quarta-feira, 8 de junho de 2022

Coragem ele tem

 

A coragem da desvergonha. Excelente texto de Helena Garrido e de muitos seus Comentadores.

A coragem que Costa precisa de ter

Soares e Cavaco e de forma mais controversa Sócrates modernizaram Portugal. Passos Coelho teve a coragem de salvar o país. Conseguirá a história dizer o mesmo de António Costa?

HELENA GARRIDO,

OBSERVSADOR, 07 jun 2022, 00:2180

O desafio que o ex-Presidente e ex-primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva deixou a António Costa, no artigo invulgarmente irónico, que escreveu no Observador, devia ser levado muito a sério. O actual primeiro-ministro corre o sério risco de ficar na história pela Geringonça, que afinal não partiu muro nenhum, e por ter sido o mais contabilista de todos os governantes, reduzindo o défice público sem medidas para se fazer o mesmo com menos, o que acabou na degradação dos serviços. Os primeiros indicadores começam agora a surgir.

A atitude tribal, de interpretar as palavras de Cavaco Silva como de alguém com “azedume e ressentimento em relação ao país”, como o fez a ministra Ana Catarina Mendes, é um erro. Já foi tudo o que quis ser e até hoje ninguém o conseguiu ultrapassar – António Costa poderá chegar aos dez anos de governação, mas só em quatro tem maioria absoluta. A elite urbana, especialmente lisboeta, numa atitude difícil de explicar, não gosta dele, mas seguramente que muitos votaram nele. E o ex- Presidente da República pode ter apenas saudades da política ou vontade de ajudar a salvar o PSD, mas tem seguramente também uma preocupação grande com o futuro do país. Nem que seja, como disse na entrevista a Maria João Avillez, porque tem filhos e netos.

Não é verdade que não tenha uma visão sobre o que é preciso fazer – tem-no dito várias vezes considerando até que precisamos de um “choque reformista”. Nem é especialmente original – são várias as vozes que vão no mesmo sentido: precisamos de modernizar o sistema fiscal simplificando-o e tornando-o mais equitativo e competitivo, é preciso ter uma administração pública moderna com menos burocracia, é preciso mais certeza jurídica. Só para citar algumas das medidas que tem referido, tendo sempre como referência a necessidade de atrair investimento estrangeiro.

Quando olhamos para os últimos seis anos, se não formos dos partidos como quem pertence doentiamente a um clube de futebol, temos de ficar preocupados. Como várias vezes se escreveu neste espaço, o caminho que se escolheu para reduzir o défice público degradou o Estado em funções fundamentais, como as de soberania e as sociais, por falta de investimento e até de gastos correntes. As próprias empresas do Estado foram condicionadas, com os gestores transformados em directores-gerais.

Olhamos para a polícia e percebemos as condições péssimas em que trabalham. A isso o Governo responde com os nossos elevados índices de segurança e baixos indicadores de criminalidade. Sem dúvida que tem razão, mas é isto fruto do que fez ou do que outros fizeram no passado?

Na Justiça foram seis anos completamente desperdiçados com uma ministra, agora ex, que se limitou a não se mexer. Sem que isso incomodasse o primeiro-ministro. Pior do que isso, partidarizou ainda mais a justiça e, de repente, deixaram de existir grandes investigações.

Na Saúde, o Governo desculpa-se com a pandemia e enche o peito como grande defensor do Serviço Nacional de Saúde, quando aquilo que vemos na realidade é assustador. De tal maneira que já se começam a ver os primeiros indicadores desta degradação da saúde. Pobres dos que precisam, em urgência, dos serviços públicos de saúde e que são em geral os mais idosos e os mais pobres. Além de funcionar mal, o SNS tornou-se desumano, pelo sobre-humano que a falta de investimento e organização exigiu a quem lá trabalha. António Costa e os seus ministros correm o sério risco de ficarem na história como os destruidores do SNS, se não começarem a mudar a sua atitude, se não passarem a ter mais coragem. Sempre, todos mais preocupados com quem presta os cuidados de saúde, se o público ou o privado, e esquecendo que precisamos é de cuidados de saúde.

Na Educação continuamos a assistir ao aprofundar do fosso entre as escolas dos bem-sucedidos e as escolas dos mal sucedidos, sem qualquer preocupação de misturar classes sociais. Estamos a fazer nas escolas o mesmo que se fez com os bairros socais – criam-se guetos que tornam impossível o funcionamento do elevador social. Sempre, e tal como na Saúde, mais preocupados em controlar quem é o dono da escola do que com a qualidade da educação.

Nas políticas sociais, em vez de aproveitar a calma do crescimento para as avaliar, simplificar e tornar mais eficazes, fomos acumulando anúncios de apoios para aqui e para ali, como se o Governo quisesse que todos os portugueses tivessem um subsídio. É assustadora a atitude que começamos a descobrir, nascida e crescida nestes seis anos, de pedinchice, de “o Estado é que nos devia dar” ou, na versão mais vulgar, “eles deviam pagar” ou “eles dizem que vão dar”. Uma atitude que a pandemia agravou – aqui justificada – e que lança o país para a perigosa posição de pedinte estrutural – o governo pede a Bruxelas, nós pedimos ao Governo. E assim matando a iniciativa, a energia de ser melhor.

Mário Soares teve a coragem de combater os que queriam fazer de nós a Cuba da Europa e lançou as raízes para sermos uma democracia moderna e virada para a Europa. Aníbal Cavaco Silva agarrou nesse trabalho político, já feito por Mário Soares, e modernizou e liberalizou o país. De 1974 a 1995 o país mudou de forma extraordinária. Temos depois períodos menos bem-sucedidos. António Guterres teve o desafio do euro, mas não se pode dizer que nos tenha preparado estruturalmente para ele. Durão Barroso pouco governou, tal como Santana Lopes. A nova onda de mudança estrutural chegará com José Sócrates a quem devemos o início das renováveis, que hoje se revela tão importante, ou a liberalização do sector das farmácias. Exagerou? Sem dúvida. Mas se não se tivesse metido nas embrulhadas em que está, Sócrates poderia estar na galeria dos bons primeiros-ministros, fundamentalmente por causa do seu primeiro governo.

Finalmente Pedro Passos Coelho, a quem coube o fardo de corrigir tudo o que não se fez ou fez erradamente a partir de 1995. Foram mais de dez anos de uma política de acumulação de dívida, pública e privada, numa primeira fase até considerando-se que não existia problema nenhum, porque nos estávamos a endividar em euros. Recorde-se mais uma vez que, também nessa altura, Aníbal Cavaco Silva se opôs a essa ideia, nomeadamente numa conferência no ISEG, de homenagem a José da Silva Lopes, em que do outro lado estava Vítor Constâncio.

Pedro Passos Coelho tem sido o mais injustiçado dos nossos primeiros-ministros. Teve uma coragem invulgar, sem o calculismo a que assistimos com frequência, quando os governantes evitam as medidas que afectam alguns grupos para ter futuro na política ou nos empregos. Será isso que explica a incapacidade do PSD de valorizar Pedro Passos Coelho? De ter nele uma referência de coragem? Aníbal Cavaco Silva tem sido dos poucos a sublinhar as qualidades do ex-primeiro-ministro.

Tudo aquilo que António Costa conseguiu fazer a partir de 2015 deve-o a Pedro Passos Coelho, ao país financeiramente equilibrado que deixou. Ah, sim, os bancos, deixaram o problema de alguns bancos por resolver, dirão. Sim, sem dúvida que um dos erros foi não terem obrigado os bancos todos, incluindo o BES, a capitalizarem-se. Mas dificilmente isso teria salvo os bancos, BES e Banif, cujos buracos foram feitos antes 2011 .

Quando António Costa chega ao poder, a emergência estava resolvida, os fogos estavam apagados, e era a altura de começar a construir os alicerces de um país mais sólido, com um Estado mais simples e capaz de servir os cidadãos. Mas António Costa não pôde escolher esse caminho de modernização, a aliança a esquerda não lhe deu essa liberdade. E assim concentrou-se num único objectivo: reduzir o défice público e com ele a dívida para que se evitasse estar sob resgate.

A aliança com a esquerda reduziu praticamente a duas as ferramentas para reduzir o défice: congelar despesa de investimento ou outra através das cativações e vetos de gaveta e aumentar receitas fiscais e de contribuições com pequenas alterações. E assim chegamos aos dias de hoje. Como várias vezes dissemos neste espaço, o caminho escolhido para reduzir o défice – corte de despesa sem qualquer reforma do Estado que permitisse fazer o mesmo com menos – iria degradar os serviços públicos.

E é essa a realidade com que estamos hoje confrontados, um Estado que está mais degradado do que em 2015 nos serviços que presta aos cidadãos. Um sistema fiscal que não consegue baixar impostos. Uma segurança social que criou um quadro de apoios sem racionalidade e que nas pensões está longe de garantir a sua sustentabilidade. Uma Justiça que não funciona e é factor de atraso do país, nomeadamente na área administrativa e fiscal. Uma educação e uma saúde dual, com um fosso cada vez maior entre ricos e pobres.

António Costa vai precisar de muita coragem para em quatro anos fazer o que não fez em seis e até corrigir alguma das coisas que fez, entre elas ter gerado a atitude de pedinte em mais portugueses. Hoje há dinheiro, só é preciso coragem. O desafio de Aníbal Cavaco Silva, esperemos, pode ter irritado o primeiro-ministro e assim tê-lo feito ganhar coragem para fazer as mudanças menos simpáticas que o país precisa.

ANTÓNIO COSTA  POLÍTICA  PEDRO PASSOS COELHO  JOSÉ SÓCRATES  MÁRIO SOARES  PAÍS

COMENTÁRIOS:

Patricio Guerreiro: Passos Coelho provocou um rombo no navio do PSD que o mais certo é este ir ao fundo. Os Reformados, os Pensionistas e os Funcionários Públicos têm memória de elefante, e por mais que o sistema tente lavar a imagem do PSD… Esquece, é tempo perdido. O Costa é um político manhoso que se vai safando abrigando-se por debaixo do guarda-chuva do sistema!        Manuel Norberto Valente > SousaPatricio Guerreiro: Extraordinário. Deve ter sido por isso que após todas essas malfeitorias ele venceu as eleições contra o mui capaz poucochinho! Certo! se os portugueses tivessem memória e fossem gente séria e inteligente…esta escumalha não estaria lá. Mas, enfim, é o que temos. Gente que não vê além da barriga. Graciete Madeira: Brilhante e corajoso artigo!                 Antonio C.: A. Costa é aquilo a que se pode chamar uma fraude, literalmente. Todo seu percurso político resume-se a um saltitar de lugar para lugar, golpes traiçoeiros e de bastidores, encenações e apropriação dos recursos e principais postos chave do país com correligionários e dependentes. De estadista nada tem, e de competência técnica nada provou ou demonstrou. Dele apenas poderemos esperar mais do mesmo, ou seja, mais empobrecimento, mais nepotismo, mais corrupção, mais degradação dos serviços públicos e um presidente complacente. Triste e revoltante...           josé maria: Passos Coelho teve a coragem de salvar o país. Passos Coelho teve, sim, o desatino de sufocar o país: Passos vai aplicar mais 40% de austeridade que o previsto Diário Económico, 5/4/2013          Luis Miguel: É caricato ver sempre as mesmas avestruzes a comentar negativamente todos os artigos que têm o desplante de falar a verdade. Pobres diabos, passar os dias a fazer likes a si próprios!           Luis Miguel: Na muche.              Célia Soares: Os interesses partidários do Sr. Costa têm prioridade em relação a Portugal! Se analisarmos o currículo governamental do Sr. Costa, facilmente vemos que está em funções governamentais desde 1995, com Guterres....passou várias pastas ao longo dos vários governos, Sócrates incluído, assumiu pastas de "peso", negócios estrangeiros, justiça e administração interna! O que fez, nada x nada!... Tomou o governo em 2015, depois de passar pela CML, onde nada fez... está há 7 anos como primeiro ministro, que esperar?... Mais depressa vem Jesus á Terra que o Sr. Costa se esforçar para alguma iniciativa, ou ter coragem de mudanças ou reformas, a começar pelas pessoas de que se rodeia, lambe-botas, "yes man"...equipas ocas, que ele assim selecciona, que lhe permite manter o controlo! A máquina do PS, para o Sr. Costa, é mais importante que o país!... Sr. Costa veremos como irá ficar o seu lugar na história... com este currículo, não augura nada de digno!          Antonio Rosinha: Na minha opinião, Costa não tem grandes hipóteses de ter coragem; talvez diante de um velho sem defesa, na rua, com muitos socialistas à sua volta... De resto, foi o usurpador do vencedor das eleições legislativas em 2015 porque optou pelo Putin soviético no parlamento português, contra a Europa e a NATO - é um facto. Espero que seja apenas adepto de Putin e não agente, apesar das suas atitudes e indícios deixados, enquanto presidente da CM Lisboa. Os resultados das eleições de Jan30 2022 (sob ataque à Vodafone e MAI, com Pista Russa, como escreveram os media portugueses), deixam-me tantas dúvidas, ou mais, do que os das eleições presidenciais nos EUA, a favor de Trump, tanto em 2016 como em 2020. Aliás, na minha modesta opinião, Trump e Costa têm semelhanças interessantes em carácter e atitude política.           Célia SoaresAntonio Rosinha: Parece que a história dará, justamente, ao Sr. Costa, o cognome de " O Melhor Vendedor da Banha da Cobra"!...           Da Grreite Rizete: Costa ficará na história como o "coveiro" da Nação. Ele continua a “navegar à vista”. Só lhe interessa ir sobrevivendo no cargo, com recurso a “bazucas”, até ser chamado para “outros voos”. É assim que os bons lacaios são recompensados. Portugal, como país fortemente endividado, deixou-se capturar pela UE e pelo gangue de Davos. O sabujo, tal como Guterres e Durão, tornou-se um vassalo dos “senhores” da Nova Ordem Mundial. Daí o despotismo demonstrado durante a pandemia. Jamais me esquecerei da discriminação exercida sobre os não-inoculados como se fossem os novos “untermenschen”. Não comecem a acordar e agir imediatamente que não é preciso. A não ser que queiram que os vossos filhos e netos sejam servos numa distopia “orwelliana” e se lembrem de vós como um bando de cobardes que nada fez por eles.  4 anos depois .... Coragem não é palavra que se aplique a um socialista, seja lá de onde ele vier. Um socialista é submisso, tem medo, usa de artimanhas e promessas enganosas e não age a não ser por interesse próprio. Gosta de corrupção e gosta de comprar as pessoas. Usa temas sociais para dividir, pois é na divisão que melhor reina. Com poder em mãos, estressa, espera, sonda até o tempo acabar. Quando acaba, chora, lamenta, acusa e é mal-criado (Galambito e Ferrito). Tendência para absolutismo e intolerância. Racista escondido, provocador para uso próprio.            Tiago T: O PM Kosta e a sua maioria absoluta são a prova final de que a política é feita de marketing. Não importa fazer ou ser, importa parecer. A verdade é que com o PS no poder, o país sossega. Caminha inexoravelmente para o abismo (já é marca registada do partido) mas devagar e com tranquilidade, sempre com a falsa sensação que está a ir pelo caminho certo (até se deparar com a falésia). Depois sobem ao poder os otários do costume por uns anos, são corridos de lá novamente e a história repete-se.        Domingas Coutinho: Ao PM falta coragem e brio o que tanto Cavaco Silva como Pedro Passos Coelho tiveram e tão mal têm sido tratados. Concordo consigo quando fala da inacção da ex Ministra da Justiça. Também não posso deixar de concordar no que diz sobre o estado a que o chegou o SNS, tendo a Ministra sido reconduzida como prémio o que ninguém entende. Este Governo quer passar pelos pingos da chuva não tendo noção do legado que vai deixar. Ainda bem que há pessoas que pelo menos demonstram que o Rei vai nu e pode ser que assim algo de inesperado venha a ser feito…………             vitor Manuel > josé maria: O roubo aos portugueses mesmo depois da descida do IST pelo Estado "súcialista" aumentou (antes do último subida desta semana) mais 5 milhões de euros diários Nesses tempos da falência do Estado provocada pelo súcialismo os sindicatos e empresas como a ANTRAL e ANTRAM (o episódio do banqueiro da espingarda Purdey oferecida ao poeta de Argel mostrou bem quem são esses dirigentes) mobilizavam os jagunços diariamente para todo o tipo de bagunça com o apoio da canalha C.S. dominada pela Sinistra, mas hoje estão mais mudos que os mortos. Entretanto o derrubador de muros garantia que a austeridade era para acabar, pelo que a criatura está nas antípodas de P.P.C. no que à verdade diz respeito. segundo o avençado que muitos subsídios terá.            Célia Soares > josé mariaAqui não há meias verdades, só existem factos!!! O Passos teve de cumprir um programa da Troika que Sócrates negociou e assinou com o FMI, antes de fugir com o dinheiro roubado no bolso!... imagina só, 78 mil milhões! Sócrates LADRÃO!!! Eram todos a mamar, BES, LULA, BAVA, e muitos outros chulecos...e ainda os defende? Este país não sai desta tristeza porque o Zé Parvinho continua a apoiá-lo!            AAA First: Bom artigo. Faz uma análise histórica da acção dos PM em democracia, com a qual concordo em muito. Naquilo em que estou em total desacordo é com o que diz sobre Sócrates. É verdade que fez algumas reformas, a maioria más. As renováveis foram um erro terem sido feitas naquela altura, deveriam ter sido executadas 6 anos depois quando a tecnologia já estava muito mais barata. Assim, andámos anos (ainda andamos) a pagar energia a custos altíssimos, com as consequências óbvias para a falta de competitividade da nossa economia e para as famílias. Estaríamos hoje com a mesma produção renovável mas com custos muito menores. E sobre o primeiro mandato como PM, ao contrário do que diz, foram lançadas aí as bases da bancarrota que veio a seguir. Ou pensa que a bancarrota germinou apenas num ano e tal do segundo mandato?             João Ramos: Factos são factos e são a prova da nefasta e inútil governação de A. Costa e da sua de má memória geringonça, vejamos a partir de agora e sem desculpas devido à maioria absoluta se será capaz de fazer alguma coisa de jeito pelo país. Para já temos um mau exemplo que é o seu anúncio do aumento do ordenado médio em 20% nos próximos 4 anos, que maioritariamente depende dos privados e não vai ser fácil de cumprir, portanto mais me parece mais um passa-culpas          Manuel Rodrigues: Dra Helena : Brilhante análise, como sempre. Artigo que elenca as patifarias políticas dos Governantes que devido à imposição bíblica da  ideologia igualitária e do socialismo de miséria nos mostra  como é possível atingir progressivamente o objectivo pretendido              Manuel Joao Borges: mas que bom artigo           Bemto Tanganho: Bom artigo. Na mouche dos problemas a que os socialistas levaram este país.           Carlos Chaves: Caríssima Helena, muito obrigado por tão bem ter retratado o “buraco” para onde o Dr. António Costa nos está a levar, ao mesmo tempo que elogia o trabalho de alguns anteriores primeiros-ministros e que bem merecem o elogio como muito bem fez, nomeadamente em relação ao Dr. Mário soares e ao Dr. Passos Coelho. Retiraria da sua lista o Sócrates, pois a dimensão da tragédia em que ele nos colocou, põe-no de fora de qualquer lista de elogios. O desafio do Professor Aníbal Cavaco Silva é um desafio de quem fez para quem não sabe fazer, e a prova disto está no que bem diz sobre os resultados de seis anos de geringonça que começam a aparecer, e não são nada bonitos de ver            Paulo Cardoso: Este é dos poucos artigos da Helena (e já os leio desde o económico, passando pelo negócios), em que a sua aparente preferência pelo socialismo, não a faz deturpar a realidade. Fez uma descrição perfeita destes últimos anos de governação socialista. Mas, ainda assim, consegue ter alguma fé que o sujeitinho, que recebeu um país melhorado e o tem estragado, possa emendar a mão. Tendo formação económica, a Helena, quando fala de déficit, não deveria esquecer o valor da dívida. O déficit tem diminuído na gestão do habilidoso, mas a dívida continua a aumentar. E o déficit diminui, não só por conta das habilidosas cativações, mas muito à custa do aumento do PIB (aumentando o PIB, mantendo a despesa ou mesmo aumentando-a, é possível descer o déficit). Aumento este bastante suportado no turismo e no imobiliário, que cresceram o que cresceram graças às medidas adoptadas no tempo da troika e de PPC, no que às leis de arrendamento e trabalho concerne. Ou seja, nem aquilo que supostamente o habilidoso fez de bom, é trabalho seu. E, dívida grande aliada a juros altos… Segundo o habilidoso, não temos de nos preocupar. A inflação é temporária, não veio para ficar.         Luis Martins: Até agora Costa o que fez foi ludibriar os portugueses e dificilmente fará diferente pois o homem só sabe navegar à vista e ao sabor das eleições e populismo, como político de carreira que é desprovido de qualquer currículo fora da malha de interesses do partido, ou seja, o homem só aprendeu a trocar favores, capturar clientelas e a jogar nas costas dos adversários e nada mais. Costa é um ás no aspecto político mas também uma absoluta nulidade a gerir tudo o que sai dessa vertente.             Luis Oliveira: A Helena Garrido ainda não percebeu que o encantador de serpentes só vai gerir o dia- a- dia da mercearia? Deu para entender quando teve oportunidade de renovar as caras que compõem o governo. Se verificar bem não há lá ninguém com perfil técnico ou com currículo, o que significa que não há interesse em mudar nada. Tal como Sócrates uma vez disse em conversa informal, António Costa seria um mau candidato a primeiro-ministro pois não tinha uma ideia para o país;  pois não se enganou!

 

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