terça-feira, 12 de abril de 2022

Almas gémeas, é o que é


Autênticos Castor e Pólux da lenda, destinados a brilhar em constelação futura, Putin e Dvornikov, segundo a narrativa de MLF.  Por tal, com adeptos, dos que também desejam fazer faísca. De preferência, por cá.

Discreto, estratega, confiável: quem é Aleksander Dvornikov, o novo homem de Putin à frente da guerra

Aleksander Dvornikov está na lista negra de sanções europeias e foi o cérebro da ofensiva russa na Síria. Agora coordena as tropas na Ucrânia. Terá sido ele a ordenar o ataque em Kramatorsk.

MARTA LEITE FERREIRA, Texto

OBSERVADOR, 09 abr 2022

Há um novo rosto por detrás do ataque com mísseis russos, como o que terá matado 52 pessoas, cinco das quais crianças, numa estação de comboio em Kramatorsk, na região separatista de Donetsk, de acordo com as autoridades ucranianas. Aleksander Dvornikov, um herói de guerra russo e militar consagrado com experiência na Síria, coordena agora os esforços russos em território ucraniano. O ataque em Kramatorsk, que tanto o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky como Boris Johnson apelidam de crime de guerra, terá sido uma das primeiras ordens do general Dvornikov.

É a aposta do Kremlin para resolver o maior obstáculo que o regime de Vladimir Putin encontrou para o insucesso militar na Ucrânia: as falhas de comunicação entre os batalhões dispersos pelo país, que impediam uma reação coordenada à resistência ucraniana. O recuo da Rússia não será uma assunção de derrota, nem uma diminuição da tensão entre os dois países: pelo contrário, os sinais que chegam aos serviços de vigilância é que o Kremlin está apenas a reorganizar-se e a reabastecer-se antes de uma nova investida.

Aleksander Dvornikov já está na mira das autoridades desde 2015, quando assumiu o comando das Forças Armadas da Rússia na Síria. Era a primeira expedição bélica russa fora dos países da antiga União Soviética desde a saída do Afeganistão em 1989pelo meio, houve o conflito na Geórgia em agosto de 2008. Não era uma escolha óbvia: a carreira militar de Aleksander Dvornikov concentra-se sobretudo no exército, nas ações em terra firme, enquanto a operação na Síria dependia mais de uma estratégia aérea.

Mas segundo Jorgen Elfving, consultor sueco na área da defesa que escreve no The Jamestown Foundation, esse pode ter sido o segredo para o que a Rússia considera ter sido um sucesso na intervenção militar na guerra civil síria. Aleksander Dvornikov fez do combate uma “operação de armas combinadas” que agia em todas as frentes. O estabelecimento dessas conexões era a área de especialização do coronel-general: nos três anos de experiência como vice-comandante do Distrito Militar Central, a região administrativa militar no centro da Rússia, coordenou precisamente o comando estratégico conjunto desta unidade.

E é especialmente eficaz quando precisa de trabalhar sob pressão, de forma célere e em várias frentes, tomando decisões imediatas de modo independente — de resto, tem a confiança do Kremlin para isso. Uma fonte russa disse ao especialista em 2016, após a presença na Síria, que “para lidar adequadamente com os deveres atribuídos, [é preciso] um líder militar forte com grande experiência de comando e combate, com confiança ter a confiança das principais pessoas da nação”: “O general Aleksandr Dvornikov é exatamente um comandante militar, que tem a inestimável experiência síria de comandando forças na guerra moderna complexa”.

Aliás, Aleksander Dvornikov frequentou a Escola Militar de Suvorov, entrou depois no Exército Soviético e continuou os estudos na Escola Superior de Comando de Armas Combinadas de Moscovo, começando em 1982 o percurso na área da gestão de crises militares no terreno. Foi soldado do Distrito Militar do Extremo Oriente, onde subiu a comandante da companhia e a chefe do estado-maior do batalhão. Depois de ter passado pela Academia Militar de Frunze, tornou-se vice-comandante de batalhão do Grupo Ocidental de Forças, que se estabeleceu na Alemanha Oriental após o fim da II Guerra Mundial até 1994.

A partir de 1992, a carreira militar de Aleksander Dvornikov baseou-se sobretudo no comando de fuzileiros, passando por vários distritos militares do país. De tenente-general, posição conquistada em 2012, passou a coronel-general em 2014. Em setembro de 2015, Dvornikov tornou-se então o primeiro comandante das forças armadas russas na Síria.

O militar que coordenava as forças russas na Síria em segredo agora é um Herói da Federação

Depois da presença na Síria, entre setembro de 2015 e março de 2016, Aleksander Dvornikov recebeu o título de Herói da Federação Russa, o mais alto dos reconhecimentos no país — é esse o significado da estrela dourada que o general ostenta na farda — e depois foi promovido a comandante do Distrito Militar do Sul, cargo que ocupa desde julho. Tornou-se “uma estrela em ascensão” na hierarquia militar, considerou Jorgen Elfving. Mas, em contrapartida, entrou nos radares do ocidente e foi alvo de sanções pela União Europeia em 2019 após a anexação da Crimeia.

Nascido em agosto de 1961 na cidade russa de Ussuriysk, nas proximidades da fronteira com a China e perto do Oceano Pacífico, pouco se sabe sobre a vida pessoal de Aleksander Dvornikov. Quem o conhece descreve-o como discreto, pouco dado às luzes da ribalta. Um homem que prefere manter-se nos bastidores, mas que saiu da sombra quando a intervenção militar russa na Síria terminou e o nome de Aleksander Dvornikov foi mencionado por Vladimir Putin como um dos indivíduos que mais contribuiu para o sucesso no país. Até àquele momento, ninguém sabia que o então coronel-general tinha coordenado as tropas durante seis meses.

Aleksander Dvornikov concedeu uma entrevista exclusiva aoRossiyskaya Gazeta logo em março desse ano. Nunca revelou detalhes das operações, mas levantou o véu à estratégia de “trabalho conjunto” que a Rússia aplicou na Síria: “destruir a infraestrutura e os canais de abastecimento”, “passar a ações ofensivas” conduzidas “simultaneamente em 15 direções” e, assim, “forçar os militantes a abandonar as operações em grande escala e passar a acções em pequenos grupos”, sem capacidade de coordenação entre si. Esse é o ponto em que a Rússia, com cerca de 100 batalhões no palco de guerra, está agora na Ucrânia e que o general terá de reverter.

Fonte militar do ocidente disse à BBC que a Rússia reorganizou a cúpula militar que dirige as operações na Ucrânia para melhorar a coordenação das unidades no terreno. Até agora, o exército russo mantinha cerca de 100 grupos operacionais com comandos independentes, sem liderança centralizada no terreno. Putin pode colocar à frente certos “imperativos políticos”, face a outras “prioridades militares” na hora de decidir os passos seguintes, segundo a BBC.

Há uma tensão entre a lógica militar de colocar a força adequadamente para uma operação russa revigorada em Donbas, potencialmente usando tácticas mais apropriadas e aprendendo algumas das lições das operações desastrosas até agora; e um imperativo político para realmente seguir em frente com a operação e avançar rapidamente”, disse a fonte.

E há uma data concreta no calendário do Kremlin: o regime de Putin quer atingir sucessos bélicos concretos antes de 9 de maio, data em que a Rússia comemora o fim da II Guerra Mundial e a vitória dos Aliados sobre o Eixo. Em 1945. Até lá, a Rússia pretende conquistar Donbas e voltar a investir na chegada a Kiev, acreditam os especialistas.

“A menos que a Rússia seja capaz de mudar a sua táctica e ser bem mais eficaz a usar todas as ferramentas para sua vantagem, se falhar a fazer isso, então será muito difícil ver como terão sucesso mesmo nestes objetivos limitados que impuseram a si mesmos”, disse o militar à BBC.

GUERRA NA UCRÂNIA  UCRÂNIAMCOMENTÁRIOS:UNDO

COMENTÁRIOS

Joaquim Rodrigues: Mais um criminoso de guerra. Vai ser o povo russo a tratar-lhe da saúde.           vitor Manuel: Este filho de putin glorificado neste artigo (terá sido o major-general comentarista num canal televisivo a escrevê-lo ?) não passa de um canalha estalinista genocida cuja única estratégia é a destruição de tudo que mexa, suportada pela esmagadora superioridade dos meios aéreos dos filhos de putin. Nesta trampa de país onde Estaline e outros genocidas comunistas continuam a ter idólatras nos maiores órgãos de informação começa a ser quase impossível haver uma campanha a exigir a extinção de organizações apoiantes de assassinos. É nojento ver que esses canalhas continuam tranquilamente por aí.           Jorge Simoes:  “O general Aleksandr Dvornikov é exatamente um comandante militar, que tem a inestimável experiência síria de comandando forças na guerra moderna complexa”. O que tem de moderno? Igual à WWII, politica de terra queimada, destruir e matar tudo antes de entrar....          Cesário de Andrade: Já no Iraque e no Afeganistão os carniceiros eram talhantes e tinham treino de gentlemen. Sabem lá o que escrevem. Não sabem e não têm provas, sendo que jornalismo não é, é uma patética forma de propaganda. Ao menos os profissionais da propaganda sabem o que estão a fazer.            Romeu Francisco: Neste guerra, haverá muitos comandantes Russos cognominados de carniceiros. De entre esses, de acordo com o nível de crimes de guerra cometidos, alguns serão meros talhantes, outros retalhadores, e haverá os trituradores, tendo em Dvornikov um sério candidato.           Paulo F.: Nunca via a comunicação social ocidental tão mal, não se preocupam em investigar, repetem notícias uns dos outros, mentem com todo o descaramento,são simplesmente fontes de propaganda de governos e instituições financeiras que lhes pagam para seguir a agenda que está na moda. Insistir que o míssil que atingiu a estação é Russo é uma falsificação, por todo o lado já mostraram provas que a trajetória, o propulsor cai sempre atrás das ogivas, veio de zona ucraniana, o míssil é só utilizado pela Ucrânia, e o seu número de série é de stock ucraniano. Não há qualquer prova de que tenham sido os Russos, mas a datilografa de serviço sentiu a necessidade de incluir esse facto numa notícia completamente diferente.             Romeu Francisco > Paulo F.: Deixa-me adivinhar quem disse isso... o Kremlin claro, ou melhor agÊncia de informação russa "TASS" ou a fantástica WSWS (lol), cujas fontes são infinitamente mais credíveis do que a imprensa internacional no local. E Bucha? Claro, encenação total, não é verdade? Inclusivamente as valas comuns e os testemunhos de sobreviventes, ou intercepções de comunicações russas em que deram ordens claras para atirar em civis antes de retirar.          Miguel RamosRomeu Francisco: Não adianta... a máquina de propaganda russa faz muitas vítimas sem salvação possível.             Carlos Dias: Os ucranianos são um exemplo de coragem e dignidade como desde há muito não se via na Europa Se não chegar a ser preciso ir combater já me sinto honrado por lhes lavar as cuecas           Da Grreite Rizete: Apesar de criticar Putin e a abjecta invasão russa à Ucrânia, para os virtuosos maniqueístas se eu também fizer algum reparo ao que se passa nesse país, então só posso ser um putinista, um filho da putin, um “troll” russo ou até, pasme-se, um… comunista! Para mim, comunismo/socialismo e fascismo/nazismo são 2 faces da mesma moeda. São todos colectivistas e, só por isso, abomino-os. Prezo muito a liberdade, sobretudo aquela em que o indivíduo pode fazer as suas próprias escolhas de forma consciente e informada. Chama-se a isso livre-arbítrio. É por isso que nunca me cansarei de denunciar o gangue de D avos e a sua agenda sinistra. Mas voltando à Ucrânia, vou-me escusar de a criticar porque estou muito preocupado com a minha “imagem” e reputação por estas bandas e por isso não direi nada sobre o facto: 1 – de a Ucrânia ser um dos países mais corruptos do mundo, fazendo com que à beira dela Portugal até pareça uma “Dinamarca”. O país tem servido de “lavandaria” às elites políticas e financeiras dos EUA, sobretudo as ligadas ao Partido Democrata. Joe “10% for the Big Guy” Biden, quando era VP fez depender a aprovação de um dos muitos “empréstimos” à Ucrânia como contrapartida pelo afastamento do PGR ucraniano Shokin, o que conseguiu. Onde é que está aqui o Estado de Direito e a separação de poderes? Isso diz muito sobre a “democracia” ucraniana. Porque é que Shokin foi afastado? Porque estava a investigar a Burisma, empresa em cuja Administração se “sentava” Hunter Biden. E como é que ele foi lá parar? Por ser o filho “testa-de-ferro” do “sleepy” Joe. 2 – de o “herói” Zelensky ser um “fantoche”, por sinal bem pago, dos EUA e do gangue de D avos como atestam os Pandora Papers. O “santo” prometeu muito aos ucranianos, sobretudo lutar contra a corrupção, e afinal também não passa de um… corrupto! Entretanto esse “grande democrata” suspendeu 11 partidos políticos, incluindo os que condenaram a invasão e “nacionalizou” todos os “media” para assim garantir uniformidade na propag… perdão na “mensagem”. 3 – de na Ucrânia existirem, antes de serem destruídos pelos russos, muitos laboratórios de “pesquisa” biológica financiados pelo Pentágono. Isto faz-me lembrar Wuhan. Porque será?  4 – de na Ucrânia existirem partidos e grupos neonazis cujo ídolo é Stepan Bandera. Svoboda, Sector Direito e os infames batalhões A idar e A zov são exemplos do que seria impensável existir numa verdadeira democracia. 5 – de existir uma “proxy war Rússia-EUA” desde 2014 no Donbass onde a população civil tem sido alvo de todo o tipo de atrocidades e sevícias, sem que ninguém “rasgue as vestes” por isso. Os “democratas” que criticam (e bem) Putin por ser um ditador mas ao mesmo tempo censuram quem tem opiniões diferentes, já não precisam de me “cancelar” pois eu desta vez “portei-me bem” e contive-me. Se eu, supostamente para essas “luminárias”, não tenho razão e só digo disparates, então nem têm motivo para me temer. Vou até finalizar este comentário, sinalizando a minha virtude, com um “emoji” da bandeira ucraniana, mas não a preta e vermelha pois essa está reservada aos muitos admiradores de Stepan Bandera que pululam por aqui. 🇺🇦           Andrade QB > Da Grreite Rizete: Se na altura que uma velhinha estiver a ser torturada espancada e vier falar de que ela tem este ou aquele defeito, também ninguém deixará de pensar que o que pretende realmente é dar apoio a quem a está a torturar.            vitor Manuel > Da Grreite Rizete: Resumindo e concluindo, os ucranianos têm o que merecem. Será assim ò Rizota?! Espera-se que os filhos de putin não se lembrem deste cantinho, exemplo de regimes impolutos.             Asdrubal Souto: Putin é o Rei da Fake  1º disse aos russos que era uma operação especial. 2ºdisse que apenas queria desmilitarizar e ajudar as repúblicas que os babados e drogados russos querem que seja russa, e bombardeou toda a Ucrania e civis a torto e a direito. 3ºAgora que está prestes a tombar diz apenas querer as republicas mas continua a atacar toda a costa marítima da ucrânia. Espero que a ele e toda a sua gentalha no comando aos assassinos em série lhe chegue algo como os julgamentos de Nuremberg. A estratégia fake funciona na Rússia e não me admira depois de por cá termos múltiplas televisões a mostrar o mesmo em variados videos ainda há quem acredite no conto do vigário Putin!            Aleksander Dvornikov: Um pacifista que arrasou cidades na Síria, utilizou bombas de fragmentação, termobáricas, ou seja, tudo o que tinha a mão. Putin, sabe bem que precisa de assassinos para continuar o seu trabalho mafioso. Mas o melhor é ficar longe do teatro de guerra. Esconda-se num buraco bem fundo, juntamento com os ratos que governam o Kremlin. Na Ucrânia, pode morrer constipado. Já foram para o inferno uns quantos, constipados por causa dos buracos entre os cornos.

…………………………………………..

 

Nenhum comentário: