Lourenzo de Medeci, um dos
últimos descendentes dos poderosos nobres italianos…
“Vive em Portugal:
«Foi terrível crescer nesta família»
Descendente directo
da mais poderosa família renascentista da Europa, Lorenzo de' Medici acaba de
publicar o primeiro romance em português. Como é ser um Médicis nos dias de
hoje?
BRUNO HORTA
OBSERVADOR, 17 nov 2019
É fluente em
seis línguas, mas foi em espanhol que preferiu ser entrevistado. Motivo
principal da conversa: o seu primeiro romance que acaba de sair em
Portugal, As Cartas Roubadas, uma edição da Casa das Letras (grupo Leya) – mais de
400 páginas de intriga e segredos sobre a rainha francesa Maria de Médicis,
cuja correspondência secreta de inícios do século XVII está a ser investigada
nos dias de hoje por uma historiadora americana (pura ficção). “O que une Maria
de Médicis, o pintor Rubens e uma historiadora do século XXI?”, lê-se na capa
do livro, um original de 2012.
Lorenzo de’
Medici tem vários outros livros escritos, com edições em Espanha e Itália, e
provavelmente serão traduzidos para português nos próximos anos. Além da
ficção, assinou ensaios sobre a história dos Médicis e guias de viagem
sobre Itália e Espanha. Descreve-se como “escritor contemporâneo”,
é um dos responsáveis pelo
festival cultural Hay, em Segóvia, no centro de Espanha, e já produziu e apresentou documentários para o canal franco-alemão
Arte,
além de se dedicar à produção de
vinhos.
Nasceu há 68 anos em Milão e desde 2017 vive em Azeitão, depois de Espanha, da
Áustria, da Alemanha, do Mónaco, dos EUA e da Suíça. Foi aliás, neste último
país que passou a infância e parte da juventude.
Homónimo de
Lourenço, o Magnífico, o autoritário senhor de Florença da segunda metade do
século XV, é isso mesmo que está a pensar. O escritor descende dessa famosa
família italiana de origem popular que ganhou fortuna nos lanifícios e depois
se tornou banqueira e nobre. Por 300 anos, a Casa dos Médicis foi um dos
centros do poder na Europa, deu origem a quatro papas e foi mecenas de artistas
como Botticelli, Miguel Ângelo ou Leonardo da Vinci, fomentando e inspirando o
nascimento da Renascença italiana, depois das ‘trevas’ impostas pela Idade
Média.
Durante uma
hora, na sede da editora portuguesa, Lorenzo de’ Medici recordou a história da família e
contou ao Observador as aventuras num colégio católico na Suíça, como conheceu
o famoso advogado americano Roy Cohn e porque é que não gostou da América.
Pediu um café e em tom amigável e informal explicou que se considera de
esquerda, mas não se mete na política, porque a sua educação não permite.
As cartas roubadas é o primeiro
romance de Lorenzo de’ Medici publicado em Portugal
Porque é que o seu nome costuma ser
escrito com apóstrofo? Em toscano puro, diz-se
Lorenzo dei Medici, mas com a oralidade transforma-se em Lorenzo de’ Medici. O
apóstrofo é uma marca gráfica que recorda o “i”. Há várias famílias Médicis em
Itália, mas não me são nada. Também na Argentina e no Brasil há muitas
famílias. Às vezes, escrevem-me no Facebook a dizer que somos primos. Não somos
primos! Também há muitos Habsburgos e muitos Bourbons e nem por isso têm
relação com as famílias conhecidas por esses apelidos. Em italiano, dei Medici
significa que é da família dos Médicis.
Ou seja, o “de” com apóstrofo indica que
pertence à família original. À família histórica Médicis,
exactamente.
“Médicis” significa médicos, no plural.
Houve médicos na origem da sua família? Não, a única relação que há
com médicos são os santos protectores da família Médicis: São Cosme e São
Damião, dois irmãos médicos. Ambos tinham feito um voto para curar os
doentes graciosamente, mas um dia um dos irmãos aceitou uma galinha de uma
doente. O outro ficou furioso e nunca mais se falaram. Ele achava que o irmão
tinha traído a razão que os tornara médicos. O acusado disse: “Eu faria pior à
senhora se não aceitasse a galinha do que aceitando.” São eles os dois protectores
da Casa dos Médicis, ainda hoje. Procuro sempre estes dois santos quando entro
numa igreja.
É religioso? Não, é mais pelo
simbolismo. Os Médicis sempre viveram
rodeados de mistérios e intrigas, ao que dizem os livros. E eram
conhecidos como envenenadores, o que constitui uma lenda negra que os inimigos
dos Médicis criaram. Ficámos no poder durante 300 anos e viemos não de
uma classe nobre, de aristocratas, mas do povo. Fomos os primeiros
burgueses que fizeram esta transição: de artesãos a industriais, de industriais
a banqueiros, de banqueiros a nobres. Foi este o nosso caminho, nada fácil.
O exemplo mais vistoso de conspiração contra a família é a dos Pazzis,
que levou à morte de Giuliano de’ Medici [1478]. Ele representava o
poder de Florença, mas não tinha qualquer título. Como vingança, os
Pazzis foram exilados, todos eles, irmãos, primos, tios, tudo, e aqueles que
haviam participado directamente na conspiração foram executados. Isto criou-nos
muitos inimigos. Sempre nomeámos para lugares de poder os mais
competentes e os que nos fossem fiéis, o que eliminou toda a aristocracia do
antigamente, todos os oligarcas que mandavam em Florença. Foi assim por 300 anos.
Essa é a origem das lendas e histórias que criaram contra nós, em sentido
negativo, claro.
Muito dinheiro e poder cria
dificuldades. E invejas. Foi assim até
meados do século XVII. Há vários ramos dos Médicis, que as pessoas nem
sempre entendem. Em resumo: o primeiro ramo é o de Lourenço,
o Magnífico, que terminou com Catarina de Médicis. Ela foi a última deste
ramo. Um segundo ramo teve como pessoa mais conhecida Lorenzino, que matou
o primo, Alessandro. O terceiro ramo foi o que se tornou grã-ducal. Por
várias circunstâncias, todos os bens dos Médicis acabaram neste terceiro
ramo, que teve Anna Maria Luiza como herdeira. Eu descendo do primeiro
ramo, mas um ramo secundário. [o entrevistado
começa a desenhar num papel uma árvore genealógica resumida].
A história dos Médicis estará bem documentada,
mas como é que sabe os nomes e as datas de cor? Aprendemos a história da nossa família quando somos
pequenos, mas são tantas as pessoas que às vezes já me esqueço de algumas e
tenho de ir ver aos livros. Não me lembro de tudo.
[O autor costuma partilhar no Facebook informações sobre o festival
cultural Hay, em que participa todos os anos]
Como foi crescer numa família com este
legado? Foi terrível, todos me
apontavam o dedo. Está-se sempre à parte, é-se diferente. Tínhamos
empregadas domésticas e um dia houve uma delas que me disse “vocês são
diferentes”. Tinha eu uns 14 anos. “Mas porquê?”, perguntei. Ela respondeu:
“Não sei, não sei.” Cerca de 40 anos depois, em Milão, uma empregada da
limpeza, que fazia uma horas em minha casa, disse-me a mesma coisa: “Vocês são
diferentes.” Ela via-nos de forma diferente, porque achava que temos uma
maneira diferente de falar, de estar, de tratar as pessoas. Achava que tudo nos
é indiferente, e é verdade, porque quando já se teve tudo deixamos de dar
importância às coisas. Dou mais importância às relações pessoais, às
relações humanas, é a partir daí que determino se me sinto bem ou mal com
alguém. Não me interessa se o outro tem um Fiat e eu tenho um BMW. Os bens
materiais vão e vêm. As pessoas são o mais importante.
Há pessoas que se aproximam de si por
causa da aura em torno da família? Parto do princípio de que
todos se aproximam de mim por causa do meu apelido. Todos, sem excepção. És tu
que tens de escolher: vale a pena, não vale a pena. Depende de como a pessoa se
comporta comigo. Houve um jornalista da revista “Visão” que me descobriu e fez
capa comigo [edição de 28 de fevereiro deste ano]. Vivo em Azeitão, um meio
pequeno, e as pessoas na rua passaram a olhar e a comentar. É embaraçoso. Todas
as pessoas da alta sociedade que conheci aqui estão contentes e orgulhosas por
terem contacto comigo, convidam-me para jantar, apresentam-me aos amigos.
Agrada-lhe? Não, mas é prático, porque
faço amigos. Cheguei a Portugal sem conhecer ninguém, só conhecia uma pessoa,
uma jornalista. Mas isto é como tudo: acumulamos e depois temos de perceber o
que interessa e o que não interessa. Não é matemático, é uma coisa que acontece
naturalmente. Deixas de ver este, passas a ver mais aquele.
Diria que sempre viveu num ambiente de
privilégio? Digo muitas vezes a brincar, quando me pedem para passar o café, que não
nasci para ser empregado. É uma brincadeira. Nasci e cresci a saber que temos
um dever para com as pessoas. O dever da boa educação, de tratar bem os outros,
o dever de demonstrar o que está bem e o que está mal. O meu pai dizia-me: as
pessoas podem esquecer-se da tua origem, mas tu não podes. Mesmo na
circunstância mais desagradável, devo fazer boa figura. É por isso que não
posso entrar na política ou fazer certas coisas. Por educação, devo
considerar-me não superior, mas à parte dos problemas comuns. Também os tenho,
claro, também preciso de comer.
Mas quando consideramos que não devemos
participar na realidade comezinha, estamos a dizer que somos especiais. Não concordo. Como disse há
pouco, as pessoas aproximam-se de mim pelo que sou, pelo que represento, e não
por quem sou. Quer se queira, quer não, é assim, até mesmo no caso das pessoas mais
íntimas. Portanto, temos de ter uma atitude que não passe por dizer ao outro
“olha, sei que te aproximaste porque tenho um apelido importante”. Não se diz.
Eu sei e o outro sabe, mesmo que inconscientemente.
Disse numa entrevista que tem um irmão e
que ambos não têm filhos. Como convive com essa ideia? Não me importo minimamente. A
minha família fez coisas pela humanidade que não se podem apagar e nunca mais
se repetirão. O que a minha família fez é eterno. Comparado com isso, não sou
nada. Os Médicis estavam aqui há 500 anos e vão continuar aqui dentro de 500
anos, com ou sem os meus filhos. Ter um filho, um neto, um bisneto, não tem a
mínima importância.
Pode descrever como foi a sua educação e
a do seu irmão? A educação dele é um capítulo
à parte. Os meus pais divorciaram-se quando eu tinha 14 anos. Fiquei com a
minha mãe e o meu irmão ficou com o meu pai. A partir daí, tivemos pouco
contacto. Não houve nenhuma zanga, nenhum problema, mas criou-se uma distância,
que se mantém. Ainda assim, na minha cabeça, ele é o chefe da família, é o
herdeiro, foi o primeiro, temos três anos e meio de diferença. Desde os 14
anos, tivemos vidas separadas. Antes disso, fomos ambos instruídos em casa, com
professores. Depois, em escolas internas, já na Suíça, aonde cheguei com quatro
anos. Ele obrigava-me a fugir da escola. Acordávamos às seis, às seis e meia
tínhamos missa e depois era o pequeno-almoço. Ele combinava comigo para
fugirmos às aulas. Íamos para casa, mas quando lá chegávamos já nos esperavam
funcionários da escola, que nos levavam de volta.
Era uma escola interna católica? Católica
apostólica romana.
Só foi nascer a Milão para que nascesse
em Itália? Sim, precisamente por isso. Os
meus pais tinham um apartamento em Milão, onde nunca estavam. Na Suíça é que
passei a infância, em Lausanne, onde estavam muitos exilados nobres de Itália e
de Espanha.
Teve pressão dos seus pais para tomar
este ou aquele caminho? Não. O meu pai nunca se
interessou por aquilo que eu fazia. Quando tinha 17 anos, na altura do Maio de
68, disse-lhe que queria ir a Paris assistir àquilo tudo. Ele mandou-me falar
com a minha mãe e ela, surpreendentemente, apenas perguntou quanto é que eu
precisava. Não me dava caprichosamente tudo o que queria. Se pedisse 2 mil, ela
dava-me 500.
[numa visita recente ao Palácio da Ajuda, em Lisboa:]
Que faziam os seus pais
profissionalmente? Gastar dinheiro, gastar a
minha herança. Quando os meus pais se divorciaram, a minha mãe disse que só lhe
dava o divórcio se mantivesse o nível de vida que tinha tido até então. E assim
foi.
Quando é que os EUA surgiram na sua
vida? Sou da geração que foi criada
a ver filmes americanos, com a cabeça cheia do “american dream” e a ideia de
que a Rússia era terrível. Uma mentalidade horrível. Em 1979, com 28 anos,
decidi que ia para a América.
Fazer o quê? Fazia lá ideia.
Queria era ir para a América. Fui para Nova Iorque e instalei-me num hotel.
Lembro-me como se fosse hoje. Acordei às quatro e tal da manhã, sem sono,
encomendei uma “french toast” e fui para a rua. Estava no Sheraton da Sétima
Avenida. Comecei a olhar para os edifícios altos e finalmente caí em mim:
estava na América. E agora? Encontrei um loft no SoHo, o bairro artístico, e
ali fiquei. Sempre tive muita sorte. Na América é muito fácil conhecer
gente nova. Um dia, encontro um senhor à hora de almoço que tinha uma fábrica.
Era Andy Warhol? Não, não, mas
por acaso também o conheci em Nova Iorque, noutro contexto. Este senhor
tinha uma fábrica, mas era de papel de parede e convenceu-me a ir lá, o que não
me interessava nada, e perguntou-me se eu gostava dos padrões que ele tinha no
papel de parede. “Gostas?”. “Não, não gosto nada, são tristes e aborrecidos.”
Ele ficou sem palavras e convidou-me a desenhar. Fiz uma colecção, ele ficou
encantado e durante três anos desenhei para ele. Ganhei muito dinheiro com
isso. Perguntou-me quanto queria sobre os desenhos e optei por não ser pago
dessa forma, quis ser pago com uma percentagem sobre as vendas. Se não se
vendessem, não ganharia nada.
Foi nos EUA que decidiu fazer do seu nome
uma marca registada? Precisamente. A minha vida
está cheia de acasos, que tenho sabido aproveitar. Estávamos em 1980 em Nova
Iorque e um dia telefona-me uma amiga muito judia, o protótipo da judia de
Brooklyn, e diz-me que tinha encontrado uma página de revista com um anúncio
sobre jóias da marca Lorenzo de’ Medici. Denunciei a empresa, por usar o meu
nome e fazer publicidade. Ganhei o processo. O meu advogado era um dos lobos da
advocacia, Roy Cohn, um homem tremendo. Foi ele que me aconselhou a registar o
meu nome. Destruí empresas inteiras que usam o meu nome abusivamente.
Esteve em Nova Iorque até… 1984. Todos os contactos com
os americanos são superficiais. Não têm o conceito de proximidade que existe na
Europa. Esse foi um dos motivos pelos quais regressei. Frequentei o Studio 54,
a discoteca que estava na moda, era tudo muito “socialite”. Detesto estas
coisas. Tenho de encontrar um interesse, que não o económico. Frequento alguém
porque é simpático, porque a pessoa me inspira.
Há muitos descendentes vivos dos
Médicis? Penso que somos 14 ou 15,
todos na Europa.
Têm relacionamento? Nenhum. Tentaram
contactar-me por ser um pouco conhecido como escritor. Tenho um primo que é
um delinquente absoluto, o que me constrange. Fiz uma série de
documentários televisivos sobre as “villas” da Toscana, sobre como me recebiam
as famílias nobres da Toscana. Foi simpático, abriram os palácios às câmaras,
palácios que o público não conhecia. É uma série do canal Arte, mas passa em
estações de todo o mundo. Uma condessa que encontrei falou-me de um primo, que
sei quem é. Um desgraçado, que esteve um verão inteiro num dos palácios, que se
arrendam, e saiu sem pagar. Uma vergonha. Noutro local, disseram-me que ele é
um bandido, porque andou a vender bilhetes de entrada num museu e cobrou 20
euros sobre o preço.
[excerto de
um documentário de Lorenzo de’ Medici no canal Arte:]
A ideia de ser escritor é recente na sua
vida? Quando era adolescente,
sonhava ser escritor e escrevi um texto que mostrei a uma senhora, especialista
em literatura. Ela disse que o texto era péssimo, que parecia a brincar.
Durante 40 anos, cortei completamente com a ideia de ser escritor. Por
acaso, quando vivia em Espanha – estive muitos anos em Barcelona –,
voltei à escrita. Convidaram-me para a uma conferência sobre Gaudí e conheci
um editor que me sugeriu que escrevesse sobre a minha família. Fiz um
primeiro livro, que era muito ameno, muito sincero, contei as coisas como são.
Se não tínhamos dinheiro e tivemos de vender um quadro, pois vendemos o quadro
e escrevi isso no livro.
Para quem escreve hoje? Para mim,
sobretudo. Dá-me muita satisfação criar uma história. Quanto mais idade tenho,
mais tortuoso sou.
Tortuoso? Menos óbvio, porque gosto de intriga. Um outro livro
que escrevi depois deste, e que ainda não está traduzido em Portugal, tem
várias histórias que aparentemente nada têm que ver umas com as outras. Só no
fim se percebe as ligações. Gosto de criar a intriga, a história tortuosa. Os
livros mais antigos também eram baseados numa personagem real, mas não eram
histórias de intriga, eram novelas. A intriga histórica fascina-me, não tanto a
intriga policial.
Há uma apetência do mercado editorial
por este tipo de histórias, sobretudo desde O Código da Vinci. No meu caso, não estou a responder a nenhuma tendência. É um gosto pessoal.
No dia em que me dissessem que teria de escrever de tal maneira sobre tal
tema, recusaria.
Diz-se que está próximo da ideologia de
esquerda…: É verdade, sempre votei pelos socialistas.
À partida, diríamos que alguém com a sua
história familiar seria um conservador. De facto, quando
as pessoas pensam no meu nome, nos meus títulos, na história da família, no
pacote inteiro, acham logo que sou de direita. Mas não sou de direita, não sou
conservador. O meu pai era um tremendo fascista, mas só até certo limite. Pertencia
ao partido fascista e quando começaram a sair as leis anti-semitas saiu de
Itália. Sou de esquerda, mas também até certo ponto. Não sou comunista, não sou
revolucionário, mas sou a favor da redistribuição da riqueza. Além disso, gosto
mais dos intelectuais de esquerda, os de direita não os entendo. Sou próximo da
cultura francófona, por via Suíça. Havia um filósofo muito conhecido, Pierre Drieu La Rochelle, que escrevia livros muito
esquisitos. Quando soube que ele era de extrema-direita, percebi porque é que
não me agradava. Um Camus, um Sartre, sempre gostei mais.
Como é um dia normal na sua vida? - Acordar cedo,
fazer um café e sentar-me à secretária a escrever.
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