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Estranha espiral azul clara surgiu entre a aurora boreal no céu noturno do Alasca
Uma estranha espiral surgiu no
céu do Alasca, por entre a aurora boreal, no sábado. O fenómeno, que fez
sucesso nas redes sociais, não passa de uma fuga de combustível de um foguetão
da SpaceX.
OBSERVADOR, 18/4/23
Os amantes da aurora boreal
tiveram uma surpresa misturada com a habitual luz verde nos céus do Alasca, com
uma espiral azul clara, semelhante a uma galáxia, a surgir durante alguns
minutos.
A causa deste fenómeno, que ocorreu nas primeiras horas de sábado, foi
mais comum do que uma possível invasão extraterrestre ou o surgimento de um
portal para outro lugar no universo.
A aparência desta espiral foi
captada pela câmara do Instituto Geofísico do Alasca e amplamente partilhada.
Fotógrafos
que captam a famosa luz do norte também publicaram as suas fotos da espiral
azul clara nas redes sociais.
A
luz resultou simplesmente do excesso de combustível que foi liberado por um
foguetão da SpaceX, lançado desde a Califórnia cerca de três horas antes do
aparecimento da espiral, noticiou a agência Associated Press (AP).
“Por vezes, os foguetões têm
combustível que precisa de ser descartado”, explicou o físico espacial
Don Hampton, professor e investigador do Instituto Geofísico Fairbanks, da
Universidade do Alasca.
“Quando fazem isso em grandes
altitudes, esse combustível transforma-se em gelo. E
se ocorrer estar na luz do sol, quando estamos na escuridão no solo, podemos
vê-lo como uma espécie de grande nuvem e, por vezes, como um redemoinho”,
acrescentou.
Embora não seja uma visão comum,
Hampton disse que viu tais ocorrências cerca de três vezes.
“Esta espiral criou uma espécie de alvoroço na internet”,
sublinhou Hampton.
O foguetão que descolou da Base da
Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, na noite de sexta-feira,
transportava cerca de 25 satélites.
“O momento foi o ideal, eles fizeram algum tipo de descarga de
combustível naquele momento e conseguimos aquela espiral espetacular”, frisou.
Embora parecesse uma galáxia a sobrevoar o Alasca, o especialista garante que
não era.
“Posso dizer que não é uma galáxia. É apenas vapor de água a refletir a
luz do sol”, concluiu.
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