sexta-feira, 8 de abril de 2022

Vanitas vanitatum

 

Vanitas vanitatum

É o que me lembra este caso, de um criminoso lançado numa guerra criminosa, apesar dos muitos seus adeptos, conhecedores, ao que parece, da história universal, justificativa dessas suas opções apoiantes do crime de genocídio, nos testemunhos de pesadelo que observamos em cada dia, há quarenta e poucos dias, e em perspectivas de um prolongamento sine die. Mas os comentários aí ficam, desses conhecedores oficiais que assim exibem os seus conhecimentos, sem pôr no prato da balança os que a comunicação social tão expressivamente fotografa e descreve, sobre um povo castigado por querer ser independente, dado fundamental, que os tais comentadores muito cultos não compreendem, desligados que são dessas velharias patrióticas, apoiados, de preferência, nos ditames de uma fraternidade universal, de perfeito e vão exibicionismo pessoal, paradoxalmente destilando ódio pelos seus oponentes, naturalmente menos instruídos e mais humanos.

A terceira guerra patriótica de Putin

A ideia da criação de um espaço democrático e de cooperação de Lisboa a Vladivostoque foi de Charles de Gaulle e nada tem a ver com as fantasias pornograficamente expansionistas de Putin e da sua corteé Milhazes

JOSÉ MILHAZES,Colunista do Observador. Jornalista e investigador

OBSERVADOR, 07 abr 2022, 00:2059

Há muito tempo que ideias ultraconservadoras, ultraortodoxas e ultranacionalistas, com traços muito fortes de nacional-comunismo e de nazismo, pairavam na Rússia, mas muitos no Ocidente não queriam acreditar que elas se transformassem em ideologia oficial do Kremlin no século XXI. Depois da I Guerra Patriótica contra Napoleão (1812-1815) e da II GP contra Hitler (1939-1945), o Kremlin apresenta a invasão da Ucrânia como uma III GP, desta vez contra o “neonazi” Volodimir Zelenski.

Havia sinais directos e indirectos desse processo, mas a famosa “aula de história”, pronunciada por Vladimir Putin na véspera da invasão da Ucrânia, onde ele chama a si a missão de restaurar o Império Russo, negando, por exemplo, o direito da Ucrânia a uma existência independente, trouxe  à tona uma série de “pensadores” lambecusistas  que se apressaram a justificar os planos expansionistas do suserano.

Timofei Segueitsev, analista político da agência oficial russa RIA, apresenta uma proposta de “solução final para os destinos dos ucranianos e da Ucrânia caso as tropas russas atinjam os objectivos da “operação especial” desencadeada por Putin. Ele, entre outras receitas, propõe que “os nazis [ucranianos] que pegaram em armas nas mãos deverão ser liquidados ao máximo no campo de combate. Não se deve fazer grande diferença entre militares, batalhões nacionalistas e grupos locais de defesa”.

Derrotado Zelenski, não são só os dirigentes ucranianos irão ficar sujeitos à “limpeza ideológica”.

“Além da cúpula, que deve ser “desnazificada”, [leia-se liquidada], é também culpada parte significativa das massas populares que são nazis passivos, apoiantes dos nazis… Só é possível um castigo justo para essa parte dessa população se ela tiver de supor os fardos inevitáveis da guerra justa contra o sistema nazi”, acrescenta ele.

Será que teses destas não fazem lembrar os tempos tenebrosos das perseguições aos judeus na Alemanha de Hitler.

O que leva a Rússia a combater na Ucrânia?

Outra analista política Victória Nikiforova , da mesma agência oficial russa, seguindo a revisão da História realizada no Kremlin, compara a actual situação com a guerra entre a União Soviética e a Alemanha nazi : “Para russos e ucranianos, tudo está extremamente claro e compreensível. Os russos foram libertar a sua terra dos nazis. Fizemos o mesmo em 1943-1944 no mesmo território. Então, as dimensões do colaboracionismo eram menores… Se for preciso, explico, a Rússia leva para o território da Ucrânia a sua civilização, muito diferente daquela a que os ucranianos se habituaram nos últimos 30 anos”.

O antigo Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, vai ainda mais longe ao afirmar que foi o Exército Vermelho que, sozinho, derrotou as hostes germânicas, limpando assim da História os aliados ocidentais!

Aliás, o actual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, também conhecido pela alcunha de corrupto e mafioso “Dimon”, não quer ficar atrás na inovação histórica. Ele propõe, depois do desaparecimento da Ucrânia, a criação de um “espaço aberto na Eurásia, entre Vladivostoque e Lisboa”!

A julgar pelos rastos e ruínas deixados pelas tropas russas na Ucrânia, pode-se imaginar o que restará dos países europeus depois de mais uma “missão libertadora” dirigida por Moscovo. A ideia da criação de um espaço democrático e de cooperação de Lisboa até Vladivostoque foi avançada, entre outros, por Charles d’Gaulle, antigo Presidente francês, mas nada tem a ver com as fantasias pornograficamente expansionistas de Putin e da sua corte.

Nesta dança macabra não podia faltar Guennadi Ziuganov, dirigente do Partido Comunista da Federação da Rússia. Como um dos principais atiçadores da invasão da Ucrânia pelas hordas russas (recordo que foi ele e o seu partido que propuseram o reconhecimento das repúblicas separatistas pró-russas de Donbass pelo governo de Moscovo), apela a que a guerra seja levada até à vitória final: “A Rússia deve cumprir as tarefas de desmilitarização e desnazificação da Ucrânia. Caso contrário, todos teremos de envergar os capotes militares”.

Estas declarações servem para explicar as posições tomadas pelos comunistas portugueses face à invasão da Ucrânia.

Quanto ao líder nacional-palhaço russo Vladimir Jirinovski, já não terá oportunidade de ver o resultado final de algumas das suas profecias, pois faleceu ontem num hospital de Moscovo.

Por fim, volto a perguntar: afinal qual é o país que é dirigido por neonazis? Um grupo, que espero cada vez menor, e que inclui alguns dos generais e oficiais portugueses na reserva, continuarão a tentar-nos convencer de que se trata da Ucrânia.

GUERRA NA UCRÂNIA   UCRÂNIA   EUROPA   MUNDO   VLADIMIR PUTIN 

 COMENTÁRIOS

João Alves: Estamos a reviver o ambiente delirante em que pontificou  Rasputin.           Censurado Censurado: O Medvedev também é conhecido na Rússia como o american boy mas de certeza que ninguém melhor que o Milhazes sabe como é que se dão estas cambalhotas. Uma coisa é certa, ninguém se radicaliza sozinho e muito menos a comer hambúrgueres com alguém que foi Nobel só por não se chamar Bush. Depois das suas guerras pornográficas do petróleo à custa de tantas mentiras. Há sempre o outro lado. O que passou os últimos 30 anos a cutucar o urso para não dizer os últimos 70 anos. Que transformou a ONU em pouco mais que uma agência humanitária depois de todas as mentiras para irem roubar mais uns barris de petróleo ao Iraque e desgraçar a vida de milhares e milhares de pessoas.   E pelo caminho ainda parir praticamente todo o terrorismo global hoje em atividade. Além de uma série de guerras infinitamente mais devastadoras que o conflito armado que corre na Ucrânia - e traz muitos corações europeus em sangue - mas não chegam às televisões. Como ainda agora no Iémen. A ONU, para quem não sabe, era só a sede oficial do multilateralismo e da paz onde se sentam praticamente todas a nações do mundo desde o fim da II Guerra. Que os EUA transferiram para a sede da Nato em Bruxelas. Um clube muito mais exclusivo, tipo G7, só com 30 países do norte. Muito mais fáceis de subjugar como se vê até pela UE completamente vergada sem qq autonomia estratégica. O que acontece sempre que coincidem palhaços em Paris e Berlim. O que passou os últimos 30 anos a cutucar o urso. E depois há sempre os palhaços úteis que gostam de ser o pau de quem cutuca o urso. Há sempre pau para toda a obra no mundo! É sempre uma questão de dólares! Por mais que o triste do Milhazes traga para aqui discursos para consumo interno da própria Rússia com zero interesse em Portugal. E em todo o Ocidente mais habituado a pagar os crashs de Wall Street! Doidos pelas energéticas russas que tb já viram desaguar em NY. Tácticas antigas de propaganda que aprendeu ainda na sua antiga encarnação. Como esta mais recente de tratar a Rússia por Putin. Que já aprendeu com outro Império. E é mais fácil odiar um individuo que uma nação. No fim do dia a Ucrânia vai continuar a sua guerra manipuladora de emoções para agregar o maior número de contributos possíveis - como lhe ensinam os seus superiores com os cordéis do fantoche - enquanto vê os 50% da sua população activa que ainda trabalhava no país antes do conflito emigrar. E veremos o que sobra da própria economia. Portanto é mesmo bom que se habitue a mendigar mt provavelmente. Até sabendo da importância fundamental dos portos a sul e da indústria no Donbass. Onde muitos russófonos passaram os últimos 8 anos nas mesmas caves onde estão hoje muitos ucranianos. Não só com a total complacência do mundo e das duas principais nações da UE que não fizeram nada para que a Ucrânia cumprisse os acordos de Minsk - ou no mínimo abandonasse as ofensivas militares em Donetsk e Lugansk até à véspera da invasão - como com o total silêncio do grupo da Normandia. Agora muito aflito. Véspera da invasão onde curiosamente a OCSE registou um acréscimo de violações do cessar-fogo assim como operações de bandeira falsa por parte dos ucranianos para transferirem artilharia.   E sim, muito à conta de milícias neonazis no Donbass. Algumas lideradas por um verme neonazi que até chegou a ser o primeiro Presidente interino da Ucrânia depois do golpe de estado da Sra. Nuland. Só para se ter uma ideia do apoio aos neonazis na Ucrânia a que se chegou inclusive pela comunidade internacional liderada pelos EUA. Que já financiam os neonazis na Ucrânia desde o fim da II Guerra. Porque foi sempre para o que já está a acontecer hoje que a Ucrânia esteve sempre na mira de Washington. E na folha de pagamentos da CIA. Para provocar e neste caso até para tentar isolar a Rússia. Onde já se percebeu que vão falhar clamorosamente e à custa de muita desgraça humana como sempre. Porque até me enoja falar do seu papel mais recente com os seus cãezinhos de fila da pérfida Albion no que toca à venda de armamento à Ucrânia. Como já estão a fazer neste preciso momento na Colômbia.      Talvez tenham inflamado de mais os ucranianos que sempre juraram a pés juntos que nunca desejaram este conflito. As mesma juras sobre o fogo na Central Nuclear, os bombardeamentos na Maternidade e/ou no Shopping. Sobre o jornalista americano morto em Irpin ou os vídeos em que torturam soldados russos. E sempre culpados. Sempre culpados! Portanto mais que pedro e o lobo ou até um padrão de mentira o que se verifica é um padrão de tentar manipular a opinião pública mundial. Vá lá, só aquela mais perto da Nato. Falta desmascarar a grande encenação de Bucha que no dia em que retomaram a cidade nem vê-la. Lá iremos. Se com a insanidade de civis armados que faz com que praticamente não haja hoje civis na Ucrânia ou com soldados logo veremos. E lembrei-me da Colômbia na América do Sul como podia ter-me lembrado da reviravolta na política no Brasil porque já que não posso colocar aqui links sobre como o petrodólar está a cair e com ele a emergir uma Nova Ordem mundial, está a passar um documentário na TVCINE do Oliver Stone sobre a América Latina que também serve para explicar este conflito e a NOM. E a esmagadora maioria dos conflitos armados na terra nos últimos 50 anos. Já que como os americanos gostam de dizer não têm inimigos, só interesses. E todos esses conflitos são só outra forma de explicar o porquê de uma Nova Ordem Mundial muito mais multilateral. E finalmente dizer que tento compreender a paixão com que o Milhazes olha para esta temática. Conheço muita gente que faz traduções com a mesma paixão distópica que também diz que não sabe se saberia viver sem as traduções. Da mesma forma que eu não concordo com alguns tipos de regime que nunca aceitaria em Portugal mas também consigo compreender a sua necessidade em países que os EUA nunca param de cutucar. E aplica-se à Rússia que até já conseguiram destruir uma vez - quando acabaram os contratos do Milhazes presumo - como se aplica à Venezuela por causa do petróleo. Bem retratada no documentário do Oliver Stone. Sobretudo a forma como os EUA se especializaram em usar os media para promover os seus golpes de estado e num olhar mais abrangente toda a sua política externa através de uma manipulação muito profissional de toda a opinião pública. Como estamos a experimentar neste preciso momento todos os dias no Ocidente.    Já sabendo nós de antemão de outros conflitos que nenhuma televisão no mundo mente tanto como a CNN. E nos jornais o mesmo epíteto para o grande NYT. Meses a fio a promover as armas de destruição maciça no Iraque. E no que toca a Portugal que nem sequer depende assim tanto do gás russo como isso basta olhar para o disparo da nossa dívida com o último crash para percebermos quem também nos faz mais mal. Então se recuarmos até aos choques petrolíferos na base de dois resgates que nem a cintura industrial permitiram fechar em Portugal…E que jeito tinha dado. Em Portugal Putin só ensombra os sonhos dos Milhazes. Talvez devessem tentar enviar-lhe o CV. Até como tradutores. Nunca se sabe.           alberto freitas > Censurado Censurado: Sou contra a censura... Mas no caso, este meu princípio balança. O meu caro não acha que exagerou no imbróglio de dados que nos ofertou, misturando mentiras, verdades e ficção?          Censurado Censurado > alberto freitas: Não e está à vontade. Disponha sempre.           vitor Manuel > Censurado Censurado: Os directores deste jornal terão de ser responsabilizados por estas campanhas de apoio a genocidas. A justiça chegará.            Paul C. Rosado > Censurado Censurado: Tanta mentira no meio de verdades, jesus. Resumindo: Ocidente democrático é mau. Rússia ditatorial é boa. As populações devem ser loucas por preferirem o Ocidente. A população russa concorda tanto com este post que até tem de haver censura e ser proibida de fugir do paraíso russo. Quem está certo são os idiotas úteis do costume. Esta gente não tem noção.         alberto freitas > vitor manuel: A "sua" justiça sobrepõe-se aos direitos constitucionais?            Censurado Censurado > Paul C. Rosado: Em primeiro lugar quem é que escreveu que a ditadura é melhor que a Democracia? E em segundo lugar o que é a Democracia tem a ver com esta guerra? Vamos lá ver uma coisa como agora se usa muito dizer. Eu compreendo que estamos a viver um período de muita exaltação dramática para alguns que os medias ocidentais ainda tratam de exaltar mais mas tem que haver limites até para essa exaltação. Até porque a relação dos EUA com os ditadores é mais ou menos a mesma que com o terrorismo. Primeiro criam-nos como criaram quase todos nas últimas décadas e quando eles deixam de os servir combatem-nos. A própria Rússia ainda não há grande tempo correu o Ocidente todo a mendigar pela Democracia. E a resposta do Ocidente e nomeadamente do Congresso americano foi que a Rússia estava mais madura para ser saqueada. Com a UE a ver navios. E foi mais ou menos neste contexto que Putin chegou ao Kremlin. E ainda conseguiu que o estado russo desapropriasse alguma riqueza nacional  de alguns oligarcas a quem tinha sido distribuída. Conseguindo que os níveis de pobreza na Rússia caíssem várias vezes logo no primeiro mandato. E isto são factos em todo o Ocidente que estuda a Rússia Até que os salários já mais recentemente estagnaram devido a vários estrangulamentos. Como estão estagnados na América há 4 décadas. Mesmo que o historiador Milhazes não perca muito tempo com este período da história da Rússia. Os nacionalismos nunca nascem de geração espontânea. Como a própria Democracia. E foi a primeira e última resposta porque acredito que o comentário é bastante perceptível. Já o espírito de cada um só tem a ver com cada um.            alberto freitas: É a linguagem infanto-juvenil dos super-heróis: os arqui-inimigos O que será um ultraconservador? ou ultraortodoxo? Tem tal dimensão que é escusado perguntar. É a mesma linguagem utilizada do outro lado, com os ultracapitalistas, ultraimperialistas, e nazi-fascistas. A tática de desumanização do adversário em que a morte desses sub-humanos não encontra resistência ou resquício moral. Se perguntado a Milhazes o que entende por esses termos, mesmo sem o "ultra", não saberia, porque se soubesse não colocaria o prefixo. Um mau serviço à discussão e compreensão do tema. A Rússia invade, não porque Putin seja muito malvado, mas porque foram criadas as condições para convencer a sociedade russa que corria risco existencial. Se o Canadá ou México fizessem acordos militares com "ultra-inimigos" dos USA, com risco de instalação de meios de ataque, haveria ação similar. O mesmo faria qualquer potência mundial ou regional com risco existencial. Israel sempre o tem feito. Constatar isto é ser amigo de Putin, fascista adorador da guerra, ou simplesmente olhar para o mundo real? A Rússia vai ser derrotada com o abandono da Ucrânia, menos a faixa de terra de Donbass à Crimeia. Só que essa faixa tem a produção de energia, a industria, a água e as terras mais ricas. O que fica é a Ucrânia pobre e destruída, um não problema para os russos             Censurado Censurado > alberto freitas: E já agora se for possível explicar algum coisa do último parágrafo completamente ilegível para mim? A Rússia vai ser derrotada com o abandono da Ucrânia depois de destruir a Ucrânia até mais do que ao nível de qq infraestrutura ao deixá-la praticamente sem população activa? E ainda leva a industria extrativa do Donbas e os portos a sul até à Crimeia? E a Rússia vai sair derrotada? Como? O Alberto tb está na posse dos objetivos iniciais russos? E até concordo com o que justificou realmente a intervenção russa. Até já escrevi aqui que os EUA não tinham aturado metade. Mas há muita gente que continua sem querer ver isso mesmo. E pior, quem podia ter impedido o conflito na UE e não fez nada para isso. Ainda esta semana bastou voltar a ouvir Merkel. Com quem nunca tinha havido este conflito que só nos traz prejuízos a nós europeus. Além da desgraça humana acima de tudo claro.          alberto freitas > Censurado Censurado: A Rússia derrotada, é algo irónico mas verdadeiro. Será essa a propaganda quando eles abandonarem a maioria do território. Mas ficará com o "filet mignon" da Ucrânia. Esta é a minha opinião baseada na situação. Se seria esse o objectivo, não sei, mas é para mim o resultado mais evidente. PS. a próxima vez terei cuidado em colocar aspas na ironia.           Censurado Censurado > alberto freitas: Ok. Obrigado.

Pedro Balona: Há uma coisa que ficou clara neste processo é que surpreendeu. O MFA, que se pensava estar extinto, afinal existe e contamina ideologicamente  o exército português. Há que fazer uma purga urgente destes agentes pro-soviéticos que nos tentam convencer que as vítimas de Bucha afinal eram colaboracionistas pró-russos e abatidos pelos ucranianos pois tinham faixas brancas nos braços. Também  as unhas vermelhas de senhora assassinada também devem significar que era simpatizante do regime russo.  O senhor camarada Major General, comentador da TVI,  e frequentador dos debates do bloco de esquerda, não passa de mais um cadáver do lado negro do 25 de Abril e que deve ser confrontado com a sua ideologia doentia. Devia comprar um bilhete de volta para a URSSIA, tal com o cartoonista CID se referia a União Soviética. ………………

pedro dragone: "De Lisboa a Vladivostok" parece mais o título de um roteiro turístico de uma agência de viagens, capaz de pôr meio mundo da "velharia comuna" nostálgica (incluindo muitos dos ditos militares na reserva...) a salivar e a ficar com os olhos em órbita, do que algo para levar muito a sério. A ideia até nem seria má se a Rússia não fosse uma autocracia. Depois, convinha não esquecer que existem maiores laços históricos  e culturais da Europa Ocidental com os EUA do que com a Rússia: os EUA são "filhos" da Europa Ocidental, os valores democráticos e o melhor da ciência, da tecnogia e da cultura dos EUA têm origem na Europa Ocidental. A estátua da Liberdade de NY foi oferecida aos EUA pela França; os melhores e maiores desenvolvimentos tecnológicos dos EUA tiveram origem na melhor Ciência da Europa Ocidental, de que Einstein, Niels Bohr, Enrico Fermi e Schrodinguer, entre outros, são dos maiores expoentes. Alguém tem de explicar ao Putin e aos seus ideólogos de algibeira que estes laços históricos entre a Europa e os EUA têm,  nos dias de hoje muito mais peso que a simples continuidade física das placas continentais Europeia e Asiática....        alberto freitas > pedro dragone: Tem razão. Só que a coisa não é tão simples assim. Conseguiu-se, pela propaganda e não só, instilar o antiamericanismo em determinados grupos sociais europeus. Em 2001, Putin foi ovacionado de pé por todo o parlamento alemão, como grande europeísta.            pedro dragone > alberto freitas: Paradoxalmente, o antiamericanismo é uma das barreiras à formação de um espaço aberto euro-asiático: em situação de confronto/antagonismo, a Europa Ocidental dará sempre prioridade ao laço histórico Euro Atlântico. Ao invés, julgo que um espaço Euro Asiático seria viável com uma Rússia não autocrática e não antiamericana. Condições necessárias, embora não suficientes. Talvez num futuro mais ou menos longínquo vejamos isso acontecer. Mas não será em vida de Putin, quase posso garantir...          alberto freitaspedro dragone: Estou convicto que tal como, por outras razões, uma república islâmica nunca poderá ter liberdades democráticas, na Rússia nunca sobrevirá como líder um político não autocrático .

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