terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Francisco Rodrigues dos Santos


Chicão para alguns. Foi presidente do CDS na altura em que o CDS deixou de pertencer ao tablado dos partidos reconhecidos na AR, tendo Chicão, por isso, assumido a responsabilidade do desastre, demitindo-se da presidência do partido. Ouvi-o e vi-o ontem, na TVI, entrevistado por Manuel Luís Goucha e adorei a figura, na elegância de pensamento do seu discurso fluente e franco, como já há muito não ouvia, enfronhada nas leituras ou entrevistas de ruído e contestação que nos envolvem em cada dia.

Ainda em África, antes do retorno à Pátria, nos idos de 74, no seguimento da vasta família ultramarina, eu lera um artigo de Freitas do Amaral, defensor dessa pátria, e desses princípios de integridade que gradualmente foram amortecendo por cá, graças também aos bons jornais como o Expresso, influenciadores competentes da opinião pública, nos idos de 74, e seguintes. Tornei-me imediatamente adepta do CDS, a que outros presidentes seguintes deram o conforto de discursos mais íntegros e concordantes com o meu conservadorismo fundado em preceitos morais e racionais mais seguidos naqueles tempos fascistas.

Quando o CDS perdeu o seu lugar na Assembleia, culpei mais a nação pelo resultado, nação que decididamente se deixava arrastar nas manigâncias previdentes de um governo chamado socialista, o qual, matreiramente, para seu arranjinho próprio, se propunha “ajudar”, caridosamente, o povo, através do conforto dos aumentos dos vencimentos mínimos, sem criar as estruturas da evolução económica imprescindível ao desenvolvimento do país. Por outro lado, a proliferação de partidos apelidados de liberais, ambiciosos de protagonismo, em vez de se unirem todos pela nação, teria que contribuir para esse desaire do CDS.

Francisco Rodrigues dos Santos, de resto, não se sentiu culpado do desastre da perda de assento na Assembleia, segundo confessou ontem a M. L. Goucha. Eu adorei ouvi-lo. E fui procurar na sua biografia, na Internet, a referência que me escapou, feita por M:L:Goucha, a uma homenagem europeia a este jovem, cuja actuação e discurso me encantaram, mas ao que parece, marginalizado neste nosso mundo de exposição própria. Só posso sentir regozijo por encontrar tais qualidades na juventude do nosso país.

Eis a referência a que, certamente, se referia J:L:Goucha, extraída da biografia de Francisco Rodrigues dos Santos:

In Wikipédia

…«Tornou-se, a 13 de dezembro de 2015, presidente da Juventude Popular, tendo sido reeleito em maio de 2018. Nesse mesmo ano foi considerado pela revista Forbes como um dos 30 jovens mais brilhantes, inovadores e influentes da Europa", ao integrar a lista "30 under 30 - Law & Policy 2018" pelo trabalho que desenvolveu enquanto líder da Juventude Popular, ultrapassando os 20.000 filiados e duplicando o número de membros eleitos.

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