Textos ou excertos de ordem vária, fruto
de leituras ou escutas de vária ordem, na sequência da desordem pessoal de quem
assiste na distância, naturalmente, e ainda pode ler ou escutar, na distância:
1 -Um comentário descontextualizado - Extraído de
um outro texto do OBSERVADOR, a propósito do destino misterioso do navio russo afundado
no Mar Negro, que lembrou o submarino afundado no Oceano Árctico
«PENSADOR: Aquando da tragédia com o submarino Kursk que ficou no
fundo do mar com centena de tripulantes no seu interior, também a cúpula russa
ludibriou o mundo, os russos e, muito especialmente, as FAMÍLIAS dos mortos!
Incrível como o pequeno ditador pretende silenciar a verdade e recorre a todos
os meios nojentos para o fazer! A vergonha que passou nessa altura, recusando
ajuda do Ocidente para tentar salvar os desgraçados dos marinheiros, era já um
perigoso sintoma de quem se julga mais do que os outros e que utiliza a vida
das pessoas para os seus caprichos porcos e acéfalos! Assim vai este mundo,
esta civilização (?) e assim se vão tolerando os novos ditadores... Tudo isto
no século XXI !»
2
-Uma frase: EUA afirmam que Rússia perdeu 25% do poder de combate que
enviou para a Ucrânia no início da guerra
O Pentágono revela que os russos
juntaram ao seu contingente mais dois grupos de batalhões tácticos. As forças
americanas dizem, porém, que a ofensiva na região do Donbass começou de forma
limitada.
19 abr 2022, 23:12
▲A cidade
portuária de Mariupol, cercada pelas tropas russas desde o início de março, é
ainda palco de combates de rua
SERGEY
DOLZHENKO/EPA
3 – Também do OBSERVADOR: A avaliação
das Forças Armadas norte-americanas sobre a nova ofensiva da Rússia na região
ucraniana do Donbass é que começou de forma limitada, sobretudo numa zona a
sudoeste da cidade de Donetsk e a sul de Izyum.
“Quando as pessoas dizem que a ofensiva
começou, é isso que referem”, disse um alto responsável do Departamento da
Defesa dos Estados Unidos.
O responsável indicou que as tropas
russas estão a tomar medidas para aumentar a sua capacidade para realizar
operações de combate no Donbass e para “se
preparar para aquilo que acreditamos serão maiores ofensivas no futuro”.
Os
Estados Unidos estimam que o exército russo perdeu cerca de 25% do poder de
combate que enviou para a Ucrânia no início da guerra e, por isso, estão a
reequipar unidades de combate terrestre para enviar para território ucraniano.
A
mesma fonte do Pentágono precisou que os russos juntaram ao seu contingente mais
dois grupos de batalhões táticos nas últimas 24 horas, somando agora um total
de 78, em vez dos 65 da semana passada.
Entretanto,
a cidade portuária de Mariupol, cercada pelas tropas russas desde o início de
março, é ainda palco de combates de rua, afirmou esta terça-feira o governador
da região numa entrevista à estação televisiva norte-americana CNN.
“Há combates em curso em Mariupol. São
combates de rua e não são apenas com armas ligeiras, mas também batalhas de
tanques nas ruas da cidade“, declarou Pavlo Kyrylenko, governador da região de
Donetsk.
As zonas onde estão concentrados os
combatentes ucranianos, a começar pela zona do complexo metalúrgico Azovstal, “estão sob bombardeamento
pesado, mas as defesas estão a aguentar-se”, prosseguiu Kyrylenko.
4 - GUERRA NA UCRÂNIA
Estratégia da "Terra
Queimada": como a Ucrânia está a minar as linhas de abastecimento da Rússia
Ucrânia destrói pontes, estradas
e ferrovias para retardar avanços russos e cortar o abastecimento de tropas.
"Terra Queimada" permitiu comprar tempo. Mas a estratégia pode ser
perigosa.
5 -UM TEXTO completo:
Rússia e China: guerra em duas
frentes
A Rússia de Putin e a actual
liderança chinesa aceitam qualquer tipo de autoritarismo desde que o seu estilo
antidemocrático possa ser utilizado para ganhos a nível estratégico.
BERNARDO FILIPE DE FREITAS, Mestrando em Ciência Política e Relações Internacionais no
IEP/UC
OBSERVADOR, 19
abr 2022, 00:021
As
Democracias estão numa competição em duas frentes que se estende desde a
fronteira terrestre entre a Rússia e as Democracias Europeias até à região do
Pacífico-Asiático.
Consequentemente uma deterioração da posição das Democracias em qualquer
um destes blocos pode acarretar um enfraquecimento simultâneo nas duas frentes
em disputa, sobretudo se for colocada em causa a operacionalidade de alianças
pré-existentes.
Ora
segundo o relatório sobre as capacidades militares dos EUA, que o Pentágono
elaborou em 2011, a pedido da Administração Obama, ficou demonstrado que os
EUA – mesmo na sua condição de nação que mais recursos adjudica ao seu exército
por ano – ainda assim só teriam capacidade para suportar um conflito de grande
dimensão a cada momento. Consequentemente, mesmo os EUA não conseguiriam
enfrentar uma campanha conjunta da China e da Rússia, salvo numa situação em
que exista uma efectiva cooperação por parte dos aliados Asiáticos e Europeus,
tendo sido este o conjunto de premissas que serviu de base à estratégia dos EUA
nos termos fixados pelas “defence policy guides” de 2012.
É
igualmente relevante ter em consideração as várias acções que a China e a
Rússia adotaram com o propósito de fortalecer a sua relação, seja através de
exercícios militares conjuntos, como os que decorreram junto ao Japão, ou
através de declarações doutrinárias tais como a que antecedeu a invasão da
Ucrânia. A atitude de agressividade que ambos
os poderes antidemocráticos estão dispostos a assumir face a qualquer avanço
dos regimes de democracia liberal ficou igualmente visível através das posições
que tanto a China como a Rússia assumiram nas relações internacionais.
Enquanto a União Soviética e a China
maoista adoptavam a regra geral de só pretenderem formar alianças com regimes
cuja rejeição da democracia envolvesse uma adesão à ideologia comunista, a Rússia de Putin e a actual liderança chinesa aceitam
qualquer tipo de autoritarismo desde que o seu estilo antidemocrático possa ser
utilizado para ganhos a nível estratégico. Consequentemente,
a nossa dependência face a alianças com regimes democráticos fica incrementada
na medida em que quaisquer regimes ou movimentos não democráticos são
potenciais colaboradores da China ou da Rússia. A
decisão americana de passar a concentrar mais recursos militares na região do
Pacífico-Asiático, assim como a criação da aliança militar AUKUS, não diminuem, por agora, a importância
estratégica das Democracias situadas na Europa ou na região do Atlântico Norte: é preciso ter em conta o modo pelo qual as duas
frentes desta disputa com o autoritarismo comunicam entre si, sendo também
relevante sublinhar que dois dos
membros fundadores da AUKUS – os EUA e o Reino Unido – são também membros
fundadores da NATO.
Os
países que não tenham regimes democráticos só poderão participar na
geoestratégia das democracias se for reconhecida uma distinção de natureza
qualitativa no âmbito atribuído às duas alianças. Esta gestão das várias relações diplomáticas cria um
efeito dissuasor de quaisquer erosões da ordem democrática e incentiva regimes
híbridos ou de transição a completar a sua passagem para uma democracia. De igual modo, esta política de alianças deve também
fazer uso da circunstância de grande quantidade de riqueza produzida a nível
mundial ainda se encontrar no campo dos regimes democráticos, isto é, os
subsídios e apoios ao desenvolvimento serão um mecanismo de negociação
importante.
Será
assim necessário criar uma nova frente internacional que, não obstante as suas
potenciais contradições internas, represente a doutrina pró-democrática contra
os antidemocráticos.
GUERRA NA
UCRÂNIA UCRÂNIA EUROPA MUNDO
COMENTÁRIOS
Bento guerra:
Como tem feito a "Europa das Liberdades",
quando convém.
5 - E Augusto Gil:
“Mas as
crianças, Senhor!
Porque lhes
dais tanta dor?
Porque
padecem assim?
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