundo islâmico, bem como na América do Sul e em parte da África. A missionação democrática armada foi um fracasso e a República Popular da China ganhou aí espaço.

As esquerdas radicais prosseguiram, entretanto, o seu caminho, concentrando-se, até à paranóia, na missionação. O Wokismo, que começou por combater a marginalização dos afro-americanos e a punição e discriminação das minorias sexuais, está hoje, no mundo euro-americano, transformado num activismo agressivo, maniqueísta e simplista, instrumentalizado por zelosos comissários políticos da vitimização, da denúncia e da guetização.

De perseguidos a perseguidores

À semelhança do que aconteceu com outras minorias perseguidas na História – que ao passarem a ser toleradas, passaram a querer ser dominantes e a perseguir–, as novas esquerdas querem agora impor a sua moral de um modo totalitário. Totalitário no tempo e no espaço, porque, não se contentando com o presente, avançam com as suas novas regras e valores para julgar e punir o passado. Assim, depois da vandalização e remoção de estátuas (inspirada talvez na meritória acção purgatória do Estado Islâmico em Palmira), depois do banimento puro e simples, depois do estabelecimento de regras e de elencos para novas ficções fílmicas ou outras, passam agora à reescrita e à revisão das obras. Abriu-se assim todo um apetecível nicho de mercado, para onde concorrem já os vampiros das novas profissões: os activistas dos observatórios e os “sensitivity experts”.

Num desenfreado novo-riquismo censório, aproveitando o medo imposto pela conivência dos políticos e dos capitalistas progressistas e de alguns “intelectuais orgânicos” e usando um catálogo infinito de micro-sensibilidades e de micro-ofensas, os todo-poderosos “sensitivity experts” ocupam agora os melhores gabinetes nas editoras e produtoras. Ou não fossem eles os supervisores ou super-censores que ditam o que se pode ou não pode publicar ou filmar e o que é que, nas obras de autores populares – como Agatha Christie, Ian Flemming, Enyd Bliton, J K Rowlings –, se deve obliterar ou reescrever para não ferir certas susceptibilidades.

Quem são estes “sensitivity experts”, porta-vozes de todas as minorias potencialmente chocáveis e corta-vozes de todos os autores potencialmente chocantes? Quem são eles, que transformam em tímidos amadores da arte os antigos funcionários que, ao serviço da “moral católica e tradicional” do nosso país, pintavam púdicos fatos de banho nas estampas dos calendários e das “revistas para homens”, para não ferir o recato e perturbar o decoro das famílias? É que nesses censórios outros tempos, a literatura portuguesa era estudada nos liceus tal e qual – e por um manual, aliás excelente, de dois professores comunistas: António José Saraiva e Óscar Lopes.

Hoje, um dos alvos da purga dos professores e professoras das universidades norte-americanas são os chamados Estudos Clássicos, antro de “supremacia branca”, de “sexismo” e de “machismo”. Na América, land of the Free and home of the Brave, ter a libertária bravura de remover a Odisseia do currículo escolar é a coroa de glória de muito professor de liceu. Chaucer também já foi varrido de alguns manuais pela mais que evidente “masculinidade tóxica” dos seus Canterbury Tales; e Mark Twain, devidamente admoestado pelo uso de linguagem racista em Huckleberry Finn, está já a ser corrigido. E se Harper Lee achava que ia passar na fina peneira dos futuros “sensitivity experts” com o seu clássico anti-racista Não Matem a Cotovia, estava muito enganada: o livro é obviamente para banir, já que glorifica o papel salvífico do “branco bom”, através do herói, Atticus Finch (interpretado por Gregory Peck na versão cinematográfica).

A literatura e o cinema para crianças têm agora também de ser inclusivos; e como não é fácil inventar novas histórias minimamente empolgantes que obedeçam aos apertados crivos dos zelotas, vá de soterrar em purpurina e arco-íris os clássicos infantis; vá de colorir ou de injectar hormonas e mudar o sexo a velhas personagens ou de introduzir variantes não-binárias nos finais felizes.

Esta é a ofensiva Woke das novas esquerdas, a que nos promete uma nova e auspiciosa humanidade, uma ofensiva por enquanto ainda semi-acantonada na América do Norte e no Reino Unido, mas dando já os primeiros passos na Europa continental, graças ao clima de simpatia encorajadora de entidades como a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu, as Nações Unidas, e à simpatia ou neutralidade benevolente de grande parte dos media. E, sobretudo, graças ao silêncio cúmplice das direitas moderadas e centristas, que, perante tão ponderadas, benignas e inofensivas esquerdas, nada mais lhes ocorre do que condenar veementemente os populismos dos Trumps e Bolsonaros ou a intolerante repressão de Orbán e dos polacos (que, vá-se lá a saber porquê, não querem que a cruzada LGBT lhes invada as escolas).

A conclusão devia ser clara, mas é obscurecida pela propaganda e pela preocupação da generalidade da comunicação social de ocultar os factos que não convêm à narrativa ideológica e de comentar e analisar como causas o que são consequências – os sucessos eleitorais de Trump e de Bolsonaro ou a ascensão dos partidos nacionais e identitários.

São fruto do protesto dos cidadãos abandonados pelas classes políticas estabelecidas no poder, alheadas da realidade e encantadas com o admirável mundo fictício das novas esquerdas.

A SEXTA COLUNA     POLITICAMENTE CORRECTO     SOCIEDADE

 COMENTÁRIOS (de 52)

Maria Soares: Excelente!             TIM DO Á: Completo, notável, esclarecido. Para reler. Uma mente brilhante. Nada em falta nem a acrescentar. Para guardar.                   João Floriano: Excelente como sempre. Infelizmente ainda ninguém conseguiu gritar suficientemente alto que o Rei vai Nu. O wokismo é apoiado na Europa por instituições políticas completamente colonizadas por lobbies, observatórios, opinion makers e sensivity experts, que ditam as leis do pensamento correcto. O ou quem a ele não obedece é cancelado. É o regresso da censura numa sociedade aparentemente com liberdade de             JCBP: Como habitual, meu caro JNP, um texto que deveria ser lido/estudado/aprendido nas Esc. Secundárias., Universidades e todos o Forums públicos/privados de Portugal. Pois, meu caro, eu não possuo o seu "élan", nem o seu bom senso de análise nesta "matéria", qual vírus inoculado na nossa sociedade desde finais do Século passado. O "Wokismo" é somente a ponta do iceberg do qual não vemos aquilo que jaz, activo, na parte invisível dele. Esta situação anómala espalha-se pelo chamado "Mundo Ocidental" como uma praga de gafanhotos ou um incêndio tocado pelos ventos quentes Africanos que gera as suas próprias chamas crescentes. Parece-me que toda esta "anomalia fake-puritana" Tem uma origem geo-estratégica que começa a ser muito evidente aos meus olhos : "alguém" em consonância ( talvez a Fed. Russa e a China, para já) pretende criar um "muro" entre o "Oeste" e o "seu Este" do Planeta; basta compreender os recentes movimentos diplomáticos, terroristas, económicos e "estratégicos" destes dois "blocos" para se perceber esse facto. Países e outros "blocos" regionais vão-se alinhando a pouco e pouco com o "Leste" - vide os casos da Hungria, do eternamente corrupto Brasil e parte das Américas Central e do Sul, assim como grande parte dos países do continente Africano. As "neo-esquerdas e extremas esquerdas urbanas, em simultâneo com os extremistas de "direita" foram "engajadas" e "surfam" com gosto esta "onda" delirante e destruidora.            JCBP JCBP: O objectivo final mais #fino" é, claramente, deteriorar social e economicamente aquela que era, até há pouco tempo a 1ª potência do Globo : os U.S.of A..E, infelizmente, estão a avançar com sucesso nesse sentido. Se lhe adicionarmos o "fenómetro" imigratório massivo na Europa e os comportamentos imbecis  mas violentos) do "peuple Français" obtemos um resultado que "tem tudo e mais 20 cêntimos" para correr MAL, muito MAL mesmo. Bem haja JNP.                 Pedro Pereira > JCBP: O facto é que este "novo normal" se está a impor vorazmente e está a ser muito difícil, para mim, aceitar estes conceitos que estão nos antípodas do que penso e, na verdade sou. Como é que nós, que simplesmente não aceitamos, nos iremos encaixar nesta sociedade?                 Isabel Mª S. Marques: Obrigada pelo excelente artigo. Pena é que poucos o leiam...                   Antonio Sameiro: EXCELENTE!!!UM ALENTO PARA A RESISTÊNCIA à "PARVOÍCE"             Carminda Damiao: Excelente texto. O wokismo é um absurdo e é incompreensível como é que as direitas ficam paradas a ver a "banda passar" e não fazem nada (ou fazem pouco), para se imporem a este movimento idiota. As esquerdas (elas sim extremas), criam fantasmas  de partidos de extrema-direita, para impedir a unidade de direita e a direita "boazinha", faz exactamente o que os de extrema esquerda querem. Precisamos de muitos artigos como este, para ver se as pessoas abrem os olhos.                   José Miranda: Magnífico!                 Francisco Almeida: Um texto aterrador. A análise é exaustiva e inatacável mas não se vê como sair disto sem violência ou, no mínimo, métodos autoritários que criarão outras distopias.               Pontifex Maximus: Só não percebo como a maioria dos ocidentais, que são brancos, heterossexuais e cristãos (culturalmente) não se indignam contra este estado de coisas, sendo que a melhor arma é a carteira. Por mim, há muitos anos que deixei de comprar jornais onde pseudo intelectuais tipo Sousa Tavares lavram veneno contra a minha cultura e não vejo filmes ou séries em que a homossexualidade é imposta fora dos seus limites naturais às personagens. Se todos fizéssemos isto o Costa não governava como se fosse um paxá, o Público ou o Expresso não se publicavam e por aí fora e o mundo seria um lugar muito melhor.                Vitor Batista > Pontifex Maximus: Não é fácil, repare no caso da BBC.           Domingas Coutinho: Parabéns! Isto é um tratado digno de ser dado nas Universidades de Verão dos Partidos para ver se se consegue evitar novamente uma geringonça como a que o PS fez quando se juntou ao BE que encaixa perfeitamente nesta análise. Muito obrigada.                   Manuel Castro Fraga: Pior do que a esquerda convicta é a direita sonolenta e “inclusiva”. JNP de uma forma genial alerta-nos para os perigos destas novas doutrinas, que com a aparência de bem, nos pretendem dominar e abarcar todas as correntes políticas. Utilizam métodos subtis e eficazes, ao estimular as nossas sensibilidades para os ditos direitos destas novas “minorias” e destes novos “oprimidos”. Se antes havia conceitos claros entre o forte e fraco, o capital e o trabalho, até entre a esquerda e à direita, agora tudo se mistura sob a capa de “inclusão”, criam-se novas minorias e abandonam-se os verdadeiros fracos e oprimidos. São os meios usados para que os brancos, cristãos e heterossexuais sejam culpabilizados por todos os males da sociedade.            Jorge Silva: Parabéns pelo texto.                João Ramos: Brilhante e clarificador como sempre JNP, dá gosto ler, mas é pena que os “jovens” movimentos de reacção em dois grandes países sejam encabeçados num deles por um arrogante e boçal Trump e no outro por Bolsonaro que não se sabe explicar, seria importante, sobretudo agora, que estes personagens fossem gente mais evoluída…                 Maria Augusta Martins: Gosto pouco dos cozinhados feitos naquelas frigideiras chinesas também chamadas wokes. É uma palhada azeitada que dá vómitos          Jose Luis Salema: Mais uma vez, muito obrigado Jaime Nogueira Pinto! Andamos alguns, e há anos, a tentar resistir ao avassalador controlo que a sinistra vem exercendo em todos os campos aqui no Rectângulo... Está na hora de varrer essa escumalha para os campos de férias do boaventura, do lousã, mortáguas e lá ficarem. Esta história do boaventura pode ser o motor de arranque para que seja possível. Que não lhe doa a voz!             klaus muller: Excelente artigo.              Carlos Chaves: Excelente e mais que certeira análise, em Portugal também vamos ver chegar ao poder os nossos Trumps e Bolsonaros, como sempre, tudo cá chega... mas mais tarde!               Manuel Gonçalves: Para criticar (e muito bem ) a cultura woke, não há necessidade de elogiar os novos autoritários ( se lhes for permitido, totalitários ) de direita: Trump, Bolsonaro, Orban. Menos JNP. Não se deixe resvalar para esse campo do autoritarismo, que sempre lhe foi e é manifestamente grato. Uma falha descomunal na sua compreensão da evolução política atual, traduzida num conflito entre os valores da liberdade e da opressão. Sobretudo, ignorando que esses regimes, se perderem um sistema internacional de controle, devoram os seus, porque acabam sempre por ser dominados pelos facínoras mais sanguinários - sejam eles de esquerda ou de direita. Posição tão ingénua a sua, nessa voracidade; nessa urgência imprudente de querer uma saudosista vitória da direita do passado. Henrique Valente > Manuel Gonçalves: Eu acho que não interpretou bem a referência a Bolsonaro ou Trump. Duvido que Jaime Nogueira Pinto se reveja no estilo e no “conteúdo”. Já Orban e o polaco (não me recordo do nome) estão na linha do que Jaime Nogueira Pinto defendeu toda a vida, não me admira que se reveja. Eu não me revejo, mas revejo me em muito do que está escrito neste artigo              Manuel Gonçalves > Henrique Valente: O comportamento de ambos, Trump e Bolsonaro, designadamente no desrespeito pelos resultados eleitorais, com mortos e feridos, é tão grave que não devem nunca e em circunstância alguma ser invocados como contrapontos morais, seja do que for. Trump claramente instigou um ataque ao seu vice, Mike Pence, quando este o contrariou na tentativa de subverter os resultados eleitorais, quaisquer que fossem as suas consequências pessoais. Orban é assumidamente Putinista e tudo indica estar no centro de um esquema de corrupção brutal, para além de interferência ostensiva nos Tribunais, média,.. Tudo maus exemplos, quando era fácil a JNP invocar, por exemplo, Giorgia Meloni, que é de direita, mas tem assumido posições democráticas e moderadas. Nem vou perder tempo a expender sobre as reais intenções de Trump, Bolsonaro e Órban, assim eles pudessem.                Vitor Batista > Manuel Gonçalves: Eles ganharam eleições, mas antes de as saberem perder já tinham sido fuzilados por muitos, daí eu não compartilhar da sua opinião, pois quem lhes sucedeu foram tipos também eles sem vergonha e sem moral.              Otavio Luso > Manuel Gonçalves: Totalitários de direita. Percebo que o MG é de esquerda que se presume um democrata para quem a "democracia" só existe quando a maioria dos eleitores votam à esquerda, porque se a maioria votar diferente, são autoritários, totalitários, fascistas, xenófobos e porque não, racistas.                 Otavio Luso > Manuel Gonçalves MG: Ou se faz de ingénuo, ou é mesmo ingénuo. Até cá, com votação presencial, houve denúncia de falsificação de votos, quanto mais em sistemas com votos por correspondência ou electrónicos, modelo que não permite apurar quem votou.                antonio filipe: Muito obrigado pela sua visão e a sua lucidez. Por favor continue a abrir os olhos aos incautos.           Coronavirus corona: Eis porque voto no Chega. Não, não é por causa dos ciganos, de pôr fim à corrupção ou de outros slogans. É precisamente por causa do que vem escrito neste texto.          Maria Nunes: Brilhante texto. Os artigos de JNP são uma das razões pelas quais assino o Observador.           TIM DO Á: Perfeito.                Joaquim Lopes: Está tudo no artigo sobre o que se passa no mundo, na Europa em especial e em Portugal em particular, um artigo de uma subtileza impar, aconselha-se que Montenegro o leia, decerto o lerá, mas decerto seguirá o caminho do CDS levando à destruição afinal de um partido sem filosofia, igual à do PS, o poder pelo poder e o nivelamento por baixo, através do incrível aumento dos impostos, subtraídos a quem de facto produz riqueza.             Eugénia Ferreira: Excelente análise! Lúcida, fundamentada e clara. Parabéns e obrigada.          manuel rodrigues: O pensamento de Direita encontra no Jaime Nogueira Pinto o Mestre que lhe faltou nos últimos cinquenta anos.              Rui Guilhoto Loureiro: Brilhante texto - aliás como sempre! Obrigado JNP por este raio de luz, nestes tempos que alguns querem de sombra.                    Maria Liz: Fantástico! Obrigada.              Ana Silva: Excelente artigo. Em todos os aspectos. Com um pensamento e prosa clarividentes, JNP consegue demonstrar uma agenda de destruição dos valores e das instituições ocidentais levada a cabo pelo ideário de esquerda, que se infiltrou entre os liberais. Se a tontice comunista não espanta, pois quem acompanha minimamente os acontecimentos políticos históricos já sabe ao que vêm, os liberais, que noutros tempos o eram apenas na economia, nas finanças e nos impostos, também surpreendentemente passaram a fazer parte da carnificina, e a atropelar os valores milenares que fizeram do Ocidente as sociedades mais evoluídas do mundo, nos direitos humanos e dos trabalhadores, na defesa dos mais frágeis, da família, da paternidade e de maternidade, etc. Em vez de defenderem a liberdade assente na verdade, passaram a fazer bandeira do individualismo. Com isso veio a irresponsabilidade para com os outros, com a sociedade e com a própria família, passando a ser o próprio umbigo e a sua satisfação constante o limite da atuação. Congelaram a evolução do ser humano na adolescência, a sua fase mais egocêntrica. Como se cada atitude individual não tivesse sempre repercussões, e às vezes muito graves, nas pessoas em volta. Já vi pessoas muito inteligentes que escrevem e falam aqui no Observador cair na ratoeira do individualismo e, por causa disso, atropelarem valores essenciais como a vida e a família, embora com rebates de consciência. Mas depois regressam ao princípio do próprio umbigo, sem outra referência, e tudo fica bem de novo. Mas de facto não fica. Porque alguém sai prejudicado. E nesta deriva e loucura do pensamento, são as crianças as que mais sofrem nas suas vidas concretas com o egoísmo dos adultos.               Meio Vazio: Simples, objectivo, lúcido, polido, esclarecedor.                Rui Lima: O extremismo canhoto está em toda a parte Tenho acompanhado a luta dos habitantes de uma localidade em França para continuar com a sua  estátua de São Miguel Arcanjo numa praça em Les Sables d'Olonne na Venndée. Em março de 2022, realizou um referendo no qual 94,5% dos 4.593 eleitores apoiaram a manutenção da estátua na praça. Mas a tempestade «Woke» atingiu as Areias de Olonne isto patrocinado pelos tribunais está semana podíamos saber que o povo perdeu .“ O Conselho de Estado rejeitou o recurso de Sables-d'Olonne é o culminar de um longo processo judicial.” A estátua vai ser desmontada diz o presidente da câmara «Eles terão sua remoção, mas nunca terão nossos corações!»               Isabel Mª S. Marques > Rui Lima: É o estado das democracias ocidentais ...a opinião do povo só conta se for para apoiar os "iluminados " da elite dominante!!!                   Henrique Valente: Um dia que se cruze com o seu colega Alberto Gonçalves, explique lhe como escrever sobre estes assuntos sem parecer um chihuahua a ladrar. Concorde se ou não com o que diz, e eu neste caso sou particularmente sensível à parte final do texto onde aborda a censura wook e a responsabilidade da diria moderada (na sua inércia) no surgimento do populismo de direita como alternativa única, a sua abordagem é sempre de uma solidez invejável                     Margarida Rosa: Dr é sempre um prazer ouvir e ler mesma que não esteja de acordo                    Alberto Rei: Obrigado Nogueira Pinto, por mais este alerta.              Jorge Carvalho: Obrigado JNP pelo seu excelente artigo.            Eduardo Alves: Obrigado pelo seu artigo.

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