domingo, 2 de abril de 2023

Quadringentésimo segundo dia

 

De uma guerra criminosa, com um acusado, meritoriamente, por esse crime, a presidir a um Conselho que permitiu que o TPI o condenasse por esse mérito... Parece caricato… Se não, a banalização do crime… ou a irresponsabilidade da justiça… ou uma pura gozação do Zé Povinho mundial pertencente à ONU… Vão-se catar!

Em directo/ Zelensky classifica presidência russa do Conselho de Segurança da ONU de "absurda" e "destrutiva"

Zelensky anunciou ainda que impôs sanções a mais de 650 indivíduos e entidades legais que trabalham “para a agressão russa”, bem como os que estão ligados à indústria militar russa.

ANA KOTOWICZ: Texto

INÊS CAPUCHO: Texto

Actualizado há 7h

OBSERVADOR, 1/4/23

A Ucrânia foi invadida a 24 de fevereiro de 2022

Site da Presidencia da Ucrânia

Momentos-chave

Há 7hLíder da Igreja Ortodoxa ucraniana em domiciliária por suspeitas de não condenar a invasão russa

Há 7hZelensky classifica presidência russa do Conselho de Segurança da ONU de "absurda" e "destrutiva"

Há 11hKuleba: presidência russa do Conselho de Segurança da ONU é "um estalo na cara"

Há 11hUcrânia vai comprar 100 veículos blindados de transporte à Polónia

Há 13hZelensky e Macron conversaram sobre situação na frente de batalha

Há 14hIrmã de Kim Jong-un acusa Ucrânia de ter ambições nucleares

Há 14hRússia promete aumentar fornecimento de munições

Há 21hTenistas russos "felizes" com o fim da proibição de jogar em Wimbledon

Há 21hRússia assume presidência do Conselho de Segurança da ONU

Há 21hFracasso de general russo leva Kremlin aos limites

Há 21hPonto de situação. O que aconteceu durante o dia de ontem?

Atualizações em directo

Há 7h23:42:Inês Capucho 

Ponto de situação. O que aconteceu no 402.º dia de guerra?

Ao 402.º dia de guerra, a Rússia assumiu a presidência do Conselho de Segurança do ONU. As críticas do lado ucraniano foram chegando ao longo do dia, com Zelensky a considerar que os “terroristas devem perder” e ser “responsabilizados pelo terror” e não “presidir a lugar algum”.

Para o Presidente da Ucrânia, essa presidência russa é “absurda” e “destrutiva”: “Ontem, o exército russo matou outra criança ucraniana — um menino de cinco meses” e “ao mesmo tempo, a Rússia preside o Conselho de Segurança da ONU”.

Estes são os principais destaques deste sábado:

Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, disse que a presidência russa do Conselho de Segurança da ONU é um “estalo na cara da comunidade internacional”.

Kim Yo-jong, irmã do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un , acusou a Ucrânia de ter ambições nucleares, considerando que uma petição ucraniana pró-nuclear é um “apelo para que os EUA” mobilizem esse tipo de armas para o território da Ucrânia.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, conversou este sábado com o homólogo francês, Emmanuel Macron, sobre a “situação na frente de batalha” e sobre os “próximos passos para implementar” a paz.

A Ucrânia vai comprar 100 veículos blindados de transporte à Polónia. O anúncio do feito pelo primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, no Twitter. “A compra será feita com dinheiro da União Europeia e dos EUA”, escreveu.

O Ministério da Defesa britânico alertou que o “fracasso” tem sido a tónica do mandato do Valery Gerasimov, o chefe do estado-maior russo que assumiu o comando pessoal da “operação militar especial” na Ucrânia em janeiro.

Daniil Medvedev, número cinco do mundo pela Associação de Profissionais de Ténis, e Karen Khachanov, 16, estão “felizes” com o levantamento da proibição de tenistas russos e bielorrussos em Wimbledon. Os dois tenistas prometem cumprir os requisitos: serão obrigados a assinar acordos de neutralidade e estão proibidos de ser financiados pelos estados russo e bielorrusso (incluindo patrocínios de empresas estatais).

O Chefe de Estado Maior dos Estados Unidos não acredita numa vitória ucraniana na guerra em 2023. General Mark Milley sublinhou que tropas russas estão a ser “massacradas”, mas mostrou-se reticente quanto a uma eventual vitória ucraniana a curto-prazo: “É uma tarefa muito complicada”.

Há 7h23:29 Inês Capucho 

Líder da Igreja Ortodoxa ucraniana em domiciliária por suspeitas de não condenar a invasão russa

Um tribunal de Kiev colocou o Metropolitan Pavel, líder da Igreja Ortodoxa ucraniana, em prisão domiciliária por suspeitas de não condenar a invasão russa que começou há mais de um ano.

De acordo com a Sky News, Metropolitan Pavel, dirigente do mosteiro de Kiev-Pechersk Lavra (onde fica a sede da Igreja Ortodoxa ucraniana), negou as acusações de que é alvo, considerando que estas são politicamente motivadas.

Há 7h23:16Inês Capucho 

Zelensky classifica presidência russa do Conselho de Segurança da ONU de "absurda" e "destrutiva"

Para o Presidente da Ucrânia, a presidência russa do Conselho de Segurança da ONU é “absurda e destrutiva”. “Ontem, o exército russo matou outra criança ucraniana — um menino de cinco meses” e “ao mesmo tempo, a Rússia preside o Conselho de Segurança da ONU”, denuncia.

“Hoje, o estado terrorista começou a presidir o Conselho de Segurança da ONU”, escreveu Zelensky no seu habitual discurso noturno, onde considera que os “terroristas devem perder” e ser “responsabilizados pelo terror” e não “presidir a lugar algum”.

Na nota, o chefe de Estado ucraniano anuncia ainda que impôs sanções a mais de 650 indivíduos e entidades legais que trabalham “para a agressão russa”, bem como aqueles que estão ligados à indústria militar russa.

Há 11h20:07: Inês Capucho

Kuleba: presidência russa do Conselho de Segurança da ONU é "um estalo na cara"

Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, disse que a presidência russa do Conselho de Segurança da ONU é um “estalo na cara da comunidade internacional”.

“Eu apelo a que todos os membros do Conselho de Segurança que impeçam quaisquer tentativas russas de abusar da sua presidência”, escreveu o ministro ucraniano este sábado no Twitter.

Na sexta-feira, Dmytro Kuleba, já tinha considerado que esta era “a pior piada de todos os tempos para o Dia das Mentiras”.

Há 11h19:3 Inês Capucho:

Ucrânia vai comprar 100 veículos blindados de transporte à Polónia

A Ucrânia vai comprar 100 veículos blindados de transporte à Polónia. O anúncio do feito pelo primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, no Twitter. “A compra será feita com dinheiro da União Europeia e dos EUA”, escreveu.

Há 13h17:39 : Inês Capucho 

Zelensky e Macron conversaram sobre situação na frente de batalha

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, conversou este sábado com o homólogo francês, Emmanuel Macron, sobre a “situação na frente de batalha” e sobre os “próximos passos para implementar” a paz.

Foi Zelensky que anunciou, através do Twitter, que tinha estado em chamada telefónica com Macron durante cerca de uma hora.

Há 14h16:57 :Inês Capucho:

Irmã de Kim Jong-un acusa Ucrânia de ter ambições nucleares

Kim Yo-jong acusou a Ucrânia de ter ambições nucleares, considerando que uma petição ucraniana pró-nuclear é um “apelo para que os EUA” mobilizem esse tipo de armas para o território da Ucrânia.

A irmã do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, emitiu um comunicado onde escreveu que a petição é um “produto do conluio sinistro político” das “autoridades de Zelensky”.

“Toda essa conversa de Zelensky sobre a chegada de armas nucleares americanas ou o desenvolvimento independente de armas nucleares, nada mais é do que uma manifestação da sua própria ambição política, muito perigosa, de prolongar a todo custo os dias que lhe restam, apontando o destino do país e do seu povo”, acusou.

Kim Yo-jong, oficialmente vice-directora de departamento no Comité Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, explicou que a petição em questão terá de ser assinada por mais de 25 mil pessoas em 90 dias para que o Presidente da Ucrânia possa “analisar a iniciativa e clarificar a sua posição”. O The Guardian avança que, até ao momento, foram recolhidas cerca de mil assinaturas e que o governo ucraniano ainda não fez qualquer declaração acerca da petição pró-nuclear.

Há 14h16:36 Inês Capucho:

Rússia promete aumentar fornecimento de munições

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, prometeu aumentar o fornecimento de munições às forças do país. A promessa foi feita durante uma visita a um quartel-general das tropas que combate em nome de Moscovo na Ucrânia, nota o The Guardian.

As medidas necessárias estão a ser tomadas para aumentar [o fornecimento]”, garantiu o governante russo.

Há 17h13:47 :André Filipe Antunes:

Chefe de Estado Maior dos Estados Unidos não acredita numa vitória ucraniana na guerra em 2023

General Mark Milley sublinhou que tropas russas estão a ser “massacradas”, mas mostrou-se reticente quanto a uma eventual vitória ucraniana a curto-prazo. “É uma tarefa muito complicada”.

Há 21h10:14 : Ana Kotowicz

Tenistas russos "felizes" com o fim da proibição de jogar em Wimbledon

Wimbledon levantou na sexta-feira a proibição de tenistas russos e bielorrussos disputarem o torneio. Há, no entanto, uma nova condição: serão obrigados a assinar acordos de neutralidade e estão proibidos de ser financiados pelos estados russo e bielorrusso (incluindo patrocínios de empresas estatais).

Mesmo com as novas regras, dois dos principais tenistas estão “felizes” e vão cumprir com os requisitos, segundo a Sky News, que cita Daniil Medvedev, número cinco do mundo pela Associação de Profissionais de Ténis, e Karen Khachanov, 16.

“Estou muito feliz. Sempre disse que adoro este torneio”, disse Medvedev. “Tive algumas derrotas difíceis e quero tentar reverter isso. É um belo torneio, um belo Grand Slam. Estou muito feliz por poder jogar este ano.”

No entanto, assume que não sabe qual será a reação do público: “Não posso controlar, mas ficarei feliz de estar a jogar em frente a todas as pessoas”.

Karen Khachanov lembrou que desde fevereiro que já está a jogar como neutra noutros torneios. “Joguei as quartas de final, estou no Last 8 Club e é um evento realmente grande e especial na história do ténis. É por isso que estou muito feliz por podermos jogar este ano.”

Há 21h09:59 : Ana Kotowicz

Rússia assume presidência do Conselho de Segurança da ONU

A presidência é rotativa e, cada um dos 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, assume esse cargo durante um mês. Agora, a Federação Russa voltou a ter esse papel, apesar das críticas da Ucrânia que pediu que esta rotação fosse bloqueada.

Da última vez que a Rússia assumiu o cargo foi em fevereiro de 2022, exactamente o mês em que invadiu a Ucrânia. Agora, a situação é diferente. Além de a guerra continuar, o Presidente russo Vladimir Putin, tem um mandado de detenção internacional por alegados crimes de guerra, emitido pelo TPI — Tribunal Penal Internacional.

Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrageiros da Ucrânia, considerou esta“a pior piada de todos os tempos para o Dia da Mentira” e um “lembrete de que algo está errado com a maneira como a arquitectura da segurança internacional está funcionando”.

Há 21h09:50 Ana Kotowicz 

Fracasso de general russo leva Kremlin aos limites

É o Ministério da Defesa britânico que faz o alerta: o “fracasso” tem sido a tónica do mandato do Valery Gerasimov, o chefe do estado-maior russo que assumiu o comando pessoal da “operação militar especial” na Ucrânia em janeiro.

Na sua atualização diária sobre a guerra, a Defesa britânica argumento que o desempenho de Gerasimov está “a empurrar os limites de até onde a liderança política da Rússia tolerará o fracasso”.

“O mandato de Gerasimov foi caracterizado por um esforço para lançar uma ofensiva geral de inverno com o objectivo de estender o controle russo sobre toda a região de Donbass. Oitenta dias depois, é cada vez mais evidente que este projecto falhou”, lê-se no comunicado.

Os britânicos defendem que, em vários eixos na frente de Donbass, “as forças russas obtiveram apenas ganhos marginais ao custo de dezenas de milhares de baixas, desperdiçando em grande parte a sua vantagem temporária em pessoal obtida com a ‘mobilização parcial’ do outono.”

Assim, no documento considera-se que “há uma possibilidade realista de que Gerasimov esteja a forçar os limites de até que ponto a liderança política da Rússia tolerará o fracasso”, ou seja, Vladimir Putin.

Há 21h09:42 Ponto de situação. O que aconteceu durante o dia de ontem?

O nosso liveblog de sexta-feira vai ser arquivado, mas ainda pode encontrá-lo neste link. Fica aqui também um resumo do que aconteceu durante o dia de ontem.

Ponto de situação. O que aconteceu durante o dia de ontem?

“Justiça”. Esta é a palavra de ordem definida pelo Presidente ucraniano no 401.º dia de guerra, em que se assinala um ano da libertação de Bucha — cidade que esteve sob ocupação russa durante 33 dias e onde foram descobertos corpos de civis nas ruas.

O dia ficou marcado pelas declarações de Dmitry Medvedev que deixou avisos aos “arrogantes” membros da NATO: “Resta saber se estão prontos para longa fila de caixões”.

O líder da administração regional de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, denunciou que um ataque russo em Avdiivka provocou duas mortes: um bebé de dois meses e a avó.

O FMI aprovou um programa de empréstimo à Ucrânia no valor de 15,6 mil milhões de dólares para os próximos quatro anos.

O chefe da diplomacia da União Europeia afastou a hipótese de a China agir como mediadora entre a Ucrânia e a Rússia.

Vladimir Putin assinou um decreto com a nova versão do Conceito da Política Externa Russa. O documento lista os Estados Unidos como a “principal fonte de ameaça à segurança e paz internacional”.

Zelensky disse que o anúncio russo de colocar armas nucleares estratégicas na Bielorrússia é sinal do “insucesso” das conversações entre Putin e Xi Jinping.

O antigo Presidente da Rússia Dmitri Medvedev deixou advertências aos “descarados” e “arrogantes” membros da NATO. “Resta saber se estão prontos para longa fila de caixões”, afirmou no Telegram.

A ONU verificou a morte de mais de 8.400 civis e de mais de 14.000 feridos desde o início da guerra na Ucrânia.

O primeiro-ministro da Hungria alertou novamente que há um “verdadeiro perigo” de o conflito na Ucrânia se tornar numa Terceira Guerra Mundial. Viktor Orbán considera que o Ocidente arrisca envolver outros países na guerra ao fornecer armamento a Kiev.

Há 21h09:36 Ana Kotowicz 

Bom dia,

Passaram-se 402 dias desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. Nós vamos estar aqui a acompanhar as notícias mais relevantes do dia.

 

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