Luís Rosa bem pretende
esforçar-se, com o seu cortejo de aderentes. Mas decididamente estamos
condenados a perder em dignidade cultural, perdidos que estamos há muito, num
país que se está marimbando para a própria língua.
Guia de leitura para os novos
simpatizantes do comunismo /premium
Comunismo e fascismo são os rostos da
subjugação dos indivíduos a ideais destruidores da condição humana. Não
reconhecer isso é criminoso mas, mais do que tudo, é um atestado de ignorância
histórica.
OBSERVADOR, 18 nov 2019,
1. Portugal
é hoje um país estranho. Muito estranho mesmo. Não falo da estagnação
económica, do silêncio oportunista dos indignados de outrora do PCP e do Bloco
de Esquerda (BE). Tal como não falo do controlo suave da RTP por parte do
Governo e de alguns bots chamados comentadores políticos que repetem elogios
em loop ao suposto génio político de António Costa.
Falo de como a Assembleia da República
fez questão em não se associar de forma integral à importante e histórica
resolução do Parlamento Europeu que equiparou o comunismo ao fascismo,
nomeadamente ao nazismo, e que se intitula “Importância da memória europeia para o futuro da Europa” (que pode ler
aqui).
Provou-se, assim, que além de ser
incapaz de condenar expressamente o comunismo como uma ideologia totalitária
que promoveu regimes tão hediondos e destruidores como o nazismo, a Assembleia
da República vive mais do que nunca sequestrada pela extrema-esquerda do PCP e
do BE. E logo com o beneplácito do Partido Socialista de Mário Soares, o homem
que lutou em 1974/75 contra o PCP e as forças que deram origem ao Bloco para
evitar a implementação de uma nova ditadura no nosso país.
Aliás,
a posição do Partido Socialista é duplamente vergonhosa. Não só porque comete
uma traição histórica ao papel de Soares durante o PREC de 74/75, como
contradiz a posição da sua eurodeputada Isabel Santos — uma das quatro proponentes do
grupo Socialistas & Democratas (o grupo parlamentar europeu do qual o PS
faz parte) da resolução que veio a ser aprovada em Bruxelas.
2. Tudo
começou com a resolução do Parlamento Europeu aprovada a 19 de Setembro. Note-se que a resolução foi largamente
ignorada pela comunicação social portuguesa, sendo que mesmo os poucos media
nacionais que têm correspondentes em Bruxelas também nada noticiaram. Só após o Observador ter citado no dia 15 de outubro uma
notícia do jornal espanhol ABC é que o assunto começou a ser debatido na
opinião pública portuguesa. Registe-se só este dado sobre a nossa notícia para
percebermos o impacto do tema: 63.944 partilhas. Um número claramente fora
do comum para uma notícia deste género.
À
luz da unanimidade da historiografia europeia, a resolução nada tem de
polémico. Por alguma razão foi proposta pelos três maiores grupos
parlamentares: o Partido Popular Europeu (do qual fazem parte o PSD e o CDS),
Socialistas & Democratas (o grupo do PS), Renovar a Europa (da qual faz
parte a Iniciativa Liberal) e Reformistas e Conservadores Europeus. Foram 535
deputados que votaram a favor, 66 que votaram conta e 52 abstenções. Isto é,
mais de 80% dos votantes aprovaram a moção.
O
texto do Parlamento Europeu, e ao contrário do que o PS, PCP e Bloco de
Esquerda tentaram fazer crer no debate em Portugal, é claramente agregador.
Tenta unir a Europa contra o totalitarismo, a ditadura, o fanatismo, o racismo
e a xenofobia. Como? Denunciando e censurando a barbárie nazi que culminou com
a II Guerra Mundial e a ditadura comunista da União Soviética que dividiu a
Europa com a Cortina de Ferro.
Quem
se tenha dado ao trabalho de ler a resolução do Parlamento Europeu percebe claramente que
o texto é um exercício claro de união entre as duas europas
criadas no pós-guerra (a do
Ocidente e a do Leste) — uma questão relevante quando as instituições europeias
têm censurado com cada vez mais intensidade as derivas autoritárias de Viktor
Orban na Hungria e dos neo-conservadores da Lei e Ordem na Polónia. E, principalmente, quando Vladimir Putin tenta
branquear os crimes do comunismo soviético para reforçar o nacionalismo russo. Não é por acaso que a resolução foi apresentada
por uma esmagadora maioria de eurodeputados dos países do leste — precisamente
aqueles que mais sofreram com o nazismo durante a II Guerra Mundial e com o comunismo
durante quase 40 anos de ditaduras pró-soviéticas e que são
aqueles que mais se opõem a uma nova expansão russa. Tal como também não é por acaso, aliás, que a
resolução do Parlamento Europeu foi enviada à Duma (Parlamento russo), com se
pode ler no final do texto da resolução.
3.
Ora tudo isto foi ignorado pela Assembleia da República. Muitas vezes ouvimos os políticos portugueses se
queixarem do facto de Portugal ser um país periférico. Mas o que ouvimos
na passada sexta-feira foi mesmo um atestado de ignorância
histórica, de pequenez política e de total ausência de pensamento estratégico
de qual é o posicionamento de Portugal face à Rússia de Putin dado de viva voz
pelos deputados Constança Urbano de Sousa (PS), Pedro Filipe Soares (BE) mas
também por João Oliveira (PCP).
Não
causou surpresa que Oliveira tenha puxado do património do PCP como único
partido que lutou de forma organizada contra a ditadura salazarista. A
sociedade portuguesa continua a olhar para os comunistas portugueses de forma
benevolente por causa desse papel — que existiu e que é relevante. Mas o que não podemos ignorar é que os
comunistas o fizeram para impor outra ditadura.
Tal como não podemos esquecer o autismo
político-ideológico dos comunistas portugueses que os impediram de constatar a
ditadura, a perseguição, a fome e a miséria que se viveu durante muitos anos na
Polónia, Hungria, Checolosváquia, Jugoslávia, Roménia e Bulgária. E tudo
enquanto Álvaro Cunhal e outros dirigentes comunistas viviam em exílios
dourados nesses países sob a proteção e financiamento da União Soviética.
O mais surpreendente, contudo, foi
ouvir a representante socialista Constança
Urbano de Sousa afirmar, num tipo de semântica política habitualmente
utilizada pelo PCP, que a resolução do Parlamento Europeu promoveu
“equiparações simplistas” e, pior, conduziu a um “revisionismo histórico e ao
branqueamento do nazismo.”
Acresce
que a resolução proposta pelo
PS, e aprovada com os votos do Bloco, PAN, PSD,
CDS e Iniciativa Liberal, condena as “atrocidades
perpetradas no continente Europeu ao longo do século XX”, “reafirma a sua
condenação de todos os regimes totalitários” e manifesta “o mais
profundo respeito por todas as vítimas de regimes totalitários”. Mas nunca refere expressamente a condenação
dos regimes comunistas, o que deveria ter levado a direita parlamentar a votar
contra este texto, até porque apresentou textos em que essa censura ficava clara.
Já là vai o tempo em que Mário Soares
acusava Álvaro Cunhal de querer “instituir uma ditadura em Portugal”, ao que o
líder comunista respondia com um
sonso “olhe que não, olhe que não”.
4.Como
Hannah Arendt defendeu em 1958
na sua obra “As Origens do
Totalitarismo”, os regimes
nazi e soviético eram ambos totalitários e tinham muito mais parecenças do que
diferenças. Se os nazis queriam atingir a pureza da raça através
dos vários genocídios que implementaram, os comunistas soviéticos queriam
construir um homem novo e uma sociedade sem classes igualmente pela
força, pelos assassínios em massa, por igual perseguição a grupos étnicos e a
toda e qualquer oposição.
Independente das supostas boas intenções do marxismo, os nazis e os
comunistas tinham o mesmo objectivo: impor uma
Ditadura em que o Estado era dono e senhor da vontade dos indivíduos e das
comunidades.
Mussolini
cunhou o conceito do totalitarismo: “Tudo
dentro do Estado, nada fora do Estado e nada contra o Estado”. Mas este foi praticado tanto por
fascistas como Hitler ou Franco, como por comunistas como Lenine, Estaline,
Khrushchov, Brejnev e tantos outros.
Comunismo
e fascismo são os rostos da subjugação dos indivíduos a ideais destruidores da
condição humana. Não reconhecer isso é criminoso mas, mais do que tudo, é um
atestado de ignorância histórica do Parlamento português.
Como
o PS aconselha, na sua resolução, que o “conhecimento do passado” deve ser
feito com base em “trabalhos historiográficos objectivos e neutros, que
permitam a contextualização de cada realidade nacional”, termino com um pequeno
guia de leituras diversificadas
para os senhores deputados que desejarem sair do estado de ignorância em que
vivem mas, sobretudo, para os leitores mais jovens que pensam que o comunismo
não é sinónimo de ditadura — pois a minha fé na juventude é
incomensuravelmente superior à que deposito nos parlamentares efectivamente
mais periféricos da Europa.
Leiam e
aprendam. Foi o que eu fiz.
“Gulag – A
History” – Anne Applebaum (Faber & Faber, 2004)
“Iron Curtain
– The Crushing of Eastern Europeu” – Anne Applebaum (Faber & Faber, 2013)
“Pós-Guerra –
História da Europa desde 1945” – Tony Judt (Edições 70, 2009)
“Estaline – A
Corte do Czar Vermelho” – Simon Sebag Montefiore (Aletheia Editores, 2007)
“Lenine, O
Ditador – Um Retrato Íntimo” – Victor Sebestyen” (Objetiva Editores, 2017)
“The Berlin
Wall” – Frederick Taylor (Bloomsbury, 2006)
COMENTÁRIOS:
Tiago Queirós: Já agora: «O PCP votou contra o voto de congratulação
pela resolução do Parlamento Europeu que condena os crimes de regimes
totalitários, entre os quais regimes comunistas, e, obviamente, nesse
seguimento, acus[ou] a Iniciativa Liberal (...)», sendo que, impedido de
responder, Cotrim Figueiredo foi ademais zombado pelo Rei do Portugal dos
Pequeninos, o sempre execrável e repugnante Ferro Rodrigues.
William Smith: Já não pertenço à juventude portuguesa, tenho 34 anos. Mas convivo, no
emprego, com pessoal com menos uns dez anos do que eu e fico pasmado com a
ignorância deles sobre os crimes do comunismo. Então do BE, não fazem a mais
pequena ideia do que aquilo esconde. Mas estão preocupadíssimos com o Trump, o
Bolsonaro e o Ventura porque são fascistas. Temo só de pensar no que vai nas
cabecinhas dos actuais adolescentes
Maria Augusta Martins: Mas por que raio desapareceram alguns ficheiros da PIDE? Até o do
Barreirinhas do Cunhal desapareceu. Não imaginam por quê? Não é difícil pensem
só.
Conde do Cruzeiro >Maria Augusta Martins: A Cia que foi que implementou
a PVDE, formou e instruiu as suas chefias e agentes sempre teve uma cópia de
todos os documentos desses serviços, até ao 25 de Abril. Como sabem, os
ficheiros da Pide estão na Torre do Tombo, se faltarem alguns a Cia tem os
mesmos. Agora pense lá, no que se baseia a sua afirmação.
António Sennfelt: Como é que o nosso para
lamento, cheio a rebentar pelas costuras de estalinistas, trotzkistas e
sucialistas da espécie esquerdina e socratina iria lá agora aprovar uma moção
condenando o comunismo? Isso é bom lá para o Parlamento Europeu; nós, por aqui
e como sempre, orgulhosamente sós!
… Chronos 20 > William Smith: Se o senhor não fosse um apedeuta militante veria que
em ponto algum eu defendo o comunismo. Apenas falei o óbvio: é desonesto
comparar um regime politico que pertence à arqueologia politica com o fascismo
que está vivo e actuante em muitas paragens.
Joao Mar > Chronos: Tem razão . Tirando Portugal que está no paleolítico
inferior a nível de mentalidade política , o comunismo ja acabou no resto da
Europa.
André Silva: Como nota prévia, de referir que pelo menos ““Gulag – A History” – Anne
Applebaum”, ““Pós-Guerra – História da Europa desde 1945” – Tony Judt” e
““Estaline – A Corte do Czar Vermelho” – Simon Sebag Montefiore” são, de facto,
leitura simplesmente obrigatória. Para quem gosta de História mas nem por isso
gosta de ler/estudar História, recomendo vivamente o de Simon Sebag Montefiori,
escrito como se de um romance (e que romance, senhores/as!) se tratasse – além
de ter escrito um outro, esse sim, puro romance, o simplesmente maravilhoso e
imperdível “Uma Noite de Inverno” (penso ser esse o título em Português). Quanto
ao artigo em si, é um (quase) excelente artigo. Mas com todo o respeito pelo
autor – que mo merece – é, por um lado:
1. Incorrer no
mesmo e sistemático erro de achar que o PS é democrático na sua essência Não é.
Apenas e só tem algumas (muito poucas) pessoas que genuinamente o são. A
Constança, tal como a esmagadora maioria daquele refugo que vegeta e
parasita Portugal via PS, são intrinsecamente autoritários e mesmo ditadores em
potência, e acham que o PS é o dono do país (e por via disso, elas e eles
próprios o são também.
2. E por outro
“chover no molhado” pensando que alguém não sabe o que foi e o que é o
comunismo-socialismo, tal como aparentemente o sabem sobre o nazismo
É ABSOLUTAMENTE IMPOSSÍVEL alguém hoje em dia
argumentar de forma intelectualmente honesta com o desconhecimento.
Ingenuidade, sim, mas na maioria dos casos é mesmo mau carácter (inveja, ódio,
ressentimento, ambição de poder pelo poder, megalomania, etc.) e em tantos
outros a idiotia inútil – e já nem sequer útil – como por aqui temos bastos
exemplos, que todos conhecemos.
Joaquim Zacarias: Alguns comunas foram opositores do regime anterior, mas muitos deles são
provenientes do Salazarismo, e pertenciam à Legião Portuguesa, em especial os
dirigentes sindicais em exercício no 25/4.Eram bufos, calões, dissimulados e
oportunistas. E continuam a ser.
Conde do Cruzeiro > Joaquim Zacarias: Eis o depoimento, de um agente
da Pide. Lançando lama, sobre quem o derrotou mas manteve vivo e com condições
para gozar a sua vergonha.
Jay Pi > Conde do Cruzeiro: Custa ouvir as verdades não
custa? Os marxistas sempre tiveram dificuldade em aderir à realidade. Factos
são factos. Mas por que razão o PS iria condenar o regime defendido pelos
partidos que lhe garantem o assalto ao poder?? Isso seria intelectualmente
honesto, algo que não está ao alcance dos socialistas.
Antonio Sousa Branco: Nazismo e comunismo as duas faces da mesma moeda - a mais brutal,
calculista e selvática da condição humana.
Sennfelt: Leiam " O arquipélago
Goulag" de Alexander Soljenitsin
Miguel Mota: Luís, cumprimento-o por mais este excelente e corajoso texto. Com o qual
concordo, quase por inteiro. A minha ligeira discordância prende-se com a sua
admissão de que a vergonha suja que se passou na AR e o que passa e tem passado
em Portugal, ao longo dos últimos 45 anos, com a esquerda e a sua extrema, na política
e na comunicação social, tem algo a ver com ignorância histórica. Não, meu caro Luís. Do que verdadeiramente se trata é de hipocrisia
amoral e cúmplice. São crápulas imorais, tão ou mais conhecedores do que o Luís
e eu somos dos factos históricos e dos crimes hediondos das esquerdas. Não só
conhecem o roubo, a tortura, o assassinato em massa e o genocídio universal das
esquerdas, que calam e branqueiam, sendo, por isso, cúmplices igualmente
criminosos, como, em nome dos mesmos princípios, não hesitariam em cometê-los
eles próprios, com as próprias mãos, caso a oportunidade lhes fosse dada. Não
haja ilusões de qualquer tipo : quando falamos de tal gentalha, é do puro
vacuum e aleijão moral que curamos.
Também não partilho da sua perspectiva em relação ao
que o Luís designa por "juventude portuguesa". Talvez por ser
substancialmente mais jovem que o Luís e, para mal dos meus pecados, ter que
lidar diariamente com uma amostra muitíssimo representativa do público a que se
refere, a minha avaliação é totalmente oposta à que o Luís faz. Na verdade,
nunca vi, em público algum, um grau tal de ignorância, apatia e boçalidade,
como aquele que diariamente encontro entre tal população. Verdadeira manada de
gado dócil e acéfalo, disponível para a mais profunda doutrinação e o
pastoreio pelo totalitarismo marxista.
Como julgo, também, o Luís não deve ter, sem qualquer
expectativa de que um só membro da "juventude portuguesa", ou das
esquerdas criminosas, tenha o menor interesse em nele beber os dolorosos factos
da história, permita-me que acrescente à sua magnífíca recensão bibliográfica a
obra, verdadeiramente seminal, que lançou luz sobre o holocausto das esquerdas
: The Gulag archipelago By Solzhenit͡ìsyn, Aleksandr Isaevich.
Jay Pi: As doutrinas socialistas têm
por base o espoliar de quem tem ou gera capital. Muitos seres humanos incorrem
em comportamentos de espoliação, extorsão, esbulho, furto ou roubo com imensa
facilidade. Muitos capitalistas também o tentam fazer nos seus negócios, mas um
ordenamento jurídico fundado em critérios éticos válidos e elevados censura e
recrimina essas acções, enquadrando-as tendencialmente no foro da esfera
criminal. O socialismo, porém, dignifica e legaliza o espoliar como uma acção politicamente e
socialmente defensável. Da mesma forma que pessoas desonestas vislumbram nesse
comportamento uma opção de ação, essas mesmas pessoas e outras que não têm a
coragem, oportunidade ou perfil para espoliar, defendem uma espoliação de
estado, política, convencidas que com isso irão comer de graça algumas
migalhas...
José Carlos > LourençoChronos 2.0: Para bem da humanidade, felizmente que muitos desses
regimes comunistas desapareceram do mapa, fruto de circunstâncias diversas,
tais como: reacção dos povos face às condições de miséria, corrupção
generalizada e opressão e repressão das liberdades de expressão e associação.
Infelizmente nem todos foram
corridos do mapa. Mas o mais lamentável é que depois de tudo o que se sabe e conhece, ainda
existam acéfalos ignorantes e hipócritas que continuam a defender e a apoiar
essa ideologia corrupta e socialmente criminosa.
Maria Alva: Imparcial e objectivo. Bom artigo. Como
desmascara a hipocrisia xuxa e o sectarismo comunista, não faltam os
comentários abstrusos dos avençados rosa e vermelhos.
Paulo Guerra: Isto de quem vai para a televisão defender condenações sem provas, tipo por
convicção. E ainda por cima dando como exemplo um dos casos mais tristes da
Justiça Nacional. Com recurso à tortura e tudo. Como deve ser no Estado de
Direito que ele deve ter na cabecinha. Não podia estar num sítio melhor! O que
ele precisava era de viver nalguns “Estados de Direito” como ele defende. Por
norma fizeram e continuam a fazer coisas “engraçadas” a indivíduos como ele.
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