Oxalá os Ucranianos consigam ultrapassar o horror que tão corajosamente estão a viver! E que os Estados Unidos unam os seus esforços com os outros Estados em defesa do Estado Ucraniano! O Mundo só teria a ganhar com isso.
Seis meses de resistência, resiliência e determinação da Ucrânia
Apesar do
enorme custo que Vladimir Putin impôs à Ucrânia e ao mundo, as sanções impostas
pelos Estados Unidos e os nossos parceiros e aliados estão a provocar danos
significativos na economia russa.
RANDI CHARNO LEVINE, Embaixadora
dos Estados Unidos da América em Portugal
OBSERVADOR, 24 ago 2022, 00:05
O dia 24 de agosto assinala o 31º aniversário da independência da
Ucrânia. Infelizmente, o dia também marca
seis meses desde a invasão não provocada e de grande escala da Ucrânia pelo
governo russo, um ataque tão chocante para a comunidade internacional que foi
completamente condenado pela Assembleia Geral da ONU, e levou dois novos países
a pedirem adesão à Aliança da NATO.
Devemos permanecer unidos no nosso apoio à soberania, democracia e
aspirações europeias da Ucrânia. A agressão da Rússia na Ucrânia é um dos
acontecimentos com maiores consequências para a Europa desde a Segunda Guerra
Mundial. NEWSLETTER
A
reacção mundial à guerra de Vladimir Putin contra a Ucrânia tem sido muito
emotiva e comoveu muitas pessoas. No desenrolar desta guerra, vimos evidências
– quase diárias – de violência, destruição, devastação e morte.
Todos
nós assistimos a imagens do resultado das bombas russas que atingiram civis
abrigados em escolas, teatros e hospitais. A comunicação social independente e
organizações humanitárias documentaram execuções em cidades como Bucha e Irpin,
tortura de militares e civis e cidades inteiras como Mariupol isoladas de
necessidades básicas enquanto sofrem devastação e ocupação brutais.
Há, também, provas de que a Rússia pretende anexar mais território
ucraniano à força, segundo os moldes dos acontecimentos de 2014, instalando
representantes ilegítimos para organizar referendos falsos sobre a adesão à
Rússia. A anexação pela força seria uma violação grosseira da Carta da ONU e
não permitiremos que tal aconteça sem contestação ou sem custo. Nenhum estado
deve ser capaz de mudar as fronteiras do seu vizinho.
Os
Estados Unidos estão a
apoiar uma série de investigações internacionais sobre atrocidades na Ucrânia,
incluindo investigações conduzidas pelo Tribunal Penal Internacional, pelas
Nações Unidas e pela Organização para Segurança e Cooperação na Europa. Os
Estados Unidos estão prontos para apoiar tribunais nacionais em todo o mundo
que tenham jurisdição sobre indivíduos acusados de cometer crimes
internacionais. Continuaremos também a trabalhar com a comunidade internacional
para ajudar na reconstrução da Ucrânia.
As consequências da guerra da Rússia não se limitam à Ucrânia. A agressão da Rússia perturbou o comércio global
de cereais, colocando em risco a segurança alimentar de uma grande fatia da
população. Mais, a crise actual ajudou a aceleração da inflação e os preços de
retalho em todo o mundo.
Os
Estados Unidos continuam a apoiar todos os esforços para garantir que os
alimentos ucranianos chegam aos mercados mundiais. Continuaremos a usar fóruns como o G20 para
pressionar a Rússia a aderir ao recente acordo que permite o trânsito de
remessas de alimentos provenientes dos portos do Mar Negro da Ucrânia. Com
o ataque descarado da Rússia ao porto de Odesa apenas 24 horas após a conclusão
deste acordo, juntamente com ataques continuados ao transporte e infraestrutura
agrícola, a pressão internacional para desbloquear as
exportações de alimentos ucranianos continuará a ser fundamental.
Apesar do enorme custo que Vladimir
Putin impôs à Ucrânia e ao mundo, as sanções impostas pelos Estados Unidos e os
nossos parceiros e aliados estão a provocar danos significativos na economia
russa.
Estas sanções coordenadas congelaram
mais de metade das reservas do Banco Central da Rússia, dinheiro que o Kremlin
usaria para financiar a sua máquina de guerra. A falta de acesso a factores de produção
importados e bens acabados, principalmente bens que incluam tecnologias
avançadas, criou estrangulamentos nas cadeias de abastecimento e, com o tempo,
prejudicará ainda mais a produção, o transporte, bem como o comércio e, principalmente,
a produção e manutenção de equipamentos militares.
À medida que as sanções continuam a degradar as capacidades de
combate de Putin, as forças ucranianas estão a defender com sucesso o seu país.
Desde
que a invasão, de grande escala, da Rússia começou, em fevereiro, mais de 50
países juntaram-se aos Estados Unidos para fornecer assistência de segurança à
Ucrânia. Juntos, estamos a providenciar o envio de ainda mais armas com as
quais a Ucrânia se tem estado a defender com tanta eficácia.
Os Estados Unidos orçamentaram quase 10 mil milhões de dólares
americanos para assistência de segurança, desde que a Rússia lançou a sua
guerra premeditada, atroz e não provocada contra a Ucrânia a 24 de fevereiro. Isso
inclui sistemas de artilharia e munições, veículos blindados e sistemas
avançados de defesa aérea para a Ucrânia.
A sociedade civil ucraniana aumentou os seus esforços de resposta
humanitária, distribuição de assistência, e reconstrução de comunidades.
Trabalhadores de ajuda humanitária, a maioria dos quais ucranianos, estão a
operar em todas as 24 províncias, dando assistência a quase 12 milhões de
pessoas. Os Estados Unidos têm orgulho em apoiar os seus esforços com mais de
1,2 mil milhão de dólares americanos em assistência humanitária só este ano.
Continuaremos a apoiar a Ucrânia e a
ajudar na sua luta pela sobrevivência, ao mesmo tempo que trabalhamos para
reforçar a segurança europeia e os valores democráticos.
GUERRA NA
UCRÂNIA UCRÂNIA EUROPA MUNDO ESTADOS
UNIDOS DA AMÉRICA AMÉRICA
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