Parece-me uma crónica serena, esta de Teresa de Sousa, embora tenha merecido alguns
comentários menos cordiais, naturalmente dos vinculados mais a opiniões de
“esquerda” que não nutrem qualquer simpatia pelos EUA, para esses, Trump não
sendo mais que um continuador das políticas anteriores, manchadas por
violências sobre os povos, as ajudas que dá sendo de interesse próprio e nunca
por um espírito de fraternidade, numa arrogância que todos foram e vão
sentindo, embora Trump esteja hoje sujeito a um processo de destituição pelas
intrigas em que se envolveu. Teresa
de Sousa, arriscando-se aos comentários trocistas de alguns,
sabe reconhecer o bom e o mau, a sombra e a luz, sem os radicalismos dos mais
aptos ao negrume da intolerância orientada pelo parti pris. Apresenta exemplos de estrangeiros gratos pelo que
receberam nesse país, ao contrário das violências impostas nos seus próprios
países. Aliás, todos sabem disso, mas a esquerda finge ignorá-lo, por conta
daqueles que ama, nas suas doutrinas totalitaristas, a coberto de uma
democracia conquistada, pelo menos na aparência.
OPINIÃO
América: sombras e luzes
A ordem internacional que os EUA construíram e lideram
vai-se desfazendo a um ritmo acelerado.
TERESA DE SOUSA
PÚBLICO, 24 de Novembro de 2019
1. Numa
sucessão avassaladora de depoimentos perante o Congresso americano,
transmitidos em directo nas duas últimas semanas, as acusações que
motivaram o desencadeamento do processo de impeachment ao Presidente
ficaram mais do que provadas. Incluindo por gente que lhe é ou já lhe foi
próxima e cujos cargos dependiam directamente da sua escolha. Houve os
depoimentos de diplomatas de carreira, envolvidos sem querer numa história
absolutamente inconcebível. E houve aqueles que, como o embaixador nomeado
por Trump para a União Europeia, Gordon Sondland, corroboraram os dos primeiros de uma forma
absolutamente inequívoca, que teve o mérito de deitar por terra dois dos
principais argumentos dos republicanos no Congresso para continuaram a defender
o seu Presidente para lá de qualquer racionalidade: que
nenhum deles tinha acesso directo a Trump e, portanto, o que afirmavam
chegara-lhes sempre por via indirecta; que eram todos pró-Clinton ou
anti-Trump, portanto, com um manifesto enviesamento politico.
O embaixador junto da União Europeia
é um empresário da hotelaria do Oregon que contribuiu com um milhão de dólares
para a campanha de Trump. Nomear
financiadores de campanhas presidenciais para cargos diplomáticos não é um
exclusivo deste Presidente. Outros já o fizeram, com a pequena diferença de
lhes atribuírem postos tranquilos e sem grande relevância política. Não é,
obviamente, o caso da União Europeia.
O
reverso da medalha desta escolha, com o qual ninguém contava, é que Sondland não tem qualquer cultura diplomática, incluindo a de
ser fiel a quem o nomeou, mantém com o Presidente uma relação demasiado
informal e não tem qualquer receio de represálias em caso de contrariar a sua
vontade. Falava
com o Presidente sempre que queria, tornando-se um instrumento fundamental da
sua “chantagem” sobre o Presidente ucraniano, a partir do momento em que os
diplomatas de carreira que chefiavam a representação americana em Kiev
começaram a resistir às directrizes da Casa Branca ou não colaboraram
diligentemente com Rudolf
Giuliani, o antigo mayor de Nova Iorque e advogado pessoal de Trump
que este encarregou de tratar do assunto ucraniano fora dos trâmites normais da
diplomacia.
Sondland confirmou
com todas as letras o célebre quid pro quo (maneira mais elegante de
dizer “chantagem”) que está no âmago do inquérito: para ser recebido na Casa
Branca, o recém-eleito Presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, teria de
anunciar publicamente a abertura de duas investigações judiciais: uma ao filho
de Joe Biden que tinha sido membro do Conselho de Administração de uma firma
ucraniana de energia; outra destinada a comprovar que tinha sido Kiev, e não
Moscovo, a interferir nas eleições de 2016, de muito particular conveniência
para Vladimir Putin.
Juntou-se
à “troca” de favores o “adiamento” por dois meses de uma remessa de equipamento
militar no valor de
400 milhões de dólares. Com uma agravante: Sondland disse, preto no branco,
que “toda a gente” sabia do que se tratava, desde o secretário de Estado Mike
Pompeo ao Conselheiro Nacional de Segurança, John Bolton, passando pelo chefe
de gabinete de Trump, Mick Mulvaney. Esta ajuda já tinha sido aprovada no
Congresso e era fundamental para o esforço de guerra na região leste da Ucrânia
contra a ocupação e a constante pressão militar de Moscovo. Joe
Biden, convém lembrar, era (e ainda é, embora
menos) o candidato mais bem colocado nas sondagens para derrotar Trump nas eleições
de 2020.
2. Estes
são os factos que podem justificar a destituição do Presidente. Mas os
depoimentos foram bastante mais do que isso. Foram também a denúncia
da destruição sistemática dos fundamentos da política externa americana, com
consequências cada vez mais dramáticas para os Estados Unidos e para o mundo.
Marie Iovanovitch, uma das primeiras a depor perante o Congresso e
anterior embaixadora dos EUA em Kiev, que foi vítima de uma campanha de
difamação orquestrada por Giuliani até ser demitida das suas funções,
acreditava que estava a executar a política do seu país junto de um aliado
crucial, que tem sido nas últimas duas décadas o terreno de confronto entre a
política expansionista de Moscovo para recuperar a sua influência no Leste da
Europa, e o apoio ocidental à construção, difícil, de uma democracia estável em
Kiev ancorada no Ocidente. Foi o anúncio da assinatura de um Acordo de
Associação entre a Ucrânia e a União Europeia, em Dezembro de 2013, que levou à
intervenção militar russa no Leste do país e à anexação da Crimeia, em absoluta
violação da lei internacional.
Mas
foi, talvez, Fiona Hill, durante
dois anos a principal responsável pela Europa e a Rússia na Casa Branca de
Trump, número dois do Conselheiro de Segurança Nacional do Presidente, quem
mais brilhou neste ciclo de audições públicas. Desassombrada e profunda
conhecedora da Rússia, descreveu as manobras de Moscovo para incriminar Kiev
pela interferência nas eleições de 2016 com o pormenor de uma grande
especialista no assunto (é considerada uma das maiores especialistas da Rússia
nos EUA), pondo o dedo numa das feridas mais expostas da acção de Trump, a
constante conivência com o seu homólogo Vladimir Putin. Aliás, Hill e
Iovanovitch sublinharam que era ele o grande beneficiário do escândalo
ucraniano que levou ao impeachment, ao retirar à Ucrânia o apoio
fundamental dos Estados Unidos no seu esforço por encontrar uma solução que
resolva o conflito do Donbas.
3. A questão
seguinte é outra: com Trump, a política externa americana ainda é aquela que
faz da Ucrânia um aliado?
Trump
chegou à Casa Branca sem qualquer experiência de política externa (o que
acontece a outros Presidentes, embora não num grau tão próximo de zero), com
três ideias na cabeça: não há
nenhuma “comunidade internacional”, há apenas nações soberanas que lutam entre
si pelos seus interesses; os Estados Unidos têm de deixar de garantir e de
pagar a segurança dos outros, incluindo dos seus principais aliados; os seus
gigantescos défices comerciais com o resto do mundo têm de acabar.
As duas consequências mais visíveis da sua ideia sobre o mundo são a guerra
comercial com a China e a exigência constante aos europeus e a outros aliados,
incluindo a Coreia do Sul e o Japão, para que paguem a factura da sua própria
defesa. A última
manifestação desta política aconteceu há meia dúzia de dias, quando o
Departamento de Estado voltou à carga em Seul, exigindo a duplicação do
montante que a Coreia do Sul paga aos EUA pelo estacionamento de uma força
militar no seu território. O mesmo já aconteceu com o Japão. Os
dois países asiáticos começam a compreender (como a
Europa) que vão
ter de rever a sua dependência em relação aos EUA, com o aumento dos orçamentos
militares, mas também com a revisão de algumas das suas alianças regionais.
A palavra “aliados” perdeu, portanto, qualquer sentido,
como se verificou de forma dramática bem recentemente na Síria. É assim que a
ordem internacional que os EUA construíram e lideram se vai desfazendo a um
ritmo acelerado.
4. Há,
no entanto, um lado luminoso da América que esteve sempre presente nas
audições do Congresso. Pelo menos quatro dos principais testemunhos foram
feitos por diplomatas, militares e altos funcionários que nem sequer nasceram
nos EUA e cujas carreiras brilhantes se devem ao facto de, num momento
particular das suas vidas, terem imigrado para lá.
Fiona Hill, britânica, naturalizada americana em 2002, disse
simplesmente perante o Congresso: “Sou uma americana por escolha. Posso
dizer com segurança que este país me ofereceu uma oportunidade que nunca teria
tido em Inglaterra. Cresci pobre, com um forte sotaque próprio da classe
trabalhadora. Na Inglaterra, nos anos 80 e 90, isso teria impedido o meu avanço
profissional.” Hill nasceu numa região mineira do Reino Unido, filha de um mineiro
e de uma enfermeira. Foi para Harvard estudar.
O coronel Alexander Vindman, outro perito do Conselho Nacional de Segurança
que chegou aos EUA aos quatro anos de idade: “Na Rússia, dar testemunho público
envolvendo um Presidente ter-me-ia custado a vida. Nunca o poderia ter feito,
se o meu pai não tivesse fugido da União Soviética há quatro décadas.”
Marie Iovanovitch recordou a fuga do seu pai da União Soviética e da sua
mãe da Alemanha nazi: “As suas histórias pessoais, a minha própria história,
dão-me, ao mesmo tempo, uma profunda gratidão para com os Estados Unidos e uma
grande empatia para com aqueles que, como os ucranianos, querem ser livres.”
COMENTÁRIOS:
JLR, 24.11.2019: Gostei desta parte do texto, em que : "Fiona Hill,
britânica, naturalizada americana em 2002, disse simplesmente perante o
Congresso: “Sou uma americana por escolha. Posso dizer com segurança que este
país me ofereceu uma oportunidade que nunca teria tido em Inglaterra. Cresci
pobre, com um forte sotaque próprio da classe trabalhadora. Na Inglaterra, nos
anos 80 e 90, isso teria impedido o meu avanço profissional.” Hill nasceu numa
região mineira do Reino Unido, filha de um mineiro e de uma enfermeira." Esclarecedor
sobre a profunda desigualdade social na Grã-Bretanha, que não tem origem apenas
na desigualdade de rendimentos mas também no "pedigree" resultante do
berço onde se nasce...
Aguia, 24.11.2019: Tendo lido o artigo e os comentários,
concluí: preferia que o Público desse oportunidade ao João e ao Jonas Almeida
de escreverem sobre assuntos internacionais. E seria interessante a TdS
comentar - se tivesse bagagem. O contraditório funcionaria de uma forma muito
mais frutuosa. O Público e os leitores ficariam a ganhar.
"América: sombras e luzes" - quando li o título do
artigo, pensei que iria abordar a situação de vários países da América (a
Latina também é América, embora depois tenha percebido que, para a opinadora,
América = EUA. Elucidato...) o que poderia ser salutar. Fugiria
aos temas repisados: Trump, impeachment, Ucrânia, ingerência, velha ordem
mundial, status quo, temores do desc nhecido, saudades da Guerra Fria, Joe
Biden, Partido Democrático, imperialismo, Rússia, Putin, blablablá. Que o bocejo. Uma sugestão para mudar
a agulha: que tal abordar as possíveis sanções que se discutem no parlamento
federal alemão para responder sobre os EUA (do "diabo" Trump) em
resposta às sanções que os EUA preparam sobre as empresas alemãs e de outros países
que colaboram na finalização do NordStream 2)? Obrigado
rafael.guerra, 24.11.2019: Ficariam a ganhar com a alma perdida que
diz mais abaixo que "é o fim de um regime globalista de regras
chantagistas e elites governativas que apodrecem em toda a parte"? Quando
a podridão atingiu o seu ponto culminante nos EUA com Donald Trump, campeão mundial
da chantagem e das ameaças, pitbull diante dos fracos mas cachorrinho das
elites financeiras de Wall Street e dos lobies militares, dos negócios com a
Arábia Saudita e apoiante cego do actual governo de Israel. Vai ficar conhecido
como o maior criminoso da humanidade, pelo seu papel na saída dos EUA do acordo
COP21 e pelo seu total desdém pela ciência.
Joao, 24.11.2019: Como é possível uma dita jornalista
escrever "ficaram mais do que provadas" e "preto no
branco"? Não seria mais fácil transcrever o que o tipo disse? "O
presidente Trump nunca me disse directamente que a ajuda estava condicionada às
reuniões", e muito menos as investigações às corrupções do filho Biden nem
à interferência ucraniana para favorecer a Hillary.
Não teria sido mais fácil à Teresa transcrever a pergunta e a
resposta do tipo que confirmou que "ninguém neste planeta lhe disse que o
presidente Donald Trump estava vinculando a ajuda dos EUA à Ucrânia ao acordo
da Ucrânia de investigar as eleições de 2016, o Biden ou a Burisma”?
Não teria sido mais fácil para a Teresa transcrever o que o tipo
confirmou, que não tinha provas “"Excepto minha própria presunção"”,
que era um “meu, pessoal, você sabe, palpite”, que era na base da “analogia
dois mais dois iguais a quatro "?
Quanto às outras sebentices referidas pelo caro Águia acho que
são as habituais sebentices de sempre. A proibição e as sanções para quem
compre telemóveis chineses, a proibição e as sanções para quem compre gás
russo, a proibição e as sanções para quem compre petróleo iraniano, as
proibições e sanções para quem compre minério coreano, a proibição e sanções
para quem compre o que for do Zimbabwe, da Síria, etc, há uns meses eram
sessenta e tal países asfixiados pelos decretos imperiais a serem cumpridos
pelo mundo inteiro.
FPS, 24.11.2019: Para um leigo como eu, o que parece é
que o consulado de Trump está a ser imensuravelmente mais pacífico do que o
belicista BObama e seus antecessores. E nem vale a pena gastar muito latim que
as coisas parecem ser mesmo assim. E a propósito, a UE bem faria se
começasse a pensar em ter um exército como deve ser se quiser ser ouvida a
respeitada que os seus interesses também parecem começar por aí. Por outras
palavras, ter uma política externa coerente e audível.
Alforreca Passista 4, 24.11.2019:"A ordem internacional que os EUA
construiriam" é uma ordem construída com base no assassinato de milhões,
invasão, tortura e destruição. Trump não é responsável pela criação do monstro
belicista que são os EUA....
Joao, 24.11.2019: E como diz, comparando “... as taxas de
intervenção da Guerra Fria e do pós-Guerra Fria, algo realmente impressionante
emerge: enquanto os Estados Unidos realizaram 46 intervenções militares de 1948
a 1991, de 1992 a 2017 esse número aumentou quatro vezes para 188.” ...
bombardeando, invadindo, dizimando, destruindo, matando milhões de pessoas ...
é esta a "ordem mundial" que defendem a Teresa e os outros
pró-guerras americanas e pró-terroristas wahabitas e nazis ao serviço
americano.
Ah, e isto é só as intervenções militares oficiais e autorizadas
pelo Senado, os envios de terroristas wahabitas ou nazis, os assassinatos de
lideres políticos, os golpes de estado, etc nem constam nesses números.
JonasAlmeida, 24.11.2019: TdS, a América é o #4. O
nacionalismo faz parte da "American experience" - quem para aqui vem,
regra geral vem com fome de controlar o seu destino. O #1-3 é o fim de um
regime globalista de regras chantagistas e elites governativas que apodrecem em
toda a parte. Nos EUA estas coisas são expostas na praça pública, com direito
ao "espectáculo da Democracia". Eu acho bem, como achou o governo dos
EUA que o promoveu (o governo é o Congresso): tem um valor formativo
preciosíssimo.
Joao, 24.11.2019: Embora o caro Jonas seja mais reservado
ou contido que eu, e claro tenha imensamente mais conhecimento que eu, vejo que
no fundo os entendimentos não são muito diferentes. O que mais me enoja são
as catadupas de encurvamentos e de branqueamentos, dos media de
"referência" e de brigadas de opinadores, na tentativa de focarem no
Trump toda a sebentice que sempre existiu, e na tentativa de salvarem o modus
criminoso e dissimulado dessas sebentices que sempre existiram. Ou seja,
agora que as sebentices tradicionais vieram ao de cima trazidas pelo desbocado
Trump, tentam manter o mesmo modus reptiliano, manipulador, insidioso,
encurvador, para que tudo se mantenha como sempre tem sido.
JonasAlmeida, 24.11.2019: Resumindo numa
pergunta: porque haveriam os EUA de suportar uma ordem internacional que não
mais lhes interessa? Como disse outro emigrado de renome e influência,
"America has no permanent friends or enemies", only interests - Henry
Kissinger.
Sim, de facto de acordo nisso caro João. O regime desmorona-se e
esses outros podres de assassinatos, chantagens e opressões ficam expostos. Um
aspecto que me fascina no momento presente é a diminuição da polarização da
Demos. Esta parece agora transferir-se para as elites que vivem do status quo,
enquanto a Demos converge na necessidade de mudanças estruturais profundas. Não
há é claro acordo sobre quais mas há comunhão em partir para esse desafio
dentro de um processo democrático em que as pessoas são consultadas e
informadas directamente, e umas às outras. Acho que o digital terá um papel
importante nestes próximos passos. A sabujice governativa a Bruxelas
priva-nos de uma capacidade de inovação sociopolítica fulcral. Isso preocupa-me
muito mais do que a "Ucrânia".
Joao, 24.11.2019: É como diz, é a minha visão, claramente
a manipulação e o controlo se estão a enquistar ou a "transferir-se para
as elites que vivem do status quo", elites económicas, financeiras e seus
assalariados opinadores, media ... "enquanto a Demos converge na
necessidade de mudanças estruturais profundas." que espero eu, tenho
esperança, se confirmem.
TM, 24.11.2019: A Ordem Internacional não interesse aos
US? Não é isso que a opinião pública pensa. Pode não interessar a um anarquista
como o Jonas, mas interessa 'a maioria dos Estadunidenses.
Pena é que os vossos sonhos de desmoronamento da UE não se
realizem não é? oh!
Joao, 24.11.2019: Credo, os sabonetes que a Teresa tem de
vender! Credo, a "prova", a "prova preto no branco" é que
“toda a gente sabia"? Mas ninguém tem provas, ninguém recebeu ordens nem
por escrito nem oralmente? Uns nunca na vida até falaram com o Trump, outros
que falaram dizem "o presidente nunca me referiu" ... e é preto no
branco?
Óbvio que, "como toda a gente sabe", os
presidentes e a malta de Washington sempre usaram chantagens, sanções,
assassinatos, golpes e invasões, bombardeamentos, extermínios, destruições e
morte de milhões de pessoas para dominarem, roubarem e controlarem tudo pelo
mundo, e "como toda a gente sabe" o mais certo é o Trump ter feito
implicitamente chantagem, como estou convicto, mantendo a tradição histórica de
crimes e invasões e subjugação do mundo por parte de Washington. Mas daí ao "toda
a gente sabe" ser uma prova ... Ah, e a que junta o choradinho de uns
"especialistas".
Bom, esta cronica quase chega à profundidade ficcionista da
cronica sobre o "tank man", mas esta está mais trabalhada
JonasAlmeida, 24.11.2019: Como o João, fiquei entretido com a
arrelia de TdS por os EUA terem perdido o interesse pela ordem internacional
que eles próprios suportam. Se teremos a seguir mais "nacionalismo
económico" de Trump ou "patriotismo económico" de Warren, nisso
tanto faz: para trás não andaremos. Lembra-me aquela em que Trump foi
confrontado por uma jornalista sobre as tentativas de manipulação das eleições
e respondeu - "mas nós não fazemos o mesmo"?:-D. Como o João, eu
estou convencido que esta ordem internacional do Globalismo neoliberal, que se
desmorona, já só interessa às pessoas erradas.
TM, 24.11.2019: E ainda há quem defenda o Trump.
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