A crónica do Pastor Baptista Tiago de Oliveira Cavaco pareceu-me
mais voltada para uma espécie de satirização dos costumes, feita com bonomia e
desprendimento, mais do que pretensão de difundir doutrina, a menos que, ele
próprio pretenda revelar uma posição doutrinária menos dogmática ou mais
democrática, seguindo a orientação de um reformador da Igreja para esta sua teoria
sobre “as pessoas boas” e não siga tanto as propostas da doutrinação
apostólica, com pecados e virtudes capitais, embora a condenação luterana aos
excessos do catolicismo, que o nosso Gil Vicente não deixou igualmente de
ironizar, se regulasse, certamente por esses parâmetros morais para poder
condenar os excessos clericais. Parece-me, pois, ambígua a posição do Pastor Baptista Cavaco, mas deu
lugar a um debate entre dois dos seus comentadores - com interesse mas também
algum ataque pessoal – o que é “mau”, segundo a teoria exposta (porque não é”
panhonha”). A proposta é entre os bons - “panhonhas”, chatos, e desdenhados - e
os maus, - vivos e argutos e certamente admirados. Talvez o Putin sirva de
exemplo, para estes últimos, pelo menos na questão da admiração. Também não amo
os filmes de violência, para responder positivamente à tese do Pastor Cavaco sobre a questão do Mal…
Suspeitar de soluções
Lutero sabia que o melhor que podia
acontecer a uma pessoa era ela saber-se justa e pecadora, alcançada pela graça
de Jesus. Isso é muito diferente de dividir o mundo entre os justos e os
pecadores.
TIAGO DE OLIVEIRA
CAVACO, Pastor Baptista, colunista do Observador
OBSERVADOR, 12 jun 2022, 00:1827
Que
as pessoas boas são chatas, parece não haver dúvidas. Talvez por isso,
geralmente fazer a coisa má pede mais talento de nós do que fazer a boa (expus
sucintamente a tese no texto “De pecadores
para panhonhas”). Pensem como os grandes crimes, por exemplo, nos
dão histórias muito mais emocionantes do que as filantropias mais comoventes.
Por alguma razão nunca se venderam histórias de boas acções como se vendem
“crime stories”. Não escolhemos séries na Netflix acerca de como aquela pessoa
viveu uma vida inteira fazendo o bem, não interessa a quem. Já o contrário…
Quando
forçamos a gostar de gente boa tornamo-nos tão chatos como essa gente boa já é. É por isso que vivemos irremediavelmente entediados
por um mundo que desfila heróis atrás de heróis, causas atrás de causas, numa
fila indiana de solidariedade que nos comprime como um cordão de segurança.
Quando ser bom se torna a razão de ser, a maldade parece a única forma de
liberdade a sério. Foi por essa brecha que a serpente explorou a
imaginação dos moradores do Éden: que tal ser livre como uma forma de conviver
com algo além do bem? As pessoas duvidam que o Diabo exista mas continuam a
papar a sua tentação mais básica. Quanto mais solucionados nos sentimos, menos
praticamos as melhores modalidades da suspeita.
E
esse torna-se um dos nossos maiores problemas: só esperamos problemas dos
problemas. Nem sempre foi assim. Em épocas menos apressadas as pessoas
também esperam problemas das soluções e é essa atenção que as torna mais
reflectidas. Esse é um dos valores mais preciosos e mais difíceis de
promover, por exemplo, entre os meus filhos e a minha Igreja. Temos de passar
uma vida inteira a lembrar que qualquer tolo sabe que um problema provavelmente
gerará outros mais, mas só um sábio está preparado para também os esperar de
uma solução. Creio que este é um dos desfasamentos actuais na relação do
mundo com o Cristianismo, em particular. O Cristianismo (e mais especificamente
o Protestante, que é o meu) sempre se distinguiu de todas as outras fés
religiosas pelo seu desconforto diante do bem. Como assim? Onde todas as outras religiões esperavam grandes coisas
das coisas boas, o Cristianismo desconfiava e preparava-se para até das coisas
aparentemente boas virem más. Vindo do monoteísmo judaico, o Cristianismo sabia
que, por exemplo, adorar o Deus certo (o único, diante de uma multidão de
muitos) era tão importante como adorar o Deus certo da maneira certa. O pavor que os judeus e os protestantes (e até os
muçulmanos!) têm à produção de imagens e esculturas representando Deus ilustra
este princípio em acção: não é apenas o conteúdo do que se adora, mas é também
a maneira como se o faz (“media is the message”, já nos ensinava o católico
Macluhan). É bom, portanto, suspeitar da solução mais óbvia de adorar Deus.
Adorar
as coisas certas da maneira errada não é assim tão diferente de adorar as
coisas erradas ainda que com uma intenção meio certa. O rigor do Cristianismo sempre foi alto. Um
mundo que julga que o conhece, distrai-se da razão de ser das velhas exigências
da fé. A ironia está também no facto de que, descristianizando-se a
sociedade (seja lá isso o que for), ela perde familiaridade com esses padrões
árduos. E nós podemos saber que vivemos numa sociedade que não percebe
nada de Cristianismo precisamente por ela deixar de suspeitar de soluções. O
facto de hoje a nossa imaginação moral estar espalmada, dividindo o mundo entre
lados certos e lados errados da história, traduz na perfeição o analfabetismo
de não compreender que alguns dos maiores problemas nascem do que a determinado
momento nos pareceu ser a melhor solução.
Lutero
sabia que o melhor que podia acontecer
a uma pessoa era ela saber-se justa e pecadora, alcançada pela graça de Jesus. Isso é substancialmente diferente de dividir o
mundo entre os justos e os pecadores, como hoje tende a acontecer. O
verdadeiro santo não é o bom; é o que se sabe o primeiro dos maus. Se
alguma verdadeira bondade existir, ela está na certeza de que o pior que já
vimos, foi visto cá dentro, nas entranhas de quem somos. Enquanto não
suspeitamos das soluções que nos julgamos ser para os outros, além de
bonzinhos somos uma chatice—provavelmente a pior forma de maldade.
CRISTIANISMO RELIGIÃO SOCIEDADE CRÓNICA OBSERVADOR
COMENTÁRIOS:
Nuno Ricardo: Antes de mais preciso de dizer que não sigo uma religião, já fui ateu
convicto mas agora tenho uma espiritualidade própria que bebe inspiração de várias filosofias. Respeito todas as
ideologias e religiões e tento tirar de cada uma, aquilo que tem de bom. Tenho
seguido os seus textos com grande admiração e respeito. Confesso que este é o
primeiro que não compreendo. Este texto toca exactamente no ponto que
interpreto como sendo o grande problema do cristianismo: a culpa e o pecado
dominam tanto a moral que não dão espaço a felicidade sem preconceitos e à
iniciativa pessoal. Sempre me pareceu que Deus é apenas um contraponto do Diabo
e não o contrário. Estava à espera que um pastor contrariasse esta minha visão
mas neste texto corrobora-a, certo? David Pinheiro > Nuno Ricardo: Para os cristãos Deus criou tudo, inclusivamente o
diabo, seus demónios e o inferno, onde estes ficarão eternamente em sofrimento
atroz. Porque o fez? Não sei se algum cristão se atreve a
explicar... Criou também os humanos, pecadores, predestinados a ficar
eternamente no inferno juntamente com esses "agentes do mal"
previamente criados. Alguns poderão escapar desse destino ou por escolha
pessoal (Arminianismo) ou por predestinação divina (Calvinismo) e nesse caso
passarão um tempo eterno num paraíso também criado por Deus. Como é que se vai parar a esse
paraíso é uma questão que divide os cristãos, ainda hoje. Ao menos os calvinistas têm a
vida facilitada: é Deus quem previamente escolheu. Tiago Figueiredo > Nuno Ricardo: Como o Nuno, não sigo uma
Religião e tenho uma espiritualidade própria que bebe de diversas. Então, de
modo algum me presumo especialista ou autoridade nesta ou naquela e o que aqui
escrevo é apenas a minha leitura. A palavra "pecado" tomou, ao longo dos
tempos, uma conotação moral frequentemente associada a extremismo e
intolerância, aos quais a humanidade é propensa. Tanto que, desde os primórdios
da religião judaica, um pecado se tornou punível com outro pecado, para não
dizer com um pecado ainda maior. Exemplo disto no Novo Testamento, a meu ver, é que,
não fosse a intervenção de Jesus, a mulher acusada de adultério
teria sido punida pela execução do pecado matar.
De acordo com os 10 Mandamentos, "Não matarás" é o 6° e "Não
cometerás adultério" o 7°, uma ordem que Jesus repete no Sermão da
Montanha e que Paulo veio depois a inverter na Epístola aos Romanos. Não haja dúvida que face ao
Budismo, por exemplo, há na raiz das religiões abraâmicas uma maior propensão a
sinalizar o erro do que a virtude. Os 10 mandamentos e com excepção do 5° -
"Honra o teu Pai e a tua Mãe", são uma série de "Nãos".
Em paralelo, na base do Budismo estão as 4 Nobres Verdades que, propondo
uma mera constatação de factos e apontando um caminho abstracto (desapego), se
podem dizer "amorais", e o Nobre Caminho Óctuplo, que aponta caminhos
correctos para o "Paraíso Budista", o fim do sofrimento. Creio que o maior
papel de Jesus foi "amenizar" o efeito de tantos "Nãos"
entretanto levados ao extremo, tentando promover pelo seu exemplo uma maior
tolerância ao erro, ao qual estamos também naturalmente propensos. Ajuda, a meu ver, entender a
origem etimológica da palavra "pecado". No hebraico, segundo li em
tempos num texto por um estudioso da religião judaica, a palavra era usada por
arqueiros hebreus, significando "errar o alvo". E qual seria o
"alvo maior" de todos os seres humanos? Ser sempre feliz, não? O
Paraíso. O fim do sofrimento. E o que seria então errar o
alvo? Se colocarmos aqui a Regra de Ouro na equação, a "Ética de Reciprocidade" (faz aos outros o que
gostarias que te fizessem a ti) e que é uma máxima moral em diversas religiões,
pecado seria todo o acto que, porquanto executado em busca da felicidade
própria, causaria sofrimento a outros, senão ao próprio a médio-longo prazo. O
adultério provoca sofrimento ao esposo/a, mas também é uma forma de prisão.
Quem busca felicidade "fora de casa", enganando o companheiro/a, mais
facilmente é quem desistiu de a encontrar lá e de fazer o seu companheiro/a
feliz também. É neste aspecto de "busca pela felicidade
própria" que, a meu ver, entra o conceito de "Diabo". Vale
dizer que também no Judaísmo existem diferentes e bem divergentes
interpretações deste conceito. Há, no Judaísmo, uma corrente de pensamento que
defende a "personalização" do conceito por associação a Lúcifer, o
anjo que - em busca da sua felicidade perdida - se rebela contra o trono que
servia e teria dito "antes reinar no inferno do que servir no
paraíso!", e que se tornou mais presente no Cristianismo, e há uma outra
que rejeita essa personalização e apenas associa-o a uma natural
"inclinação para o mal", a meu ver, uma natural inclinação para
procurar a felicidade própria em prejuízo de outros, quebrando a Regra de Ouro,
o nosso lado mais "bestial". Neste último sentido, a meu ver
pelo menos, até o Diabo serve a Deus, já que a busca de felicidade própria é o
denominador comum a todos, sendo a diferença a disposição e capacidade
individual de direcionar essa busca de modo a servir a de outros também.Neste sentido, quem serve
a Deus encontra também felicidade em servir para
a felicidade do próximo e não apenas a sua própria, mesmo que em prejuízo do
próximo.
Tiago Figueiredo > Nuno Ricardo: Eu diria que uma boa parábola
para ilustrar que até o Diabo serve a Deus é a da ovelha desgarrada e sobre a
qual Jesus diz ser "a mais amada" pelo pastor, creio eu porque, ao
invés de apenas seguir
as restantes, não esqueceu o fundamental, o denominador comum, que é buscar e
encontrar a própria felicidade. Neste sentido, Deus não seria o
"contraponto" do Diabo, tanto quanto o seu complemento. ,Manuel Brito:
lutero provocou
guerras e mortes por toda a europa, desuniu e enfraqueceu a cristandade, ser
desprezivel e mau exemplo para o ocidente Tiago Figueiredo > Manuel Brito: O mesmo poderia ser dito de
Jesus relativamente ao Judaísmo, como aliás o próprio reconhece, pelo menos de
acordo com o evangelho apócrifo de São Tomé: Talvez os homens pensem que eu vim para trazer paz à
terra, e não sabem que eu vim para trazer discórdias à terra, fogo, espada e
guerra. De resto, Manuel, a cristandade nunca foi um movimento
perfeitamente unido, logo desde, mas muito além da sua génese. Reza a história que no Primeiro
Concílio de Niceia até houve estaladas na cara entre intervenientes. A ironia... bento guerra:
O problema era o
custo das bulas
josé maria: Lutero, que exemplo ético tem a dar mundo, Tiago?
Aqueles ataques infames sobre os judeus? Tiago Figueiredo > josé maria: E o José, com os seus
constantes ataques aos cristãos? Que exemplo tem a dar ao mundo? josé maria > Tiago Figueiredo: Onde é que faço
"constantes ataques aos cristãos" ? Cite algo que eu tenha dito, a
esse propósito, antes de me difamar... Tiago Figueiredo > josé maria: Aqui mesmo, a Lutero. Não é preciso ir mais longe. O
José coloca em questão que Lutero possa ser um exemplo de ética pelos
"ataques infames sobre os judeus", aparentemente ignorando e
colocando em questão a essência do artigo e do ensinamento de Lutero, que é o
reconhecimento de que "todos nós erramos" (inclusive o próprio,
portanto). E, partindo desse princípio, que todos nós erramos,
todo e qualquer outro melhor exemplo de ética que um qualquer indivíduo dê deve
ser descartado? Os frutos não amadurecem uniformemente. Se o José
desejar comer um fruto que demonstra um ponto para lá de maduro mas que, no
restante, está bom, o que faz? Joga o fruto inteiro no lixo ou pega numa faca e
retira a parte podre? Em suma, como diriam os ingleses, "don't throw the baby out with the
bath water".
josé maria >Tiago Figueiredo: Aqui mesmo, a Lutero. Não é
preciso ir mais longe. Treta, facilmente desmontável. Para si, eu não deveria
ter criticado Lutero simplesmente por ele ter dito que todos nós erramos. A si,
o que o incomodou, foi que eu tivesse criticado Lutero pela forma infame como
ele perseguiu os judeus. E, a partir dessa crítica legítima e pertinente, você
já se acha no direito de me difamar, partindo do pressuposto falacioso e
manipulador, de que, por ter criticado Lutero, já estou a atacar todos os
cristãos. Típica falácia da generalização, acompanhada de claro propósito
difamante. E manifesta desonestidade intelectual. Imaginemos até que ponto iria
a sua tentativa branqueadora: Eu não poderia criticar a Inquisição e Torquemada,
porque todos erram. Não poderia criticar os abusos sexuais praticados por
padres católicos, porque todos erram. Não poderia criticar a condenação injusta
de Jesus, por parte do Sinédrio, porque até os fariseus erram. Mas você já me
pode difamar, sem factos demonstrativos, porque eu me "atrevi" a
criticar Lutero. Linda e hipócrita moralidade branqueadora... Tiago Figueiredo > josé maria: O que me incomoda é a forma
como o José simplesmente desvia a atenção do melhor que Lutero oferece, de
acordo com o que o autor aqui relata, e apenas foca no pior,
desmerecendo todo e qualquer mérito do ensinamento em questão e que é o tema do
artigo e promovendo exactamente o contrário, que é a divisão do mundo entre
justos e pecadores. Mas, se não quer entender, não entenda………………………….. josé maria > Tiago Figueiredo: E estimo mesmo. E já agora, referiu-se a São
Francisco como "um homem admirável." Entendo e compartilho o seu
sentimento. No entanto, relembro-lhe o que escreveu noutro artigo recente: Não respeito nenhuma forma
hipócrita, contraditória e esquizofrénica de falsa espiritualidade, não
respeito o mito abjecto da "virgindade perpétua de Maria", que
constitui uma distorção soez da Mãe de Jesus. Se você não é capaz de se elevar
acima do patamar rasteiro em que normalmente se movimenta, e entender estas
distinções fundamentais, o problema é exclusivamente seu. São Francisco acreditava na
Virgem Maria. Devemos então concluir que o José admira São Francisco, mas
considera a sua espiritualidade uma "forma
falsa, hipócrita, contraditória e esquizofrénica (...), (in)capaz de se elevar
acima do patamar rasteiro em que normalmente se movimenta"? Fiquemos por aqui, que agora
tenho família a quem dar a minha atenção e tempo, no que resta deste domingo………S. Francisco viveu na Idade Média
e a humanidade progrediu a partir dessa época. Que ele acreditasse na patranha
da Virgindade Perpétua de Maria, que os evangelhos nem sequer autorizam, é-me
completamente indiferente, para o considerar um excelente ser humano. Homens
houve que, com base na interpretação desses textos, só fizeram mal a outros
homens. S. Francisco foi um homem bom. Teria sido sempre um homem bom, pelo
exemplo de generosidade e bondade, fosse ou não cristão e independentemente do
facto de os evangelhos serem textos eticamente contraditórios e até, em certas
passagens, esquizofrénicos. Quem diz o que quer, sujeita-se a ouvir o que não
quer. Isso é certamente válido para mim, mas você também não é excepção. Tiago Figueiredo > josé maria: S. Francisco viveu na Idade
Média... E Lutero viveu quando? No séc. XXI?! Viveu no final da Idade Média,
tendo nascido numa Europa que mal havia recuperado da Grande Fome e da Peste
Negra (que Francisco de Assis não viveu, nem o que veio logo depois) e que
alimentaram o extremismo religioso que levou à perseguição de Judeus. Lutero já
nasceu e cresceu envolvido nessa cultura de perseguição. Só contextualiza quando lhe
convém também... Enfim. Fui! josé maria > Tiago Figueiredo: A diferença ética entre Lutero
e Francisco de Assis é abissal. Para quem tiver dúvidas, basta atentar no que
ele escreveu a propósito dos judeus: A Alemanha deve ficar livre de judeus, aos quais após
serem expulsos, devem ser despojados de todo dinheiro e joias, prata e ouro, e
que fossem incendiadas suas sinagogas e escolas, suas casas derrubadas e
destruídas (…), postos sob um telheiro ou estábulo como os ciganos (…), na
miséria e no cativeiro assim que estes vermes venenosos se lamentassem de nós e
se queixassem incessantemente a Deus". — "Sobre os Judeus e Suas
Mentiras" de Martinho Lutero. Enfim. Fui! Boa viagem... Tiago Figueiredo > josé maria: A diferença ética entre Lutero
e Francisco de Assis é abissal... Nesse ponto, claro que sim, tão abissal quanto eram já
à época do nascimento de Lutero as relações entre o clero e as comunidades
cristãs e as judaicas. Comparativamente, nesse ponto e sem sequer considerar as
restantes condições que mencionei acima, Francisco de Assis nasceu e cresceu no
Paraíso. Boa viagem... Obrigado. josé maria > Tiago Figueiredo: Obrigado. Não tem de quê.
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