Do que um coxo, é o que se diz por cá, nas
berças, e se aplica lá, no Ocidente europeu. Mas o certo é que a tal “Falência do estado russo” da expressão
de von der Leyen, parece
antes coisa de cinismo, como pensei ao ler o texto da Agência Lusa, logo
encontrando, entre os comentários, alguns que corroboraram o que pensara, v. g
o de JOSÉ SANTOS,
(sublinhado), que explica melhor esse ponto de vista, parecendo anedótica essa
coisa do “incumprimento” russo, nos seus pagamentos, provocado pelas próprias sanções
económicas do Ocidente à Rússia, independentemente das razões válidas de
retaliação que as originaram. Mas a vileza dos russos não justifica a hipocrisia
meio “infantil” dos de cá, a esconder a inapetência de “coxos” ocidentais como
participantes numa guerra de consequências imprevisíveis, é certo, tal a
monstruosidade do chefe russo.
GUERRA
NA UCRÂNIA
Falência do estado russo é uma "questão de
tempo", diz von der Leyen
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der
Leyen, admitiu que a entrada da Rússia em incumprimento é uma "questão de
tempo" devido às sanções ocidentais impostas por ter invadido a Ucrânia.
OBSERVADOR17 abr
2022, 14:37
A
presidente da Comissão Europeia, Ursula
von der Leyen, admitiu hoje
que a entrada da Rússia em incumprimento é uma “questão de tempo” devido às
sanções ocidentais impostas por ter invadido a Ucrânia. “A falência do Estado russo é apenas uma questão de
tempo”, disse Von der Leyen ao jornal alemão
Bild am Sonntag, citada pela agência oficial russa TASS.
Von
der Leyen disse que as sanções estão a afectar cada vez mais a economia russa,
“semana após semana”, e que as “exportações de bens para a Rússia caíram 70%”. “Centenas de grandes empresas e milhares de
especialistas deixaram o país. O PIB [Produto Interno Bruto] na Rússia, de
acordo com as previsões actuais, irá diminuir em 11%”, afirmou a
política alemã.
De
acordo com dados do Ministério das Finanças russo citados pela TASS, a dívida
pública externa da Rússia ascende a 59.500 milhões de dólares (mais de 55.000 milhões de euros ao câmbio actual),
correspondendo a 20% da dívida pública. No total, a Federação Russa tem 15
empréstimos obrigacionistas activos com vencimentos entre 2022 e 2047. Em
resposta às sanções, o Presidente russo, Vladimir Putin, autorizou a
utilização da moeda nacional, o rublo, no pagamento de dívidas em moeda
estrangeira a “países não amigos”, ou seja, os que impuseram sanções a Moscovo.
Segundo o decreto citado pela TASS, as empresas devedoras ou o próprio Estado
podem abrir uma conta em bancos russos em nome de um credor estrangeiro e
transferir os pagamentos em rublos à taxa de câmbio do Banco Central no dia do
pagamento.
Os
credores de países que não tenham imposto sanções podem receber pagamentos em
euros ou dólares se o devedor russo tiver uma autorização especial para o
fazer.
O
ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, reconheceu esta semana que o
congelamento das contas do Estado russo em moeda estrangeira, decorrente das
sanções internacionais, dificulta o cumprimento das obrigações da dívida. “Existem
dificuldades em cumprir as obrigações da dívida soberana apenas devido à falta
de acesso às nossas contas em moeda estrangeira”, disse Siluanov numa carta enviada ao seu homólogo
brasileiro, Paulo Guedes. Na carta, divulgada pelo jornal brasileiro O Globo, Siluanov
pediu o apoio diplomático do Brasil junto do Fundo Monetário Internacional
(FMI), do Banco Mundial e do G20 para evitar “tentativas de discriminação em
instituições financeiras internacionais e fóruns multilaterais”.
“Quase metade das reservas
internacionais da Federação Russa foram congeladas, as transações de comércio
exterior estão bloqueadas, incluindo aquelas com os nossos parceiros de
economias de mercados emergentes”,
explicou o ministro russo. Siluanov disse anteriormente, segundo a TASS, que a
Rússia só pagaria a sua dívida em moeda estrangeira se as suas contas no
exterior fossem descongeladas. Um país é considerado em incumprimento
quando não é capaz de cumprir os compromissos que assumiu com os credores. Em 9
de abril, a agência de notação financeira S&P Global Ratings baixou a nota
da Rússia para os seus pagamentos em moeda estrangeira para o nível de “incumprimento
selectivo”, depois de Moscovo ter recorrido a rublos para pagar uma dívida
em dólares.
Numa
entrevista recente a um jornal russo, Siluanov disse que a Rússia recorrerá aos
tribunais se for considerada em incumprimento pelo Ocidente, embora sem
especificar a que instância jurídica se referia. Na sequência
da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, a Rússia foi alvo de sanções
económicas e financeiras da UE e de países como os Estados Unidos, o Reino
Unido, o Japão ou a tradicionalmente neutral Suíça.
GUERRA NA UCRÂNIA UCRÂNIA EUROPA MUNDO UNIÃO EUROPEIA
RÚSSIA
COMENTÁRIOS:
Luís Abrantes: Carrega Ucrânia…💪💪💪 Mario Almeida: A morte de Vladimir Putin
também é uma questão de tempo … o pior é o que acontece até lá. Patricio
Guerreiro: O Ocidente tem
que travar o Ditador Putin, um dos meios para o conseguir é levando a Rússia à
ruína económica, por forma a que os cidadãos russos se revoltem e deponham o
tirano que lhes desgraça as vidas já de si precárias fruto das más politicas do
Ditador. Os Agressores desta invasão da Ucrânia não podem escapar impunes,
exige-se Punição Severa. M Russkie
Troll: É uma questão de
tempo. Sim, Cuba, Irão, CN também estão quase a falir ... é só uma questão de
tempo. Toze
Costa: A Europa é uma
treta, uma cambada de interesseiros e medrosos. E depois admiram-se de que a Le
Pen tenha tantos votos. Se na ucrânia houvesse muito petróleo
o PUTIN já estava morto há muito.
Este PUTIN é um
assassino da pior espécie, e pior são os que têm poder mas mostram lhe medo, o
que só lhe dá mais força MANUEL
OLIVEIRA: Entretanto, vão morrendo crianças, jovens e pessoas
idosas sem meios para fugir « à tragédia, aos horrores e ao drama» do dia/dia.
Tomem nota:- a solução deste problema não é com sanções econ., o povo é que sofre
com isto. Os putins e VDLeyen safam-se com uma perna às costas, e os oligarcas
estão-se borrifando para as sanções. Não faltará caviar e champanhe nas suas
mesas. A solução deste problema é firmeza de atitudes, putin ameaça com
nuclear, o ocidente tmb tem, dê tábua dê casqueiro. Isto é inevitável meus
amigos políticos, não duvidem. Se é o meu desejo? CLARO QUE NÃO. MAS É O QUE O
PUTO QUER, para não ficar atrás de hitler. Preparemo-nos para esse cenário. José Santos: Estas pessoas estão desligadas
da realidade. A Rússia está isolada do ocidente, não do mundo, é apoiada pela
China e conta com a Índia, continua a fazer negócio com meio mundo. É autónoma em matéria de
recursos naturais, alimentos, e no restante conta com a China, cuja influência
no palco mundial é cada vez maior. Mesmo aliados de longa data como a
Arábia Saudita viram as costas aos EUA. Esta guerra é a primeira guerra
por procuração da China contra os EUA, não uma loucura de uma Rússia solitária
contra o mundo. São apoiados pela grande fábrica do mundo, ricos em
recursos, enquanto nós somos cada vez mais uma impressora de dinheiro que vale
cada vez menos. Ou abrimos os olhos depressa e voltamos a industrializar
o ocidente, correndo o risco de a Greta ficar com os seus sonhos desfeitos, ou
nem vemos o que nos vai atingir. Não é Putin que está iludido, somos nós, Ele
faz o que qualquer tirano sempre fez, quanto a nós, vivemos num planeta
fictício fazendo de conta que ainda ditamos as regras do jogo. Sueste 67 > José Santos: Caro José Santos felizmente são
cada vez mais as pessoas que estão a ver a falta de liderança e visão estratégica
da europa....apenas gostaria de acrescentar ao seu comentário: um eventual
corte do fornecimento do gás russo aos países europeus faria com que a europa
entrasse na maior crise desde a 2ª guerra mundial. Era bom que estes políticos
investissem mais numa solução de paz para a Ucrânia do que continuar a
alimentar a guerra, através do envio de armas. Alex 2000 > José Santos: A Rússia está isolada de metade
(arredondando, até pode ser mais) da economia mundial. Não vão desaparecer mas
vão sofrer um enorme impacto. A Venezuela e a Coreia do Norte também têm os
chineses e russos como apoiantes - o resultado é evidente. Os próprios russos já admitiram uma
queda da economia superior a 10% este ano - o que é uma brutalidade, que para o
ano deve continuar ou até ficar pior. Nota que às quedas se deve somar o
crescimento de 4% /ano (estimado) que já não vai acontecer. Mas o isolamento
russo é mais do que económico...
Alberto Tavares Pires: Em termos práticos a UE e os
EUA impedem a Rússia de pagar as dívidas com o seu dinheiro, mas depois
consideram que ao não pagar se encontram em default. Este tipo de posição é,
quanto a mim fácil de questionar e de resolver em tribunal. Os Russos não terão pago os
seus compromissos porque não os deixaram, e quem não os deixou foram os
credores. Arvoram-se em juízes, e depois queixam-se das consequências reais das
suas decisões. Se os não deixam pagar como querem que paguem? Se os não
deixam pagar entram em default? E se entram em default vão à falência? Qual o
suporte legal destas posições? Os precedentes que se abrem, mostram claramente
que neste mundo louco uma das partes pode bloquear quem lhes dá nas ganas (não
é cortar com uma importação, deixar de comprar uma determinada commodity,
suspender um determinado contrato, mas sim impedir que se proceda a um pagamento)
e depois vêm reclamar o default? Que crédito ou valia poderá ter o SWIFT se
depois se expulsa um país dessa plataforma, culpando-o pelas ineficiências e
limitações daí resultantes? As sanções ultrapassaram o seu contexto (que são a
redução da actividade económica, limitações às compras ou vendas de produtos,
facilidade de acesso dos seus produtos ao mercado), mas exigem tudo certo como
se continuassem num mercado aberto onde os Russos não pagariam por decisão
própria. E não é assim. Mas entretanto abrem uma janela para a energia, pois precisam dela
(ainda que seja a maior fonte de rendimento da Rússia, no momento). Haverá
maior hipocrisia? A Rússia só não lhes corta o fornecimento porque é
exactamente por aí que lhes vêm as receitas. Imagine-se o que aconteceria se a UE, para manter a coerência das
sanções, recebesse o gás e o petróleo e congelasse os pagamentos. No dia
seguinte ficaria sem energia. Há qualquer coisa feita de forma não pensada,
incorrecta, recorrendo a procedimentos ilegais, porque eles criam a situação
e depois responsabilizam o castigado pelas consequências desse castigo. Não
está em causa se a Rússia merece ou não, está em causa a falta de seriedade do
processo, nisso o Ocidente é tão mau quanto os Russos. Ok, querem sancionar os Russos, não se
discute, mas não vale tudo, inclusivamente cometer ilegalidades, somos nós que
ficamos mal se a questão for dirimida em tribunal. Henrique Pt: Num regime, defaults ou
falências são de fácil gestão. O povo é totalmente controlado e os que se revoltam
têm a vida negra. Por isso se a UE pensa que vai resolver este conflito com um
default ou falência está enganada. E mesmo assumindo esse cenário, não sei se
isso é algo positivo ou negativo. Se default ou banca rota no horizonte os EUA
há uns anos fartaram-se do conflito com o Japão e resolveram o assunto de vez.
O que é que impede Putin de largar uma ou duas na Ucrânia? Sinceramente é o que
acho que vai acontecer qdo a Rússia vir a banca rota no horizonte e um conflito
para durar. Até pq se não o fizer Putin sabe que será o fim do seu regime, seja
ao retirar da Ucrânia ou ao levar o país à falência. A terceira via essa até
pode ter o mesmo desfecho mas ao menos vence a guerra. ………………………………………………….
Nenhum comentário:
Postar um comentário