De TERESA DE SOUSA.
Tenho presente o texto de Teresa de Sousa, «Quem lidera a Europa?», do
PÚBLICO de 5/6/22, que mais uma vez vem comprovar o carisma de
autenticidade do seu “alvedrio”, “isento,
forro, poderoso”, como deve ser, segundo definição do Anjo que nos
acompanha sempre, tal como o fez à Alma vicentina,
sujeita aos extravios das humanas tentações, como todos, afinal, o somos por
vezes.
Mas Teresa
de Sousa parece-me uma figura independente, de pensamento recto
e corajoso nas suas afirmações, cuja justeza, parece advir de uma pesquisa
informativa escrupulosa e do conceituoso de um pensamento livre, disciplinado e
bem-educado, sem a exaltação polémica ou provocatória de tantos outros, mas
sereno, de uma sinceridade e imparcialidade repousantes, que geralmente
compartilhamos, ainda que leigos e na ligeireza de dados, que por nós passaram
e pairaram, numa idêntica linha de conceito, todavia, quando os ouvimos ou
lemos. É o que bem traduz nesta sua vasta crónica, sobre o projecto europeu da
resposta â miserável provocação selvática de Putin contra a Ucrânia,
(para começar): a saliência docee persistente de Ursula
von der Leyen no projecto de auxílio à Ucrânia, em torno da
aceitação deste país como membro da NATO, a pusilanimidade de torpe e
maquiavélica aparente simpatia de Macron frente a Putin, com uma Alemanha igualmente hesitante,
por conta dos seus negócios de abastecimento energético….
Mas é, finalmente sobre a Grã Bretanha que arrisca o comentário de apreço, que
igualmente compartilhamos e não resistimos a transcrever:
https://www.publico.pt/2022/06/05/mundo/comentario/lidera-europa-2008958
«5 -.
Ironia das ironias, tem cabido ao Reino Unido o papel liderante no apoio
europeu aos ucranianos. Com Boris Johnson ou sem ele, os britânicos sabem
sempre de que lado estão e o que devem fazer quando têm pela frente uma
ditadura belicista e agressora. São o país europeu que mais armas e
ajuda financeira fornece a Kiev, nomeadamente as armas pesadas de que eles
precisam agora, mais do que nunca. Johnson foi o primeiro líder europeu a visitar
Zelensky em Kiev. Negociou com a Suécia e a Finlândia um acordo de
defesa, que lhes dá garantias de apoio militar durante os meses em que ainda
não são membros da NATO e, portanto, não estão ao abrigo do Artigo 5.º. São os
serviços de informações britânicos quem fornece uma parte substancial da
informação de que as tropas ucranianas precisam para antecipar os movimentos
das tropas russas.
Se
era precisa uma prova de que, do ponto de vista britânico, o “Brexit”
foi um monumental disparate, cá está ela. Se era precisa outra prova de que a
União não ficou “muito melhor sem o Reino Unido”, como se dizia em Bruxelas,
ela também aqui está. Bastou uma guerra.»
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