A China sabe que Portugal até foi
pioneiro na questão dos avanços pró-asiáticos. Agora, insinuantemente, devolve
a parada, começando pelo pioneiro, de pálido interesse, é certo, mas que serve
para abalar na penetração e no abraço europeu, a caminho do beijo facial ao seu
compadre russo. O resto virá com os tempos, como já vem vindo. Mas entretanto,
Costa dá-lhe a mãozinha sentimental, para o seu governo de sucesso pessoal e de
reposição fraterna justiceira. RAQUEL ABECASIS alerta bem. O povo português é sereno.
Portugal, a megaloja do chinês
Não se entende como podemos estar
tranquilos com a hipótese de haver empresas controladas pelo Estado chinês a
concorrerem ao controlo dos nossos dados com a chegada da rede 5G a Portugal.
RAQUEL ABECASIS Jornalista e ex-candidata independente pelo
CDS nas eleições autárquicas e legislativas
OBSERVADOR, 21 jun
2022, 00:174
Há
poucos dias, um porta-voz do Governo chinês, talvez entusiasmado pelos avanços
russos na Ucrânia, veio declarar publicamente que Pequim está com a Rússia. O
apoio não é novidade. Todos já o sabíamos desde o início. A novidade é
que, pela primeira vez desde que começou a guerra, o Governo chinês não teve
embaraço algum em declarar o seu apoio à Rússia.
O
posicionamento da China não pode nem deve passar-nos ao lado. Se neste
momento, apesar de tudo, nos sentimos aliviados por não termos uma dependência
energética da Rússia, ao contrário de outros países europeus, o mesmo não podemos dizer em relação à China.
Portugal é descrito pela imprensa
internacional como o cavalo de Troia da China no Ocidente. Estados
Unidos e União Europeia já manifestaram a sua preocupação junto do Governo
português por diversas vezes. O
caso não é para menos. O capital do Estado chinês controla grande parte dos
nossos setores estratégicos. Da energia à
saúde, da finança à comunicação
social. E o pior é que se prepara para entrar em mais outros tantos setores.
Num
mundo em conflito e em que claramente a China parece seguir o caminho encetado
pela Rússia, é no
mínimo imprudente que não estejamos alerta para a situação atual e que ninguém
na esfera pública pareça estar preocupado com os avanços que o capital chinês
se prepara para fazer em Portugal.
O porto de Sines, infraestrutura
estratégica nacional, e o concurso do 5G, que terá lugar nos próximos meses em
Portugal, são os novos objectivos de Pequim para controlar por completo o nosso
país. Passaremos a ser uma espécie de megaloja do chinês na Europa.
Acresce
que, no que respeita às comunicações, não se trata apenas de controlo
económico, trata-se também de controlo
da vida de cada um de nós. Estamos
preocupados em assegurar que o Estado e as empresas de comunicação não retêm os
nossos dados pessoais, como parece ser o caso com a questão dos metadados. Se assim é, não se entende como podemos estar
tranquilos com a hipótese de haver empresas controladas pelo Estado chinês a
concorrerem ao controlo dos nossos dados com a chegada da rede 5G a Portugal.
Todas as campainhas de alarme deveriam neste momento
estar a tocar para evitar que a China dê mais este passo de gigante no controlo
estratégico do nosso país.
Como
sempre por cá, partidos políticos e sociedade civil estão a dormir. Esperemos
que este e outros alertas que têm surgido na comunicação social sejam úteis
para evitar o pior.
A
guerra na Ucrânia tornou evidente a quem tivesse dúvidas que a ingenuidade com
que se abriram as portas ao capital de Estados autoritários nos deixou em muito
maus lençóis. Não há ditaduras boazinhas nem comunismo capitalista.
A Rússia já o provou e a China vai prová-lo mais cedo do que tarde. Falta-lhe
só ter uma boa fatia do mundo ocidental debaixo do seu controlo. Portugal vai
muito à frente nesse campeonato. Está na hora de abrir os olhos.
CHINA MUNDO SINES PAÍS TELECOMUNICAÇÕES TECNOLOGIA
COMENTÁRIOS:
Madalena Sa: Muito bom!
Assustador! No entanto o governo age e o povo não entende! É trágico! Fernando CE: Muito bom. Subescrevo. Os portugueses nunca foram bons
a planear o futuro . Depois, desenrasca-se. Nuno Rocha: Começa a ficar claro porque é que o CDS morreu.
Acusar liminarmente os russos na actual situação ucraniana é conversa para
entreter criancinhas. Não perceber as origens e causas da situação é muito
grave, principalmente quando se pertence a um partido político. Vir aqui vender
a narrativa americana de que somos melhor do que os outros porque somos uma
democracia já só colhe aplausos duma franja muito limitada de acéfalos. Paul C. Rosado: Os governantes e ex-governantes que andaram em
negociatas com a organização terrorista e assassina Partido Comunista Chinês,
deviam cobrir a cara de vergonha! Entregar o país ao inimigo? E depois vêm
falar em Democracia e Direitos Humanos... Hipo Tanso: E a infiltração em África? E na América do Sul? E
sabemos nós onde mais? Quando
os "governantes" xuxas resolverem começar a preocupar-se com a
opinião desfavorável da população... será tarde. Porque nessa altura eles perdem as eleições, isso
perdem. Mas
é nessa altura que começa a ditadura chinesa. Se é que não começou já, pela
calada e com a conivência traidora da escumalha. Troca-Tintas: Noutros tempos usávamos uma palavra para descrever esta
gente e Roma não lhe pagava.
bento guerra: Eles ficam com
os "metadedos" a seguir ao "one belt one road", o mercado
global. O triunfo comunista dos trabalhadores, eh,eh,eh Velha do
Restelo: O elefante no
meio da sala... praticamente ninguém fala, e os que sabem não parecem
preocupados. É a nova Rota da Seda, a Belt and Road Initiative, a Nova Ordem
Mundial, o bloco comercial da China, Rússia, Irão e outros que tais. Andrade QB: Qual é o problema? A China para
já só está a usar força militar para roubar gás ao Japão e correr com os
pescadores japoneses das suas próprias águas territoriais. A chatice vai ser que, estando
Portugal tão longe, quando os navios de guerra chineses cá chegarem já não
teremos a nossa actual elite politica e de empresários dos corredores do poder
para celebrarem condignamente a sua chegada. Carlos Silva: Olhó passarinho ! Tás fo....di.....do ! Mad Max - Feminazi
Strikes Back: Eu também não entendo muita coisa... Como a maioria absoluta do PS, por
exemplo...
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