Vi – e ouvi – esta
noite, a notícia. Nem Júpiter pode estar
sossegado! Ambicioso como é, será que Putin não sonhará com os “anéis de
Júpiter”? Ou mesmo os de Saturno, que ainda são mais adiante…
Quem dera que assim fora e que ele fosse por aí fora, a investigar! …
James Webb mostra novas imagens que podem ajudar a perceber interior de Júpiter
O telescópio James Webb captou novas
imagens de Júpiter "com uma mancha vermelha" que os astrónomos
identificam como tempestades de areia que teriam "capacidade de engolir a
Terra".
OBSERVADOR, 23 ago 2022, 06:57
O telescópio James Webb, projeto de 10.000 milhões de dólares, foi
enviado para o espaço em 25 de dezembro
ESO/L. Calçada &
NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS HANDOUT/EPA
O telescópio espacial James
Webb forneceu duas novas imagens “surpreendentemente precisas” de Júpiter, que
mostram tempestades gigantes e ventos extremos e oferecem aos cientistas novas
pistas sobre a vida interna deste planeta.
A
agência espacial norte-americana (NASA) celebrou esta segunda-feira a qualidade
dos detalhes das novas imagens,
que, segundo Imke de Pater, professor emérito da Universidade da Califórnia e
codirector das observações, não deveriam ser “tão boas“.
As
fotografias divulgadas permitem ver que as auroras em Júpiter estendem-se a
grandes altitudes sobre os polos norte e sul.
Captadas
pelo instrumento NiRcam, que possui três filtros infravermelhos, esta luz
não é visível pelo olho humano.
Para
desenhar uma imagem, os dados foram, portanto, “traduzidos” para o espectro
visível.
Comprimentos
de onda mais longos tendem a parecer mais “avermelhados” e os comprimentos de
onda mais curtos, mais azuis.
Nestas imagens é claramente visível a
“grande mancha vermelha“, uma tempestade de areia que segundo a NASA é tão
grande que “poderia engolir a Terra” e que aparece “branca” porque reflecte
muita luz solar.
Heidi Hammel, cientista da Webb,
aponta que este brilho é sinal de
alta altitude, deduzindo que este grande evento tem “neblinas de
alta altitude”.
Os
anéis de Júpiter, “um milhão de vezes mais escuros
que o planeta“, segundo o
comunicado, e duas pequenas luas chamadas Amalthea e Adrasthea, também
podem ser vistas nas imagens.
O telescópio James Webb,
projeto de 10.000 milhões de dólares, tem o nome de um antigo administrador da
NASA e foi enviado para o espaço em 25 de dezembro, após sucessivos atrasos,
num foguetão de fabrico europeu. Está
em órbita a 1,5 milhões de quilómetros da Terra.
A astrónoma portuguesa
Catarina Alves de Oliveira, que trabalha no Centro de Operações Científicas da
ESA, em Espanha, é
responsável pela calibração de um dos quatro instrumentos do James Webb,
participando na campanha de preparação das observações com fins científicos.
Vários cientistas portugueses estão
envolvidos em projetos de investigação que implicam tempo de observação com o
telescópio.
Os
astrónomos esperam com o James Webb obter mais dados sobre os primórdios do
Universo, incluindo o nascimento das primeiras galáxias e estrelas, mas também
sobre a formação de planetas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário