quinta-feira, 28 de abril de 2022

O povo já não sai à rua


A não ser para a bagunça dos festejos, bom rebanho que formamos, no balido enternecido pelo que se nos oferece, que, de resto, nos provém de fora e é distribuído cá dentro pelos das rédeas - que foi o que sempre se quis, bons distribuidores com o suficiente para o nosso amanho, para além – hoje -das balelas da liberdade, da igualdade e da fraternidade, na aparente democracia, de pura submissão aos que organizam a rede da distribuição e da possível realização - sem ambição, todavia, dela fortalecedora - que nisso do repúdio ao capitalismo, o povo é soberano, com as suas greves demolidoras da ordem, e o governo agacha-se, então, senhor do bagulho e da irmandade democrática. Para que quer o povo outros partidos? O que está, lhes serve, o rioísmo bem que se quis, por vezes, também subordinar ao costismo, como bom exemplo dessa coisa da fraternidade por conveniência, mas, saído Rio da cena, lá para as calendas da sua falta de pudor, poucos hoje, que o queiram substituir, conseguirão demonstrar ao rebanho agachado que é preciso trabalhar mesmo, para se ter acesso a um desenvolvimento capaz nas várias esferas da soberania humana. O povo é quem mais ordena – assim agachado, segundo a lição de Costa.

Mas admiro Maria João Avillez, no seu entusiasmo construtor, e crente ainda.

O PSD

Nada os aproxima mas ambos têm a coragem da sua própria solidão. Liderar um partido “em baixa”, sem parlamento e durante anos, será obra. Mas também é isso que enobrece a politica.

MARIA JOÃO AVILLEZ              OBSERVADOR, 27 abr 2022, 00:2023

1Anda por aí uma conversa mole – e que deveria ser dura – sobre a pretensa agonia do PSD: os conversantes duvidam da utilidade do maior partido da oposição e com notável segurança quase lhe recusam uma vida digna de menção. Uma não existência, em resumo. Pelo contrário, as novas formações surgidas na cena política, mais conformes ao espírito do tempo, teriam, embora por razões de natureza diferente, um aconchegante lugar cativo no futuro. Daqui a assinar-se a certidão de óbito do PSD pode ir um passo (que os conversantes não devem ter medido bem).

Exit PSD?

E no entanto… No entanto eu não seria tão afoita nem no raciocínio, nem no vaticínio. Uma coisa é uma maré baixa, outra uma seca assassina: o que alguém com um mínimo de seriedade (não é preciso toda) vê hoje na radiografia é uma maré baixa invulgarmente prolongada mas não a aridez de um deserto (mesmo que pareça ou apeteça que pareça). O PSD assinou um caderno reformista como nenhum outro partido, tem vasta implantação nacional, sólida base de apoio, uma militância não negligenciável e foi isso mesmo que mostrou ao ganhar Lisboa junto a algumas outras cidades.

2Quando no final da primavera passada iniciei os meus comentários na então TVI24 – hoje CNN – percebi que faria sentido explicar porque é que Rui Rio não podia continuar ao leme do PSD. Visto de fora, era isso mesmo que era necessário fazer, explicar, indo à raiz do erro. Ou pelo menos no que julgo ter sido um muito lesivo equivoco político: Rui Rio fixava o PSD no centro, não arredando pé desse (imaginário) estacionamento político, não agregando o espaço a sua direita e pouco ou nada a ele atendendo. E no resto, o líder do partido suspirava pela atenção do PS oferecendo parceria colaborante, sempre recusada. De novo visto de fora, a insistência podia ser confrangedora: porque haveria o primeiro ministro nada amigo de reformas dignas desse nome e sentado no sofá da geringonça, de aceitar a mão do PSD? Não tinha já o próprio António Costa sinalizado que tudo o que queria do PSD era vê-lo pelas costas?

Extraordinariamente esta opção estratégica – uma extravagância politica sem perdãonão era mal vista na maioria do partido: não ganhara Rui Rio duas eleições internas no PSD? Que melhor prova da felicidade dos militantes do que um líder honrado com duas vitórias? E houve até uma terceira, contra Paulo Rangel.

Resultado: estava ali um chefe de pedra e cal, barões convencidos da bondade do rumo escolhido, bases antecipando com optimismo uma vitória nas inesperadíssimas eleições de Fevereiro. Enquanto se ia e vinha neste caminho de rosas, as direitas, eleitoralmente entregues a elas próprias, iam-se tresmalhando.

3As eleições ampliaram ainda mais um gelado multifracasso: a estratégia de Rio não convencera ninguém, Rio também não, o poder agregador do PSD fora inteiramente desbaratado, o CDS abandonado à sua sorte em vez de aliado ao PSD, e todo o espaço à direita do PS ficou encostado ao muro da maioria absoluta. Semanas depois desta débacle o PSD, porém (é obra!), piorou de saúde: o demissionário Rui Rio sem pressa de demissionar, arrastou a sua saída até ao Verão (!) enquanto vai colocando pedras nos trilho do seu partido. À luz do dia, escolhe, decide, faz eleger, nomeia. Na sombra dos bastidores podemos temer pior sob a forma de comprometer o PSD em aventuras futuras e penso na regionalização, por exemplo. Uma fulcral questão – a mais decisiva para o futuro de Portugal – que Rui Rio subscreve com apetite, não ignorando que o PS a defende com igual ou maior apetite ainda (pequeno entre parêntesis: a sofreguidão socialista de tão compulsiva devia ser dissecada para futuros compêndios de ciência política).

Numa palavra: seria deplorável que um destes dias, à revelia dos portugueses, o país se visse confrontado com uma negociação já apalavrada e uma agenda já pronta em matéria tão estruturante e fracturante como a regionalização.

Pequeno aviso às navegações a propósito do que aí pode vir: em política há sempre pior.

4Tendo os fiéis de Rui Rio sido recentemente eleitos para cargos no grupo parlamentar do PSD com percentagens do calibre das habitualmente obtidas pelo chefe da Coreia do Norte, sobra uma dúvida: uma parte do partido se não mesmo a maior parte, mantém-se rioista? Nas vésperas da batalha pela liderança social democrata, o rioismo está de saúde e recomenda-se por interposto novo líder? Ou as últimas escolhas e nomeações do ainda chefe não passaram afinal de uma pequena vingança política? Ou seja, Luís Montenegro e Jorge Moreira da Silva querem arrancar de vez uma colheita política de ruins frutos ou a volúpia de ganhar votos passará por voluntariamente herdar a má sementeira?

Não ficou claro (ou eu não percebi). O que me parece é que tem de se merecer ganhar um partido. Vencer não é de borla: há que saber para que se ganha, com quem se ganha, que Portugal está aí, ao fim de quase sete anos de socialismo. E que diálogo se estabelecerá entre quem se candidata agora e o país. Convém lembrar que a responsabilidade pelo estado das coisas não é só do ainda líder Rui Rio.

5À primeira vista Luís Montenegro parece mais bem colocado na corrida e Moreira da Silva mais hábil em lidar com uma agenda que pode simultaneamente seduzir os meios urbanos mais sofisticados e o universo da media&comentadores. Lembro-me bem de um e de outro: Montenegro mais empático, Moreira da Silva mais cerebral. O primeiro tem um espírito prático que o afasta de estados de alma políticos; o segundo é um intelectual norteado e ocupado em full-time com a agenda que melhor se funde com o ar deste tempo e na qual ele nada como peixe na água. Montenegro ganhou fama e currículo político pela condução assertiva e combativa do grupo parlamentar do PSD e do CDS durante a governação de Passos Coelho. Moreira da Silva foi cooptado por Durão Barroso, Cavaco Silva, Passos Coelho – não é dizer pouco – com os quais colaborou em diversas instâncias e etapas da vida do PSD. Luís Montenegro tem a paixão da política, Moreira da Silva a das ideias.

Sem nada que os aproxime sequer, há um traço de união comum: ambos têm a coragem da sua própria solidão. Liderar um partido “em baixa”, sem parlamento e durante anos que parecerão décadas, será obra. Mas é também isso que muito enobrece a política.

6Do que se trata porém agora é de saber se o empático Montenegro e o cerebral Moreira da Silva estão adaptados às actuais circunstâncias políticas: saberão falar ao país, construindo uma indispensável “diferença” dos socialistas e afirmando-a? Saberão convencer o eleitorado de que há dois Portugal distintos, o do PS e o autêntico?

É certo que o que se lhes pergunta ou o que deles se relata desagua quer na contabilidade interna quer no Chega mais do que nas grandes e decisivas questões. Por exemplo, a regionalização, o Estado, as políticas públicas, as contas. Que rupturas indispensáveis e que reformas inadiáveis assinariam um e outro? Só porém após se saber o que querem para o Portugal através do PSD se poderá tratar do resto. No primeiro acto trata-se de construir e depois de afirmar a “diferença” em relação ao PS, contrapondo-lhe um modelo de sociedade e sendo uma alternativa indiscutivelmente convincente. Saber se os novos partidos são – ou serão – epifenómenos e não o sendo, ser capaz de gerar entendimentos com as direitas, só pode ocorrer num segundo acto. Ou melhor, só deveria ocorrer num segundo acto. Se a peça tiver dois actos, claro. Há peças só com um.

DIRECTAS PSD  PSD  POLÍTICA

COMENTÁRIOS

A. Carnide: Moreira da Silva também me parece bastante empático, não apenas cerebral, aliás, parece gozar de um bom equilíbrio entre essas duas virtudes. Oxalá tenha o sucesso que me parece que merece pois, não apenas o PSD mas Portugal inteiro, iria ganhar com isso 🤞 Achei o artigo excelente 👌            Filipe Costa: O PSD faz falta, agora parece desaparecido, está num limbo. O CDS está sair, vai recuperar deputados, o Nuno Melo pelo menos saca 4 deputados e segura os municípios. O Chega deve subir a votação, digo isto porque o fenómeno Le Pen e Vox sacaram votos rurais, o Chega rouba votos ao PCP. A IL é urbana, moderna, atractiva para a juventude e por incrivel que pareça, anda a secar o BE. A tal "direita" é mais que isso, é muito mais.

Joaquim Moreira: Devo confessar que, com todo o respeito que me merece como jornalista da dita ala direita, não faço parte de nenhuma seita. Seja ela de esquerda ou de direita! Embora também deva confessar, que é ao centro que acho que o povo vai continuar a votar. Mas também devo dizer que as actuais classificações do eleitorado, em esquerda, centro ou direita, será cada vez menos considerado. Por isso, estou convencido que qualquer que seja o discurso do próximo líder do PSD, não poder ser muito diferente do que seguiu o ainda seu presidente. Que foi combatido por muita gente, por razões muito diferentes e também muito incoerentes. E muita dessa gente, também demonstrou não ser nada transparente. Por isso vou relembrar aqui a crónica de João Miguel Tavares, de 19 de Abril passado no Público, que recomendo, com o título: PSD: um partido sem destino, sem doutrina e sem dimensão. Mas é muito diferente a sua versão. Começa por evocar a famosa frase de João Pinto, prognósticos só no fim do jogo, para explicar, a conclusão acertada que vai acabar por tirar. Não sem antes descrever uma realidade que vou aqui transcrever: “(...) lembro-me do que aconteceu na semana anterior às legislativas de 30 de Janeiro. Nessa altura Rui Rio não era o tremendo aselha que é hoje - era o político com a melhor campanha, segundo quase todos os comentadores, e as sondagens davam-no a um cabelo de vencer as eleições”. Para concluir: "Aldrabar os factos afasta o PSD da identificação dos seus reais problemas. O problema do PSD não é Rui Rio. O que para muitos é um verdadeiro desafio! O que me leva à crónica de ontem de Helena Garrido que explica “Como Costa reduziu o défice público”. E que termina dizendo: E assim se controla o défice público. E se engana o povo com o apoio da elite nacional e de toda a CS! Disse eu, e acrescentei o que julgo ser o outro mal: mas não engana o líder da oposição, que ainda ontem na AR fez um discurso que não deixa qualquer dúvida sobre esta minha afirmação! Mas que em boa verdade, foi propositadamente ignorado por esta tal sociedade. Como já tinha sido o caso quando falou sobre a realidade da actual austeridade, mesmo sabendo da “incapacidade que o ser humano tem de lidar com a verdade”! Esta é a grande dificuldade e o mal da sociedade!             Patricio Guerreiro: Afirmo que a Democracia Portuguesa vai ter tudo a ganhar com a redução do PSD ao nível de pouco mais que um CDS, 10 a 12 deputados. Porque isso vai fazer o PS tremer de medo e por conseguinte os Eleitores virão a ser bafejados por dádivas ás suas vidas que o Poder Politico vai ter que ofertar para se manter nas rédeas da governação. O Mercado Eleitoral a funcionar!         M João Ramos: O PSD ou se assume como o grande partido da direita, que vai do centro até a todas as direitas, excluindo os radicais de extrema-direita onde não incluo o Chega, ou então se continuar com os habituais complexos de esquerda, a namorar o centro-esquerda (que é do PS) e a criar linhas vermelhas à direita, irá continuar a definhar e a viver de um passado que já não existe …        Cláudio Lopes > João Ramos: Terá sempre o problema de existirem outros partidos, como o IL e o CH. Quem for de direita mais liberal irá votar num desses partidos, ou, eventualmente para os indefectíveis, CDS. A missão do PSD não está fácil. Precisa de abrir os olhos aos votantes no PS, que são mais sociais-democratas, de que a social democracia no PS já não existe. Mas esses não chegam, e então, só poderá contar com os fiéis ao partido.         Joaquim Rodrigues: A vantagem de ler certos “articulistas” é que ficamos a conhecer as preocupações momentâneas dos “Oligarcas da Corte”. Somos o país mais "centralista" da União, somos o país mais "Estatista" da União, somos dos países mais pobres da União, somos dos Países mais corruptos da União, somos dos Países com mais desigualdades sociais da União, somos dos Países com mais desigualdades territoriais da União, somos dos Países mais endividados da União, somos dos Países com menos escolaridade da União e estamos todos os dias a ser ultrapassados pelas ex-repúblicas soviéticas, que aderiram recentemente à União onde antes, no socialismo, se vivia na mais pura das misérias. E, vêm uns teóricos da “Capital do Império” tentar convencer-nos que a grande ameaça que paira no horizonte é a Regionalização, trazida de forma ínvia pelos que são contra o centralismo, porque o “centralismo” é que é bom. Parecem aquele bêbado que entrou em contramão na autoestrada e põe-se aos berros a gritar que todos os outros estão a circular ao contrário. A Dinamarca tem um território bem menor que Portugal, tem cerca de 6 milhões de habitantes, é dos Países mais descentralizados da União, sem recursos naturais dignos de nota e é dos Países mais desenvolvidos da União! Deve ser magia! As elites de Atenas também não queriam a Regionalização.

Usavam os mesmos argumentos que os "Oligarcas da Corte" de Lisboa usam, através da "sua" Comunicação Social, contra a Regionalização. Foi precisa a "bancarrota" na Grécia para que a Troica obrigasse os Gregos a regionalizarem-se. Em Portugal, só se cumprirá a Constituição, na próxima "Bancarrota" e por imposição dos "credores". Só à força e quando já não houver nada para mamar é que vão largar a mama!          Cláudio Lopes > Joaquim Rodrigues: Os países centralistas concentram o poder de decisão, geralmente na capital. Isto favorece a desigualdade no desenvolvimento territorial, a grande corrupção e o maior predisposição para regimes autoritários. Só ver, os países com menos corrupção (de grande escala), mais democráticos e mais igualitários no desenvolvimento socio-económico do conjunto do território, são países onde o poder é descentralizado. A descentralização de poderes não traria necessariamente maior despesa. Pelo contrário, levaria a maior eficiência na administração pública. O maior problema é a regionalização ser implementada exclusivamente pelo PS, que é um partido propenso a criação de tachos, sem visão de como implementar uma descentralização eficiente.           Joaquim Rodrigues > Cláudio Lopes: Em Portugal são os “Oligarcas da Corte” que detêm e controlam os órgãos de “Comunicação Social”.  Em Portugal são os “oligarcas da Corte” que escolhem o "Chefe do Partido", é o chefe do partido que escolhe os candidatos a deputados e a Presidentes de Câmara e são uns outros que têm por conta uma série de "peões locais" que ocupam os poucos lugares da Administração Central espalhados pelas “berças”. Os representantes Regionais, Distritais ou Concelhios dos partidos em Portugal, não representam a vontade e os interesses das populações da Região, do Distrito ou do Concelho, mas, ao contrário, representam a vontade do “Chefe do Partido” na Região, no Distrito ou no Concelho.

Em Portugal até os "caciques locais" são escolhidos pelo "Centralismo”! Tudo isto em contraponto com o que devia ser o funcionamento da democracia, da democracia partidária e da participação dos cidadãos na vida democrática, com selecção democrática dos “melhores” pelos cidadãos e eleitores, a partir da base até ao topo.

Dentro dos Partidos terão que ser criadas condições de democracia interna que permitam que sejam selecionados pelos militantes os melhores, desde os órgãos Concelhios, para os Regionais até aos Nacionais. Nos Órgãos de Administração do Estado terão que ser criadas condições de participação e controlo democráticos para que sejam seleccionados os melhores, pelos cidadãos eleitores, desde o Poder Local, para o Regional e até ao Nacional. Em Portugal em vez de “Democracia” o que temos é “Partidocracia” e é daí que vem a composição do actual Governo. É óbvio que Lisboa, não tem culpa nenhuma. Pelo contrário: Lisboa é usada e abusada por essa gente! Em Portugal, as reformas mais urgentes e mais importantes são sem dúvida a Reforma da Lei Eleitoral, com a imposição de “Listas Abertas” e a Reforma do Estado, a Reforma das Reformas, com “redução do peso do Estado na economia” e redefinição e redistribuição das funções e competências de Estado pelos níveis Central, Regional e Local acabando com a “Central de Negócios” que é o Estado “Centralista e Estatista”. Quando o "Poder" e o "Orçamento" estiverem racionalmente repartidos pelos níveis "Nacional, Regional e Local", facilitando a participação e controlo democráticos dos cidadãos nas coisas da governação, como acontece em todos os restantes países da União Europeia, deixa de ser económica e socialmente rentável, viável e possível, a captura e controlo dos "aparelhos partidários" e da “Comunicação Social” pela "Oligarquia" que hoje domina o País. As "rendas" e "negociatas" proporcionadas pelo “poder” e pelo “Orçamento” hoje “concentradinhos” no "Estado Central" são a razão pela qual hoje é super rentável a captura e controlo dos “aparelhos partidários” e da “Comunicação Social”. Não é por acaso que Portugal, é hoje, um dos uns dos Países mais pobres e mais corrupto da União Europeia.             Graciete Madeira: Artigo muito oportuno de M.J.Avilez. Completamente de acordo. Manuel Fernandes: PS, socialismo democrático. PSD, social democracia. Ambos a quererem ocupar uma parte do mesmo espaço político. Deixando sem partido todo o eleitorado que não se revia em soluções políticas de esquerda ou de centro esquerda. (Recordo Rio a afirmar bem alto que o PSD era um partido de esquerda). Ora quem não se sente representado abstém-se, à espera de outra coisa em que ache que vale a pena votar. E como do lado ou conservador, ou patriótico ou liberal nada havia, (o CDS era uma coisa que umas vezes era centro, outras era liberal, outras até era de esquerda mansa, mas de direita nunca era) não se votava. E como a política tem horror ao vazio era evidente que mais tarde ou mais cedo teriam de aparecer outras soluções políticas. Já cá estão. Atraindo a abstenção e muita gente que votava PSD (e CDS) porque era o menos esquerda que havia, mas não se sentia confortável. É possível que o PSD não desapareça, ou pelo menos passarão alguns anos até que isso aconteça. Mas o leque de opções políticas em Portugal vive uma mudança que mal começou. A MJA sabe-o, mas custa-lhe. Paciência.           = =: As sociedades secretas/maçonaria não desiste de se apoderar do Partido Social Democrata (PSD). É o Sr. Luís Esteves, o Sr. Paulo Rangel, e agora o Sr. Jorge Silva. O PSD anda nisto desde a presidência do Sr. Pedro Coelho que serviu a maçonaria. Rui Rio derrotou todos os candidatos da maçonaria/sociedades secretas. A comunicação social portuguesa é controlada pelas sociedades secretas/liberais. Se nada for feito, as sociedades secretas/maçonaria irão instalar em Portugal uma ditadura liberal e submeter os Portugueses ao desemprego, miséria, fome, sub-desenvolvimento, escravidão, cancelamento da cultura, woke, pedofilia, e homossexualismo. Os menos esclarecidos julgam que os centros de decisão mais importantes ainda estão nos Partidos, e não, como agora, nas sociedades secretas cujos interesses financeiros, protegidos por uma desregulação selvagem, dominam o Estado. Portugal, por culpa da passividade e da incompetência, foi transformado num protectorado de uma Europa sem coragem de se autoconstruir, afundada no Relativismo e rejeitando Princípios, Valores e Ideologias.  Está assim comprometido o Interesse Nacional e o Bem Comum dos Portugueses. Também a posse das máquinas informativas pelos poderes aqui denunciados, ajuda a convencer os Portugueses de que não há outro caminho de Regeneração, de Democracia e de Desenvolvimento Integral da Pátria, a não ser o deste percurso de “apagada e vil tristeza” por onde nos forçam os “velhos do Restelo” do século XXI português. Os socialmente mais débeis são os mais covardemente atingidos e sofredores, porque assim o escolheram as oligarquias e as sociedades secretas. Fonte: A Tomada da Bastilha - Alberto João Jardim              Claudia Magalhães: E agora só faltaria chegar a estocada final no PSD com este Silva que ninguém conhece e dizem que foi ministro, mas não é mais que um Chicão. O PSD vai a caminho do desaparecimento, e a MJA que mude já para a IL para não ter de assistir ao velório de uma morte anunciada          Carlos Quartel: O PSD tentou ser o herdeiro da União Nacional e assim foi entendido pelos portugueses. Nas primeiras eleições foi esse o espírito, a gente "da situação" votou PPD, a gente da "oposição" votou PS. Os comunistas jogavam noutra divisão. Com Sá Carneiro e Cavaco essa percepção manteve-se. Passos Coelho foi duro nas medidas, necessárias pelo empréstimo da UE, vigiado de perto por uma troika sempre ameaçante de suspender "tranches" e espantou muita gente, até aí fiéis ao PPD/PSD. A manobra da geringonça, monumental fraude à vontade popular, foi fazendo caminho, com o apoio de jornais e TV's e com terreno facilitado por um eleitorado anestesiado. Mas foi Rio, com o seu repúdio pelo velho PSD, que lhe deu a machadada final. A sua teoria do centro, a sua falta de programa, as suas guerras internas despedaçaram o que restava. Perdeu a razão de ser, para social-democrata já havia o PS, e o PSD de Rio é descartável. Por isso apareceram Chega e IL à procura desse espaço (o pessoal da situação, ligeiramente liberal e já convertido à democracia). Se se tivessem concentrado no apoio a Passos, com o partido unido, ainda hoje existiriam, com alguma credibilidade.  HERMES: Faço ideia o aperto e turbamento que deve ir na alma de MJA depois de tanta história sobre o PSD, de lhe ter conhecido o esplendor e a glória ... e agora ver isto... É evidente que é um partido sem qualquer futuro. Nem uma refundação serviria para alguma coisa. Agora é deixar morrer com o pateta que fique com aquilo. O Cavaco meteu no corpo do PSD o vírus da destruição e já não há remédio: basta ver a gente que por lá ainda pulula e para quê.

 


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