E um general é sempre uma referência de prestígio, pesem embora os seus segredos de bem-estar pessoal na questão de simpatia ideológica. Além disso estamos em democracia, de aceitação universal, deixá-la vir, pois, a ave, a vela, a alma, a nota – musical, por muito que a outra se vá para o paraíso fiscal… Não, não estou a glosar o Antero, estou a defender o general do nosso fabrico caseiro… O Dr. Salles devia ser mais pragmático. Quanto à Nancy, só acho que ela foi viajar por conta do seu Estado americano, e as viagens são sempre extremamente favorecedoras da nossa formação pessoal, embora eu não duvide da dela, é claro, até a acho corajosa, arriscando-se a ir pelos ares e a alguém comentando “Deixá-la ir, não faz cá falta…” , o que é nitidamente desprestigiante…
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO 19.08.22
Hoje, pergunto-me como foi possível um membro fundador da NATO
deixar que simpatizantes do inimigo chegassem a Generais. Até onde estão as
nossas instituições infiltradas pelo inimigo? O que andam os nossos «Serviços
de Inteligência» a fazer? Quem ordenou a estes Serviços que não agissem?
A resposta só pode ser a de que tudo é secreto e, portanto, não é
para o conhecimento de gente vulgar.
A nós, vulgares, apenas cumpre constatar que «algo vai mal no Reino
da Dinamarca», que temos razões para temer pela solidez das Instituições. Em
tempos de guerra, esta é questão vital.
E se isto acontece entre nós, o que se passará nos outros membros da
NATO?
Estejamos agradecidos aos telejornais que nos alertaram para esta
realidade desmascarando dois desses Generais russófilos. E os outros que ainda
estão no activo?
Um dos maiores perigos para os combatentes é a falta de confiança em
quem os comanda e esta situação com que agora nos deparamos pode deitar tudo a
perder. Quando todos desconfiam de todos, desaparece a solidez institucional,
fraqueja a solidariedade nacional, apodrece a Nação e o inimigo rejubila.
No momento em que o perigo nuclear se pode materializar antes de eu
concluir a dactilografia desta frase, manifesto a minha confiança pessoal
no actual Chefe do nosso Estado.
* * *
E se é verdade que Nancy
Pelosi foi a Taiwan negociar a suspensão dos fornecimentos de chips às
indústrias militares russa e chinesa, ainda vamos ver-nos a dar «Vivas à Pelosi» e a mandar erguer-lhe uma estátua
equestre com ela em pose de saudação às turbas. A esta, rezo para que não seja
«fake». E será que, para negociar uma
coisa dessas, era necessário lá ir?
19 de agosto de 2022 Agosto de 2022
Henrique Salles da Fonseca
Tags: política
Anónimo 19.08.2022 18:03:
Li. 1) eram mais de dois…
trocaram alguns mas mantiveram 2 que só foram “observadores” 2) e tens razão, há muitos outros no Activo 3) a Nancy foi, meu ver, estúpida e provocadora,
perfeitamente inoportuna 4) tens Mais sorte que eu Que nem no xéxé do PR tenho
confiança! Abraços 🤗 Lúcia Morgadinho
Adriano Miranda Lima 19.08.2022 23:15: Bem vindo Lorosae 6! A respeito dos dois majores-generais comentadores, desde o primeiro dia formei o meu próprio juízo sem ser influenciado por quem quer que seja. No entanto, na dúvida, até lhes concedi no primeiro dia certa tolerância, mesmo quando a minha mulher, vendo o mesmo que eu, me chamou a atenção para o que desde logo lhe pareceram tendenciosas as análises desses dois comentadores. Mas não tardei a mudar de opinião e a reconhecer quão falaciosa era a pretensão de rigor e isenção que esses dois militares invocaram quando se sentiram criticados. Depois, tudo viria a confirmar-se com opiniões ouvidas a outros militares e com reportagens em alguns jornais, designadamente o Expresso. Enfim, existe estranheza no meio militar e incredulidade na sociedade civil, talvez com excepção da família comunista. Ainda ontem, já pela noite dentro, o major-general Carlos Branco comentou na CNN sobre a desmilitarização da área da central nuclear de Zaporizhzhia e uma vez mais fiquei embasbacado com a sua tentativa de não destrinçar as responsabilidades dos dois contendores relativamente ao risco que a insegurança daquela instalação representa. Todo o seu cuidado foi preservar a Rússia de qualquer intenção de tirar benefício militar daquele perímetro. Para ele, é irrelevante que o problema exista porque houve uma guerra declarada ao país invadido. Relativamente a acções de sabotagem empreendidas pelos ucranianos nos territórios ocupados pelas forças russas, teve o desplante de chamar a atenção para uma "linha vermelha" que o povo invadido e agredido não pode atingir, sob pena de uma escalada, isto é, de obrigar os russos a usar armas de maior letalidade, como, por exemplo, armamento nuclear. Depreende-se no entendimento do analista militar que o país invadido não tem outra saída senão deixar-se ocupar e destruir e submeter-se aos desígnios do agressor se não quiser que o conflito atinja proporções incontroláveis. Ele fala em escalada mas para ele escalada em momento algum é a invasão ilícita de um país soberano e a sua destruição sistemática, com tudo a assemelhar-se a um verdadeiro genocídio. Para mim, isto é que é a expressão genuína da escalada, e a um nível que se considera insuportável e inaceitável. Para este senhor general e o seu colega Agostinho Costa, o mundo livre só tem de assistir impávido e sereno a esta tragédia; está proibido de ajudar o mais fraco, como o tem feito. (Continua)
Nenhum comentário:
Postar um comentário