terça-feira, 5 de abril de 2022

Solidariedade de parca expressão


Ante as atrocidades de um “chefe” impunemente instalado na sua “selva obscura”, de animal feroz afastado de qualquer “via direita”, repoltreado no seu escondido trono de insídias, de ilimitada presunção de manobra, e as opiniões sobre retaliação divergem, enquanto a fera se pavoneia, no seu delirium tremens de serena e impávida e  fria demonstração. Pobres Ucranianos, únicos a dar a cara à malvadez!

Após atrocidades em Bucha, UE divide-se sobre embargo ao gás russo

Embargo às importações energéticas está em cima da mesa mas assunto não reúne consenso entre os 27. França e Polónia estão a favor. Alemanha e Áustria tendencialmente contra.

JOSÉ CARLOS DUARTE: Texto

OBSERVADOR, 04 abr 2022, 18:45 10 

As imagens divulgadas durante o fim-de semana na cidade de Bucha levaram o Ocidente a repudiar o massacre e a ponderar outras maneiras de sancionar a Rússia. A União Europeia (UE) está mesmo a planear novas sanções contra Moscovo, informação já confirmada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. No entanto, apesar de apelos de países como a Polónia ou França, o alcance de um novo pacote não reúne consenso entre os 27 Estados-membros.

Uma das sanções que mais tem gerado controvérsia no seio da UE — e que pode afectar substancialmente a economia russa — é o fim de importação do carvão, gás e do petróleo vindos da Rússia, devido à dependência de certos países. Os Estados Unidos já o fizeram, alegando que seria um “duro golpe” para o Kremlin.

A Polónia tem sido um dos países que mais tem apoiado um pacote de novas sanções à Rússia, apontando directamente o dedo a Berlim. O vice-primeiro-ministro polaco acusou esta segunda-feira de Alemanha (e também França) de terem uma “forte inclinação” por Moscovo. “Não se pode apoiar constantemente uma grande potência com milhares de milhões em pagamentos de compra de energia. Isto é inadmissível quer de um ponto de vista político, quer de um ponto de vista moral”, afirmou Jarosław Kaczyński.

Contra o embargo ao gás russo

A Alemanha ainda não deu uma resposta cabal às exigências polacas e da comunidade internacional, mas tudo parece indiciar para uma posição contra o embargo ao gás russo. A ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, reconheceu, na sua conta pessoal do Twitter, que as “sanções contra a Rússia devem ser fortalecidas”, apesar de não dar grandes detalhes sobre em que áreas é que devem incidir.

O ministro da Economia alemão veio esclarecer a posição alemã. Robert Habeck defendeu que um embargo imediato às importações energéticas russas iria causar danos colaterais à economia alemã, afastando este cenário. “Vladimir Putin já perdeu esta guerra”, afirmou, enfatizando também os esforços que Berlim têm realizado no sentido de reduzir a dependência do gás e carvão russo, assegurando que o progresso tem sido “surpreendentemente rápido”. “Esta é um passo correcto e que prejudica Putin todos os dias”, garantiu citado pelo Financial Times.

A Áustria, um dos países que mais depende do gás russo, juntou-se à Alemanha e reconheceu que prefere “outras possibilidades” em detrimento do embargo. O ministro dos Negócios Estrangeiros austríaco já garantiu que Viena não apoiará o fim das importações energéticas da Rússia.

A favor

Para além da Polónia — que já deixou de importar carvão russo —, do lado dos países que reconhecem ser necessário um embargo ao gás para afectar o Kremlin está França, um dos países que tem empreendido mais esforços diplomáticos para tentar chegar a um cessar-fogo. Emmanuel Macron disse esta segunda-feira, em entrevista à rádio France Inter, que está a favor “de um novo pacote de sanções”, sublinhando que a UE deve actuar “em particular com o carvão e o petróleo”.

Mais do que a favor, os Países Bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia) foram os primeiros a reagir unilateralmente. O ministro da Energia lituano, Dainius Kreivys, foi o primeiro a anunciá-lo no sábado: “A Lituânia abandonou completamente o gás russo, em resposta à chantagem energética da Rússia na Europa e à guerra na Ucrânia”. As outras duas repúblicas bálticas fizeram o mesmo no domingo.

Embora a aparente simpatia pelo regime de Vladimir Putin, a Hungria também deverá apoiar o embargo ao gás russo. A garantia foi dada pelo primeiro-ministro polaco citado pela Reuters: “A Hungria está ao lado das sanções”. Aguarda-se a confirmação do novo governo de Viktor Orbán.

Por seu turno, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Itália, Luigi di Maio, veio assegurar que o país não vetará quaisquer eventuais sanções a um embargo ao gás russo.

A Eslováquia reconheceu que um embargo ao gás russo teria “consequências devastadoras” para a economia do país. Porém, o primeiro-ministro eslovaco, Eduard Heger, assumiu que seria um “constrangimento” para Vladimir Putin. “Precisamos de lhe dar um sinal”, defendendo o fim das importações energéticas da Rússia.

Na quarta-feira, os embaixadores da UE vão encontrar-se para discutir um novo pacote de sanções à Rússia.

GUERRA NA UCRÂNIA   UCRÂNIA   EUROPA   MUNDO   RÚSSIA   UNIÃO EUROPEIA

COMENTÁRIOS:

OutraConta Apagada: Se a Alemanha (graças à “heroína” Merkel) está totalmente dependente da energia a Russa, como vão fechar a torneira?  Agora se vêem as “belas” ideias dos Globalistas que tornaram a Europa totalmente dependente da China e da Rússia para quase tudo.  Por todo o lado se fala que vem aí uma enorme crise de falta de alimentos.  Vai ser bonito, vai.          Luís Abrantes:  A PGR tem que começar a avaliar responsabilidades criminais desta cambada comuno bloquista ditatorial do caviar que vem para aqui com discursos de ódio e a defender o extermínio dos ucranianos…!!!           Toini Silva:  Empresas de topo na Alemanha, como a Siemens e a BASF não estão a gostar muito, não... A transição do gás não se faz assim de uma hora para a outra...          Da Grreite Rizete: A hipocrisia da UE neste e noutros assuntos não tem limites. E a dos EUA também. Ambos continuam a adquirir gás e petróleo à Rússia, respectivamente. Mas a “virtuosa” União Europeia devia olhar-se ao espelho, em vez de se arvorar em guardiã da liberdade ao mesmo tempo que censura o canal RT (Russia Today). Será que a UE, ao dar uma de “Putin”, tem legitimidade moral para dar lições de democracia? A UE quando, através do certificado NAZI, inaugurou o seu sistema de Crédito Social demonstrou o que é: uma tirania. A fascista Ursula é uma lacaia do gangue de Davos. Eu não me esqueço que essa "Hitler de saias" sugeriu a vacinação obrigatória na UE. Claro que o facto de o marido dessa corrupta estar ligado à CureVac deve ser apenas uma mera... coincidência! [ver no R UMBLE => “FRAUD EXPOSED: UN Agenda 2030 Global Goals & WEF Great Reset”]            Jose Pereira da Silva: Os cobardes dos dirigentes fantoches da europa,  vendem-se por um punhado de gaz.           4 anos depois ....: O pior nisto tudo será para o zé povinho. A inflação estoura lá pra cima, para a conter o BCE aumenta os juros, aí o crescimento baixa e badabum, o mexilhão que revire o caixote do lixo. Ao alemão vai-se pedir uma vez mais para resolver a crise, os USA aparecem vendendo tudo e mais alguma coisa pra nós, tesos da vida, comprarmos. A Rússia venderá o seu petróleo e gás a preço da chuva para India e China entre outros. Aí nós começamos a porrada, alemão contra francês, espanhol contra português e por aí....bela WW3. Adorei.          Filipe Costa: O Gás é essencial para a indústria, há que ter ponderação. A UE que construa um gasoduto de Espanha para a Europa e Portugal que se ligue ao mesmo. A Argélia fornece, os navios de GNL podem descarregar em Sines, façam pela vida.           Pensamento Positivo > Filipe Costa: Para o gasoduto ficar concluído entre PT-ES-FR faltam poucos quilómetros de interligação, quase todos entre PT-ES. Não é por aí... O problema é que começar uma nova vida industrial não é o mesmo que carregar um botão numa app. Redireccionar linhas leva tempo. Pelo menos uns 3 a 5 anos para linhas destas. Se calhar, mais vale mudar já o paradigma, mas isso também leva tempo... Putin sabe disso e vai tentar explorar. Parece é que no Ocidente, já está tudo a acordar para a vida... Lentamente... Mas, está...           Toini Silva > Filipe Costa: "Ouvi dizer" que é mais caro que o gás russo. Empresas europeias vão perder competitividade...

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