Da realidade histórica actual. Uma “peça” para decorar as paredes da nossa cobardia hodierna.
A nova esquerda e os polícias da
sensibilidade
Tal como as purgas estalinistas, os
novos linchamentos, que começam por exterminar o inimigo externo, acabam a
exterminar também os exterminadores, o inimigo interno.
JAIME NOGUEIRA PINTO Colunista
do Observador
OBSERVADOR, 15
abr. 2023, 00:2052
Sendo
a Direita nacionalista e patriótica, é normal que as direitas europeias, tendo
princípios comuns, tenham diferenças significativas de país para país; e que
a Esquerda, sendo internacionalista, globalista e multicultural, seja
significativamente mais homogénea. Isto é importante para a actual
caracterização das forças políticas, uma vez que, como lembra Carl Schmitt, é
também o Inimigo que determina o Amigo.
No
entanto, como a Política se prende com o ser (a História), que conta muito para o dever ser
(a Filosofia), nos
últimos trinta anos, com a história acontecida, a Esquerda mudou de filosofia.
O fim da URSS e a transição da China para o
capitalismo de direcção central fez também com que a Esquerda perdesse os seus
Estados tutelares, sobretudo a URSS, que assegurava parte da sua direcção
ideológica e logística.
O
resultado foi o desaparecimento na Europa dos partidos comunistas; os que
restam, o grego e o português, andam pelos 5% nas votações nacionais. Assim, o que ficou ou passou a ser a esquerda
radical são partidos do tipo PODEMOS ou BE, com uma ideologia
desligada do proletariado, do mundo do trabalho e da luta de classes e voltada
para novas clivagens e novos binómios de opressor/oprimido, ou de ofensor/ofendido,
com vista à transformação radical da sociedade e do homem. Esta transformação não se quer já fazer através do
proletariado e da revolução comunista, mas por via de um processo gramsciano
assente na hegemonia cultural e na legislação avançada em favor de minorias
sortidas, vítimas de uma opressão levada a cabo, ao longo do tempo, por um
opressor-tipo: o ocidental branco, cristão e heterossexual. É um processo assente na vitimização e na denúncia,
com origem nas universidades norte-americanas, que procura o domínio das
mentalidades através de uma revolução conceptual que ataca, não só as bases
ético-institucionais das comunidades humanas – a religião, a nação, a família,
a propriedade e as identidades que delas derivam –, mas a própria ideia do
humano, até na determinação biológica.
As novas cruzadas
Trata-se, como sempre, de impor uma nova utopia, mas agora por
outros meios. Não se recorre já ao terror físico directo e generalizado, aos
campos de extermínio, aos Gulags da URSS, aos massacres da Revolução Cultural e
dos kmers vermelhos ou da Etiópia socialista de Mengistu. Também já não se
matam os católicos, como na revolução mexicana ou na Espanha republicana de
1936. São métodos caídos em desuso, até porque, mesmo que alguns líderes mais
zelosos e zelotas os quisessem usar, não teriam muitos seguidores entre as
bases, às quais repugna o uso comprometido da violência física. Em
contrapartida, estão abertas à denúncia e à participação no moderno sucedâneo
do auto de fé e do enforcamento em praça pública e prontas para um bom
linchamento colectivo – ético, moral, cultural e intelectual – em nome de novas
ortodoxias. Linchamento esse que, tal como a purga estalinista, começa por
exterminar o inimigo externo e acaba a exterminar também o exterminador, o
inimigo interno.
Vindas de uma cultura
libertária – a da revolução sexual dos anos 60, inspirada por Sade e Marcuse – e operando num clima de materialismo consumista, as
novas esquerdas, essencialmente urbanas e burguesas, retomaram o assalto ao
poder através do domínio das mentalidades.
O
objectivo começou por ser catequizar as elites da Academia e dos media, senhoras dos multiplicadores do poder cultural.
E a Geopolítica ajudou: com o fim
da Guerra Fria e do perigo comunista, os partidos conservadores e cristãos
democratas, da direita e do centro-direita, abandonaram os valores nacionais e
religiosos e embarcaram num centrão promíscuo com as chamadas esquerdas
moderadas. Se não
aderiram aos valores da Esquerda, deixaram de os combater.
Paralelamente a este movimento, e na
linha da frente da política externa americana, surgiram, há vinte anos, os neoconservadores
que, aproveitando
o clima de medo no Ocidente criado
pelo megaterrorismo, lançaram uma cruzada de globalismo democrático, pretendendo impor, pela força, o modelo euro-americano a todo o universo.
O que, por ser contra a natureza das
coisas, tinha de acabar mal.
Daqui vieram as guerras
perdidas do Iraque e do Afeganistão, e um recuo progressivo da influência
militar e diplomática dos Estados Unidos e do Ocidente em áreas importantes
como o Médio Oriente e o mundo islâmico, bem como na América do Sul e em parte
da África. A missionação democrática armada foi um fracasso e a República
Popular da China ganhou aí espaço.
As esquerdas radicais prosseguiram, entretanto, o seu caminho,
concentrando-se, até à paranóia, na missionação. O Wokismo, que
começou por combater a marginalização dos afro-americanos e a punição e
discriminação das minorias sexuais, está hoje, no mundo euro-americano,
transformado num activismo agressivo, maniqueísta e simplista,
instrumentalizado por zelosos comissários políticos da vitimização, da denúncia
e da guetização.
De perseguidos a perseguidores
À
semelhança do que aconteceu com outras minorias perseguidas na História – que
ao passarem a ser toleradas, passaram a querer ser dominantes e a perseguir–, as novas esquerdas querem agora impor
a sua moral de um modo totalitário. Totalitário
no tempo e no espaço, porque, não se contentando com o presente, avançam com as
suas novas regras e valores para julgar e punir o passado. Assim, depois da
vandalização e remoção de estátuas (inspirada talvez na meritória acção
purgatória do Estado Islâmico em Palmira), depois do banimento puro e simples,
depois do estabelecimento de regras e de elencos para novas ficções fílmicas ou
outras, passam agora à reescrita e à revisão das obras. Abriu-se assim todo um
apetecível nicho de mercado, para onde concorrem já os vampiros das novas profissões: os activistas dos observatórios e os “sensitivity
experts”.
Num desenfreado novo-riquismo
censório, aproveitando o medo imposto pela conivência dos políticos e dos
capitalistas progressistas e de alguns “intelectuais orgânicos” e usando um
catálogo infinito de micro-sensibilidades e de micro-ofensas, os todo-poderosos
“sensitivity experts” ocupam agora os melhores gabinetes nas editoras e
produtoras. Ou não fossem eles os
supervisores ou super-censores que ditam o que se pode ou não pode publicar ou
filmar e o que é que, nas obras de autores populares – como Agatha Christie,
Ian Flemming, Enyd Bliton, J K Rowlings –, se deve obliterar ou reescrever para
não ferir certas susceptibilidades.
Quem são estes “sensitivity experts”, porta-vozes de todas as
minorias potencialmente chocáveis e corta-vozes de todos os autores potencialmente
chocantes? Quem são eles, que transformam em tímidos amadores da arte os
antigos funcionários que, ao serviço da “moral católica e tradicional” do nosso
país, pintavam púdicos fatos de banho nas estampas dos calendários e das
“revistas para homens”, para não ferir o recato e perturbar o decoro das
famílias? É que nesses censórios outros tempos, a literatura portuguesa era
estudada nos liceus tal e qual – e por um manual, aliás excelente, de dois professores comunistas: António
José Saraiva e Óscar Lopes.
Hoje, um dos alvos da purga
dos professores e professoras das universidades norte-americanas são os
chamados Estudos Clássicos, antro de “supremacia branca”, de “sexismo” e de
“machismo”. Na
América, land of the Free and home of the Brave, ter a libertária bravura de
remover a Odisseia
do currículo escolar é a coroa de glória de muito professor de liceu. Chaucer também já foi varrido de alguns manuais pela mais que
evidente “masculinidade tóxica” dos seus Canterbury Tales; e Mark Twain, devidamente
admoestado pelo uso de linguagem racista em Huckleberry Finn, está já a ser
corrigido. E se Harper Lee achava
que ia passar na fina peneira dos futuros “sensitivity experts” com o seu
clássico anti-racista Não Matem a Cotovia, estava
muito enganada: o livro é obviamente para banir, já que glorifica o
papel salvífico do “branco bom”, através do herói, Atticus Finch (interpretado
por Gregory Peck na
versão cinematográfica).
A
literatura e o cinema para crianças têm agora também de ser inclusivos; e como não é fácil inventar novas histórias
minimamente empolgantes que obedeçam aos apertados crivos dos zelotas, vá de
soterrar em purpurina e arco-íris os clássicos infantis; vá de colorir ou de
injectar hormonas e mudar o sexo a velhas personagens ou de introduzir
variantes não-binárias nos finais felizes.
Esta é a ofensiva Woke das novas esquerdas, a que nos promete uma
nova e auspiciosa humanidade, uma ofensiva por enquanto ainda semi-acantonada
na América do Norte e no Reino Unido, mas dando já os primeiros passos na
Europa continental, graças ao clima de simpatia encorajadora de entidades como
a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu, as Nações Unidas, e à simpatia ou
neutralidade benevolente de grande parte dos media.
E, sobretudo, graças ao silêncio cúmplice das direitas moderadas e centristas,
que, perante tão ponderadas, benignas e inofensivas esquerdas, nada mais lhes
ocorre do que condenar veementemente os populismos dos Trumps e Bolsonaros ou a
intolerante repressão de Orbán e dos polacos (que, vá-se lá a saber porquê, não querem que a cruzada
LGBT lhes invada as escolas).
A
conclusão devia ser clara, mas é obscurecida pela propaganda e pela preocupação
da generalidade da comunicação social de ocultar os factos que não convêm à
narrativa ideológica e de comentar e
analisar como causas o que são consequências – os sucessos eleitorais de Trump e de Bolsonaro ou a
ascensão dos partidos nacionais e identitários.
São
fruto do protesto dos cidadãos abandonados pelas classes políticas
estabelecidas no poder, alheadas da realidade e encantadas com o admirável
mundo fictício das novas esquerdas.
A SEXTA COLUNA POLITICAMENTE
CORRECTO SOCIEDADE
COMENTÁRIOS (de
52)
Maria Soares: Excelente! TIM
DO Á: Completo, notável, esclarecido. Para reler. Uma mente
brilhante. Nada em falta nem a acrescentar. Para guardar. João Floriano: Excelente como sempre.
Infelizmente ainda ninguém conseguiu gritar suficientemente alto que o Rei vai
Nu. O wokismo é apoiado na Europa por instituições políticas completamente
colonizadas por lobbies, observatórios, opinion makers e sensivity experts, que
ditam as leis do pensamento correcto. O ou quem a ele não obedece é cancelado.
É o regresso da censura numa sociedade aparentemente com liberdade de JCBP: Como habitual, meu caro JNP, um texto que deveria ser
lido/estudado/aprendido nas Esc. Secundárias., Universidades e todos o Forums
públicos/privados de Portugal. Pois, meu caro, eu não possuo o seu
"élan", nem o seu bom senso de análise nesta "matéria",
qual vírus inoculado na nossa sociedade desde finais do Século passado. O
"Wokismo" é somente a ponta do iceberg do qual não vemos aquilo que
jaz, activo, na parte invisível dele. Esta situação anómala espalha-se pelo
chamado "Mundo Ocidental" como uma praga de gafanhotos ou um incêndio
tocado pelos ventos quentes Africanos que gera as suas próprias chamas
crescentes. Parece-me que toda esta "anomalia fake-puritana" Tem uma
origem geo-estratégica que começa a ser muito evidente aos meus olhos :
"alguém" em consonância ( talvez a Fed. Russa e a China, para já)
pretende criar um "muro" entre o "Oeste" e o "seu
Este" do Planeta; basta compreender os recentes movimentos diplomáticos,
terroristas, económicos e "estratégicos" destes dois
"blocos" para se perceber esse facto. Países e outros "blocos"
regionais vão-se alinhando a pouco e pouco com o "Leste" - vide os
casos da Hungria, do eternamente corrupto Brasil e parte das Américas Central e
do Sul, assim como grande parte dos países do continente Africano. As
"neo-esquerdas e extremas esquerdas urbanas, em simultâneo com os extremistas
de "direita" foram "engajadas" e "surfam" com
gosto esta "onda" delirante e destruidora. JCBP JCBP: O objectivo final mais #fino" é, claramente,
deteriorar social e economicamente aquela que era, até há pouco tempo a 1ª
potência do Globo : os U.S.of A..E, infelizmente, estão a avançar com sucesso
nesse sentido. Se lhe adicionarmos o "fenómetro" imigratório massivo
na Europa e os comportamentos imbecis mas violentos) do "peuple Français"
obtemos um resultado que "tem tudo e mais 20 cêntimos" para correr
MAL, muito MAL mesmo. Bem haja JNP. Pedro Pereira
> JCBP: O facto é que este "novo normal" se está a
impor vorazmente e está a ser muito difícil, para mim, aceitar estes conceitos
que estão nos antípodas do que penso e, na verdade sou. Como é que nós, que
simplesmente não aceitamos, nos iremos encaixar nesta sociedade? Isabel Mª S.
Marques: Obrigada pelo
excelente artigo. Pena é que poucos o leiam... Antonio
Sameiro: EXCELENTE!!!UM
ALENTO PARA A RESISTÊNCIA à "PARVOÍCE" Carminda Damiao:
Excelente texto. O wokismo é um
absurdo e é incompreensível como é que as direitas ficam paradas a ver a
"banda passar" e não fazem nada (ou fazem pouco), para se imporem a
este movimento idiota. As esquerdas (elas sim extremas), criam fantasmas
de partidos de extrema-direita, para impedir a unidade de direita e a direita
"boazinha", faz exactamente o que os de extrema esquerda querem.
Precisamos de
muitos artigos como este, para ver se as pessoas abrem os olhos. José Miranda: Magnífico! Francisco
Almeida: Um texto aterrador.
A análise é exaustiva e inatacável mas não se vê como sair disto sem violência
ou, no mínimo, métodos autoritários que criarão outras distopias. Pontifex Maximus:
Só não percebo como a maioria
dos ocidentais, que são brancos, heterossexuais e cristãos (culturalmente) não
se indignam contra este estado de coisas, sendo que a melhor arma é a carteira.
Por mim, há muitos anos que deixei de comprar jornais onde pseudo intelectuais
tipo Sousa Tavares lavram veneno contra a minha cultura e não vejo filmes ou
séries em que a homossexualidade é imposta fora dos seus limites naturais às
personagens. Se todos fizéssemos isto o Costa não governava como se fosse um
paxá, o Público ou o Expresso não se publicavam e por aí fora e o mundo seria
um lugar muito melhor. Vitor
Batista > Pontifex Maximus: Não é fácil, repare no caso da
BBC. Domingas
Coutinho: Parabéns! Isto
é um tratado digno de ser dado nas Universidades de Verão dos Partidos para ver
se se consegue evitar novamente uma geringonça como a que o PS fez quando se
juntou ao BE que encaixa perfeitamente nesta análise. Muito obrigada. Manuel Castro
Fraga: Pior do que a
esquerda convicta é a direita sonolenta e “inclusiva”. JNP de uma forma genial
alerta-nos para os perigos destas novas doutrinas, que com a aparência de bem,
nos pretendem dominar e abarcar todas as correntes políticas. Utilizam métodos
subtis e eficazes, ao estimular as nossas sensibilidades para os ditos direitos
destas novas “minorias” e destes novos “oprimidos”. Se antes havia conceitos
claros entre o forte e fraco, o capital e o trabalho, até entre a esquerda e à
direita, agora tudo se mistura sob a capa de “inclusão”, criam-se novas
minorias e abandonam-se os verdadeiros fracos e oprimidos. São os meios usados
para que os brancos, cristãos e heterossexuais sejam culpabilizados por todos
os males da sociedade. Jorge
Silva: Parabéns pelo texto. João Ramos: Brilhante e clarificador como
sempre JNP, dá gosto ler, mas é pena que os “jovens” movimentos de reacção em
dois grandes países sejam encabeçados num deles por um arrogante e boçal Trump
e no outro por Bolsonaro que não se sabe explicar, seria importante, sobretudo
agora, que estes personagens fossem gente mais evoluída… Maria Augusta
Martins: Gosto pouco dos
cozinhados feitos naquelas frigideiras chinesas também chamadas wokes. É uma
palhada azeitada que dá vómitos Jose
Luis Salema: Mais uma vez, muito obrigado Jaime Nogueira Pinto! Andamos alguns, e há
anos, a tentar resistir ao avassalador controlo que a sinistra vem exercendo em
todos os campos aqui no Rectângulo... Está na hora de varrer essa escumalha
para os campos de férias do boaventura, do lousã, mortáguas e lá ficarem. Esta
história do boaventura pode ser o motor de arranque para que seja possível. Que
não lhe doa a voz! klaus
muller: Excelente artigo. Carlos
Chaves: Excelente e mais que certeira
análise, em Portugal também vamos ver chegar ao poder os nossos Trumps e
Bolsonaros, como sempre, tudo cá chega... mas mais tarde! Manuel Gonçalves: Para criticar (e muito bem ) a
cultura woke, não há necessidade de elogiar os novos autoritários ( se lhes for
permitido, totalitários ) de direita: Trump, Bolsonaro, Orban. Menos JNP. Não
se deixe resvalar para esse campo do autoritarismo, que sempre lhe foi e é
manifestamente grato. Uma falha descomunal na sua compreensão da evolução
política atual, traduzida num conflito entre os valores da liberdade e da
opressão. Sobretudo, ignorando que esses regimes, se perderem um sistema
internacional de controle, devoram os seus, porque acabam sempre por ser
dominados pelos facínoras mais sanguinários - sejam eles de esquerda ou de
direita. Posição tão ingénua a sua, nessa voracidade; nessa urgência imprudente
de querer uma saudosista vitória da direita do passado. Henrique
Valente > Manuel Gonçalves: Eu acho que não interpretou bem
a referência a Bolsonaro ou Trump. Duvido que Jaime Nogueira Pinto se reveja no
estilo e no “conteúdo”. Já Orban e o polaco (não me recordo do nome) estão na
linha do que Jaime Nogueira Pinto defendeu toda a vida, não me admira que se
reveja. Eu não me revejo, mas revejo me em muito do que está escrito neste
artigo Manuel
Gonçalves > Henrique Valente: O comportamento de ambos, Trump
e Bolsonaro, designadamente no desrespeito pelos resultados eleitorais, com
mortos e feridos, é tão grave que não devem nunca e em circunstância alguma ser
invocados como contrapontos morais, seja do que for. Trump claramente instigou
um ataque ao seu vice, Mike Pence, quando este o contrariou na tentativa de
subverter os resultados eleitorais, quaisquer que fossem as suas consequências
pessoais. Orban é assumidamente Putinista e tudo indica estar no centro de um
esquema de corrupção brutal, para além de interferência ostensiva nos
Tribunais, média,.. Tudo maus exemplos, quando era fácil a JNP invocar, por
exemplo, Giorgia Meloni, que é de direita, mas tem assumido posições
democráticas e moderadas. Nem vou perder tempo a expender sobre as reais
intenções de Trump, Bolsonaro e Órban, assim eles pudessem. Vitor Batista > Manuel Gonçalves: Eles ganharam eleições, mas
antes de as saberem perder já tinham sido fuzilados por muitos, daí eu não
compartilhar da sua opinião, pois quem lhes sucedeu foram tipos também eles sem
vergonha e sem moral. Otavio Luso
> Manuel Gonçalves: Totalitários de direita. Percebo que o MG é de esquerda que se presume um
democrata para quem a "democracia" só existe quando a maioria dos
eleitores votam à esquerda, porque se a maioria votar diferente, são
autoritários, totalitários, fascistas, xenófobos e porque não, racistas. Otavio Luso >
Manuel Gonçalves MG: Ou se faz de ingénuo, ou é
mesmo ingénuo. Até cá, com votação presencial, houve denúncia de falsificação
de votos, quanto mais em sistemas com votos por correspondência ou
electrónicos, modelo que não permite apurar quem votou. antonio filipe:
Muito obrigado pela sua visão e
a sua lucidez. Por favor continue a abrir os olhos aos incautos. Coronavirus corona: Eis porque voto no Chega. Não,
não é por causa dos ciganos, de pôr fim à corrupção ou de outros slogans. É
precisamente por causa do que vem escrito neste texto. Maria Nunes:
Brilhante texto. Os artigos de
JNP são uma das razões pelas quais assino o Observador. TIM DO Á: Perfeito. Joaquim Lopes: Está tudo no artigo sobre o que
se passa no mundo, na Europa em especial e em Portugal em particular, um artigo
de uma subtileza impar, aconselha-se que Montenegro o leia, decerto o lerá, mas
decerto seguirá o caminho do CDS levando à destruição afinal de um partido sem
filosofia, igual à do PS, o poder pelo poder e o nivelamento por baixo, através
do incrível aumento dos impostos, subtraídos a quem de facto produz riqueza. Eugénia Ferreira: Excelente análise! Lúcida,
fundamentada e clara. Parabéns e obrigada. manuel rodrigues: O pensamento de Direita
encontra no Jaime Nogueira Pinto o Mestre que lhe faltou nos últimos cinquenta
anos.
Rui Guilhoto Loureiro: Brilhante texto - aliás como sempre! Obrigado JNP por
este raio de luz, nestes tempos que alguns querem de sombra. Maria Liz: Fantástico! Obrigada. Ana Silva: Excelente artigo. Em todos os
aspectos. Com um pensamento e prosa clarividentes, JNP consegue demonstrar
uma agenda de destruição dos valores e das instituições ocidentais levada a
cabo pelo ideário de esquerda, que se infiltrou entre os liberais. Se a tontice
comunista não espanta, pois quem acompanha minimamente os acontecimentos
políticos históricos já sabe ao que vêm, os liberais, que noutros tempos o eram
apenas na economia, nas finanças e nos impostos, também surpreendentemente
passaram a fazer parte da carnificina, e a atropelar os valores milenares que
fizeram do Ocidente as sociedades mais evoluídas do mundo, nos direitos humanos
e dos trabalhadores, na defesa dos mais frágeis, da família, da paternidade e
de maternidade, etc. Em vez de defenderem a liberdade assente na verdade,
passaram a fazer bandeira do individualismo. Com isso veio a irresponsabilidade
para com os outros, com a sociedade e com a própria família, passando a ser o
próprio umbigo e a sua satisfação constante o limite da atuação. Congelaram a
evolução do ser humano na adolescência, a sua fase mais egocêntrica. Como se
cada atitude individual não tivesse sempre repercussões, e às vezes muito
graves, nas pessoas em volta. Já vi pessoas muito inteligentes que escrevem e
falam aqui no Observador cair na ratoeira do individualismo e, por causa disso,
atropelarem valores essenciais como a vida e a família, embora com rebates de
consciência. Mas depois regressam ao princípio do próprio umbigo, sem outra
referência, e tudo fica bem de novo. Mas de facto não fica. Porque alguém sai
prejudicado. E nesta deriva e loucura do pensamento, são as crianças as que
mais sofrem nas suas vidas concretas com o egoísmo dos adultos. Meio
Vazio: Simples, objectivo, lúcido,
polido, esclarecedor. Rui Lima: O extremismo canhoto está em
toda a parte Tenho acompanhado a luta dos habitantes de uma localidade em
França para continuar com a sua estátua
de São Miguel Arcanjo numa praça em Les Sables d'Olonne na Venndée. Em março de
2022, realizou um referendo no qual 94,5% dos 4.593 eleitores apoiaram a
manutenção da estátua na praça. Mas a tempestade «Woke» atingiu as Areias de
Olonne isto patrocinado pelos tribunais está semana podíamos saber que o povo
perdeu .“ O Conselho de Estado rejeitou o recurso de Sables-d'Olonne é o culminar
de um longo processo judicial.” A estátua vai ser desmontada diz o presidente
da câmara «Eles terão sua remoção, mas nunca terão nossos corações!» Isabel Mª S.
Marques > Rui Lima: É o estado das democracias ocidentais ...a opinião do
povo só conta se for para apoiar os "iluminados " da elite
dominante!!! Henrique
Valente: Um dia que se cruze com o seu
colega Alberto Gonçalves, explique lhe como escrever sobre estes assuntos sem parecer
um chihuahua a ladrar. Concorde se ou não com o que diz, e eu neste caso sou
particularmente sensível à parte final do texto onde aborda a censura wook e a
responsabilidade da diria moderada (na sua inércia) no surgimento do populismo
de direita como alternativa única, a sua abordagem é sempre de uma solidez
invejável Margarida Rosa: Dr é sempre um prazer ouvir e
ler mesma que não esteja de acordo Alberto Rei: Obrigado Nogueira Pinto, por
mais este alerta.
Jorge Carvalho: Obrigado JNP pelo seu excelente artigo. Eduardo Alves: Obrigado pelo seu artigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário