quarta-feira, 20 de abril de 2022

Coisas que por lá se passaram


Ontem. Contadas por Inês Santinhos Gonçalves.

I - GUERRA NA UCRÂNIA

Chanceler alemão acusa Vladimir Putin de crimes de guerra. A morte de milhares de civis na Ucrânia levou o chanceler alemão a falar de crimes de guerra cometidos pelas forças russas. Olaf Scholz diz que a responsabilidade é de Vladimir Putin.

INÊS SANTINHOS GONÇALVES: Texto

OBSERVADOR, 19 abr 2022, 19:49 3 

Têm sido palavras cada vez mais recorrentes entre líderes mundiais e, esta terça-feira, foi a vez do chanceler alemão Olaf Scholz acusar o Presidente russo, Vladimir Putin, de crimes de guerra na Ucrânia.

“A invasão da Rússia na Ucrânia permanece uma flagrante violação da lei internacional. A morte de milhares de civis, como vimos, é um crime de guerra pelo qual o Presidente russo tem responsabilidade”, disse Scholz aos jornalistas, depois de encontros com outros líderes ocidentais.

“Sentimos uma enorme tristeza pelas vítimas e também, tenho de dizer, uma grande revolta para com o Presidente russo e para com esta guerra sem sentido”, disse, citado pela AFP.

Scholz admitiu que a guerra entrou numa “nova fase”, mas deu respostas vagas às perguntas dos jornalistas sobre o possível envio de armamento pesado para a Ucrânia.

A Alemanha já forneceu armas defensivas e comprometeu-se a enviar mais de mil milhões de euros em ajuda financeira para a Ucrânia, que podem ser usados para comprar armas de ataque.

O chanceler tem mostrado alguma abertura na questão do armamento pesado, mas sublinhou que são decisões que têm de ser tomadas em cooperação com outros aliados. De acordo com a AFP, Scholz falou da possibilidade de outros países de leste enviarem armamento russo antigo, com o qual o exército ucraniano está mais familiarizado.

O chanceler tem defendido que o envio de armamento pesado pode gerar uma escalada ainda maior do conflito, mas os relatos de ataques contra civis fizeram aumentar os apelos para que Scholz adote uma postura mais firme.

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COMENTÁRIOS:

Jose Oliveira: Já é um avanço, agora também é altura de ser começar a falar em indemnizações de guerra.          MANUEL OLIVEIRA: Daqui a muitos anos andam a caçar os putins devido aos crimes de guerra de 2022. Como ainda andam a caçar alguns nazis da 2a guerra. Hipocrisia, os ucranianos precisam de ajuda AGORA. Censurado Censurado: Não abras é muito as pernas quando dizes essas coisas banana.

 

II - “Estamos a matar civis e crianças”, diz um soldado russo em mensagem divulgada por Kiev. A mãe não acredita nele.

A conversa telefónica entre mãe e filho foi divulgada pelos Serviços de Segurança da Ucrânia. São 28 segundos em que o soldado russo admite crimes de guerra e a mãe, na Rússia, não acredita nele.

INÊS SANTINHOS GONÇALVES: Texto

OBSERVADOR, 19 abr 2022

Os Serviços de Segurança da Ucrânia divulgaram um excerto de uma conversa telefónica interceptada entre um soldado russo e a sua mãe, em que o combatente admite que as forças russas estão a matar “civis e crianças” na Ucrânia.

A conversa começa com a mãe a encorajar o filho, dizendo-lhe que os soldados russos estão a fazer “grandes coisas” na Ucrânia, ao que o filho responde: “Estamos a matar civis e crianças”.

A mãe não acredita, no entanto, nas palavras do filho. “Não, não estão a matar civis e crianças”, responde-lhe, de acordo com uma tradução, disponibilizada no Youtube. “Acredita em mim”, insiste o filho, que está no terreno, na Ucrânia.

“Vocês estão a matar nazis. Acredita tu também em mim. Não digas isso.” Esta é a última frase do áudio de 28 segundos, disponibilizado pelos Serviços de Segurança da Ucrânia, na conta de Twitter.

O cepticismo desta mãe não é caso único. Pelas redes sociais multiplicam-se histórias de russos que não acreditam nos relatos de guerra dos seus familiares na Ucrânia.

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III - Rússia anuncia cessar-fogo em fábrica de Mariupol, guiada por "princípios puramente humanitários"

Moscovo apela aos combatentes ucranianos que abandonem, desarmados, a fábrica de Azovstal, durante um cessar-fogo que deverá acontecer na quarta-feira.

INÊS SANTINHOS GONÇALVES: Texto

OBSERVADOR. 19 abr 2022

Anadolu Agency via Getty Images

A Rússia anunciou um cessar-fogo na fábrica de aço e ferro de Mariupol, que está cercada pelas exército russo, avançou a agência estatal RIA, remetendo para uma decisão do Ministério da Defesa.

O cessar-fogo em Azovstal deve acontecer na quarta-feira, a partir das 14h (meio-dia em Lisboa). De acordo com Moscovo, o objectivo é dar aos combatentes oportunidade para se renderem e abandonarem o complexo industrial ilesos.

A RIA cita um general russo que diz que a decisão de avançar com este cessar-fogo foi guiada “por princípios puramente humanitários”. De acordo com Moscovo, os combatentes ucranianos que aceitarem esta proposta vão ser poupados, sendo colocados em segurança e com acesso a cuidados médicos.

O Ministério da Defesa detalha o procedimento na quarta-feira, indicando que começará pelas 13h00, com a troca de informações entre russos e ucranianos. Meia hora depois, todas as forças combatentes, dos dois lados, devem suspender actividade. O início do cessar-fogo deve ser marcado pelo hastear de bandeiras e, às 14h00, as forças russas esperam que os soldados ucranianos abandonem o complexo, sem trazerem qualquer arma consigo.

O complexo industrial de Azovstal, com cerca de 11 quilómetros quadrados, é agora a única zona de Mariupol controlada pelas forças ucranianas. Estima-se que cerca de mil civis estejam lá refugiados, ainda que a imprensa estatal russa diga que 120 escaparam na terça-feira, através de corredores humanitários.

Kiev ainda não fez reagiu a este anúncio de cessar-fogo.

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COMENTÁRIOS:

Célia Soares: Já estão à rasquinha!... Pensavam que era só chegar e cagar umas bombas! Agora no terreno querem rendições do inimigo, na parte mais difícil...querem é ganhar tempo para reconhecer o terreno e as posições dos ucranianos! Os ucras são melhores e mais competentes que os russ...nem com os falsos tchechenos, essas bestas que dão pontapés em mortos... nem com esses vai ser fácil!!             Henrique Tavares: Mariupol está conquistada, resta a bolsa de resistência nos túneis da fábrica. Essa bolsa, às vezes sai em guerrilha, fazendo muitos estragos. A fábrica tem comida até quando, parece que munições não faltam.           Miguel Nobre Leitão > Henrique Tavares: Sonha! Vão morrer mais russos a tentar!          Alex 2000 > Henrique Tavares: O combate de guerrilha é mais do que óbvio aqui ou em qualquer outro lugar. Por isso a conquista a acontecer será sempre limitada no tempo - os russos não aguentam muito tempo numa cidade em que basicamente não há nada de pé.              Miguel Nobre Leitão: A Rússia não consegue conquistar Mariupol! Já deve ser a 4ª proposta do exército de Putin para a rendição de Mariupol. Mais uma semana e continua tudo na mesma.         Jose Oliveira: Afinal o sr. Putin não é o monstro que diziam. No meio de uma destruição brutal de um país e do genocídio de uma população, feitos não se sabe por quem, ele anuncia um cessar fogo "por princípios puramente humanitários". Se não nos estivessem a tratar como estúpidos, até era de ficar sensibilizado com tamanha humanidade.             Célia Soares > Jose Oliveira: Dá-lhes jeito! Como já estão á toa lá dentro precisam de tempo para se orientarem... e armam-se em bonzinhos! Queriam rendição, claro...e os outros são parvos para se.renderem, serem humilhados e mortos na mesma e entregarem a cidade nas mãos deles! O território não se pode entregar sob pena de ser abdicado...isso nunca irá acontecer...

 

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