Os cordelinhos por que se movem os
políticos mais conservadores, com reflexos sobre o companheirismo pró-Rússia,
ao que parece, mas a discórdia dos amantes habituais dos russos…
A liberdade antiliberal de Viktor Orbán
Apesar de estar, com a Polónia, na
linha da frente do acolhimento aos refugiados da Ucrânia e da vitória eleitoral
esmagadora de Orbán, a Hungria não escapa à sanha dos “liberais”.
JAIME NOGUEIRA PINTO, Colunista
do Observador
OBSERVADOR, 09 abr
2022, 00:1637
O
povo é sábio e soberano. Excepto quando um partido “iliberal” ganha uma
eleição por uma margem esmagadora, como 54% contra 32%. Aí, o povo continua
a ser sábio e soberano mas foi enganado. Ou antes ou depois ou durante a
eleição, tem de ter havido ali coisa. Até porque, como toda a gente sabe, os
manipuladores estão todos à direita daquela linha vermelha que separa os
bárbaros dos iluminados, os corruptos dos incorruptíveis, os disseminadores
de fake news dos detentores de fact cheks, os nacionalistas
dos globalistas, enfim, os “iliberais” dos “liberais”.
Este
dilema foi instalado pela Esquerda, que encontrou uma nova linha
amigo-inimigo, e pelo centro e pela direita “civilizada”, que, complacentes com
o discurso ideológico dominante, não chegam sequer a estranhar o facto de a
Esquerda os ter agora incluído (estratégica e episodicamente) no clube dos
“bons”, dos “liberais”, um clube cujo leque vai da tal “direita civilizada” até
à “esquerda multigéneros”.
Uma
longa história
Tudo
isto resulta de uma longa história, onde se misturam maniqueísmo e má-fé,
temperados com alguma cegueira e ingenuidade.
A
autodestruição do “socialismo real” na União Soviética e na Europa Oriental –
ou na Europa Oriental e na União Soviética – trouxe um grande vazio às
estratégias e projectos clássicos de contestação e destruição das “sociedades
burguesas”. A agonia
do comunismo no bloco ideológico e geopolítico do Pacto de Varsóvia, o triunfo
do liberalismo anglo-americano, as teses neo-iluministas e neo-kantianas de uma
nova paz, a corrupção das elites vanguardistas revolucionárias pela sociedade
de consumo, impuseram aos vencidos de 1989-1991 a necessidade de uma reinvenção
teórica.
Algumas
variáveis da equação estavam a ser alteradas pela realidade, uma realidade que
a teoria não conseguia nem entender nem alcançar. Algo parecido já acontecera
antes com o “emburguesamento” das classes trabalhadoras no Ocidente e com a
conversão à classe média dos trabalhadores da indústria nos Estados Unidos, nos
anos 50. Depois veio a substituição das antinomias ideológicas por
antinomias “culturais” (diagnosticada e analisada por S.P. Hungtinton
que, contudo, dogmatizou algumas conclusões em vez de as deixar como
cânones de interpretação da realidade).
Todos
estes fenómenos alteraram a teoria marxista da evolução social. Confirmando o seu poder de autodestruição criativa, o
capitalismo pós-Guerra Fria transformou o mundo num grande mercado, onde a
oferta e a procura passavam a determinar a divisão internacional do trabalho.
A Europa e parte dos Estados Unidos foram-se
desindustrializando e as classes operárias quase desapareceram do mundo
Euro-atlântico, ou foram sendo relegadas para a marginalidade.
A
migração de capitais e indústrias do Euromundo deu-se rapidamente para as
ex-zonas do “socialismo real”, que abriam portas ao capitalismo para conseguirem
algum desenvolvimento. Depois dos “Tigres” asiáticos,
foi a vez da China pós
Mao Tsé-Tung, a China onde Deng Xiaoping, a partir dos desastres do Grande
Salto em Frente e da Revolução Cultural, inventou Zonas Económicas Especiais
para ensaiar um “capitalismo de direcção central”, bem controlado e vigiado.
Contra
as teorias optimistas daqueles liberais
que, crentes na reprodução do modelo evolutivo europeu, pensavam que à
revolução industrial e ao nascimento da classe média se seguiria, por
inerência, o liberalismo
político-social, a República
Popular da China passou a grande potência económica ascendente, sem
liberalização ou democratização políticas, antes, adoptando uma “democracia chinesa de Partido Único”. Na nova
China a política continua a comanda a Economia, como o Presidente Xi não se
cansa de fazer notar aos seus oligarcas.
Tudo isto tinha de levar a uma revisão
dos dogmas do modelo evolutivo. O
marxismo-leninismo não resistiu à revelação do universo concentracionário, do
extermínio físico dos inimigos, da perseguição aos indiferentes. Nem ao balanço
da economia e da sociedade. Atrás destas realidades veio, depois do
negacionismo dos intelectuais orgânicos e da tentativa de responsabilização de
Estaline, a crítica aos pais fundadores teóricos do sistema – Marx
e Lenine – cuja estrela intelectual também decaiu.
A redescoberta de Gramsci
Desta queda dos ídolos veio a procura
de novos guias para sociedades onde já não se assaltavam “Palácios de Inverno”
ou se exterminavam hereges nas caves das Tchekas. E, retomando um tema antigo, um tema da revolução
iluminista europeia, da revolução das mentalidades, descobriu-se ou
redescobriu-se António
Gramsci.
Gramsci tinha a biografia apropriada de pensador e mártir. No exílio interno e na prisão da Itália fascista,
submetido à censura dos carcereiros, ainda que com tempo e acesso a obras de
consulta, escrevera os Cadernos
do Cárcere. Se tivesse tido a sorte dos intelectuais dissidentes da
URSS não teria escrito coisa alguma: teria acabado com um tiro na nuca depois
da autocrítica, ou apodrecido num campo de concentração, sem pena, papel ou
tinta.
De
qualquer forma, a partir dos anos 70, os escritos de Gramsci tornaram-se uma
espécie de cartas de S. Paulo do neomarxismo ou do “marxismo cultural”. E Gramsci contribuiu para que se desenvolvesse o tema das
diferenças estruturais ou histórico-sociais entre a Rússia – onde um Estado
central dominava uma quase inexistente sociedade civil – e as sociedades da
Europa Central e Ocidental, onde, fora do Estado, existia uma sociedade civil,
através da qual, mesmo depois de uma eventual conquista do Estado pela
Esquerda, as forças da burguesia manteriam poder e influência.
Daí vinha a importância da hegemonia
que a classe burguesa, separando
o poder político do poder económico, o Estado da Sociedade, poderia
preservar, mesmo quando a Esquerda ou o Proletariado dominassem o aparelho do
Estado.
A partir de uma leitura contemporânea
de Maquiavel e das suas categorias analíticas do poder, Gramsci comparou o modo
de actuação do Estado-poder político – pela decisão e pela coerção – e da
sociedade civil, onde a hegemonia social se procurava através da influência e
da conquista da direcção intelectual e da “superioridade moral”.
Como
observou Perry
Anderson, Gramsci
escrevera os Cadernos com algum condicionamento de expressão, de
linguagem, devido à esperada censura dos textos. Estava também a ler e interpretar o pensamento de
alguns dos seus compatriotas, como Maquiavel
e Croce, e a adaptá-los
à ortodoxia marxista em revisão. A
importância dos seus escritos vem também da indeterminação dos seus conceitos,
uma actualização do marxismo-leninismo para tempos em que a força do Estado o
tornava menos vulnerável ao assalto directo.
A longa marcha pelas instituições
Em
sociedades onde as classes trabalhadoras estavam em extinção pela automação e
desindustrialização, ou se tornavam conservadoras, a revolução teria de mudar
de estratégia. Por isso o líder comunista estudantil Rudi Dutschke, em 1967, falava de uma “longa
marcha através das instituições” a
fim de capturar os centros de poder da sociedade civil – a religião,
a família, a educação, os media, as leis.
Foi
o que aconteceu e está a acontecer no Ocidente. À falta de classe trabalhadora como massa
revolucionária – a que resta, em grande parte, vota na “direita
radical” – partiu-se
para a pesquisa e mobilização das micro-causas
dos grupos marginais ou ressentidos, reais ou imaginários. Na enxurrada, e de forma gradual e silenciosa, vão
desabando uma a uma as causas sociais da esquerda e vai-se perdendo o seu
coração ideológico nas micro-lutas deste liberalismo individualista “de
esquerda”.
A sociedade portuguesa é um exemplo de
sucesso do modelo gramsciano: o poder
cultural foi tomado, nos finais dos anos 50, pela Esquerda, que recuou com o
sobressalto patriótico da guerra de África, mas que rapidamente se refez, até
que o golpe militar de 74 a levasse à conquista do Estado. A resistência
veio da sociedade civil, resistência às formas leninistas, mas não às formas
gramscianas. Basta olhar para as ideias difundidas nas Ciências
Sociais, nos media, na Educação, na Saúde, no Ambiente, e ver a forma como
o Estado, nos seus aspectos alegadamente neutros, se deixa colonizar, para ver
o sucesso local dessa “longa marcha através das instituições”.
Lições de Budapeste
A
Hungria, ideologicamente, está no polo oposto de Portugal e
não parece interessada em deixar-se espezinhar pela “longa marcha” da Comissão
Europeia, feita de alegadas “violações
do Estado de Direito”
(acompanhadas de chantagem com os Fundos para a Reconstrução), de resoluções do
Parlamento Europeu para impor a Agenda LGBTQ+ e os “novos Direitos Humanos” na
Hungria e de tentativas de colagem de Viktor Orbán ao diabólico Putin – apesar
de a Hungria já ter recebido mais de 600 mil refugiados e condenar a invasão da
Ucrânia.
Ainda
assim, e com tudo isto, Orbán e o
Fidesz derrotaram
uma coligação negativa, um verdadeiro arco-íris que ia dos (até serem contra
Orbán) neo-nazis do Jobbick ao PS húngaro (a continuidade em evolução do antigo
Partido Comunista). E ganharam 54% dos votos populares, contra os 32% da
oposição, elegendo 135 deputados contra 56 da coligação opositora e 7 de um
partido nacionalista identitário.
Qual a razão desta vitória em condições,
à partida, adversas e com a ameaça e a chantagem (sobre a Hungria e também
sobre a Polónia, que está na linha da frente a receber o grosso dos refugiados
da Ucrânia) da senhora von Der Leyen
de lhes cortar os fundos europeus de Reconstrução, a Bazuca, alegando a
“corrupção”? Não deixa
de ser extraordinário que, numa União Europeia onde as acusações de corrupção e
os casos de corrupção se multiplicam, seja a “iliberal” Hungria a única a ser formalmente visada e
acusada: o que e é que se passa?
O
que se passa é que, por um processo gramsciano de hegemonia cultural, a
ortodoxia da correcção política adoptou os conteúdos e os caminhos do marxismo
cultural. E um
país, um povo e um governo que se proclamem nacionalistas, conservadores e
populares são uma coisa inadmissível para a harmonia e equilíbrio das distopias
em formação. Além disso, a
Hungria está a tornar-se um polo de resistência cultural, com livros, revistas,
academias que enfrentam a ofensiva do marxismo cultural na batalha dos valores
e das ideias.
É
certo que a Europa
Central e Oriental, que esteve
sujeita aos regimes comunistas, ganhou à própria custa outras defesas contra
este tipo de agressões culturais; e que o
congelamento destas sociedades num modelo totalitário as conservou, também pela
resistência, num quadro de valores nacionais e conservadores, sem as doçuras e
as agruras individualistas e libertárias do Ocidente euroamericano do
último meio século.
Talvez
também por isto o conflito aberto na Europa com a ofensiva de Bruxelas para
impor uma Agenda contrária à vontade popular nos ex-países comunistas – que,
independentemente das ideologias específicas dos seus governos, são
nacionalistas em política e conservadores em costumes – tenha tudo para não acabar bem.
Entretanto,
Orbán e o Fidesz resistem nas urnas e não desistem do combate
cultural. Chamam-lhe “iliberais” mas, argumenta Órban, o que é hoje o “liberalismo”
e quem são hoje os “liberais”?
“Dizermo-nos
hoje “não-liberais” é dizer que somos o Diabo. Mas, insisto, na
política actual são os liberais que são contra a liberdade. Porque os
liberais, que antes eram partidários do pluralismo, querem agora ter a
hegemonia da opinião. Sim, sou hoje um lutador pela liberdade contra os
liberais. E se sou um
lutador pela liberdade contra os liberais, por que é que estou eu a lutar? Por
uma “sociedade iliberal”, o que quer hoje dizer uma sociedade baseada na
liberdade contra os liberais.”
(Viktor Orbán em entrevista a JNP, Expresso, 5 de
Junho de 2021)
HUNGRIA MUNDO UNIÃO
EUROPEIA EUROPA
COMENTÁRIOS:
Liberales Semper Erexitque: Muito
lhe agradeço a reprodução dos discursos do suíno húngaro, a fazer lembrar os de
um cabo austríaco em 1933. Para quem não sabe, os nazis eram grandes defensores
e lutadores pela "liberdade". Enchiam as bocarras com ela. Os
húngaros, que não vivem actualmente em democracia no sentido ocidental, foram
pelo menos colaborantes com os nazis, e se calhar sentem saudades desses
tempos. Brussels, we have a problem. Ainda quanto ao vivaço Nogueira Pinto, devemos
esclarecer porque estão muitos ucranianos na Polónia e na Hungria: são países
da fronteira ocidental ucraniana, a única pela qual os ucranianos podem fugir
em massa e com alguma segurança. Da Grreite Rizete: Como Orbán se atravessou no caminho de Soros, toca a
fazer uma "smear campaign" contra ele. Mas o povo húngaro reconheceu
o valor de quem o governa. Ver no B itchute => Hungary vs Soros: The fight for
civilization João
Afonso: Mais uma excelente
texto de JNP. Saliente-se a realidade brilhantemente exposta da sociedade
portuguesa no que toca ao sucesso das teorias gramscianas, talvez sem paralelo
no mundo ocidental. Plagiando uma
frase a propósito da nossa língua: "Su questo lato del confine fiorisce l'ideologia Gramsciana" Filipe Paes de Vasconcellos: Somos uma sociedade que se acobardou. Aqueles que
acusam todos os que tiveram vitórias que não foram as suas, e portanto saíram
derrotados, são os “democratas” e “liberais” que durante toda a vida
colaboraram com regimes totalitários que sempre esmagaram a liberdade Esta
corja não aceita que se tenha tomates. Mr. Lobby: Historicamente o liberalismo é o obstáculo óbvio a
projectos totalitários/autoritários, que nele definem o inimigo fundamental e o
combatem como «mal primeiro» inimigo da «boa ordem» totalitária/autoritária.
No Ocidente foi assim com a igreja cristã, milenar
bastião antiliberal, prosseguindo, na era moderna, o trilho antiliberal pelos
regimes totalitários/autoritários autodefinidos como «democráticos e
populares»... E eis que nos
aparece o cronista, ao modo de Pequim, Pyongyang, Moscovo ou Budapeste, a
observar e mascarar a «liberdade anti-liberal» que mais não é do que o uso
ilegítimo do poder político totalitário/autoritário para condicionar
significativamente, ou mesmo coartar, liberdades naturais fundamentais.
Zé Cunha: Liberalism
is a mental disease.
Elvis Wayne: Foi
alguém que disse certa vez: o Marxismo é o Liberalismo em decomposição. João Ramos: Excelente
clarificação sobre o estado actual da política desastrosa da actual UE que nos
está a conduzir para uma sociedade amorfa e contra tudo o que a Europa sempre
foi ao longo dos séculos, embora com alguns interregnos que não chegaram a
vingar por muito tempo, se calhar estamos infelizmente a viver mais um desses
interregnos, valha-nos o exemplo de Zelenski e do povo Ucraniano para nos
acordar da letargia em que temos estado impregnados… miguel cardoso: Muitos parabéns pelo seu artigo que para mim representa
a posição certa contra o pensamento único que hoje, por todo o lado, nos
pretende avassalar.
josé maria: É verdadeiramente impressionante que Jaime Nogueira
Pinto consiga sempre estar do lado dos desvalores anticivilizacionais.... Do lado de Salazar, de
Pinochet, de Putin, de Orban... Deve ser um caso para
tratamento psicanalítico...
João Ramos > josé maria: “Idiotas úteis”, infelizmente ainda há muitos… José Miranda > josé maria: E tu Zézinho, sempre do lado de
Lenine, Estaline, Mao, Pol pot, Fidel, Putin ( com este estás dividido). De que tratamento precisas? José Maria Fernandes > josé maria: Pois é. São ambos antagonistas
em valores civilizacionais. O senhor em contrapartida apoia o expoente máximo
da civilização Coreia do Norte, China, Venezuela, Cuba, Nicarágua e seus
apaniguados, sem esquecer seu amigo socialista Staline. Fitios! como
dizia o saudoso Raul Solnado. Francisco
Tavares de Almeida: Mais uma excelente lição sobre o neo-marxismo. Em Portugal, enquanto não se
puder esclarecer o 25 de Novembro, enquanto as pessoas praticamente ignorarem
que a sua grande figura nunca foi Ramalho Eanes mas Melo Antunes e que este
tinha a admiração dos jovens capitães de Abril porque "até tinha lido
António Gramsci", pouco há a esperar de resistência ao que se passa na
comunicação, na cultura mas, sobretudo, na Educação. Polónia e Hungria são
motivo de esperança mas Viktor Órban, que apoia sem reservas na protecção dos
jovens à doutrinação multigénero, merece-me reservas pela interferência
governamental no sistema judicial. Há limites perigosos de transpor e, de
facto, ninguém sabe quem virá a suceder a Órban no Fidesz. Pedro Fontes:
depois de 2 anos
de ditadura covid em que nos quiseram injectar com um produto do qual nada se
sabe (savia) de efeitos a longo prazo, coagindo e restringindo liberdades,
censurando opiniões divergentes, e com a aparente corrupção ao mais alto nível
da ue, já não sei bem o que é ser liberal.... os únicos pontos da agenda (dita)
liberal de hoje é o wokismo e o lgbtanismo, e....... o apoio ao sr. Zelensky Hugo c: a crise dos refugiados, levou a
3 milhões de Ucranianos entrarem na Polónia. Trabalho com Polacos, uma delas
foi a sua terra natal, uma vila que faz quase fronteira com a Ucrânia. O
feedback que ela traz, não é nada positivo. Primeiro, o governo Polaco criou um
fundo, para qualquer cidadão que queira abrigar uma família Ucraniana, tem
direito a uma quantia. isso é interesse, não é solidariedade. Ela me contou,
que os Ucranianos de um dedo querem o braço, mal agradecidos, deu-me histórias
de Ucranianos que recusaram comer a comida, que essa dona de casa tinha feito,
e fizeram na cozinhar o que eles queriam, e pratos diferentes pra família toda.
Diz que deixaram de contar, quantos Ucranianos estavam a entrar, e assim está
muito preocupada, pois no final do conflito, podem não saber o número que é pra
repatriar. A Polónia que estava bem estável, está agora quase fomentando uma
destabilização. Com certeza o mesmo se passa na Áustria, na Eslováquia, na
República Checa. MGLA
Age Of Excuse: Os liberais na Europa não são a mesma coisa dos
Liberais Americanos, e o JNP como académico sabe muito bem, mas de vez enquanto
a veia populista/conservadora fala mais alto. Emuma coisa o Comunismo ,Fascismo
e Nazismo estão de acordo: o combate ao liberalismo! Henrique Frazão: Excelente artigo! Ping PongYang:
Há umas semanas
alguém no The Guardian chamou Bumbling Bufoon ao PM
Johnson. Órban já passou essa fase há muito. É curioso que estes
2 "países" que estendem cobertores
e bebidas quentes (e bem) aos refugiados Ucranianos, estendiam "concertinas"
de arame farpado aos Sírios e Afegãos há
menos de 3 meses. Eles vão "tomando notas"... Elvis Wayne > Ping PongYang: E você? Quantos sírios e
afegãos tem em casa? Quanto a Órban, vá dizer isso ao seu querido Kosta,
que há uns aninhos foi a Budapeste pedir batatinhas... Ping PongYang > Elvis Wayne: Eu sei que não faz por mal,
Elvis mas peço-lhe por favor que evite o pronome você. Sou alérgico ! Tenho 4. Todos eles Afegãos.
Curiosamente, não tenho nenhum Sírio, mas estou a pensar trazer 2 Marroquinos. Além disso nunca
pedi batatinhas a quem quer que
seja. Até vendo e ofereço grande parte das que cultivo ! José Barros:
Orban é o defensor da liberdade contra os
liberais? Só o emaranhado "erudito" mas culturalmente
medíocre de Jaime Nogueira Pinto pode admirar esta palermice. A esquerda não é,
nunca foi e nunca será liberal. Os caminhos da "colonização" da
sociedade civil pela esquerda nada têm a ver com qualquer imitação do
liberalismo nem as agendas LGBGT+ são especialmente prosseguidas pelos liberais.
Pelo contrário, essa agenda é prosseguida pela esquerda, como se vê bem em
Portugal como forma (uma das formas) da destruição das instituições sociais e
da família, antes de mais. O grande problema da sociedade de hoje é a defesa do
indivíduo contra a organização, maxime o Estado, como a própria vida quotidiana
evidencia. Só o liberalismo, só a intransigente defesa dos direitos individuais
pode preservar a liberdade e a democracia. Porque a democracia não é
essencialmente o voto de tempos a tempos. É a defesa dos direitos dos cidadãos
contra a prepotência. Orban é a prepotência, como bem demonstram as suas
amizades. A sua vitória legislativa deveu-se ao facto de liminarmente ameaçar
os Húngaros que, com ele, não haveria guerra, visto ser amigo do Putin. Pedro
Fontes > José Barros: "A sua vitória legislativa
deveu-se ao facto de liminarmente ameaçar os Húngaros que, com ele, não haveria
guerra, visto ser amigo do Putin. "Você não sabe do que fala ao colocar
essa frase É certo que o Orbán (espero que os outros políticos da ue tb...),
não queria a invasão/guerra. Contudo ele sempre alertou para os caminhos
frágeis para os quais caminhávamos Quando a guerra estalou em plena campanha
eleitoral, tornou-se um tópico. A coligação que correu contra Orbán apoiaria
uma intervenção da nato, o Orbán sempre disse que aquela guerra não era
dos húngaros (verdade) e que não queria interferir no desfecho dos eventos colaborando
no envio de armamento. Durante as discussões da Nato, alertou para o facto de
estarem em cima da mesa propostas perigosas nomeadamente o "no-fly
zone", o que colocaria uma aliança defensiva em posição de agressora. A
Hungria esteva na linha da frente na recepção dos refugiados e ajuda
humanitária, a apanhar a merda das acções de outros. o Orbán sempre foi
claríssimo na sua mensagem dizendo que a prioridade principal era a segurança
dos húngaros. o único ponto em que cedeu foi na aprovação das primeiras sanções
da eu Américo Silva: O capitalismo liberal está
pronto a aplicar a experiência soviética: A Amazon quer lançar uma aplicação
bloqueando e sinalizando certas palavras dos empregados como, aumento salarial,
assédio, WC, equidade, salário digno. "Estamos sempre a pensar em ajudar
os funcionários, reduzir o desgaste promovendo a felicidade do trabalhador, com
um sistema de recompensas em que recebem estrelas e crachás virtuais por
atividades que agregam valor comercial directo". Diogo Manoel: Excelente artigo. Obrigado JNP Luís Pombo:
Artigo
Espectacular. Julius
Evola: Liberalismo é a
ideologia mais nojenta na história da humanidade. Começou logo na revolução
Francesa com os massacres de centenas de milhares em nome da
"liberdade" e "igualdade". Foi depois a génese dos
movimentos socialistas, comunistas ou marxistas. É hoje a base do
globalismo arco-iris, só para ser ainda mais nojenta. V. Oliveira: "Apesar de estar, com a Polónia, na linha
da frente do acolhimento aos refugiados da Ucrânia" , também está na
linha da frente em proibir que circulem no seu território as ajudas às forças
armadas ucranianas. Faltou referir que tem sido criticada pela Polónia.
Igualmente faltou mencionar que tem uma população de origem húngara na Ucrânia
que importa acolher, e quanto a gás, está literalmente pendurada na
Rússia. Uma página inteira com "filosofias"... É a real politik
caro senhor. Antonio
Marques Mendes: Nos anos 90 trabalhei na Hungria e fiquei com a
impressão que são o povo mais parecido com o Português. Ambos foram dominados
pelas tentativas católicas de impor as teses alternativas ao capitalismo da
Rerum Novarum. Inicialmente pelo fascismo de Horthy e Salazar, depois pelo
comunismo de Kadar e o socialismo marxista de Soares. Hoje, em vez de se
libertarem destes dois regimes, tentam encontrar versões renovadas através do
proto-fascismo de Orban e da geringonça do Costa. Ambos temem sobretudo o
liberalismo e o capitalismo de mercado. É tão simples como isto Dr JNP, não
precisa de filosofar tanto. Claro que há algumas diferenças em relação à
moderação e ao anti-semitismo mas são secundárias. Elvis Wayne > Antonio Marques Mendes: Não percebo a sua aversão ao catolicismo e à Doutrina
Social da Igreja. Quanto ao suposto ódio à liberdade de mercado, basta atentar
na evolução da economia húngara em relação à nossa. A Polónia também é católica e esteve sob jugo de uma
ditadura comunista. Só nós neste burgo esquecido, é que estamos neste estado
lastimável. PS: quanto ao "anti-semitismo"
e a "moderação", têm absoluta razão, são secundários. bento guerra. A solução seria retirar todos os húngaros e trocá-los
por ucranianos Henrique
Frazão > bento guerra: Suspeito que os ucranianos, tal como os polacos sejam
todos muito parecidos com os húngaros, quando a Ucrânia estiver na UE vamos ter
oportunidade de o constatar.
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