A um texto que também o é:
COMENTÁRIO de Carlos Quartel: BE e PC cresceram e mantiveram
boas votações muito por via da comunicação social. Infiltraram muitos
jornalistas, em TV's e jornais e conseguiram criar uma imagem de quase
normalidade, num regime democrático. Mas nunca lá estiveram, o seu inimigo continua a ser a
liberdade, a convicção de que as pessoas têm capacidade para se governar, sem a
tutela de um poder que os doutrine e os discipline. Continuam pensando nas
vanguardas esclarecidas, nos pastores, que conduzem o seu rebanho aos melhores
pastos e à felicidade do estômago aquecido. No caso do PC, a sua pátria é a Rússia, com Putin ou
com Estaline, esse sentimento faz parte do seu ADN e não é negociável. Tudo
isto ficou claro, com esta invasão da Ucrânia. São incapazes de admitir que há
um agressor, um estrangeiro que invade a tua casa, com tanques e mísseis e que
comparar procedimentos e reacções entre agredido e agressor, entre invadido e
invasor é uma operação de um cinismo sem pudor. Nem as imagens das TV's os
comovem ...
TEXTO de Nuno Gonçalo Poças:
Sonso
de Esquerda
Sinto falta do
tempo em que a extrema-esquerda era honesta, em vez da hipocrisia do manto de
sensatez e moderação em que se embrulhou nestes 20 anos. As coisas são mais
fáceis quando todos são claros.
NUNO GONÇALO POÇAS Colunista
do Observador. Advogado, autor de "Presos Por Um Fio – Portugal e as FP-25
de Abril"
OBSERVADOR, 12 abr
2022, 00:1843
Na
passada semana, o ex-deputado
do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza,
escreveu o seguinte texto na sua página de Facebook: «Quando, entre 1945 e
1949, o Tribunal Internacional de Nuremberga julgou os comandos nazis por
crimes de guerra e por crimes contra a humanidade, a defesa dos réus mostrou
que os comandos militares aliados tinham tido comportamentos idênticos. Uma
guerra é uma guerra. Há crimes de guerra e crimes contra a humanidade na guerra
da Ucrânia? Claro que há e claro que não são só de um lado. Porque é assim uma
guerra. Apurem-se os crimes e os criminosos, sejam quais forem, com todo o
rigor. Porque são as mais básicas considerações de humanidade que estão em
causa.»
E
já em entrevista ao Diário de Notícias também Pureza esclareceu: «As
narrativas a preto e branco são falsas e só servem para incendiar emoções e
para colocar a destruição física do outro como o cenário apetecível.» Na
abstracção dos pensamentos, Pureza tem razão: uma guerra é uma guerra, e nela
há crimes cometidos pelos dois lados que nela participam. E sim, as narrativas a preto e branco servem
essencialmente para incendiar emoções.
Sucede
que esta posição, aparentemente neutra sobre a invasão da Ucrânia, e os crimes
lá cometidos pela Rússia, é a confirmação do que já não devia ser novidade: a sonsice do Bloco de Esquerda.
Primeiro, porque a tese de José Manuel Pureza é a de uma cabeça totalitária: recorre à amálgama para fazer valer uma ideia sobre a
qual sabe que está em minoria. Não mencionando sequer a abjecta relativização
que faz dos crimes praticados pelos nazis na II Guerra Mundial, Pureza avança
com a tese da banalização dos crimes de guerra, num ensaio aparentemente
moderado sobre «as narrativas a preto e branco». O que está
aqui de errado? É que as
guerras não são todas iguais, os lados nelas envolvidos não são sempre os
mesmos, a política prosseguida através de um conflito militar não é sempre
igual. Perante uma invasão de um país soberano por uma potência nuclear,
perante o conhecimento de crimes contra a humanidade cometidos pelo exército
invasor, Pureza opta por ficar em cima do muro, com a falsa e sonsa tese de não
se pode olhar para uma guerra só de um lado, misturando guerras diferentes para
fazer valer a sua aparente neutralidade.
Segundo, porque esta, vá, neutralidade não é do o histórico
político Bloco. Alguém se
lembra de ouvir alguém oriundo do PSR ou da UDP banalizar os crimes de guerra
cometidos por soldados portugueses em África recorrendo a crimes de guerra
cometidos pela guerrilha independentista? Pureza está disponível para relembrar os membros do
MLG que cortaram orelhas de populares guineenses só porque se recusaram a
aderir à guerrilha? Ou neste
caso uma guerra já não é uma guerra, e nelas só são cometidos crimes pelo lado
de que não gostamos?
Na verdade, é isto que está aqui em
causa. José Manuel Pureza (e o Bloco de Esquerda, em bom rigor) tem uma posição
que pode ser resumida da seguinte forma: se o lado
de que eu não gosto é tido como inimigo, é ele o criminoso de guerra; se o lado
pelo qual eu tenho simpatia é tido como inimigo, então já temos de olhar para
todos os lados e ter o discernimento de aceitar que em todas as guerras se
cometem crimes.
Esta
posição pode ser uma novidade para muito boa gente, inclusive para boa parte
dos que passaram os últimos seis anos a invocar a alegada moderação
bloquista, mas de novidade não tem nada. Ainda o Bloco não era Bloco, ainda
os grupúsculos que o formaram andavam de costas mais ou menos voltadas, e esta
visão monocular já era evidente.
Num
debate parlamentar, em 1978, no exacto momento em que o presidente da
Assembleia da República tomou conhecimento do assassinato de Aldo Moro
(sequestrado há praticamente dois meses pelas Brigadas Vermelhas), o então
deputado da UDP, Acácio Barreiros, esclarecia, depois de lamentar a morte de
Moro: «A UDP não
é, em geral, contra a violência. Nós, como então dissemos, somos contra a
violência reaccionária. (…) Da mesma forma que fomos sempre contra a violência
da ditadura portuguesa contra os povos irmãos das colónias, mas a favor da
violência revolucionária dos povos irmãos das colónias contra a agressão
colonial fascista.»
Pode
ser de mim, que sou um bocadinho conservador, mas sinto alguma falta do tempo
em que a extrema-esquerda era honesta, em vez desta hipocrisia do manto de
sensatez e moderação em que resolveu embrulhar-se nos últimos 20 anos. As
coisas são sempre mais fáceis quando toda a gente resolve ser clara.
BLOCO DE
ESQUERDA POLÍTICA GUERRA NA
UCRÂNIA UCRÂNIA EUROPA MUNDO
COMENTÁRIOS:
António Carlos Fernandes: Parabéns pelo excelente artigo de opinião.
completamente de acordo. o BE não passa de um lobo em pele de cordeiro. São
iguais aos fascistas que dizem combater Da Grreite Rizete: O BE é um dos partidos mais
hipócritas do Parlamento. Ao contrário do PCP, mudam de opinião conforme o
“vento” e é essa incoerência que os torna perigosos. A sua “coordenadora”, como
totalitária que é e apesar da hecatombe eleitoral, continua agarrada ao lugar
que nem uma sanguessuga. Curiosamente, esses apreciadores de caviar nunca
dispensam o conforto do… Capitalismo! Basta lembrar o Robles e agora a
Mortágua. Dizem-se defensores dos direitos das mulheres e dos homossexuais mas
apoiam ditaduras, inclusive aquelas onde as primeiras são subalternizadas e os
segundos perseguidos. E, segundo a jornalista espanhola Cristina Segui, esses
apoios parecem ter, digamos, contrapartidas assim do tipo…”fotocópias”. josé silva: Bom artigo! Este pureza é um
dos expoentes da extrema esquerda radical. Odioso e repugnante! josé maria: O Nuno Poças ainda não reparou
naqueles sonsos que, até agora, fazem de conta que o Putin não é líder de um
partido de direita liberal, o Rússia
Unida, que pediu a sua integração na Internacional
Democrata Centrista, que só acolhe partidos de direita, conservadores,
liberais ou democratas-cristãos e que também se encontra associada ao PPE?
Deveremos concluir que ser-se da direita liberal e defender, como Putin, o fim
do princípio da progressividade fiscal e a criação de uma taxa única de IRS,
para grande gáudio dos oligarcas russos, é algo de muiito perigoso? Ou é para o
lado que um sonso de direita assobia melhor ? Carminda Damiao: Para mim não é admiração, José
Manuel Pureza diz-se católico praticante e faz parte de um grupo que apoia o
aborto e agora não descansa enquanto não aprovarem a eutanásia. Como é que ele consegue? É um
lobo vestido de pele de cordeiro. Álvaro dos Santos: "... falta do tempo em que
a extrema-esquerda era honesta" Não conheço o escriba mas assim pela foto eu devo ser
mais velho do que ele e nunca conheci a extrema esquerda como sendo honesta, só
se foi no tempo em que os animais falavam ... sem ser pela voz do PAN, claro. Se em vez de escrever extrema
esquerda, escrever extrema direita, não preciso de mudar rigorosamente nada ao
meu texto.
João Afonso: A
sonsice é a razão para que o BE tenha um grupo parlamentar. Fossem todos como
Acácio Barreiros e o BE já teria saído da AR. Contudo partilho da sensação de
NGP, ler e ouvir esta extrema hipocrisia, este maniqueísmo refinado, tudo
envolto em fino cinismo, dá voltas ao estômago de qualquer pessoa. Gente
repugnante. Joaquim
Lopes: Os extremos e quem com eles pactua e
governa, como o PS. Os termos esquerda radical e extrema esquerda, não são a
mesma coisa? Então há que escrever e dizer extrema -esquerda e extrema-direita.
O que se passa é que "sonsice" quer dizer dissimulação e se alguém
pensa que um torcionário como Putin, ex KGB, depois de se "converter"
à Igreja Ortodoxa da Rússia, para ser baptizado como conservador, aconselhado
por Duguin, o idéologo da dissimulação do novo regime que nunca deixou de ser
estalinista, coisa que Putin (torcionário e assaassino) nunca deixou de ser,
começando a fazer o que avô Stalin fez, ou sejam, novos Gulags e política de
violações em série, como fizeram depois da ocupação de Berlim, o exército
vermelho da URSS. Pureza e o grupo dele são dissimuladores, usam a
dialéctica comunista, negam agora para afirmar depois o que lhes é conveniente,
no PS estão há muito infiltrados os marxistas leninistas, basta ver a forma
como tomaram o Estado desde Abril.
jorge espinha: Extrema esquerda honesta ou civilizada é
tão possível como ter um abusador sexual respeitador das mulheres. A maioria
dos 6 milhões de judeus assassinados na segunda guerra mundial não foi morta
nos campos de concentração. Foram assassinados por soldados comuns, olhos nos
olhos. Velhos, crianças, homens, mulheres, mulheres grávias e bebés. Não vejo
paralelo com o que as tropas aliadas fizeram nem contanto com o avanço do
exército vermelho. Não há nada comparável aos crimes cometidos pelos japoneses
na China e na Coreia. Pouco a pouco alguns ingénuos começam a perceber o que é
um comunista e como ele ou ela pensam. Mesmo o sr Pureza, sempre agarrado às
saias dos padres é um verme sem ética ou moral. Carminda Damiao: O que é que se pode esperar esperar de José Manuel
Pureza, que se diz católico praticante e que pertence a um partido cuja
finalidade é a implementação do aborto (quanto mais tardio melhor) e agora da
eutanásia? antonyo antonyo: Muito
bom ! Mas é chover no molhado , a extrema esquerda e o pc têm uma cartilha
imune a qualquer lógica política é humana. Joaquim Moreira:
Não posso estar mais de acordo, com a
descrição deste "Sonso de Esquerda"! O problema é que esta sonsice, é
só uma das formas de esconder a hipocrisia, que afecta muito a nossa
democracia! E é por isso que destaco e valorizo muito esta sua afirmação: Esta posição pode ser uma novidade para muito boa gente, inclusive
para boa parte dos que passaram os últimos seis anos a invocar a alegada
moderação bloquista, mas de novidade não tem nada. E que diz tudo
numa penada! A
posição do partido socialista não pode ser ignorada. Até porque, para poder
tomar o poder, muitos incautos acabaram por convencer. De que derrubaram este
velho Muro de Berlim, e que como todos vemos, continua mesmo assim! E neste
particular, a extrema-esquerda tem uma forma diferente de actuar. Embora no que
respeita à “honestidade”, a diferença entre o BE a do PCP é apenas uma questão
de quantidade! advoga
diabo: Os extremos
nunca são honestos, seria contradição nos termos. Desaparecida em parte incerta
a de Esquerda, dos ilustres JMF e HM, nas primeiras eleições pós 25 de Abril
apelou, p.e., ao voto em branco, esclarecedor, a de Direita é hoje presença na
AR por via de um inevitável bandoleiro rodeado por ativa, como se tem visto,
trupe circense. João Floriano > advoga diabo: Entre uma trupe circense e um
grupo de zombies, prefiro a trupe. Fenix Europa: Quando se investigam as verbas
que bloco recebeu da Rússia?
António Sennfelt > Fenix Europa: E da Venezuela? Filipe Costa > António Sennfelt: E do Irão? Sérgio: O inapto e nepotista e ddt e
bancarroteiro chefe do largo das ratazanas, andou a normalizar estes extremos
esquerdalhos demagogos e hipocritas e a hostilizar o Chega! que com um unico
deputado, imagine-se, é um perigo para ca o pencio republicano atrasadito e
pobretanas da Europa, com o alto patrocinio dos bancarroteiros xuxas.... José Manuel Pereira: Talvez tenha sido dita por
Bernard-Henry Lévy ou talvez por Raymond Aron, não faço ideia, a frase que
continua completamente actual: "Le communisme c'est le pret a porter des
stupides". Mais sonsice, menos sonsice, continua tudo na mesma. bento guerra:
Extrema-esquerda
honesta só antes do "soarismo", antes da cedência a interesses
poderosos externos e internos João Floriano: Quase totalmente de acordo com
o artigo. Desalinhado no que diz respeito à apreciação da honestidade de
extrema-esquerda. Foram sempre desonestos ou na melhor das hipóteses com falhas
de inteligência. A diferença fundamental entre os primeiros no pós 25 de Abril
e os de hoje há uma diferença notável na qualidade do discurso. O conteúdo
do embrulho é precisamente o mesmo: ideologia tacanha, superioridade moral, falta
de empatia, acrescentaria apenas as oportunistas causas fracturantes; mas há
quase 50 anos atrás o pacote vinha embrulhado em papel pardo. Hoje vem
embrulhado em papel fino e com um grande laçarote para enganar os desprevenidos
que ainda de deslumbram com lantejoulas e dourados. FME> João Floriano: A inspiração voltou! FME > João Floriano: O debate hoje no
Contra-Corrente foi muito interessante. Na verdade, o 25 de Abril não existe
sem o 25 de Novembro. Este facto, porque é um facto, tem passado despercebido
na história do 25 de Abril, ou melhor, tem tido muitos eufemismos. O 25 de
Abril derrubou um regime totalitarista designado fascista. Todavia, pelo menos
50% dos Homens que fizeram o 25 de Abril para derrubar o governo totalitarista
de Marcelo Caetano (padrinho do nosso atual presidente), pretendiam
implementar outro regime totalitarista, neste caso um regime comunista. O
25 de Novembro foi a segunda fase da revolução que colocou um final nas
aspirações totalitaristas. Hoje homenageamos e condecoramos homens que em Abril
de 74 pretendiam substituir um regime totalitarista por outro, e evitamos
elevar à condição de heróis os Homens do 25 de Abril II, ou seja, do 25 de
Novembro. Nós portugueses, por razões que desconheço, nunca iremos conseguir
contar aos nossos filhos e aos nossos netos que sem o 25 de Novembro nunca
teria havido o 25 de Abril, subentendendo que o 25 de Abril significa a
passagem para a democracia. A história construída pelos comunas é sempre uma
história mal contada, não obstante, fazemos ouvidos moucos e deixamos passar. Rui Delvas: Não é o único. O bispo
"voz entediante" Louça há umas semanas, mas já em plena guerra,
afirmava que Portugal também bombardeava localidades e matava civis na Guerra
Colonial. Pontifex
Maximus: Concordo, quase
em absoluto, com o artigo. Só discordo do final, pois não consigo “quase” ter
saudade do tempo da sinceridade da extrema esquerda, tenho apenas desejo que
desapareça e não volte (que saudades posso ter da sinceridade da Mortágua a
perorar contra tudo e contra todos acerca de tudo o que lhe convém e depois vir
com cara de sonsa - o termo seria outro, mas não posso escrever - dizer que não
sabia o óbvio sobre incompatibilidades parlamentares que ela própria aprovou e
em todo o caso tinha a obrigasse saber?). FME: Tenho uma dúvida que um dia
gostaria de ver esclarecida. Trata-se de perceber qual a relação que os
neocomunistas têm com o regime democrático. Diaboliza-se a extrema-direita por
ser populista ao defender o nacionalismo e o patriotismo, mas, ao que se sabe, se
Le Pen ganhasse as eleições em França, dentro de cinco anos, os franceses
poderiam escolher um novo presidente. Trump, apesar de estrebuchar, sujeitou-se
ao voto dos eleitores. Orbán sujeitou-se a eleições democráticas já como
primeiro ministro da Hungria. Parece-me que a extrema direita, apesar de todos
os defeitos apontados, convive bem com o regime democrático. Ventura se
ganhasse um dia as eleições, sabemos que nas seguintes poderia perdê-las para
os socialistas. A democracia parece funcionar com a extrema-direita. E com a
extrema-esquerda? A dúvida está nos neocomunistas. Se com os comunistas já
sabemos que as eleições são uma arma para derrotar o poder do povo quando este
o detém, ou seja, o poder pertence ao povo e este não pode correr riscos de o
perder, já os neocomunistas são uma incógnita com o que fariam com o poder se
um dia o detivessem. Como são radicais as políticas seriam radicais e a
possibilidade de perderem eleições deitaria abaixo essa revolução de políticas
radicais. É o que se passa por exemplo na Venezuela, que creio, ser a situação
mais ajustada ao que se passaria com o BE caso um dia fosse governo. As políticas
radicais, como ir ao banco tirar o dinheiro às pessoas, criaria uma panóplia de
tumultos judiciais que os radicais teriam que se manter no governo para não
serem incriminados, julgados e presos. A questão é esta; será que o BE
aceitaria perder eleições se um dia ganhasse o poder? Na minha opinião, não!
Também neste aspeto existe uma grande sonsice dos neocomunistas, que não deixam
de ser um abcesso nos regimes democráticos. Daí, sempre que podem, normalizam
as autocracias como é o caso de Putin, e incriminam os valores das democracias
ocidentais. Dr.
Feelgood > FME: Não sei, mas parece-me que
alguém sulfatou a atmosfera nacional com algum pozinho perlimpimpim, porque,
como se já não bastasse o relembrar do cromeleque Acácio Barreiros pelo
textista ainda nos aparece agora a eventual " proposta concreta " de
pesadelo que nos transporta para a possibilidade de algum dia alguma vez o BE
ser.......governo ! Caro " efe eme é ", tenha dó e piedade dos
simpáticos leitores, 2 exemplos como esses numa página só e às 9 da manhã dão
cabo do dia a qualquer um. Saudações revolucionárias. João Floriano > FME: Bom dia FME Eu não tenho
qualquer dúvida sobre o que iria acontecer. A terminologia de neocomunismo,
comunismo verde, etc, etc, vai tudo parar ao mesmo e tudo se passaria à
semelhança do pós 25 de Abril sobretudo na ocupação de propriedades. Enquanto a
UE se mantiver vai parecer muito mal congelar os depósitos bancários. No
entanto aquele imposto sobre lucros excessivos, se for em frente é uma porta
aberta de par em par para vasculhar os depósitos bancários e impor taxas sobre
os mesmos. E se pensa que estamos a falar de um cenário hipotético, engana-se.
Estamos mais próximos agora do que há meses. Dom Love > FME: Muito bem! Domingas Coutinho: Claro que o BE representa o
lobo com pele de cordeiro. Mas é pior do que o lobo pois o lobo só caça para
comer. O BE destrói tudo à sua volta: valores, princípios, legados. Não olha a
meios para conseguir fins. E quem se alia a ele torna-se tão bom como ele. Tone da Eira > Domingas Coutinho: Muito bem visto. No fim de
contas o PCP com imagem mais do passado é um partido conservador na "moral
e bons costumes", o BE mais apelativo mediaticamente é revolucionário /
woke / pró LGBT + / "minorias étnicas" / etc. Na geringonça, nenhum
deles teve muita influência no poder em termos de economia devido à EU (e tendo
em conta que o aumento de impostos e o assistanato já é
"consensual"). Assim o PS tentou "apaziguar" esses
parceiros nos aspectos sociais e como aí o BE era o mais empenhado dos dois foi
o BE que acabou por ser o que mais beneficiou em termos de aplicação da sua
agenda (óbvio que a ala esquerda do PS nesses aspectos sociais está próxima do
BE, por isso na geringonça o PS não ofereceu resistência). Problema é que para
além dos pontos folclóricos, há alguns promovidos pelo BE e aceites pelo PS que
virão a ser fundamentais no futuro de Portugal como a lei frouxa da
nacionalidade e a abertura a refugiados/ emigrantes económicos. Quanto à sua
frase final, é óbvio que quando for mais claro o resultado pernicioso destas
"conquistas democráticas" o PS virá a dizer que não teve muita culpa,
que as intenções eram boas mas a conjuntura mudou, pode até
"excomungar" alguém do partido e tem sempre a saída da culpa ter sido
do " Passos" ... E por mais que a sociedade proteste, o eleitorado
chave do PS que é a função pública e reformados basicamente passará uma esponja
sobre esse problema se lhe for prometida a semana das 30 horas e forem
suficientemente assustados de que a oposição, se ganhasse, lhes iria cortar as
pensões. Carlos
Quartel: BE e PC
cresceram e mantiveram boas votações muito por via da comunicação social. Infiltraram muitos
jornalistas, em TV's e jornais e conseguiram criar uma imagem de quase
normalidade, num regime democrático. Mas nunca lá estiveram, o seu inimigo continua a ser a
liberdade, a convicção de que as pessoas têm capacidade para se governar, sem a
tutela de um poder que os doutrine e os discipline. Continuam pensando nas
vanguardas esclarecidas, nos pastores, que conduzem o seu rebanho aos melhores
pastos e à felicidade do estômago aquecido. No caso do PC, a sua pátria é a
Rússia, com Putin ou com Estaline, esse sentimento faz parte do seu ADN e não é
negociável. Tudo isto ficou claro, com esta invasão da Ucrânia. São incapazes de
admitir que há um agressor, um estrangeiro que invade a tua casa, com tanques e
mísseis e que comparar procedimentos e reacções entre agredido e agressor,
entre invadido e invasor é uma operação de um cinismo sem pudor. Nem as imagens das TV's os
comovem ....
Miriam Sousa > Carlos Quartel: A única coisa que os comove é o
dinheirinho dos pacóvios ignorantes entregue nos almoços e jantares do partido. João Bilé Serra: Puseram o manto dos cordeiros e agora só o tiram quando
chegarem (se chegarem...) ao poder. José Paulo C Castro: Brilhante desmontagem do discurso. Mas também há outra forma de sonsice: a dos que vêm a
associar Putin à direita para dizer que isto de invadir países não é de
esquerda. Como se o registo histórico da ex-urss não fosse um de invasão... servus inutilis: Esse protegido de padres e bispos sempre fez de sonso.
É um caso de estudo, uma nulidade que fez carreira por via da sua natural
sonsice.
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