Gente não de solidão, como a do livro de
Maria Judite de Carvalho, mas de
decência, a decência que Alberto Gonçalves atribui a PEDRO PASSOS COELHO, donde se
deduz que ele próprio, AG, a tem, e os seus inúmeros comentaristas igualmente.
Decência moral, decência intelectual. Nunca, talvez, senti tanto prazer de
leitura de um retrato impecável de AG sobre um tal HOMEM que sempre
considerei na impecabilidade desses traços que refere o articulista – de honestidade,
de altivez moral mas sem sobranceria, sabendo-se com um projecto duro que só
poderia provocar a rejeição dos muitos para quem os compromissos assumidos para
salvar a nação não tinham forçosamente que ser resgatados, mas seguindo-os,
apesar dessa rejeição pública quase geral, qual Orestes matando a mãe, Clitemnestra, para vingar a morte de seu pai Agamémnon perpetrada por aquela, sua mãe, – crime horrendo que, finalmente, será perdoado pelas “Erínias” gregas ou “Fúrias” da designação latina, na extraordinária trilogia
dramática Oresteia, de Ésquilo. O texto de Alberto Gonçalves é um retrato impecável desse herói dos
nossos tempos, tal como o são, de um modo geral, os comentários de aprovação,
que me entretive largas horas a ler e a transpor para o meu blog, como preito grato por todos eles, que mostraram o seu apreço por tal figura pátria, e
que bom seria se multiplicassem, num “Tanta
Gente, Mariana”, de amor pátrio de autenticidade e de decência.
Um almoço com Pedro Passos Coelho /Premium
Achei Pedro Passos Coelho um homem
provavelmente justo e evidentemente decente. Mesmo as pessoas que obviamente
despreza são por ele desprezadas com decência, e ridicularizadas com adjectivos
justos.
ALBERTO GONÇALVES
OBSERVADOR, 09 nov 2019
Na
quinta-feira, almocei com Pedro Passos Coelho.
Nunca tinha falado com ele, o que talvez seja inacreditável para os avençados
do PS. Os avençados do PS, que recebem favores ou salário para difamar
terceiros, não compreendem que se elogie, estime ou admire um político apenas
porque o julgamos merecedor do elogio, da estima ou da admiração. Há muito
que, com ocasionais e no fundo ligeiras ressalvas, Pedro
Passos Coelho me merece
tudo isso, caso raríssimo numa pessoa do seu ofício. Claro que Pedro
Passos Coelho dispensa
os meus encómios, já que as suas virtudes foram e continuam a ser melhor
exaltadas pela intensidade do ódio, ou medo, que lhe dedicam e pelo carácter
dos que exibem esse ódio. Ou esse medo. No desolador meio da política, e no
miserável meio da política nacional, Pedro Passos Coelho não é um homem comum.
Pedro Passos Coelho pareceu-me um homem comum, embora muito mais educado
e muito mais sereno e muito mais resistente do que os homens comuns. Durante
anos, os anos em que governou, aconteceu-me imaginar o modo como ele sentiria a
fúria organizada e injusta que lhe dedicavam. Após duas ou três horas de
conversa, sou capaz de apostar numa resignação suave e, logo a seguir, na
indiferença. Estas coisas parecem estranhas à época em que um
primeiro-ministro reage às críticas de transeuntes oferecendo-lhes porrada.
Até
sob padrões menos radicalmente boçais, Pedro Passos Coelho é diferente: quando alguns dos portugueses lhe
confiaram um país em ruínas, e alguns dos portugueses restantes fizeram o
possível por manter as condições que determinaram as ruínas, Pedro Passos Coelho
fez o impossível e, simples e genuinamente, não ligou aos insultos e às
ameaças. Entre sucessivas sabotagens, seguiu o caminho que entendeu adequado
à salvação de um pardieiro que não agradece salvamentos. Das vezes em que
hesitou no caminho, ou em que mudou de direcção, ou em que falhou claramente,
nenhuma terá sido por receio dos bonecos amestrados que berravam a “Grândola”
onde calhava.
Sempre
suspeitei e agora estou certo de que Pedro Passos Coelho possui o arcaboiço – ou o dom – necessário para
conviver em sincera paz com a impopularidade, ainda que uma impopularidade
fabricada. Em democracia, e para cúmulo uma democracia minada contra ele, não é
uma proeza insignificante: é a matéria de que se compõem os estadistas a sério,
por cá, e não só por cá, uma espécie próxima da extinção. Com ele, o exercício do poder não se
confunde com a troca de cuecas na praia ou com visitas programadas a reboque do
sentimentalismo canalha. Além disso, ao contrário de Sá Carneiro, que conheci
em criança, Pedro Passos Coelho não transmite “carisma”. Ao contrário de Soares e Cavaco, que
entrevistei há séculos, Pedro
Passos Coelho não emana
sobranceria nem rigidez, respectivamente. Ao contrário de quase todos os
outros, Pedro Passos Coelho não inspira desconfiança, repulsa, depressão ou vergonha. O que se
sente em Pedro Passos Coelho é calma.
Num
dos erros mais espectaculares da minha infalível carreira de cronista, a
princípio não tive qualquer esperança em Pedro Passos Coelho. Comecei o almoço
por aí, pela asneira de ter tomado a calma, e a paciência e a polidez dele por
tolerância para com os desastres do “eng.” Sócrates. O tempo deu-lhe razão e
embaraçou-me devidamente. Também é verdade que a sua paciência com o “eng.”
Sócrates não foi infinita, mas essa nem um santo a teria. Pedro
Passos Coelho não é um
santo, ou um asceta. Achei-o
um sujeito com graça, que conta histórias com invulgar clareza e cuja técnica
de demolir adversários implica apartes subtis e venenosos, embalados por um
sorriso discreto. Achei-o,
igualmente, um sujeito sem pingo de rancor. Mesmo as pessoas que obviamente
despreza são por ele desprezadas com decência, e ridicularizadas com adjectivos
justos. Achei Pedro Passos Coelho um homem provavelmente justo e
evidentemente decente.
É
plausível, se formos optimistas, que Pedro Passos Coelho não seja o único homem justo e decente da política
nacional. É, sem dúvida, o único com estatuto suficiente para
devolver um simulacro de civilidade a um regime afundado por brutos ou
salteadores (isto se não acumularem). Não é uma mera opinião: é um facto
atestado pelo ressentimento que desperta entre os pares que, hoje, claramente
não tem. Na política e nas suas metástases, consegue-se criar uma escala da
pulhice em que o grau aumenta de forma directamente proporcional à aversão a
Pedro Passos Coelho. Sucede que ele dispensa a aversão dos pulhas para se
distinguir.
Não
lhe perguntei se tencionava regressar (e se perguntasse não diria aqui a
resposta). Não
sei se a progressiva degradação da nossa vida pública permitirá sequer o seu
regresso. Com azar, imenso azar, a dignidade de Pedro Passos Coelho será um dia
lembrada enquanto o último, e invulgar, vestígio de um mundo que entretanto se
afundou. Aliás, está a afundar-se.
COMENTÁRIOS:
Maria Emília Santos Santos: Passos Coelho faz tão má vizinhança aos esquerdistas, porque a sua
integridade colide fortemente com a desonestidade daqueles que tanto o
criticam. Passos Coelho, queiram os "progressistas" ou não, é um
verdadeiro estadista, com letra maiúscula.
chints CHINTS: Os canhotos conseguiram
derrotar Pedro Passos Coelho mas não estavam sozinhos. O PSD não lutou pelo
poder, mais uma vez o distanciamento enorme entre políticos e cidadãos se viu. Não
foram explicadas as medidas de
austeridade, o que beneficiou a demagogia sinistra. Rui Rio é mais duro de
roer.
Graciete Madeira: Artigo inteiramente justo! Parabéns por esta prosa
desinteressada.
maria perry > Ping PongYang (comentário omitido): O mundo “real” em
que você vive é de subsídio-Estado-dependentes que nunca fizeram nenhum para
ganhar a vida. Destruíram todos os bons indicadores deixados por PPC, o défice
comercial voltou a negativo, o crescimento ainda foi inferior ao de tempo de
PPC no tempo da Troika, o desemprego estagnado… Não admira Portugal tenha agora
descido 3 lugares e esteja na cauda da Europa. É a vossa obra, dos inúteis,
pestilentos.
Pedro Ferreira: Penso que Marcelo tem de ser confrontado nas próximas
eleições com uma alternativa credível à direita . Mesmo sabendo que perde,
Passos devia fazer mais um sacrifício e anunciar, desde já, a sua candidatura,
posso contribuir com trabalho voluntário e algum dinheiro. Se nada for feito,
Marcelo terá nos braços outra bancarrota tal como Cavaco teve a sua.
Antonio Sousa Branco: Comparando com a mediocridade e
a venalidade generalizada dos políticos actuais, o tempo só realça as
qualidades humanas e de Estadista de Pedro Passos Coelho.
Francisco Carvalho: PASSOS COELHO um grande
Estadista ...um grande Homem neste PORTUGAL destes pequenos e maus socialista
! Mais uma boa crónica de ALBERTO GONÇALVES !
José Henrique Cruz: Passos Coelho grande Homem.
Crónica na mouche, como sempre. Parabéns.
Jose Costa: A extraordinária integridade de
Pedro Passos Coelho a contrastar com a enorme falta de princípios e de decência
de quem hoje nos governa.
Maria José Melo: Até que enfim que alguém
reconhece e enaltece o valor de Pedro Passos Coelho!
Tudo aquilo que eu penso. Dos poucos políticos portugueses que merecem
esse nome e ser Primeiro-ministro. Obrigada,
Alberto Gonçalves, pelo seu texto!
Antonio
Rodrigues: Muito obrigado por esta crónica. Há muito tempo que não leio
algo tão simples e justo
Marie de Montparnasse: Nada abona a favor de um povo que não preserva os seus
melhores homens. A Alberto
Gonçalves e a Pedro Passos Coelho o meu muito obrigada.
Maria Alva: Um verdadeiro estadista, dos muito poucos que o
Portugal pós 25 de Abril conheceu. Sem dúvida que a História irá reconhecer a
sua determinação, sentido de Estado, honestidade e urbanidade política. Até prá
semana AG, e obrigado pela sua partilha.
Carla Nunes: PEDRO PASSOS COELHO é sinónimo de integridade e
seriedade. Um grande estadista que faz falta ao nosso país. Acredito que a
História venha a dar-lhe o valor devido. Obrigada, Alberto Gonçalves por trazer
Pedro Passos Coelho ao Observador.
José Carlos Lourenço: Tenho a certeza que Passos Coelho é um Estadista sério
e honesto que está muito acima do padrão medíocre e rasteiro que caracteriza a
larga maioria dos actuais dirigentes politiqueiros. Não tenho dúvidas de que
seria, de longe e de perto, o melhor candidato do centro-direita à Presidência
da Republica
Carlos Chaves: Caro
Alberto, obrigado pela sua escrita magnífica quer no conteúdo quer na
forma. Passos Celho um homem invulgar – Felicia Cabrita
Henrique Neves: Incontornável. Gostei
Fernando Ribeiro: Há coincidências... mesmo antes
de abrir o computador e ler este artigo de opinião, falei de PPC. Com filhos na
idade de arranjar emprego, somos confrontados coma realidade do país. PPC pode
ter sido pouco ajuízado ao aconselhar as pessoas a emigrarem e foi condenado
por isso. Mas ele apenas pôs em palavras o que TODOS praticam. Pode o actual PM
ter falinhas mansas e habilidade política. Na prática, quem não emigra fica
condenado a um país que é MEDÍOCRE. Talvez mesmo o melhor medíocre do mundo.
Nuno Rocha: Gostei do artigo e também
partilho a ideia de que PPC é um homem com sentido de Estado, como poucos.
Acredito também nas suas virtudes pessoais aqui referidas. E, duma forma geral,
as medidas que implementou foram boas, apesar de nunca se conseguir agradar a
gregos e a troianos. Contudo, a área onde penso que falhou foi a da
comunicação. Conforme aqui foi comentado, por um lado, permitiu sem luta que a
esquerda estendesse a teia de mentiras e demagogias na comunicação social que
ainda hoje vigora. Por outro, quando ao assumir as rédeas do governo se
apercebeu que a herança socrática era muito mais pesada que o imaginado e que
os portugueses iam ser muito mais penalizados, devia ter confrontado o país com
isso mesmo e não passar a imagem do dar o dito por não dito, nomeadamente em
termos de carga fiscal que foi obrigado a implementar. Mas homens como o PPC
fazem muita falta e, como também alguém já comentou, ele é apenas um mortal de
quem se espera que tenha aprendido com os erros.
Teresa M Gamito: Muito obrigada pelo artigo.
Poucos o saberiam escrever. Partilho da mesma opinião sobre PPC, até na parte
de que foi uma pessoa por quem não dava muito ao início e que aprendi a admirar.
Lucilia Fonseca Domingues: Os tugas saloios, não merecem
um Homem como Pedro Passos Coelho.
Carlos Quartel: Passos Coelho governou com a
troika aos ombros. Acreditou na necessidade de corrigir desmandos socráticos e
foi rigoroso. Mas não há que o pôr num
pedestal. Penso mesmo que foi demasiado cumpridor, que foi além do aconselhável
( Aeroportos e CTT) e que não ofereceu resistência às experiências troikas. Sobressai
na honestidade e no rigor, num país de aproveitadores, mas duvido do efeito
deste tipo de elogios .
Rodrigo S: O senhor mais honesto, para
mim, que já tivemos na política portuguesa. Para mim também coincide com o
melhor PM.
maria perry: PPC é como um gigante rodeado
de anões. Quanto mais o olhamos de perto, mais percebemos o quão gigante é. AG
soube retratar isso muito bem.
Joel Freitas: Também eu a inicialmente não o
achei capaz de liderar um Governo em Portugal, principalmente com a realidade
do país em 2011... mas agora reconheço que poucos teriam a audácia e capacidade
para fazer o trabalho que ele fez. A História lhe fará o devido reconhecimento
e os portugueses a seu dentro tempo farão o mesmo principalmente quando se
aperceberem do logro que a esquerda representa.
victor guerra Obrigado Gonçalves, por esse excelente retrato,do
homem com quem contamos para nos salvar,de novo,da destruição de
"esquerda".Um patriota honesto
Pedro Queiros Muito bom Alberto. É exactamente isto o que eu penso de PPC. Ainda ontem à noite fui jantar a Vila Real.
Falámos de PPC e das adversidades que teve ao longo da vida. Essas adversidades
também as teve e as tem na sua familia, e poucos o sabem. Penso que os
infortunios a que foi sujeito e o exemplo dos seus Pais, ajudaram a forjar o
caracter, a força e a obstinação, pelo que acha correcto. Espero nao me enganar quando digo que vamos
voltar a ter Primeir1o Ministro Forte abraço ampa Eu não desisto de PPC.
Pedro Cordeiro Os vendidos da comunicação
social que fizeram tudo para o vilipendiar, diária e continuadamente, são os
mesmos vendidos que se calam hoje perante a vergonha que é este PS. Vale tudo
até ao tacho final. Minimizar o esterco da esquerda e maximizar as asneiras da
direita. Passos cometeu alguns erros (ir para além da troika, foi um deles) mas
foi o único político decente nos últimos anos. Votei nele e votaria outra vez.
Gostava de ter estado nesse almoço.
Manuel Pinto: Muitas pessoas sérias deste
País, não têm dúvidas, ter Passos Coelho, chefiado um governo, de que os
portugueses careciam, dado o estado a que coisa nacional chegou. Ao
contrário do que sucedeu, subsequentemente, em que se arranjou um País, para o
PS!!!
Joaquim Moreira Nem sei como começar, tal é a
vontade em concordar. Começo por dizer que a última vez que o encontrei foi
exactamente a almoçar. Tendo aproveitado a oportunidade de com ele voltar a
falar, uma vez que a primeira foi numa reunião pública em que fiz muita questão
de o elogiar. E fiz questão de com ele falar, exactamente porque tenho pela
pessoa e pelo político um respeito e uma admiração, muito particular. Desde
logo, porque nunca pensei que um "laranjinha", poderia alguma vez
demonstrar, que era um Estadista muito difícil de igualar. A coragem que
teve para assumir os erros de outros, e a seriedade e transparência, com que,
em circunstâncias particularmente difíceis aceitou governar, foram e continuam
a ser razões suficientes para o admirar. Só ainda não cumpri o convite que
me fez para lhe ligar e com ele poder almoçar. Por isso fico muito contente,
por saber que o meu "filho da terra" foi à minha frente. Na verdade, trata-se
de um político de grande calibre e enorme personalidade. O que é, sobretudo em
Portugal, uma raridade. Desde logo, porque é um político que fala verdade, sem
medo de encarar a realidade. Daí a sua grande tranquilidade, e manifesta falta
da tal “habilidade”. No fundo, um Estadista com o nome gravado para a
posteridade.
Velha do Restelo: Soube tão bem ler este artigo.
Obrigada, Alberto!
Alfaiate Tuga Se não tivesse tentado pôr os trabalhadores a pagar a TSU dos patrões
talvez ainda hoje fosse primeiro-ministro. Não
tenho dúvidas que foi o político mais sério que por aqui passou nos últimos
anos, que governou um país deixado em destroços pelo bando do 44 agora no
poder, mas dizer-me que vou pagar mais para o meu patrão pagar menos, foi um
monumental erro de cálculo.
Joaquim Moreira > Alfaiate Tuga A ideia não foi dele, foi de um professor de universidade, mas que ele
assumiu com muita coragem e dignidade. Mas, sobre o que estava em causa,
muita gente não percebeu, não foi só o Alfaiate. Sobre este assunto ouvi muito
disparate. Não se tratava de dar dinheiro aos patrões, tratava-se de, não
havendo dinheiro, assim arranjar financiamento para as empresas e não para os
patrões. E, até estava previsto ser criada uma conta especial, na contabilidade
das empresas, para que este dinheiro não fosse usado mal. De tal maneira, que
até MFL veio dizer que se tratava de uma medida de cariz comunista, uma vez que
o Estado, teria que, sobre a conta, ter um controlo muito apertado. Mas, na
altura, Manuela Ferreira Leite, também estava do outro lado. Do lado errado!
Joaquim Moreira > João Lopes: A maioria, senão a totalidade
dos "patrões", quais Senhores, começaram e continuaram a ser sempre
trabalhadores. Qualquer que seja a riqueza criada, se não fosse a iniciativa do
"patrão", não havia trabalhadores, não havia nada. A menos que fosse
uma sociedade de comunada, dependente do Estado e da sua elite bem instalada.
Para pensar como pensa, no mínimo, deve ser dos que recebe um salário, quer
faça alguma coisa, quer não faça nada.
Pedro Ferreira: Muito oportuno. Passos é
alguém que ganhou um estatuto de Homem de Estado acima do pântano em que se
encontra a política nacional.
Maria Nunes Excelente. A perseguição que
fazem a Passos Coelho, só mostra como têm medo dele. Gente pequenina sem
dignidade e sem escrúpulos.
Nelson Diogo: Infelizmente os bons não se dão com esta escumalha
que abunda na política nacional.
Madalena Barreto A integridade de PPC é uma
raridade. Mas, infelizmente, falta-lhe habilidade política. Ter razão antes de
tempo, nem sempre é uma virtude.
Pérolas a porcos > Madalena Barreto A "habilidade" de que
você fala é apenas sinónimo de falta de escrúpulos!!!
Costa não é habilidoso: é um pulha!!!
Adelino Lopes: Concordo com a análise do AG. Também eu
desconfiei do PPC em 2011. Não inspira confiança uma pessoa cuja formação não
estava bem esclarecida, e destes existem milhares de exemplos por aí. Depois
mostrou ser um Homem de Estado. Mas não se isenta de críticas. A primeira vai
para aquela companhia do relvas. Como foi possível ter amigos daqueles? A
segunda vai para a sua estratégia política. Como foi possível deixar que a
máquina de propaganda do PS instalasse em Portugal diversas mentiras:
demasiadas. Por exemplo, que foi o PSD a chamar a Troika, que foi a Maria Luís
a responsável pelos swops, que obrigou os portugueses a emigrar, responsável
pelo novo banco, etc, etc. Todos os dias, pela manhã, lá apareciam notícias nas
redacções para gáudio dos jornaleiros.
Rui Lima > Adelino Lopes: Sobre Miguel Relvas , já
escrevi a PGR e tenho pedido a muita gente para saber de que é acusado o homem
, se tiver alguma informação concreta agradeço . Li o livro “O Processo “de
Franz Kafka por isso sou cuidadoso nas acusações. Na minha busca encontrei
antigos colegas de escola, foi me dito muita coisa que joga a seu favor .
Madalena Barreto > Adelino Lopes Só conseguem apontar Miguel
Relvas a PPC que, ao que me lembro, não se intrometeu e aceitou a respectiva
demissão do governo. Muito longe dos incontáveis casos que enxameiam o actual e
por coincidência anterior ao governo de PPC. Parece que exigem a PPC a
infalibilidade de santo e não de ser humano com qualidades e defeitos; boas (a
maioria) e também más decisões. Ele próprio reconheceu que, se pudesse voltar
atrás, teria decidido diferentemente numa ou outra questão.
Adelino Lopes > Madalena Barreto: Entre o deve e o haver, eu tenho o PPC em muito boa
conta. E depois, a minha avaliação é, por princípio, pessoal e subjectiva.
Rui Lima > Adelino Lopes: Eu sempre tive simpatia pelo
pugilista que leva pancada , quando vi todos e tudo a bater no Miguel Relvas só
com certezas tomava partido nessa cruzada , nunca falei com ele mas sei as
escolas que frequentou e seus antigos colegas desde criança seria um negociador
nos conflitos entre alunos e alunos e professores. Ninguém até hoje lhe apontou
um crime, o seu derrube foi uma estratégia de dentro do partido , história da licenciatura
para atingirem PPC porque Relvas era o muro de protecção de PPC. Sim, foi um
erro levá-lo para o governo porque devia ter ficado na sombra a fazer o trabalho como fazem os outros líderes, até
nisso o PPC foi honesto.
Elisabete Carvalho “Estaleca” e “serenidade” são
dois termos que não fazem parte do léxico (nem do domínio cognitivo e/ou
sensorial) dos ‘sheeple’ das minorias grandoleiras “y sus muchachos”!
Rui Lima: Será reconhecido como um homem
de estado honesto, coisa rara em Portugal na classe política. E depois tem um
mérito de ter conseguido o que ninguém tinha conseguido porque ninguém presta
atenção lembro notícia recente: “Importações cresceram cinco vezes mais do que
exportações no terceiro trimestre” Todas as nossas crises em Portugal tiveram
como mãe este desequilíbrio que é o grande aferidor da nossa competitividade
que a prazo é mais grave que o déficit das contas , no Portugal democrático só
houve um governo um homem de coragem PPC que fez o necessário passou de 10%
negativos a excedentes. Aumentar ordenados dá votos e miséria a prazo, são os
países que primeiro criam riqueza para só depois a distribuir que conseguem
bons ordenados. É esse o mecanismo para a pobreza, menos exportações (aumento de preço
de custo) e aumento a importações (poder de
compra satisfeito com importações) ou seja aumentar ordenados sem o aumento produção é um
logro, porque é o caminho para o desastre que só não está a acontecer porque o
BCE mantém a tona empresas e países Zombi .
Rui Lima > Rui Lima: Obrigado eu, por
norma prego no deserto, sempre olhei e li a história económica dos países com
interesse: Os de sucesso em todos inicialmente há sacrifícios com níveis de
poupança elevado para permitir investimentos, no velho princípio semear para
colher. Já nos países falhados gastam hoje o que não têm.
Miguel
Oliveira: Absolutamente de acordo. Este país não o
merece.
Francisco
Ramalho: Uma crónica decente, sobre um governante decente escorraçado
por uma oligarquia indecente com a cumplicidade de uma massa de tontos-imbecis.
Sou emigrante há mais de 30 anos e escrevo este comentário de passagem numa
estação de autocarros de um país nórdico. Aqui domina a decência, honestidade,
responsabilidade social. Não se evade muito ao fisco e o Estado existe para
ajudar e proteger. Que diferença e que pena, em relação ao meu querido
Portugal.
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