Além dos incendiários que parece que são
muitos, por cá - e as causas disso são também citadas, há muitos anos que ouço acerca
dos interesses que estão por trás dos incêndios na altura dos calores (e por
tal motivo ou outros de diferente cariz, também não se limpam os matos durante
o ano, nem se organizam convenientemente os serviços dos Bombeiros, embora as
notícias só atribuam as responsabilidades dos incêndios, para além dos calores
estivais, a seres irresponsáveis que facilmente serão presos e a seguir
libertados por inimputabilidade provada… Para além dos incendiários
inimputáveis, repito - pondo a salvo os imputáveis, por respeito ao status quo - refiro, como exemplo da
nossa tendência para a alegria e a festa, a alegria e as festas por tudo quanto
é canto e recanto, neste pequeno país, um fartote de festas secundadas pelos
canais TV. E, enquanto na Grã-Bretanha se ensinam jovens ucranianos e outros a
pegar em armas, jovens que assim se preparam para defender o seu país, por cá é
um forrobodó de festas e comezainas e alegria e estardalhaço e gente que se
diverte, segundo mostram os noticiários e os programas de entretenimento
televisivo, que ajudam à alegria e à irresponsabilidade. Como bem explicita MANUEL VILLAVERDE CABRAL, Portugal está a arder, sim. Em
todas as frentes, afinal. Na impreparação também. Por excesso de saracoteio,
ultrajante, num mundo de tanta agonia.
De muitas outras coisas, que têm a ver com
astúcias e cinismos governativos, com revisão da matéria, trata o excelente
artigo de MANUEL VILLAVERDE CABRAL, “PORTUGAL ESTÁ A ARDER”. Em várias frentes, pois, os
incêndios em que arde Portugal.
Portugal
está a arder!
Desde que tomou o poder, o PS não fez
mais do que dar força à extrema-esquerda no chamado «plano cultural», ou seja,
«guerras de sexos e de raças», enquanto ia gerindo a dívida deixada pelo
próprio PS
MANUEL VILLAVERDE CABRAL
OBSERVADOR, 15 ago
2022, 00:1721
Não é por acaso que o primeiro-ministro se tem mantido
calado e, quando foi forçado a falar há dias, refugiou-se no vago quando não
negou a evidência. Fê-lo concretamente a propósito dos sucessivos incêndios
desencadeados há mais de um mês sem parar, até à semana inteira em que arderam dezenas de milhar de
hectares do precioso Parque Natural da Serra da Estrela e seus arredores nos últimos
anos. Só então António Costa foi obrigado a dizer qualquer coisa a propósito
dessa tragédia mas não hesitou em sacudir a água do capote, como se não se
tratasse de nova tragédia ecológica a seguir aos trágicos incêndios de 2018,
sem nada ter sido feito desde então! Não é por acaso que Portugal detém o «record» europeu dos incêndios florestais.
Mas não ficamos por aqui, lamentavelmente. Longe
disso. Após o golpe parlamentar de 2015 em que Costa se juntou ao PCP e ao BE a
fim de arrebatar a maioria parlamentar à aliança PSD-CDS, a qual ganhara as
eleições depois de ter sido forçado gerir a bancarrota causada pelo mesmo
Sócrates que continua sem ter sido julgado e, presumivelmente, assim
continuará… Desde que tomou o poder, o PS
não fez mais do que dar força à extrema-esquerda no chamado «plano cultural»,
ou seja, as «guerras dos sexos e das raças» actualmente em curso, enquanto ia
gerindo a dívida deixada pelo próprio PS, criando empregos no funcionalismo
público e distribuindo subsídios ocasionais a um exército sempre crescente de
pobreza… Tudo exclusivamente com o olho na popularidade eleitoral.
A seguir, sem culpa do PS, veio a pandemia que nos entreteve politicamente fechando-nos em
casa e, apesar da propaganda das vacinas, que entretanto os países
desenvolvidos inventaram e a UE nos deu de borla. Na prática, a verdade é que, sob o secretismo do Ministério da Saúde, a
Covid-19 ora matou os idosos refugiados em lares de duvidosa garantia, ora
criou rapidamente uma «mortalidade excessiva».
Esta é comum de resto a todos os países atingidos pela
pandemia, mas em Portugal tem sido deliberadamente ocultada pelo ministério da
Saúde enquanto o número de óbitos continua a reduzir a população. Entretanto, o PS não perdeu a ocasião para diminuir
a idade da reforma quando as próximas gerações serão cada vez em menor número,
sem que se saiba quem trabalhará no futuro de forma a continuar a pagar as
reformas aos idosos sobreviventes e a dívida criada pelo PS.
Eis as cordas que já apertavam o nosso pescoço! Entretanto,
o PS apercebeu-se da possibilidade de se ver livre do PCP e do BE, servindo-se
do novo orçamento de Estado para fazer cair o parlamento com o apoio do
presidente da República, a fim de se verem livres da «geringonça». Apesar
de as sondagens não o indicarem, a verdade é que foram os antigos votantes
do BE que correram em socorro do PS: resultado, a mais baixa «maioria absoluta»
de sempre (pouco mais de 40%) devido à crescente manipulação dos círculos
eleitorais.
Enquanto a demografia nos aprisionava cada vez mais e
o antigo coordenador do processo de vacinação, o vice-almirante Gouveia de
Melo, já disputava a sucessão do PR ao chefe do «Chega», rebenta a guerra de
invasão da Ucrânia pela Rússia. O pacifismo interesseiro do PS português
revelou-se de tal modo óbvio que até parece querer que a Rússia ponha fim à
guerra o mais depressa possível a fim de voltarmos ao ramerrame habitual. Entretanto, a UE fazia-nos o
pior presente que o país podia receber: biliões de euros de borla.
Além da
manifesta falta de capacidade para gerir tal dinheiro dentro dos prazos e dos
parâmetros anunciados – a juntar aos costumeiros «projectos europeus» que em
breve se escoarão nas regiões mais deserdadas, – o governo não só não foi capaz
de escapar ao alçapão da TAP bem como de um aeroporto badalado há 50 anos, como
tão pouco se lembrou – ó, ignorância! – dos custos acrescentados pela pandemia
e em breve pela guerra. Todos estes custos se juntaram
mais depressa do que devagar para voltar a aumentar a dívida e, finalmente, a
inflação. Por seu turno, esta deitou por terra os planos arquitectados pela
fina-flor do PS e dos «simpatizantes» de Sócrates, como ainda é, aliás, o caso
da maioria dos pesos-pesados e dos jovens prometedores que acederam aos
ministérios…
Ora, diferentemente da dívida pública que já tínhamos antes da guerra (130%
do PIB), a inflação gerada pelas despesas directas e indirectas da guerra é
galopante, tendo passado em Portugal de praticamente zero a perto de 10% em
menos de um ano. Resultado: 10% menos de dinheiro para pagarmos as despesas
habituais de cada um! Por ora, a relação entre rendimentos e despesas é esta, isto é, menos
5%. O país está literalmente a arder, assim como o PS! Onde está a «oposição»?
GOVERNO POLÍTICA PS INCÊNDIOS ACIDENTE SOCIEDADE
COMENTÁRIOS:
Agnelo Furtado: APOIADO! Manuel Villaverde Cabral! Hipo Tanso:MVC: o seu artigo é curto,
claro, conciso e de compreensão imediata - qualidades essenciais num texto
jornalístico. Do melhor que se tem escrito
neste jornal acerca da ignomínia perpetrada pelo ditadorzinho Costa, acolitado
pelo seu estado-maior e amparado pelo encosto confortável de um partido que se
abstém de discordar. A imprensa e TVs têm
fornecido os meios eficazes de garantir a apologia da excelente desgovernação
xuxa e o silenciamento da incompetência e das trafulhices sortidas que apesar
da rolha vão escorrendo até à luz do dia. A
escola vai por sua vez preparando as próximas gerações para aceitar uma
submissão obediente à orientação psiquiátrica de cuja necessidade quase ninguém
fala mas acabará por alastrar perigosamente e se tornar indispensável. O senhor que habita o palácio da presidência - e
que devia ser o Presidente da República, o Chefe do Estado, o principal
baluarte de defesa da população portuguesa - vai-se divertindo com umas
passeatas cá dentro e lá fora, uma beijoqueira que alterna e completa com as
"selfies" e uns vagos acenos de quem no fundo aprova todo este
infortúnio que aflige o nosso país. flavia martins: Excelente artigo. É sempre um prazer ler o prof .
Villaverde Cabral. Sim.., mais uma vez o PS , porque de novo desorientado, está a colocar o
país a arder ! Luís
Abrantes: Portugal está a
arder em todos os sentidos… nada escapa ao fogo voraz com que a esquerda
destrói tudo o que de bom se construiu nas últimas décadas…!!! Vitor Batista: Portugal é um paraíso para
xuxalistas,e eles sabem distribuir cenouras melhor do que ninguém... Lidia Santos: A Oposição está no PSD, no
Chega e na IL. Vamos ver qual é o líder com mais talento, mais força e
mais determinação para enfrentar os socialistas.. João FlorianoLidia Santos: A união faz a força. As três
forças políticas que menciona têm argumentos e estratégias diferentes de fazer
oposição. Cada uma por si, separadamente, não conseguirá atingir o objectivo.
Vão ter de encontrar o que as pode unir porque sem dúvida que o que as une tem
de ser mais forte do que aquilo que as separa. Isso inclui ignorar as
linhas vermelhas que a esquerda traçou à volta do CHEGA. Lidia Santos > João Floriano:
Precisamente. Com
a exclusão da Iniciativa Liberal ou do Chega empobrecem a Oposição e os
socialistas agradecem. Maria
José Varela: Excelente artigo! João
Floriano: Excelente
análise. O que mais me indigna é a descolagem entre o país real e o país
imaginário criado pelo PS e seu grande aliado, o PR. Ontem a caminho de Viseu,
MRS falava sobre as futuras façanhas de CR7 no próximo mundial. Precisamente o
que necessitamos: um presidente tipo Zé Taxista, já que a jornalista Anabela
funcionou apenas como pendura e ocasional puxa saco/ puxa conversa. Entretanto
milhares de hectares arderam na belissima Serra da Estrela. O ministro fala na
necessidade de utilizar novas técnicas no combate ao fogo e mais investigação.
Mas se Portugal já é desde há vários anos um país em alto risco de incêndio,
não deveria já ter sido prioritário um estudo sobre o assunto e sobretudo mão
pesadíssima e vigilância cerrada sobre os tresloucados e criminosos
incendiários? Muitos são reincidentes. mas voltam para casa com medidas
restritivas levíssimas e é vê-los de novo a atear fogo nas matas. O clima
mediterrânico, a secura extrema explicam muita coisa mas o laxismo e o deixa
arder também são parte da equação. Onde está a oposição? Entretanto a
questão do género, sexo e afins é um doido nu aos gritos, com uma moto serra,
no meio do centro comercial Colombo sábado à tarde, em dia de derby na Luz, mas
o governo parece não dar por nada. Madalena Sa: O País desapareceu e os
socialistas governam-se Alexandre
Barreira: Pois.
Mas a maltinha
quer é sopas e descanso ! António Lamas: Obrigado pela partilha do seu
pensamento. Hoje em dia, só quem é verdadeiramente livre pode escrever o que MVC
escreve. Os outros, ou têm medo ou estão comprados. Bem haja
MVC. Maria do
Céu Cunha: Excelende
opinião Tristemente, que futuro? Cisca ImpllitMaria do Céu Cunha: É, este
Villaverde Cabral pensa e escreve cada vez melhor!
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