Entre o sono e o sonho, 22
E o Sábado que não chega
Para o Domingo a seguir!
Domingo do bem-fazer
Do descanso proclamado
Por um Jeová bem bisonho,
Que assim organizou
A vida que começou
Em princípio em sono e sonho
- Que só isso justificou
O abocanhar da maçã
Mau grado a proibição
Pelo Jeová prepotente,
Que o que quis foi fabricar
Um meio de castigar
O Homem de antemão,
Pela sua presunção,
O qual logo foi buscar
Subsistência e curtição
No desterro, que impávido
Forjou, por ser ávido.
Mas assim continuamos,
Em ambição,
Conquistando e bem curtindo,
Esperando pelo sábado
O dia da curtição,
P’ra no domingo dormir
O sono dos ociosos,
Ou mesmo também curtir
O sonho dos fantasistas
O sono dos preguiçosos.
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