REGOZIJO

Perante a ausência de texto no Facebook do Sr. Embaixador, já eu andava preocupada a pensar negativamente, em termos de saúde, que é aquilo em que se pensa logo, quando gostamos de ler as suas páginas diárias cheias de bom humor e de amor à vida, que são exemplo reconfortante, em tempo de lágrimas, como é este nosso. Felizmente, tudo acabou bem, graças à dedicação dos seus, e também aos bons serviços hospitalares de Cascais, que a mim própria me safaram, e aos meus, e por isso também estou grata aos médicos e enfermeiros do HOSPITAL DE CASCAIS.

E assim, ficamos à espera da continuação do DIÁRIO…

Luis Soares de Oliveira

NETA SALVA AVÔ

Marta Roquete S. Oliveira, minha neta, recebeu o diploma de formatura como enfermeira no dia 13 último, em solenidade na Católica. Finda esta, veio visitar este avô padecente. Informou-se do estado de saúde e comentou:- demasiada dor para o mal diagnosticado. O avô deveria ser visto por outro médico, com urgência. Aceitei o alvitre.

Era o dia de Santo António e as clínicas de Cascais e Lisboa estavam encerradas. A clarividência de Isaltino - Oeiras não se rendera ao culto antoniano - veio ajudar-nos:. Marta agarrou-se ao telemóvel e obteve consulta na clínica Chaves, em Miraflores. Ali, o médico especialista ouviu o historial, fez a apalpação e concordou imediatamente que o diagnóstico estava errado. O causador do mal frequenta as mesmas paragens mas é outro, concluiu. Uma TAC pode tirar qualquer dúvida. TAC marcado para o dia seguinte. Quatro horas de jejum, logo acrescidas de mais uma porque foi preciso remendar o aparelho que se avariou.

Às cinco, conforme marcado, tudo pronto para nova consulta do especialista, dr Figueira da Foz (o nome não é bem este mas anda perto). Só ele tinha acesso aos resultados da TAC. E eram cinco, depois seis horas, nada de médico e o jejum e o mau estar prolongavam-se. A conselho dos recepcionistas, seria melhor cuidar da refeição pois o médico poderia não vir á clínica. Nunca se sabe. Abalámos. Marta veio pôr o Avô em casa e seguiu para a sua. Ali, contou à mãe Rita o sucedido e esta ficou indignada. Telefonou para a clínica e ameaçou-os com as penas do inferno se o médico não comunicasse imediatamente - mesmo pelo telefone - os resultado do TAC. Meia hora depois, o dr. Figueira da Foz estava ao telefone a anunciar que o assunto era grave pois o líquido retido estava prestes a atingir o limite da capacidade tolerada. Marta pega no telemóvel e consegue marcação na Urgência do CUF de Cascais. Por volta das 11 da noite estava tudo resolvido: eu livre de perigo e liberto da dor, ainda que exausto; Marta estava na mesma, pronta para outra.

Quem tem uma nora e uma neta assim pode até dispensar o SNS.

FOTO LSO.