sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Valham-nos, pois, os HIMARS


Mas também Deus.

Militares norte-americanos e um HIMARS         GETTY IMAGES

HIMARS. O "amigo de confiança" americano que está a ajudar a Ucrânia a virar a guerra

Um poderoso sistema de lançamento de foguetes norte-americano ajudou a estancar a "sangria" ucraniana no Donbass e abre a porta à reconquista de Kherson. Mas os HIMARS não são uma panaceia.

CÁTIA BRUNO: Texto        ANA MOREIRA: Grafismo           OBSERVADOR, 08 ago 2022, 22:0223

Índice

Linhas de abastecimento russas destruídas e a ameaça de uma “arma secreta” do Kremlin

Há vida para lá dos HIMARS. A “pausa operacional” russa que ajuda a explicar a mudança no terreno

Sem apoio continuado dos EUA, HIMARS não servem para nada

Um “amigo de confiança que veio dos Estados Unidos” que deixa os russos com “fumo a sair-lhes do rabo”. A canção mais recente do músico (e militar) ucraniano Taras Borovok não é dedicada a nenhum camarada de armas, mas sim a um sistema de artilharia que está a ter uma influência inesperada na guerra da Ucrânia. Chama-se HIMARS (sigla para High Mobility Artillery Rocket System) e é um lançador de foguetes produzido nos EUA. E não inspira apenas canções: em julho, uma série de posters dedicados a este sistema apareceram nas paredes da cidade de Kherson, ocupada pelos russos.

São sinais de popularidade que ilustram bem como o armamento fornecido pelos norte-americanos está a galvanizar os ucranianos, graças à sua eficácia — e, possivelmente, a contribuir para mudar o curso do conflito. Ainda esta segunda-feira, Washington anunciou mais um pacote de armamento no valor de mais de 500 milhões de euros, onde se incluem munições para os HIMARS. Nas redes sociais, o governo ucraniano há muito que rejubila: “Os HIMARS já fizeram uma ENOOORME diferença no campo de batalha”, declarou o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, a 9 de julho.

Logo no início de julho, os HIMARS foram utilizados pelo exército ucraniano com sucesso: em Donbass, os lança-foguetes serviram para destruir dois armazéns de armamento russo. Analistas militares estimam também que tenha sido com recurso a este sistema que o exército ucraniano conseguiu atingir uma base aérea russa em Melitopol, perto de Zaporíjia. Agora, mais recentemente, têm sido usados pelas forças armadas de Kiev em alvos como pontes, na tentativa de reconquistar a cidade ocupada de Kherson — um contra-ataque que, em caso de sucesso, poderia virar a guerra a favor dos ucranianos. Mas estará a Ucrânia a depositar demasiadas esperanças num único sistema lançador de foguetes?

Linhas de abastecimento russas destruídas e a ameaça de uma “arma secreta” do Kremlin

A eficácia dos HIMARS explica-se sobretudo pela rapidez com que o sistema de artilharia funciona. Mark F. Cancian, antigo militar norte-americano que teve experiência com HIMARS na guerra do Iraque, descreve como: “Em cerca de dois minutos, uma única bateria de foguetes (nove lançadores MLRS) pode disparar 108 foguetes de 23 centímetros, cada um com ogivas de 90 quilos”.

Não admira, por isso, que cada unidade de HIMARS custe cerca de 5 milhões de euros a produzir — a que se soma o custo dos mísseis utilizados, a cerca de 155 mil euros cada.

Numa guerra em que a artilharia se tornou decisiva, os HIMARS têm tido um papel fulcral para Kiev, como explica ao Observador Nicolas Jouan: “Desde que o conflito se tornou numa guerra de desgaste, e especialmente desde que a Rússia concentrou os seus esforços na frente de leste, um dos factores mais decisivos em termos tácticos tem sido a mobilidade, precisão e alcance dos sistemas de artilharia”, diz o analista de Defesa do think tank RAND. “Os HIMARS são um acrescento interessante ao arsenal da Ucrânia, já que têm mais mobilidade e são mais poderosos do que os sistemas de artilharia que estavam a usar antes, como o M777.

Sidharth Kaushal, especialista em tecnologia militar do Royal United Services Institute, concretiza: “Isto significa que os ucranianos conseguem atingir alvos como armazéns de armamento que estão para lá da linha da frente russa. O efeito disto é perturbar o ritmo de reabastecimento da artilharia e forçar os russos a fazer recuar o armazenamento.

A esta eficácia soma-se o facto de os ucranianos estarem a utilizar os HIMARS sobretudo durante a noite. Num sistema altamente dinâmico e móvel, como explica a CNN, a utilização nocturna torna ainda mais difícil para o exército russo detectar de onde estão a ser disparados os foguetes.

 Soldado ucraniano mostra mísseis prontos a serem lançados por um HIMARS       THE WASHINGTON POST VIA GETTY IM

Os sinais de que a Rússia está preocupada com o uso deste sistema começam a ser conhecidos. O Institute for the Study of War detectou, por exemplo, publicações reveladoras no canal de Telegram Moscow Calling, onde a “operação especial” russa costuma ser elogiada: os responsáveis pelo canal escrevem agora que a introdução dos HIMARS no teatro de operações iniciou uma nova fase do conflito. “O Moscow Calling insinuou fortemente que os recentes ataques ucranianos a armazéns, centros de comunicação e bases militares russas estão a ter um impacto devastador e potencialmente irreversível no desenvolvimento de ofensivas futuras por parte da Rússia”, resume o ISW.

Também Igor Girkin, antigo combatente russo no Donbass conhecido pela sua avaliação crítica da atuação recente do exército russo, declarou no Telegram que “os sistemas de defesa aérea russos revelaram-se ineficazes perante os ataques em massa dos mísseis dos HIMARS”.

Nicolas Jouan confirma essa avaliação: “As forças de artilharia russa terão sofrido perdas relevantes e estão agora a ir buscar reservas à artilharia da era soviética, como os 2S7”, afirma, referindo-se ao pesado sistema de artilharia que foi usado pela primeira vez pelos soviéticos no Afeganistão.

Oficialmente, porém, Moscovo não confirma que esteja em apuros por causa dos HIMARS. Bem pelo contrário: recentemente, o especialista militar Alexei Leonkov afirmou na televisão russa que o Kremlin tem uma “arma secreta” capaz de destruir os mísseis lançados pelos HIMARS. “O sistema americano foi vítima de hacking”, disse no Canal 1. “E o nosso sistema secreto será utilizado em todo o lado. É um bom sistema, que ainda não posso identificar, mas que funciona com distâncias muito maiores”. Esta terça-feira, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse também que a Rússia já destruiu seis dos HIMARS fornecidos pelos norte-americanos à Ucrânia.

"[Com os HIMARS], os ucranianos conseguem atingir alvos como armazéns de armamento que estão para lá da linha da frente russa. O efeito disto é perturbar o ritmo de reabastecimento da artilharia e forçar os russos a fazer recuar o armazenamento." Sidharth Kaushal, investigador militar do Royal United Services Institute

Os especialistas consultados pelo Observador, contudo, têm sérias dúvidas de que os russos tenham desenvolvido um sistema de defesa aérea eficaz contra os mísseis dos HIMARS. “Parece-me altamente duvidoso”, diz Sidharth Kaushal. Também o analista militar Oleg Zhdanov afirmou que “não há nenhum antídoto para este tipo de armas”. “Uma solução de defesa contra estes sistemas simplesmente não existe. A única forma é, quando se vê um foguete a vir na nossa direção, fugir.”

Esta terça-feira, o Pentágono desmentiu a notícia de que Moscovo já tenha destruído seis HIMARS: “São declarações claramente falsas do ministro Shoigu”, disse o porta-voz do organismo.

Há vida para lá dos HIMARS. A “pausa operacional” russa que ajuda a explicar a mudança no terreno

Os HIMARS, porém, não explicam tudo. No início do mês de julho, Vladimir Putin anunciou uma “pausa operacional” no terreno. Agora, os analistas militares confirmam que não se tratava de bluff e que as forças russas estão de facto a diminuir os ataques e a reorganizar-se. “Os russos estão literalmente a rapar o fundo do tacho para encontrar novas tropas e equipamento”, resumiu ao New York Times o antigo comandante Frederick B. Hodges.

A aparente pausa na ofensiva russa explica-se, por isso, também pela incapacidade do seu próprio exército. “Embora os HIMARS sejam um dos factores [para a situação actual], a decisão russa de impor uma pausa operacional deve-se a muitas outras razões”, diz ao Observador Sidharth Kaushal“O número limitado de operacionais, a exaustão das tropas depois de ofensivas bem-sucedidas, mas sangrentas, e a necessidade de integrar os novos recrutas nas unidades pré-existentes provavelmente também têm um papel aqui.”

 O exército norte-americano usou HIMARS em vários locais no Médio Oriente, incluindo a guerra no Iraque  GETTY IMAGES

E os HIMARS têm as suas próprias limitações. No artigo publicado no site do Center for Strategic and International Studies, o antigo militar Cancian explica que estes lançadores de foguetes só são eficazes contra alvos que estejam parados.

Isso significa que, embora sejam eficazes para atacar a capacidade de reabastecimento russa e, portanto, ajudem a travar novas ofensivas, não são tão competentes contra alvos em movimento — ou seja, não são a panaceia que garante que a Ucrânia é capaz de levar a cabo um contra-ataque e reconquistar territórios ocupados pelos russos, como Kherson. “Os HIMARS limitam a capacidade da Rússia levar a cabo operações ofensivas, mas não forçam os russos a sair da Ucrânia. Para isso são necessários homens e armamento”, resumiu ao Wall Street Journal o analista militar Konrad Muzyka.

Os analistas ouvidos pelo Observador concordam. Kaushal nota que os HIMARS podem ajudar à reconquista de Kherson pelo facto de já terem sido usados para atacar pontos centrais como a ponte Antonivsky, mas considera muito mais relevantes outros factores, como “um exército russo desgastado e o facto de os russos estarem concentrados no Donbass”. Já Jouan aponta outro dado: “Um desafio que a Ucrânia vai ter de enfrentar é continuar a assegurar treino adequado para as suas tropas, bem como fornecimento constante de munições e peças para que os sistemas HIMARS possam continuar a ser utilizados.”

Sem apoio continuado dos EUA, HIMARS não servem para nada

Um HIMARS pode bem ser “um amigo de confiança”, como canta Taras Borovok, mas a amizade que é essencial os ucranianos manterem é a dos Estados Unidos — sem ela, não há forma de garantir a manutenção destes sistemas, através de treino, munições e manutenção.

“Não encorajamos ou permitimos à Ucrânia que conduza ataques para lá das suas fronteiras.”

Joe Biden sobre a decisão de não fornecer mísseis de maior alcance à Ucrânia

A administração de Joe Biden tem estado investida no apoio a Kiev e o Presidente norte-americano justificou essa decisão num artigo publicado no New York Times em finais de maio, altura em que os EUA decidiram começar a fornecer os HIMARS à Ucrânia. “Apoiar a Ucrânia na sua hora de necessidade não é apenas a coisa certa a fazer. É do nosso interesse nacional garantir uma Europa pacífica e estável e deixar claro que a força não torna tudo correcto. Se a Rússia não pagar um preço elevado pelas suas acções, vai enviar uma mensagem a outros potenciais agressores de que eles também podem tomar território e subjugar outros países”, escreveu Biden, justificando assim a entrega de mais armamento pesado a Kiev.

 A Ucrânia tem usado os HIMARS para atacar armazéns de armamento russo no Donbass            SOPA IMAGES/LIGHTROCKET VIA GETT

No entanto, o Presidente norte-americano impôs uma condição, que ficou explícita no artigo: “Não encorajamos ou permitimos à Ucrânia que conduza ataques para lá das suas fronteiras.” O receio de Washington é que, caso um míssil norte-americano caia em território russo, Moscovo interprete isso como um ataque direto por parte dos EUA e retalie, iniciando uma guerra que envolva os dois países (e potencialmente outros Estados-membros da NATO).

Precisamente por isso, os EUA têm recusado fornecer à Ucrânia mísseis de longo-alcance como os ATACM (com um alcance de 300 quilómetros). Mas os analistas militares consideram que, apesar dessa condição, nada indica que os norte-americanos estejam a abrandar na sua vontade de apoiar a Ucrânia: “Mesmo não estando dispostos a fornecer armamento que possa atingir o território russo, há poucos sinais de que a vontade norte-americana de armar os ucranianos para atingir as tropas russas no seu próprio território esteja a abrandar”, resume Sidharth Kaushal.

"É quase certo que o fornecimento dos HIMARS às forças ucranianas está a tornar a vida das tropas russas mais difícil."

Nicolas Jouan, investigador da área da Defesa do RAND

“Ainda é cedo” para fazer o balanço final sobre o papel que os HIMARS estão a ter nesta guerra, avisa Nicolas Jouan. “Contudo, é quase certo que o fornecimento dos HIMARS às forças ucranianas está a tornar a vida das tropas russas mais difícil.”

Daí a concluir que os HIMARS vão garantir a vitória a Kiev vai um salto lógico demasiado grande. Como resumiu um antigo estratega do Departamento da Defesa norte-americano, Chris Dougherty, este sistema pode ter ajudado a “estancar a sangria” que os ucranianos estavam a sofrer no Donbass. “Mas o que é que se faz depois disso?”, questionou.

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COMENTÁRIOS:

Pedro Saramago: A Ucrânia só deve parar em Moscovo para depor o governo Nazi de Putin.         Nem 4 anos depois ....: Parabéns ao Roger Waters pela coragem de suas palavras na CNN a respeito da guerra na Ucrânia. A realidade do Mundo, pura e crua.               Nem 4 anos depois ....; Querem convencer nos que com Himars resolvem tudo. Noticia para pacóvios Made in Bidé o senil              Tone da Eira  > Nem 4 anos depois ....: Leu o artigo? Parece que não. Sabe o que quer dizer "não é panaceia"? Você é que nos quer convencer que nos querem convencer disso. Mas foi uma tentativa falhada. Essa notícias totalmente unilaterais devem ser comuns na Rússia, deste lado é certo que há também propaganda mas tem de ser mais inteligente, senão aqui não passa, aqui ainda podemos pensar e se discordarmos não vamos para a cadeia.         Nem 4 anos depois ....Nem 4 anos depois ....: Sei o que quer dizer, mas se tem memória em muitos artigos passados, tentam vender-nos os Himars como a arma fatal que vai resolver tudo. E como o tema das sanções que faz mais mal a quem as aplica, é como o tema de que a UE está mais unida que sempre: tudo falacias. Português indignado: Guardem uns mísseis para o Kremlin, quando estiverem lá reunidos todos os dirigentes do regime autoritário russo.           Fernando Cascais: Convém recordar que os americanos colocaram um homem na Lua em 1969, algo, que russos e asiáticos nunca conseguiram fazer apesar dos esforços. Obviamente, que a tecnologia dos americanos está avançada alguns anos relativamente à concorrência. Falando da Lua, esta guerra, ou o que sobrar dela, tem fortes possibilidades de acabar no espaço. O mundo teve muita sorte por terem sido os americanos os primeiros a conquistarem a Lua, porque, se tivessem sido russos ou chineses já a teriam reclamado como propriedade deles. Seria interessante se "Trump", ou um Trump, se tivesse lembrado de reclamar a Lua como território americano, exigindo vistos às sondas russas e chinesas se as quisessem lá colocar. A guerra avançar para o espaço tem toda a lógica, e ao contrário de algumas perceções "chino ou soviéticas" os americanos estão muito à frente neste domínio. Quem dominar o espaço domina os satélites, quem dominar os satélites domina as comunicações na Terra, quem domina as comunicações domina o planeta. Dominar os satélites russos e chinas do espaço seria uma hecatombe nas aspirações imperialistas destas ditaduras.  Até Joseph Stalin com cerca de 40 milhões de mortos na consciência e Mao Tsé-Tung com cerca de 70 milhões dariam umas voltas na tumba!              G C > Fernando Cascais: Inevitavelmente é a potência que domina a tecnologia.. Um país que tem "na mão" os políticos de 2/3 do mundo, espalha as suas multinacionais por todo lado e indirectamente tem disponível os recursos financeiros e cérebros de mais de metade do mundo, claramente tem uma vantagem que Rússia e China nunca terão.... Estas empresas privadas dos eua vão criar uma rede brutal de satélites que vão espiar o globo 24h por dia.. Isso não incomoda aqui os Grandes Democratas que gostam encher a boca de grds valores nesta caixa de comentários?  Têm a cabeça cheia de clubite.. e qd acordarem, estamos num Mundo pior que agora, hoje é o tempo dos pegasus e programas de espionagem denunciados pelo Snowden, amanhã será bem pior..  Disto isto, sabendo a clara vantagem tecnológica dos EUA, não estou certo que eles tenham pisado o solo lunar..  Infelizmente não são só essas terríveis personagens, responsáveis por dezenas de milhões de mortos no séc. XX e XXI ..         Fernando Cascais G C: Não acredita que os americanos foram à Lua? O meu avô também não acreditava, aliás, fazia-lhe espécie como é que as pessoas apareciam dentro da televisão! Oh meu amigo, se os americanos não tivessem ido à Lua, acha que os russos e os chinas não tinham já apresentado provas da fraude? Deixe-se disso. Dentro das alternativas disponíveis, os americanos são a melhor escolha, ou acha que na Rússia e na China podíamos estar a discutir estes assuntos livremente? Se quer saber de vigilância a sério leia um pouco sobre o que se está a fazer na China. Leia José Rodrigues dos Santos num livro qualquer onde ele explica isso muito bem... e não é ficção!           João Almeida Gomes: Temos de manter e incrementar o apoio ocidental na defesa dos nossos Estados, pessoas e valores. Sem medo e com toda a determinação contra Estados imperialistas comunistas/fascistas e terroristas.         Victor B: A Ukrania já e$tá orientada...a $eguir é Taiwan a receber e$ta$ precio$a$ ajuda$ do$ Amerika$..."o amigo de confiança" 🤣🤣🤣....o Roger waters numa entrevista a CNN disse tudo e o jornalista amerikano se tivesse um buraco enterrava-se!    Romeu Francisco > Victor B: O Roger Waters é um conhecido comunista. Gosto da música, mas não das ditaduras e ideologias que defende e a que qualquer cidadão amante da liberdade deveria ter anticorpos.       Grant Son: Os russos têm armas nucleares tácticas e estão à espera de um pretexto para as poderem utilizar! António Cézanne > Grant Son:  Náo há, nem vai haver armas nucleares para ninguém, sejam tá cticas, ou não. Os russos se querem vencer a guerra tem que ser mesmo ali no terreno. Apliquem-se e deixem-se de conversas e ameaças, que já é mais do que tempo de perceberem que do lado de cá, ninguém lhes liga. Simples! Grant Son: Um enorme tiro nos pés é o que estamos a fazer! Estão a entregar armas que no futuro vão cair em mãos russas e podem ser utilizadas contra a Europa ocidental! Mais tarde ou mais cedo os russos vão eliminar Selensky e a resistência ucraniana capitula no mesmo dia!!!        Vitor Batista > Grant Son: Ai que medo! os invasores têm de ser castigados severamente, e no dia em que usarem armas nucleares tácticas ou não o mundo será destruido, percebe ou quer um desenho?           Tone da Eira > Grant Son: Essa lógica da batata já foi aqui rebatida milhares de vezes, mas aqui vai mais uma. Se fosse como você advoga, como a Rússia é que tomou a iniciativa de invadir a Ucrânia, como esta não reagiria depois ia a Polónia, etc, etc até à Inglaterra pois são todos muito dependentes dos EUA. Problema dessa lógica "pacifista / derrotista" é que no final a Rússia ficava não só com as armas nesses países, as fornecidas pelos EUA e as de fabrico próprio, mas também com as fábricas destas que são armas muito sofisticadas da indústria europeia (para além de tudo o resto que há na Europa centenas de vezes melhor que na Rússia).  E estendendo um bocado a coisa depois a Rússia invadia os EUA e estes também não iam resistir suponho que para não estragar as armas que tinham coleccionado com tanto esmero. O que você tenta fazer é propaganda pró-russa mas de forma demasiado canhestra.         Nelson Soares > Grant Son: Podem ser usadas com que munições e peças? Vão comprá-las aos americanos?            Luis Freitas: O sistema Himars é excelente para eliminar alvos como armazéns de armazenamento de armamento, pontes, quartéis, aeroportos, linhas de abastecimento das tropas e eliminar concentração de tropas muito atrás da linha da frente. Com este sistema de nenhum soldado russo consegue dormir descansado, mas não é suficiente para a Ucrânia poder fazer um contra-ataque e conseguir vencer a guerra. A única forma de a Ucrânia de poder vencer esta guerra é ter acesso a caças e aviões de ataque ao solo das últimas gerações americanas e francesas, penso que daqui a pouco tempo iremos ver os primeiros aviões de combate modernos ocidentais a serem usados pelos pilotos Ucranianos e será o princípio do fim desta guerra criminosa do regime neo nazi do ditador Putin mas só apartir próximo verão será possível a Ucrânia iniciar o processo para um acordo de paz pois nessa altura a Rússia estará de rastos tanto a nível económico como a nível militar. As consequências das sanções económicas só no próximo ano e seguintes é que irão atingir duramente duramente a economia russa assim como a capacidade da Rússia conseguir produzir armamento suficiente para alimentar a guerra na Ucrânia. A UE também será afectada, e a economia irá entrar em recessão económica neste inverno e só no Verão de 2024 irá conseguir sair da recessão, a Rússia pelo contrário em 2024 irá aumentar imenso a sua recessão e com um bocado de sorte será o início do fim do regime neo nazi de Putin, o futuro da Rússia a curto prazo é impossível de se prever mas a longo prazo 10 a 20 anos é fácil de prever, pois terá o mesmo fim que teve a ex URSS, mas desta vez com o desmembramento da Rússia em vários países. Neste momento a Rússia não é o principal problema da Europa ou dos EUA e aliados é sim a China uma ditadura comunista e a sua ambição imperialista similares à da Rússia, pois se invadir Taiwan teremos automaticamente uma terceira grande guerra mundial com consequências imprevisíveis podendo morrer centenas de milhões de chineses e a completa destruição da China tanto a nível económico como militar, arrastando o resto do mundo para uma grande destruição económica e também com muitos milhões de mortos.       Henrique Frazão: Só o Rogeiro e o Barbas é que percebem dessas coisas, o resto é tretas do Observador e viva os Azov!!!           Romeu FranciscoHenrique Frazão: Ainda bem que celebra os POW que foram chacinados e queimados, diz muito de si! Que se lixe Genebra, não é?       Filipe Costa: Cada Himars custa 5 milhões, os ucranianos querem 100, são 500 milhões, o problema são os mísseis, caríssimos. Esses de 300 km de alcance custam 2 milhões.         bento guerra: Não, Cátia, melhores são os alemães, duplos, que descarregam 12. Disse, há tempos, o estratega Rogeiro, na sede de operações da Sic Notícias

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