A não ser para a bagunça dos festejos, bom rebanho que formamos, no balido enternecido pelo que se nos oferece, que, de resto, nos provém de fora e é distribuído cá dentro pelos das rédeas - que foi o que sempre se quis, bons distribuidores com o suficiente para o nosso amanho, para além – hoje -das balelas da liberdade, da igualdade e da fraternidade, na aparente democracia, de pura submissão aos que organizam a rede da distribuição e da possível realização - sem ambição, todavia, dela fortalecedora - que nisso do repúdio ao capitalismo, o povo é soberano, com as suas greves demolidoras da ordem, e o governo agacha-se, então, senhor do bagulho e da irmandade democrática. Para que quer o povo outros partidos? O que está, lhes serve, o rioísmo bem que se quis, por vezes, também subordinar ao costismo, como bom exemplo dessa coisa da fraternidade por conveniência, mas, saído Rio da cena, lá para as calendas da sua falta de pudor, poucos hoje, que o queiram substituir, conseguirão demonstrar ao rebanho agachado que é preciso trabalhar mesmo, para se ter acesso a um desenvolvimento capaz nas várias esferas da soberania humana. O povo é quem mais ordena – assim agachado, segundo a lição de Costa.
Mas admiro Maria João Avillez, no seu entusiasmo construtor, e crente ainda.
O PSD
Nada os aproxima mas ambos têm a
coragem da sua própria solidão. Liderar um partido “em baixa”, sem parlamento e
durante anos, será obra. Mas também é isso que enobrece a politica.
MARIA JOÃO AVILLEZ OBSERVADOR, 27
abr 2022, 00:2023
1Anda
por aí uma conversa mole – e que deveria ser dura – sobre a pretensa
agonia do PSD: os conversantes duvidam da utilidade do maior partido da
oposição e com notável segurança quase lhe recusam uma vida digna de menção.
Uma não existência, em resumo. Pelo contrário, as novas formações surgidas na
cena política, mais conformes ao espírito do tempo, teriam, embora por razões
de natureza diferente, um aconchegante lugar cativo no futuro. Daqui a
assinar-se a certidão de óbito do PSD pode ir um passo (que os conversantes não
devem ter medido bem).
Exit PSD?
E
no entanto… No entanto eu não seria tão afoita nem no raciocínio, nem no
vaticínio. Uma coisa é uma maré baixa, outra uma seca assassina:
o que alguém com um mínimo de seriedade (não é preciso toda) vê hoje na
radiografia é uma maré baixa invulgarmente prolongada mas não a aridez de um
deserto (mesmo que pareça ou apeteça que pareça). O PSD
assinou um caderno reformista como nenhum outro partido, tem vasta implantação
nacional, sólida base de apoio, uma militância não negligenciável e foi isso
mesmo que mostrou ao ganhar Lisboa junto a algumas outras cidades.
2Quando
no final da primavera passada iniciei os meus comentários na então TVI24 – hoje CNN –
percebi que faria sentido explicar porque é que Rui Rio não podia continuar
ao leme do PSD. Visto de fora, era isso mesmo que era necessário fazer,
explicar, indo à raiz do erro. Ou
pelo menos no que julgo ter sido um muito lesivo equivoco político: Rui Rio fixava o PSD no centro, não arredando pé desse
(imaginário) estacionamento político, não agregando o espaço a sua direita e
pouco ou nada a ele atendendo. E
no resto, o líder do partido suspirava pela atenção do PS
oferecendo parceria colaborante, sempre recusada. De novo visto de fora, a
insistência podia ser confrangedora: porque haveria o primeiro ministro nada
amigo de reformas dignas desse nome e sentado no sofá da geringonça, de aceitar
a mão do PSD? Não tinha já o próprio António Costa sinalizado que tudo o que
queria do PSD era vê-lo pelas costas?
Extraordinariamente
esta opção estratégica – uma
extravagância politica sem perdão – não
era mal vista na maioria do partido: não ganhara Rui Rio duas eleições internas
no PSD? Que melhor prova da felicidade dos militantes do que um líder honrado
com duas vitórias? E houve até uma terceira, contra Paulo Rangel.
Resultado: estava
ali um chefe de pedra e cal, barões convencidos da bondade do rumo escolhido,
bases antecipando com optimismo uma vitória nas inesperadíssimas eleições de
Fevereiro. Enquanto se ia e vinha neste caminho de rosas, as direitas,
eleitoralmente entregues a elas próprias, iam-se tresmalhando.
3As
eleições ampliaram ainda mais um gelado multifracasso: a estratégia de Rio não convencera ninguém, Rio
também não, o poder agregador do PSD fora inteiramente desbaratado, o CDS
abandonado à sua sorte em vez de aliado ao PSD, e todo o espaço à direita do PS
ficou encostado ao muro da maioria absoluta. Semanas
depois desta débacle o PSD, porém (é obra!), piorou de saúde: o demissionário
Rui Rio sem pressa de demissionar, arrastou a sua saída até ao Verão (!)
enquanto vai colocando pedras nos trilho do seu partido. À luz do
dia, escolhe, decide, faz eleger, nomeia. Na sombra dos bastidores podemos
temer pior sob a forma de comprometer o PSD em aventuras futuras e penso na regionalização,
por exemplo. Uma
fulcral questão – a mais decisiva para o futuro de Portugal – que Rui Rio
subscreve com apetite, não ignorando que o PS a defende com igual ou maior
apetite ainda (pequeno entre parêntesis: a sofreguidão socialista de
tão compulsiva devia ser dissecada para futuros compêndios de ciência política).
Numa palavra: seria deplorável que um
destes dias, à revelia dos portugueses, o país se visse confrontado com uma
negociação já apalavrada e uma agenda já pronta em matéria tão estruturante e
fracturante como a regionalização.
Pequeno aviso às navegações a
propósito do que aí pode vir: em política há sempre pior.
4Tendo
os fiéis de Rui Rio sido recentemente eleitos para cargos no grupo parlamentar
do PSD com percentagens do calibre das habitualmente obtidas pelo chefe da
Coreia do Norte, sobra uma
dúvida: uma parte do partido se não mesmo a maior parte,
mantém-se rioista? Nas vésperas da
batalha pela liderança social democrata, o rioismo está de saúde e recomenda-se
por interposto novo líder? Ou as últimas escolhas e nomeações do ainda chefe
não passaram afinal de uma pequena vingança política? Ou seja, Luís Montenegro e Jorge Moreira da Silva querem arrancar de vez uma colheita política de
ruins frutos ou a volúpia de ganhar votos passará por voluntariamente herdar a
má sementeira?
Não ficou claro (ou eu não percebi). O que me parece é que tem de se merecer ganhar um
partido. Vencer não é de borla: há que saber para que se ganha, com quem se
ganha, que Portugal está aí, ao fim de quase sete anos de socialismo. E que
diálogo se estabelecerá entre quem se candidata agora e o país. Convém lembrar
que a responsabilidade pelo estado das coisas não é só do ainda líder Rui Rio.
5À
primeira vista Luís Montenegro parece
mais bem colocado na corrida e
Moreira da Silva mais hábil
em lidar com uma agenda que pode simultaneamente seduzir os meios urbanos mais
sofisticados e o universo da media&comentadores. Lembro-me bem de um e
de outro: Montenegro
mais empático, Moreira da Silva mais cerebral. O primeiro tem um espírito prático que o afasta de
estados de alma políticos; o segundo é um intelectual norteado e ocupado em
full-time com a agenda que melhor se funde com o ar deste tempo e na qual ele
nada como peixe na água. Montenegro ganhou fama e currículo político pela
condução assertiva e combativa do grupo parlamentar do PSD e do CDS durante a
governação de Passos Coelho. Moreira da Silva foi cooptado por Durão Barroso,
Cavaco Silva, Passos Coelho – não é dizer pouco – com os quais colaborou em
diversas instâncias e etapas da vida do PSD. Luís Montenegro tem a paixão da
política, Moreira da Silva a das ideias.
Sem
nada que os aproxime sequer, há um traço de união comum: ambos têm a coragem da
sua própria solidão. Liderar um partido “em baixa”, sem parlamento e
durante anos que parecerão décadas, será obra. Mas é também isso que muito
enobrece a política.
6Do
que se trata porém agora é de saber se o empático Montenegro e o cerebral
Moreira da Silva estão adaptados às actuais circunstâncias políticas: saberão falar ao país, construindo uma indispensável
“diferença” dos socialistas e afirmando-a? Saberão convencer o eleitorado de
que há dois Portugal distintos, o do PS e o autêntico?
É
certo que o que se lhes pergunta ou o que deles se relata desagua quer na contabilidade
interna quer no Chega mais do que nas grandes e decisivas questões. Por
exemplo, a regionalização, o Estado, as políticas públicas, as contas. Que
rupturas indispensáveis e que reformas inadiáveis assinariam um e outro? Só porém após se saber o que querem para o Portugal
através do PSD se poderá tratar do resto. No primeiro acto trata-se de
construir e depois de afirmar a “diferença” em relação ao PS, contrapondo-lhe
um modelo de sociedade e sendo uma alternativa indiscutivelmente convincente. Saber se os novos partidos são – ou serão –
epifenómenos e não o sendo, ser capaz de gerar entendimentos com as direitas,
só pode ocorrer num segundo acto. Ou melhor, só deveria ocorrer num segundo
acto. Se a peça
tiver dois actos, claro. Há peças só com um.
COMENTÁRIOS
A. Carnide: Moreira da Silva também me parece bastante empático, não apenas cerebral,
aliás, parece gozar de um bom equilíbrio entre essas duas virtudes. Oxalá
tenha o sucesso que me parece que merece pois, não apenas o PSD mas Portugal
inteiro, iria ganhar com isso 🤞 Achei o
artigo excelente 👌 Filipe
Costa: O PSD faz falta, agora parece
desaparecido, está num limbo. O CDS está sair, vai recuperar deputados, o Nuno
Melo pelo menos saca 4 deputados e segura os municípios. O Chega deve subir a
votação, digo isto porque o fenómeno Le Pen e Vox sacaram votos rurais, o Chega
rouba votos ao PCP. A IL é urbana, moderna, atractiva para a juventude e por
incrivel que pareça, anda a secar o BE. A tal "direita" é mais que
isso, é muito mais.
Joaquim Moreira: Devo
confessar que, com todo o respeito que me merece como jornalista da dita ala
direita, não faço parte de nenhuma seita. Seja ela de esquerda ou de direita!
Embora também deva confessar, que é ao centro que acho que o povo vai continuar
a votar. Mas também devo dizer que as actuais classificações do eleitorado, em
esquerda, centro ou direita, será cada vez menos considerado. Por isso, estou
convencido que qualquer que seja o discurso do próximo líder do PSD, não poder
ser muito diferente do que seguiu o ainda seu presidente. Que foi combatido por
muita gente, por razões muito diferentes e também muito incoerentes. E muita
dessa gente, também demonstrou não ser nada transparente. Por isso vou relembrar aqui a crónica de João Miguel
Tavares, de 19 de Abril passado no Público, que recomendo, com o título: PSD: um partido sem destino, sem doutrina e sem dimensão. Mas é muito diferente a sua versão. Começa por evocar
a famosa frase de João Pinto, prognósticos só no fim do jogo, para explicar, a
conclusão acertada que vai acabar por tirar. Não sem antes descrever uma realidade
que vou aqui transcrever: “(...) lembro-me do que
aconteceu na semana anterior às legislativas de 30 de Janeiro. Nessa altura Rui
Rio não era o tremendo aselha que é hoje - era o político com a melhor
campanha, segundo quase todos os comentadores, e as sondagens davam-no a um
cabelo de vencer as eleições”. Para concluir: "Aldrabar os factos afasta o PSD da identificação dos seus reais
problemas. O problema do PSD não é Rui Rio. O que para muitos é um
verdadeiro desafio! O
que me leva à crónica de ontem de Helena Garrido que explica “Como Costa reduziu o défice público”. E que termina
dizendo: E assim se controla o défice público. E se engana o povo com o apoio
da elite nacional e de toda a CS! Disse eu, e acrescentei o que julgo ser o
outro mal: mas não engana o líder da oposição, que ainda ontem na AR fez um
discurso que não deixa qualquer dúvida sobre esta minha afirmação! Mas que em
boa verdade, foi propositadamente ignorado por esta tal sociedade. Como já
tinha sido o caso quando falou sobre a realidade da actual austeridade, mesmo
sabendo da “incapacidade que o ser humano tem de lidar com a verdade”! Esta é a
grande dificuldade e o mal da sociedade! Patricio Guerreiro: Afirmo que a Democracia Portuguesa vai ter tudo a
ganhar com a redução do PSD ao nível de pouco mais que um CDS, 10 a 12
deputados. Porque isso vai fazer o PS tremer de medo e por conseguinte os
Eleitores virão a ser bafejados por dádivas ás suas vidas que o Poder Politico
vai ter que ofertar para se manter nas rédeas da governação. O Mercado
Eleitoral a funcionar! M João
Ramos: O PSD ou se
assume como o grande partido da direita, que vai do centro até a todas as
direitas, excluindo os radicais de extrema-direita onde não incluo o Chega, ou
então se continuar com os habituais complexos de esquerda, a namorar o
centro-esquerda (que é do PS) e a criar linhas vermelhas à direita, irá
continuar a definhar e a viver de um passado que já não existe … Cláudio Lopes > João Ramos: Terá sempre o problema de existirem outros partidos,
como o IL e o CH. Quem
for de direita mais liberal irá votar num desses partidos, ou, eventualmente
para os indefectíveis, CDS. A
missão do PSD não está fácil. Precisa de abrir os olhos aos votantes no PS, que
são mais sociais-democratas, de que a social democracia no PS já não existe.
Mas esses não chegam, e então, só poderá contar com os fiéis ao partido. Joaquim Rodrigues: A vantagem de ler certos “articulistas” é que ficamos a
conhecer as preocupações momentâneas dos “Oligarcas da Corte”. Somos o país mais "centralista" da União,
somos o país mais "Estatista" da União, somos dos países mais pobres
da União, somos dos Países mais corruptos da União, somos dos Países com mais
desigualdades sociais da União, somos dos Países com mais desigualdades
territoriais da União, somos dos Países mais endividados da União, somos dos
Países com menos escolaridade da União e estamos todos os dias a ser
ultrapassados pelas ex-repúblicas soviéticas, que aderiram recentemente à União
onde antes, no socialismo, se vivia na mais pura das misérias. E, vêm uns teóricos da “Capital do Império” tentar
convencer-nos que a grande ameaça que paira no horizonte é a Regionalização,
trazida de forma ínvia pelos que são contra o centralismo, porque o
“centralismo” é que é bom. Parecem
aquele bêbado que entrou em contramão na autoestrada e põe-se aos berros a
gritar que todos os outros estão a circular ao contrário. A Dinamarca tem um
território bem menor que Portugal, tem cerca de 6 milhões de habitantes, é dos
Países mais descentralizados da União, sem recursos naturais dignos de nota e é
dos Países mais desenvolvidos da União! Deve ser magia! As elites de Atenas
também não queriam a Regionalização.
Usavam
os mesmos argumentos que os "Oligarcas da Corte" de Lisboa usam,
através da "sua" Comunicação Social, contra a Regionalização. Foi
precisa a "bancarrota" na Grécia para que a Troica obrigasse os
Gregos a regionalizarem-se. Em Portugal, só se cumprirá a Constituição, na
próxima "Bancarrota" e por imposição dos "credores". Só à
força e quando já não houver nada para mamar é que vão largar a mama! Cláudio Lopes > Joaquim Rodrigues: Os países centralistas concentram o poder de decisão,
geralmente na capital. Isto favorece a desigualdade no desenvolvimento
territorial, a grande corrupção e o maior predisposição para regimes
autoritários. Só ver, os países com menos corrupção (de grande escala), mais
democráticos e mais igualitários no desenvolvimento socio-económico do conjunto
do território, são países onde o poder é descentralizado. A descentralização de
poderes não traria necessariamente maior despesa. Pelo contrário, levaria a
maior eficiência na administração pública. O maior problema é a regionalização
ser implementada exclusivamente pelo PS, que é um partido propenso a criação de
tachos, sem visão de como implementar uma descentralização eficiente. Joaquim Rodrigues >
Cláudio Lopes: Em Portugal são os “Oligarcas da Corte” que
detêm e controlam os órgãos de “Comunicação Social”. Em Portugal são os “oligarcas
da Corte” que escolhem o "Chefe do Partido", é o chefe do partido
que escolhe os candidatos a deputados e a Presidentes de Câmara e são uns
outros que têm por conta uma série de "peões locais" que ocupam os
poucos lugares da Administração Central espalhados pelas “berças”. Os
representantes Regionais, Distritais ou Concelhios dos partidos em Portugal,
não representam a vontade e os interesses das populações da Região, do Distrito
ou do Concelho, mas, ao contrário, representam a vontade do “Chefe do Partido”
na Região, no Distrito ou no Concelho.
Em
Portugal até os "caciques locais" são escolhidos pelo
"Centralismo”! Tudo isto
em contraponto com o que devia ser o funcionamento da democracia, da democracia
partidária e da participação dos cidadãos na vida democrática, com selecção
democrática dos “melhores” pelos cidadãos e eleitores, a partir da base até ao
topo.
Dentro
dos Partidos terão que ser criadas condições de democracia interna que permitam que sejam
selecionados pelos militantes os melhores, desde os órgãos Concelhios, para os
Regionais até aos Nacionais. Nos
Órgãos de Administração do Estado terão que ser criadas condições de
participação e controlo democráticos para que sejam seleccionados os melhores,
pelos cidadãos eleitores, desde o Poder Local, para o Regional e até ao Nacional. Em
Portugal em vez de “Democracia” o que temos é “Partidocracia” e é daí que vem a
composição do actual Governo. É óbvio que Lisboa, não tem culpa nenhuma. Pelo contrário: Lisboa é usada e abusada por essa
gente! Em Portugal, as reformas mais urgentes
e mais importantes são sem dúvida a Reforma da Lei Eleitoral, com a imposição
de “Listas Abertas” e a Reforma do Estado, a Reforma das Reformas, com “redução
do peso do Estado na economia” e redefinição e redistribuição das funções e
competências de Estado pelos níveis Central, Regional e Local acabando com a “Central de Negócios” que é o
Estado “Centralista e Estatista”. Quando o "Poder" e o "Orçamento"
estiverem racionalmente repartidos pelos níveis "Nacional, Regional e
Local", facilitando a participação e controlo democráticos dos cidadãos
nas coisas da governação, como acontece em todos os restantes países da União
Europeia, deixa de ser económica e socialmente rentável, viável e possível, a
captura e controlo dos "aparelhos partidários" e da “Comunicação
Social” pela "Oligarquia" que hoje domina o País. As
"rendas" e "negociatas" proporcionadas pelo “poder” e pelo
“Orçamento” hoje “concentradinhos” no "Estado Central" são a razão
pela qual hoje é super rentável a captura e controlo dos “aparelhos
partidários” e da “Comunicação Social”. Não é por acaso que Portugal, é hoje,
um dos uns dos Países mais pobres e mais corrupto da União Europeia. Graciete Madeira: Artigo muito oportuno de
M.J.Avilez. Completamente de acordo. Manuel Fernandes: PS, socialismo democrático.
PSD, social democracia. Ambos a quererem ocupar uma parte do mesmo espaço
político. Deixando sem partido todo o eleitorado que não se revia em soluções
políticas de esquerda ou de centro esquerda. (Recordo Rio a afirmar bem alto
que o PSD era um partido de esquerda). Ora quem não se sente representado abstém-se,
à espera de outra coisa em que ache que vale a pena votar. E como do lado ou
conservador, ou patriótico ou liberal nada havia, (o CDS era uma coisa que
umas vezes era centro, outras era liberal, outras até era de esquerda mansa,
mas de direita nunca era) não se votava. E como a política tem horror ao
vazio era evidente que mais tarde ou mais cedo teriam de aparecer outras
soluções políticas. Já cá estão. Atraindo a abstenção e muita gente que votava
PSD (e CDS) porque era o menos esquerda que havia, mas não se sentia
confortável. É possível que o PSD não desapareça, ou pelo menos passarão alguns
anos até que isso aconteça. Mas o leque de opções políticas em Portugal vive uma
mudança que mal começou. A MJA sabe-o, mas custa-lhe. Paciência. = =: As sociedades
secretas/maçonaria não desiste de se apoderar do Partido Social Democrata
(PSD). É o Sr. Luís Esteves, o Sr.
Paulo Rangel, e agora o Sr. Jorge Silva. O PSD anda nisto desde a
presidência do Sr. Pedro Coelho que serviu a maçonaria. Rui Rio derrotou
todos os candidatos da maçonaria/sociedades secretas. A comunicação
social portuguesa é controlada pelas sociedades secretas/liberais. Se nada for
feito, as sociedades secretas/maçonaria irão instalar em Portugal uma ditadura
liberal e submeter os Portugueses ao desemprego, miséria, fome,
sub-desenvolvimento, escravidão, cancelamento da cultura, woke, pedofilia, e
homossexualismo. Os menos esclarecidos julgam que os centros de decisão
mais importantes ainda estão nos Partidos, e não, como agora, nas sociedades
secretas cujos interesses financeiros, protegidos por uma desregulação
selvagem, dominam o Estado. Portugal, por culpa da passividade e da
incompetência, foi transformado num protectorado de uma Europa sem coragem de
se autoconstruir, afundada no Relativismo e rejeitando Princípios, Valores e
Ideologias. Está assim comprometido o
Interesse Nacional e o Bem Comum dos Portugueses. Também a posse das máquinas
informativas pelos poderes aqui denunciados, ajuda a convencer os Portugueses
de que não há outro caminho de Regeneração, de Democracia e de Desenvolvimento
Integral da Pátria, a não ser o deste percurso de “apagada e vil tristeza” por
onde nos forçam os “velhos do Restelo” do século XXI português. Os socialmente
mais débeis são os mais covardemente atingidos e sofredores, porque assim o
escolheram as oligarquias e as sociedades secretas. Fonte: A
Tomada da Bastilha - Alberto João Jardim Claudia Magalhães: E agora só faltaria chegar a
estocada final no PSD com este Silva que ninguém conhece e dizem que foi
ministro, mas não é mais que um Chicão. O PSD vai a caminho do desaparecimento,
e a MJA que mude já para a IL para não ter de assistir ao velório de uma morte
anunciada Carlos Quartel: O PSD tentou ser o herdeiro da União Nacional e assim
foi entendido pelos portugueses. Nas primeiras eleições foi esse
o espírito, a gente "da situação" votou PPD, a gente da
"oposição" votou PS. Os comunistas jogavam noutra divisão. Com Sá Carneiro e Cavaco essa
percepção manteve-se. Passos Coelho foi duro nas medidas, necessárias pelo
empréstimo da UE, vigiado de perto por uma troika sempre ameaçante de suspender
"tranches" e espantou muita gente, até aí fiéis ao PPD/PSD. A manobra da geringonça, monumental
fraude à vontade popular, foi fazendo caminho, com o apoio de jornais e TV's e
com terreno facilitado por um eleitorado anestesiado.
Mas foi Rio,
com o seu repúdio pelo velho PSD, que lhe deu a machadada final. A sua teoria do centro, a sua
falta de programa, as suas guerras internas despedaçaram o que restava. Perdeu
a razão de ser, para social-democrata já havia o PS, e o PSD de Rio é
descartável. Por isso apareceram Chega e IL à procura desse espaço
(o pessoal da situação, ligeiramente liberal e já convertido à democracia). Se se tivessem concentrado no
apoio a Passos, com o partido unido, ainda hoje existiriam, com alguma
credibilidade. HERMES: Faço ideia o aperto e
turbamento que deve ir na alma de MJA depois de tanta história sobre o PSD, de
lhe ter conhecido o esplendor e a glória ... e agora ver isto... É evidente que
é um partido sem qualquer futuro. Nem uma refundação serviria para alguma
coisa. Agora é deixar morrer com o pateta que fique com aquilo. O Cavaco meteu
no corpo do PSD o vírus da destruição e já não há remédio: basta ver a gente
que por lá ainda pulula e para quê.
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