Como o nosso. Mas… Que Viva España, sempre.
Apesar do comentário.
ESPANHA: Urnas obrigam Sánchez a fazer
acordo à esquerda
O líder socialista apostou no reforço do
PSOE para governar sozinho, mas perdeu deputados e a extrema-direita criou uma
onda vitoriosa. Face ao bloqueio, PP mostrou-se disponível para desbloquear a
situação. Sánchez garantiu que vai haver “governo progressista”.
ANTÓNIO RODRIGUES PÚBLICO, 10 de Novembro de 2019
A
Espanha voltou às urnas menos de sete meses depois e o que conseguiu foi
mostrar que o bloqueio esquerda-direita se mantém. Os socialistas apostaram tudo no reforço da sua
bancada no Congresso de Deputados, para que Pedro Sánchez pudesse alcançar
aquilo que sempre quis, a investidura de um governo minoritário com acordos de
incidência parlamentar, uma solução à portuguesa, como várias vezes se referiu
ao longo destes meses. Sánchez queria uma geringonça espanhola e
saiu-lhe um imbróglio político. Ganhou as eleições, mas é fácil de
concluir que foi uma vitória de Pirro, já que os seus 120 deputados (menos três
que a 28 de Abril) não lhe servem para impor absolutamente nada a nenhuma das
forças com quem poderia acertar acordos. Daí que no seu discurso repetisse
várias vezes a fórmula “governo progressista” que não quis admitir até agora.
O eleitorado penalizou o
Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) nas urnas. Não foi um sinal claro, mesmo assim, demonstra que
houve uma parte do eleitorado que considerou Sánchez responsável pelo bloqueio
político. Até porque o Unidas Podemos manteve os 35 deputados que elegeu há
seis meses e meio. Facto
sublinhado por Pablo Iglesias, líder do Unidas Podemos: “O que em Abril foi uma oportunidade, ter um Governo,
uma coligação progressista, agora é uma necessidade. Agora faz falta um Governo
com estabilidade suficiente e que garanta os direitos. A nossa proposta ao PSOE
são os artigos sociais da Constituição espanhola para travar a extrema-direita,
que é a consequência mais grave destas eleições. Apelamos ao PSOE para que
respeite o resultado eleitoral.”
O
mesmo sublinhou Íñigo Errejón, ex-Podemos, cujo Mais País conseguiu eleger três deputados: “Em Espanha, há uma segunda oportunidade para se
acordar um Governo progressista é uma obrigação moral que nos dediquemos a essa
tarefa”, disse. “Não podemos ir a terceiras eleições. Esta repetição eleitoral
é um aviso do que acontece quando os interesses pessoais se põem à frente dos
interesses do país”, acrescentou.
Uma
mensagem destinada a Sánchez, mas que se aplica com muito mais propriedade a
Albert Rivera, que conduziu o Cidadãos para um desastre eleitoral de enormes
dimensões, perdendo 47 lugares no Congresso de Deputados e caindo de terceira
força política espanhola, com ambições de liderar a oposição à direita, para
sexto partido nacional, ficando mesmo atrás da Esquerda Republicana da
Catalunha (que perdeu dois deputados, passando a 13). “O que hoje tivemos é um mau resultado, sem
paliativos, nem desculpas. Perante estes maus resultados, acho que como líder
político – e os líderes assumem sempre os maus resultados na
primeira pessoa – é
obrigatório convocar uma [reunião da comissão] executiva nacional urgente e
extraordinária”, afirmou. Apesar de tudo, não apresentou a sua demissão,
deixando o seu futuro na mão dos militantes do partido.
“Os espanhóis quiseram mais Sánchez para
esta legislatura. Mas também quiseram mais Vox e menos centro político”, disse Rivera, naquela que é a verdadeira
síntese da noite eleitoral em Espanha: PSOE ganha, mais pressionado
para formar uma coligação à esquerda, enquanto à direita o Partido Popular
lidera a oposição, mas quase desaparece a alternativa ao centro, extremando-se
o eleitorado, com a transformação do Vox na terceira maior força política. Para Santiago Abascal, líder do Vox, aquilo
que os espanhóis fizeram este domingo foi tornar “mais plural” o Congresso de
Deputados, com “uma representação mais fidedigna do que pensa o povo espanhol”.
Para Abascal, os eleitores da extrema-direita foram “protagonistas da maior
festa da democracia”.
Face a este cenário de impasse, Pablo
Casado mostrou-se disponível para desbloquear a situação. “Vamos ver o que decide Pedro Sánchez e depois
exerceremos a nossa responsabilidade, porque Espanha não pode continuar
bloqueada”, afirmou o líder do PP, num tom muito mais galvanizado que em Abril,
quando o seu partido teve o pior resultado da história. “O que
dizemos ao PSOE é que deve pensar e valorizar o futuro. Deve pensar no que quer
fazer uma vez que fracassou e que a governabilidade é muito difícil”, acrescentou.
Com
mais 22 assentos parlamentares que há seis meses e meio, passando a ter uma
bancada de 88 deputados, Casado referiu que o seu partido vai “ser muito
exigente com o PSOE” e fica à espera do que decida Sánchez. “Depois exerceremos
a nossa responsabilidade porque Espanha não pode continuar bloqueada”,
acrescentou, dizendo a “Pedro Sánchez que a bola está do seu lado”.No entanto,
o primeiro-ministro em exercício não aproveitou a mão estendida de Casado, anunciando
no seu discurso de vitória que os socialistas “sim ou sim vão formar um Governo
progressista”. “A partir de amanhã [hoje], a trabalhar por esse Governo
progressista liderado pelo PSOE”, disse.
“O
nosso plano não é continuar a ganhar eleições, mas formar Governo”, disse
Sánchez. “Por isso, faço um chamamento aos demais partidos para que, com
generosidade e responsabilidade, ajudem a desbloquear este Governo
progressista”, acrescentou.
Para
o primeiro-ministro, “os espanhóis mostraram que querem que no Governo
participem várias formações políticas”, daí que apele a todos os partidos,
“salvo àqueles que se distanciam da convivência e da democracia”, para
negociarem com os socialistas.
COMENTÁRIO: Jose: Mais
independentismo e menos espanholismo é o que dizem as urnas! É a condenação das
prisões de democratas eleitos! É a condenação das políticas colonialistas! É a
confirmação da urgência da libertação dos presos políticos e regresso livre dos
exilados políticos. É a hora de legitimar o referendo para a autodeterminação
pela via pacífica.
Que Viva
España
Entre Flores,
Fandanguillos y alegrias,
nacio
en España la tierra del amor
Solo
dios pudiera hacer tanta belleza,
y
es imposible que puedan haber dos.
Y
todo el mundo sabe que es verdad,
y
lloran cuando tienen que marchar.
Por
eso se oye este refrán
"Que
Viva España"
Y
siempre la recordarán
"Que
Viva España"
La
gente canta con ardor
"Que
Viva España"
La
vida tiene otro Sabor,
Y
España es la Mejor
En
las tardes Soleadas de corrida,
la
gente aclama al diestro con fervor
Y
el saluda paseando a su cuadrilla,
con
esa gracia de Hidalgo Español
La
plaza por si sola vibra ya,
y
empieza nuestra Fiesta Nacional
Por
eso se oye este refrán
"Que
Viva España"
Y
siempre la recordarán
"Que
Viva España"
La
gente canta con ardor
"Que
Viva España"
La
vida tiene otro Sabor
Y
España es la Mejor
Laralaralalarala
"Que
Viva España"
Laralaralalarala
"Que
Viva España"
La
gente canta con ardor
"Que
Viva España"
La
vida tiene otro Sabor
Y
España es lo Mejor
Que
España es la Mejor
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