Salles da Fonseca sabe bem
despertar a curiosidade, ao seu modo despretensioso e gracioso de buscar temas
de interesse que lhe provém de leituras, certamente que fascinantes, com que nos
presenteia. A mim, fez-me procurar na Internet um lamiré de dados sobre Wagner,
que não resisti a transcrever de um site espanhol, profuso e variado, de
comentário crítico sobre a forma como as óperas, hoje, são muitas vezes adulteradas
pelos modernos progressistas buscando a sua própria notoriedade, através de
adaptações ideológicas que supõem mais do agrado das gentes.
Sobre Cosima Wagner, apenas extraí da Internet, em apoio ao texto de Salles da Fonseca e ao da sua amiga comentadora Maria Emília Gonçalves: “Cosima deixou dois grossos volumes de diários, 1869-1877, e 1878-1883, nos quais relata com
detalhes sua vida íntima com Richard Wagner. Os diários param no dia 12
de Fevereiro de 1883,
véspera da morte de Wagner….”
HENRIQUE SALLES DA
FONSECA
A BEM DA NAÇÃO,
18.11.19
Hans
von Bülow deu-lhe três filhas e Richard Wagner mais duas e um filho, Siegfried.
E isto, tendo o que à época se dizia uma «cara de cavalo». Teria por certo
outras virtudes.
Passou
à História da Cultura Alemã como Cosima
Wagner mas se não fosse a austeridade teutónica, teria por certo
assumido o nome completo de Cosima Francesca Gaetana (nomes próprios), d’Agoult
et Flavigny (da mãe), Liszt (do pai), von Bülow (do primeiro marido) e Wagner
(do segundo marido). Com um nome desses, haveria de parecer espanhola ou
viúva americana.
Nasceu
em Bellagio, Itália, em 24 de Dezembro de 1837 e morreu aos 92 anos de idade em Bayreuth em 1 de Abril de 1930. Entre
a morte de Richard Wagner em 1883 e 1914, assumiu a direcção do Festival anual
no teatro que ajudou a erigir.
Não
fora o seu diário e ter-se-ia perdido muita informação sobre si própria e,
principalmente, sobre as personalidades que a rodearam ao longo da vida,
nomeadamente Nietzsche. Ela
terá sido a única pessoa por quem o filósofo se apaixonou. Não consta que o
vice-versa tivesse fundamento. Mas foi ela que interpretou ao piano várias
composições musicais de Nietzsche e estas não ficaram para a História se bem
que uma ou outra tenha chegado a ser orquestrada.
No
meio da paixão (não correspondida), Nietzsche decidiu fazer de Cosima uma
escritora sugerindo-lhe que passasse a um estilo mais contido, sem tantas
exclamações como Oh! e Ah! e construindo frases mais curtas. Ou seja,
pedindo-lhe que deixasse de ser o que ela era. Felizmente, Cosima também não correspondeu a
estas sugestões e manteve-se fiel a si própria até ao fim. Para o bem das
crónicas que nos legou.
Cosima, a cronista de virtudes ocultas.
Novembro
de 2019 Henrique
Salles da Fonseca
NOTA: Para saber mais, ver, por
exemplo, em
Comentário
Anónimo
19.11.2019: Estimado Dr. Henrique Salles da Fonseca, Diz-se
que o relacionamento conjugal de Cosima Wagner com o compositor foi fortemente
marcado pelo fracasso de seus primeiros casamentos. Cosima idolatrava Wagner como um semideus , anotando
em seus diários, os detalhes da vida e obra do artista. Sabe-se que Wagner se influenciou nela e nos seus
grandes dotes musicais (dado ser filha de Franz Liszt) para compor muitas das
suas obras, tendo-lhe chamado a “alta sacerdotisa”. Muitos dos registos de Cosima nos seus diários referem-se ao
amor intenso que ela e Wagner sentiam um pelo outro. Ela anotou mesmo a
seguinte frase no seu diário: “Quando nos separamos, Richard, diz-me palavras
de amor tão profundas que quase me sinto morrer de felicidade”.
Nietzsche descreve-a: “a única mulher de grande
estilo que já conheci”. Contudo, alguns recordam-na como uma figura altiva e
fechada.
Os diários de Cosima são muito volumosos
(cerca 5000 pag) e retratam essencialmente a vida com Wagner, transcrevendo
a maior parte das cartas que trocou com o compositor, tendo sido ela que
iniciou o arquivo de Richard Wagner. No
entanto, nos seus diários, há também muita correspondência trocada com
Nietzsche, havendo imensas referências aos dias que o filósofo passou em
família com eles na casa de Tribsen, e descreve estes tempos como uma época de
grande serenidade, confiança, e de momentos sublimes. Cosima refere nos seus escritos que os fins de semana
que Nietzsche passava com eles, eram imensamente ricos e serenos pois havia
grande troca de conhecimentos filosóficos e artísticos, em que ela era a
interlocutora entre a concepção artística do marido e a concepção filosófica do
amigo.
Lamentavelmente perderem-se a maior parte das
missivas que Nietzsche endereçou a Cosima mas sabe-se que descrevem uma grande
cumplicidade do filósofo com ela. Há mesmos algumas cartas nos
diários de Cosima que são quase conselhos maternais ao filósofo, como por
exemplo “ não bata nas vespas” , após uma ida dela a uma das suas conferencias.
Há ainda cartas de Cosima para Nietzsche que
descrevem a alegria e a surpresa que teve quando recebeu o livro “Cinco
Prólogos para cinco livros não escritos” e às quais o filósofo lhe retribui uma
sucinta missiva em que lhe diz que ele é que se sente honrado por ela ter
aceite a dedicatória que ele lhe fez no livro. Sabemos, entretanto, que Nietzsche rompe a amizade
com o músico por discordâncias intelectuais, políticas e também musicais que
vieram a ser divulgadas após a celebração do Festival de Bayreuth.
Após a morte do marido, Cosima, perpetuou o seu culto e ergueu-lhe um monumento póstumo na forma do Festival de Bayreuth. ======================================== =====================
Caro Dr. Henrique Salles, isto é um contributo muito insuficiente , fruto de uma pesquisa um pouco apressada e que dispensa a publicação no seu blog. Aceite os meus respeitosos cumprimentos. Mª Emilia Gonçalves
Após a morte do marido, Cosima, perpetuou o seu culto e ergueu-lhe um monumento póstumo na forma do Festival de Bayreuth. ========================================
Caro Dr. Henrique Salles, isto é um contributo muito insuficiente , fruto de uma pesquisa um pouco apressada e que dispensa a publicação no seu blog. Aceite os meus respeitosos cumprimentos. Mª Emilia Gonçalves
NOTAS DE APOIO: Extractos da Internet:
Do “ARCHIVO
RICHARD WAGNER (1813/1883) – HEMEROTECA WAGNERIANA:
En el libro “Wagner autrement: Essais” de
Jacques Grillia se condensa un magnífico grupo de las mejores locuras asignadas
a Wagner y sus obras por los payasos-intelectuales actuales. Es un recital realmente
alucinante que por sí solo merecería un premio a la estupidez humana. El libro
se presenta como ‘Otras formas de entender a Wagner’, de manera que el autor
pretende explicarnos como poder deformar el sentido común con Wagner, no
comprende las locuras que propone o expone.
Si Freud está loco, el marxismo cuenta
con otra forma de locura curiosa, interpretarlo todo por temas económicos, en
vez de los sexuales freudianos. Y si se puede añadir anti fascismo aun mejor…..
Si los marxistas tiene locuras
freudianas, sexistas y económicas sobre Wagner, muy visibles en las puestas en
escena actuales, tampoco hay que olvidarse de algunas locuras menos populares
como las de algunos esotérico-arianistas que tienen también una locura
realmente alucinante. Bajo la idea de que la raza aria viene de dioses extra
terrestres, es biológicamente un resto de algo que en su día fue por sí mismo
pero que lo que hoy encontramos es sólo algo que se reproduce únicamente por la
inercia de las leyes del cosmos, pues ha perdido la esencia de lo que fue, así
como ha perdido el vínculo extraterrestre o extra-cósmico en que tuvo su
origen… tras esta ‘idea absurda inicial’ encontramos que una vez más se
meten con Wagner……
Una de las locuras más comunes son las
sexuales, pero entre ellas hay algunas especialmente curiosas, por lo raras y
demenciales, diferenciándose algo de las locuras normales sexistas sobre el
complejo de Edipo y la asignación a Wagner de sexismo extremo. …..
BARBARIDADES
ANTI WAGNERIANAS: EL DESMADRE ACTUAL CONTRA WAGNER
Es de todos conocido el desastre y el grado de locuras que se hacen con
las óperas, y no solo con las de Wagner. Pero
hemos querido hacer un resumen desde los años 1990’s de los temas más
interesantes de esa epidemia de destrucción artística, no solo como ‘Memoria
Histórica’ de la decadencia ética y artística actual sino para debatir también
sus excusas y dejar en evidencia sus verdaderas motivaciones.
Hay
muchas más pero no añaden nada, son repetición de lo mismo, sexo-porno,
politización, incoherencia absoluta, ignorancia supina, … cuando se han
conocido 10 de las chorradas de esos esceno-destructores, te das cuenta de lo
repetitivo, aburrido y falto de originalidad de sus montajes.
Por
eso no hemos querido ser exhaustivos sino solo mostrar lo suficiente para
entender el grado de decadencia y sus razones.
LAS ULTIMAS LOCURAS DE BAUREUTH 2012
Como desde luego no me acerco a los
aquelarres anti wagnerianos de Bayreuth, hoy lugar satánico de la destrucción
de la obra wagenriana, me limito a reproducir las descripciones de José
Miguel Ferrer Puche es Presidente de la Asociación Wagneriana de Alicante:
Pero
vamos a lo que nos interesa, la representación: Comenzó el 25 de julio del
2012. En qué estaría pensando el director artístico Jan Philip Gloger, que se
olvidó del capitán de navío condenado a atravesar los mares eternamente hasta
encontrar el amor. Ya estábamos avisados. Sabíamos de la amenaza que se cernía
sobre nosotros con un ligero cambio algo “moderno”, pero nadie esperaba lo que
estaba por llegar… El director de 31 años prefirió sustituir el universo del
capitán maldito por el de un hombre de negocios que cruza un mundo carente de
amor con una maleta con ruedecillas y un vaso de café. Este hombre rico e
infeliz derrocha su dinero contratando prostitutas y hasta lo quema. No sé
dónde esconderme. Entre abucheos del público y algunos débiles aplausos, de
súbito me siento tan espantado, que tengo la sensación de no saber a qué ópera
estoy asistiendo, tal es la desventura de estos cambios tan faltos de
romanticismo y sentido dramático.
El
director de escena, Hans Neuenfels, planteó una ridícula producción en la que
la ópera se fija en un laboratorio rodeado de ratones, ratones como metáfora de
las masas y de su conducta de aceptación mundana de cualquier oferta, de
cualquier utopía (la del malvado Telramund, la del justo y bondadoso Lohengrin
o la aún desconocida de Gottfried). Unos cuantos roedores (más de 50) de todos
los colores posibles y tamaños, no solo convierten en ruinoso el espectáculo,
sino que andan muy alejados del simbolismo y mitología representados en el
cisne wagneriano
El montaje escénico del Tannhäuser de
Sebastian Baumgarten es un farragoso compendio ideológico que condiciona la
escenografía y el desarrollo dramático. Utiliza la ópera como plataforma de
una concepción sociocrítica en la que se ve a una futura sociedad altamente
tecnificada y posthumanista, articulada actualmente en la bioética. Esa idea
queda plasmada en un escenario único: una instalación denominada “tecnocrat”
(del artista holandés Joep van Lieshout), que contiene calderas de
fermentación, depósitos de biogás, cisternas de alcohol, bidones, mangueras,
etcétera. En ese
“tecnocrat” hay dos niveles: el subsuelo o Venusberg, donde se mueven los
instintos más sexuales con Venus embarazada, quimeras y otras aberraciones
copulantes, e incluso figurantes disfrazados de espermatozoides; y el nivel superior o Wartburg, que pertenece a esa
comunidad racional posthumanista con el Landgrave Hermann como máximo
supervisor.
LA
MANIPULACION POLITICA DE WAGNER… EN LA DEMOCRACIA:
ALGARADA EN 'TANNHÄUSER'
Curiosamente se acusa siempre
de manipular a Wagner en el III Reich, cuando allí nunca se puso un símbolo
político en la escenografía de una obra de Wagner… pero ahora se hace muy a
menudo, la última bien sonada en Berlín.
Rosalía Sánchez | Berlín:
Se
abre el telón. Durante la 'Obertura' de 'Tannhäuser', actores desnudos caen a
tierra desde una cruz hecha de cubos de vidrio y envueltos en niebla. Son
cámaras de gas. Varios matones de las SS, junto a Tannhäuser, asesinan a una
familia en un brutal tiroteo. El director Burkhard C. Kosminski sitúa la legendaria
acción del castillo de Wartburg durante el régimen nazi y la asocia con el
nacimiento la República Federal Alemana, en la 'época Adenauer'. No ha
transcurrido ni media hora de función cuando buena parte del público se levanta
de sus asientos entre abucheos y abandona la ópera de Düsseldorf.
La
imagen de Tannhäuser como un criminal nazi y la alusión al antisemitismo de
Wagner, en medio de los preparativos del aniversario, han sido demasiado para
el público alemán. "¡Esto es un insulto!", gritaban algunos
indignados, lamentando no tener a mano objetos contundentes que lanzar al
escenario. El director intendente de la ópera, Christoph Meye, se vio obligado
a interrumpir el estreno para pedir al público que se contuviese en su
reacción. Pero aunque la obra continuó después hasta el último compás, en el
que un niño superviviente perdona a Tannhäuser la culpa de sus crímenes, la
concepción escénica de Kosminski, una descabellada dialéctica entre el eros y
el ágape, entre Venus y la Virgen María, entre la sensualidad y el ascetismo,
había colapsado mucho antes de que la orquesta terminase la partitura.
LAS ÓPERAS ESTÁN PARA SER PROSTITUIDAS: En el ABC del
8-6-92 Joan Matabosch, que está en la dirección artística del Liceu, afirmó por
escrito y de forma clara cual es su labor: “Digamos desde aquí para zanjar el
problema, que a nuestro juicio las óperas existen para ser interpretadas,
manipuladas, contradichas, trascendidas o prostituidas si es preciso.” ….
ENTREVISTA A TERESA BERGANZA,
MEZZOSOPRANO ABC 12-8-2007
-
¿Qué es lo que más echa de menos en la ópera actual?
-
El respeto. El respeto absoluto a los compositores, a los libretistas, a las
épocas, a los cantantes ... A todo.
-
¿Y eso es un mal generalizado en todo el mundo?
-
Está ya en todas partes. En Alemania fueron pioneros. Luego llegaron Italia,
Francia ... Pero ahora la gente se ha disparado. A mí me duele, por· que en el
arte nadie toca las genialidades que ya están hechas. Nadie corrige a
Rembrandt, y le pone silicona a los pechos de sus modelos. Ni se le ponen
cuatro rayajos a un Velázquez para modernizarlo. Si puede llegar un pintor
genial y hacer un cuadro moderno en el estilo de Velázquez. Y eso lo aplico a
la ópera. Que hagan una «Tosca» del año 2007 y no toquen la original. Porque
las reacciones son diferentes, las libertades son diferentes, incluso la
Iglesia es diferente. Los amores prohibidos ya no existen ... Lo que hacen
falta son compositores modernos, y si quieren sacar a todo el mundo desnudo que
lo hagan. Porque parece que lo que más les atraiga es poner bacanales ... No
entiendo ese afán de escándalo. Dicen que quieren atraer a la gente joven, pero
la gente joven está harta de ver esas cosas. La gente joven lo que quiere es la
verdadera ópera.
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