Que nos dão projecção, a nós, portugueses
gratos.
Responsável de Dnipro diz que Putin
"mais cedo ou mais tarde será um problema para o povo português"
O autarca de Dnipro disse que se Putin
não for parado na Ucrânia "vai continuar a destruir o sistema de segurança
mundial, e mais cedo ou mais tarde, isso será um problema para o povo
português".
OBSERVADOR, 31
mar 2022, 21:48 5
O presidente da Câmara de Dnipro, a quarta maior da
Ucrânia, alertou esta
quinta-feira que Portugal deve ajudar a parar a Rússia e apontou a cidadania
portuguesa atribuída a Roman Abramovich como exemplo de “dinheiro sujo”
que contamina as democracias ocidentais.
Borys
Filatov admite que Portugal seja menos sensível à questão russa, um sinal de
que a União Europeia “é bastante diversificada” e os países do leste
europeu “sabem muito bem que Putin não vai parar” e, por isso, “têm
uma postura única e comum”.
“Não
gostaria de comentar a posição de Portugal em particular, mas tudo o que eu
quero é que o governo português e o povo português compreendam uma simples
verdade: se não pararmos Putin aqui na Ucrânia, ele não vai parar; ele vai
continuar a destruir o sistema de segurança mundial, e mais cedo ou mais
tarde, isso será um problema para o povo português”, explicou Filatov, em
entrevista à Lusa.
“Todos nós, as elites ocidentais em
primeiro lugar, a Alemanha e a França em particular, permitimos que um
novo Hitler florescesse nas terras europeias. Não nos apercebemos que, ao longo
dos últimos vinte anos, o novo Reich renasceu — na Rússia — e se não o pararmos
agora, o Reich irá alastrar”, salientou, acrescentando “todos precisam de
compreender” o problema, “incluindo o governo português”.
Comentando
o facto do Presidente Volodomyr Zelensky ter referido Portugal como um dos
países que tem dúvidas sobre a entrada na Ucrânia na União Europeia, Borys
Filatov afirmou que o “governo português e o povo português precisam de
aprender uma coisa: os russos nunca são de confiança, em circunstância alguma”.
“Os
russos mentem sempre. Eles mentem o tempo todo e nunca os podemos deixar
entrar na nossa casa”, disse o
autarca, apontando o processo de atribuição de nacionalidade portuguesa ao
oligarca russo Roman
Abramovich como um
exemplo de corrupção, um caso que está a ser investigado em Portugal.
“Eu gostaria que [os portugueses]
pensassem em algo, que pode ser uma espécie de coisa irracional, mas ainda
assim é verdade. Abramovich obteve cidadania portuguesa por causa do dinheiro.
Primeiro, vem o dinheiro sujo russo, depois os programas russos sujos
aparecem na vossa televisão, depois começam a reescrever-vos a história, depois
mexem com os vossos contos de fadas, depois mexem com as vossas cabeças, depois
os russos deitam-se com as vossas mulheres, e no fim, o vosso país é tomado
pelos russos de múltiplas maneiras”, disse Borys Filatov.
Para
o autarca, que gere a cidade que tem acolhido mais deslocados de guerra do
país, vindos do leste, norte e sul, em fuga dos combates em cidades como
Zaporijia, Mariupol, Kharkiv ou a região de Donbass, “os russos nunca
poderão ser confiáveis em circunstância alguma, nunca os deixem entrar no vosso
negócio; é um país de excluídos e precisa de ser retirado do mapa político do
mundo; construam uma cerca alta e de betão à sua volta, e suspendam
quaisquer relações diplomáticas”.
Sobre
a situação da população russófona, que Putin diz estar a tentar proteger
das autoridades ucranianas, o autarca de
Dnipro diz que os russos “acreditaram nas suas próprias mentiras”.
“Eu sou russo, o meu pai é russo, a
minha mãe é russa. Não há uma gota de sangue ucraniano em mim”, mas se “os
russos vierem, irei matá-los sem misericórdia, porque insistem numa “guerra
absolutamente sem sentido”.
A
mulher de Borys Filatov é da mesma região que Vladimir Putin (São Petersbugo) e
a sua sogra ainda lá vive. E quase todos os dias, a sua mulher fala com a mãe,
que “compreende a situação da Ucrânia” e “tem pena”, mas, ao mesmo tempo,
“continua a acreditar na propaganda” de Moscovo.
“Por
exemplo, ela disse-nos, a chorar, que a Polónia quer conquistar Kaliningrado”,
um enclave russo no mar Báltico.
Sobre
o trabalho do Presidente
Volodomyr Zelensky, Borys
Filatov, que não é do mesmo partido, admitiu que “tinha problemas de
relacionamento” mas agora, “para ser honesto”, todos os políticos “que
amam a Ucrânia apoiam o Presidente neste momento”.
E
esta união política verifica-se também ao nível das autarquias, como Dnipro.
“No nosso conselho municipal, juntámos todos os partidos pró-ucranianos e todos
têm responsabilidades”.
GUERRA NA
UCRÂNIA UCRÂNIA EUROPA MUNDO RÚSSIA VLADIMIR
PUTIN
COMENTÁRIOS:
Ram Battue: Ignoro este
indivíduo, não me interessa quem é e o que o falou, se é que falou algo.
“We can never really get out country back until we get an honest
media, because they’re like the policing agent.” Cucurucucu Alex 2000: A Ucrânia faz o seu jogo de dramatizar a situação para
o mundo inteiro, ou pelo menos para toda a Europa. O Putin não tem qualquer hipótese militar contra países
da NATO (só com armas nucleares - se é que ainda estão a funcionar). Não existe
qualquer evidência de que Rússia esteja interessada em expandir o conflito...
até porque não tem capacidade militar. José Dias: É pá se é o autarca dum sítio que nem sei onde fica a
dizer estas coisas só pode ser verdade .... espero que na Ucrânia também oiçam
as opiniões da Guida de Arroios e do Santana Lopes sobre política internacional
e geo-estratégia! AdOB: Adoro ver a expressão de falso espanto dos portugueses
com a atitude da Rússia. Tal só acontece porque é a Rússia e o portuguesinho
não encontra produtos fraquinhos e baratos em lojas russas. Sabemos que a China é pior mas nada fazemos. Estou à espera do dia em que o portuguesinho faça o
mesmo teatro com a China. Já não falta muito. Da Grreite Rizete: Acho bem que se ataque e vilipendie o déspota Putin.
Mas ditadores como Maduro, Kim, Díaz-Canel e Xi parecem ser “deixados em paz”.
É certo que não invadiram nenhum país, mas não deixam de ser tiranos. Um
momento… dizem-me aqui na mesa ao lado que o país do Xi invadiu o Tibete. A
sério!? Ah, mas esse, ninguém ousa criticar, sobretudo em Portugal. O Xi é até
recebido aqui com direito a tapete vermelho e discurso baboso do pantomineiro
de Belém. Contra esse tirano já não se vê ninguém a rasgar as vestes ou a
pintar os lábios de vermelho, sobretudo aquele idiota que dirige a “escolinha
de corruptos” do PS, a JS. Esse à pergunta: Trump ou Xi, escolhe… Xi! Se ele
decidir invadir Taiwan, quero ver se teremos as mesmas reacções que vemos agora
relativamente a Putin.
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