sábado, 21 de janeiro de 2023

Terças e Sextas


No Noticiário da SIC. Escutamos religiosamente Nuno Rogeiro e José Milhazes, que trazem algum sabor de um pensamento real e sério numa sombria existência por que passamos, de desastre em todos os sentidos. Mas viremo-nos para a Ucrânia que é arrasada e insiste, e para a solidariedade da Polónia que recebe os seus doentes e improvisa hospitais para crianças com cancro, e para todos os que apoiam tais heróis e heroísmos… e

I - GUERRA NA UCRÂNIA

Em encontro secreto, director da CIA avisou Zelensky que o apoio do Ocidente pode diminuir no futuro

Depois de ter estado na Ucrânia em novembro, William Burns regressou na semana passada a Kiev para um encontro com o Presidente Zelensky. O director da CIA avisou que a ajuda à Ucrânia poderá diminuir.

JOSÉ CARLOS DUARTE: Texto

ADRIANA ALVES: Texto

OBSERVADOR, 20 jan. 2023, 19:06

William Burns viajou para Kiev para discutir o apoio dos EUA à Ucrânia

Los Angeles Times via Getty Imag

No final da semana passada, o diretor da CIA, William Burns, viajou secretamente até Kiev para um encontro com o Presidente Volodymyr Zelensky. Dois oficiais norte-americanos revelaram ao New York Times que o objectivo da visita à capital ucraniana era“reforçar o apoio contínuo à Ucrânia na defesa contra a agressão russa” e garantir o fluxo de informação entre os dois países.

Já fontes ouvidas pelo Washington Post adiantaram que o chefe de Estado e o líder das secretas norte-americanas falaram também sobre quanto tempo Kiev deverá poder contar com o apoio dos EUA e do Ocidente. Por um lado, tendo em conta a tomada da Câmara dos Representantes pelo Partido Republicano e, por outro lado, pela queda do apoio à Ucrânia em partes do eleitorado dos EUA, indicaram fontes com conhecimento da reunião.

O director da CIA sublinhou que este momento da guerra é crucial, reconhecendo que a ajuda concedida poderá diminuir no futuro.

Contudo, de acordo com o jornal norte-americano, os conselheiros de Zelensky ficaram com a impressão de que a administração Biden vai continuar a apoiar a Ucrânia pelo menos num futuro próximo.

Desde o início da invasão russa, Burns fez viagens periódicas até a Ucrânia. A mais recente visita à capital ucraniana, onde também se reuniu com oficiais dos serviços de informação ucranianos, surge numa altura em que a Ucrânia está a apelar ao envio de mais armas pesadas, em que a Rússia substituiu o novo comandante da “operação militar especial” e a guerra chegou a um impasse, com os combates principalmente concentrados na cidade de Bakhmut.

Os EUA continuam comprometidos a apoiar a Ucrânia e o Pentágono anunciou na quinta-feira

GUERRA NA UCRÂNIA   UCRÂNIA   EUROPA   MUNDO

II- Ucrânia: Portugal tem 37 tanques Leopard mas chefia militar não diz quantos podem ser enviados

Portugal tem 37 tanques Leopard, mas não revela quantos pode disponibilizar à Ucrânia. Ministério da Defesa já anunciou que irá enviar 14 viaturas e oito geradores ao país invadido.

Texto

OBSERVADOR, 20 jan. 2023, 22:05

"Sobre os Leopard, temos 37", afirmou Silva Ribeiro Getty Images

O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), almirante Silva Ribeiro, indicou esta sexta-feira que Portugal tem 37 tanques Leopard, mas recusou comentar quantos poderão ser enviados para Ucrânia.

“Sobre os Leopard, temos 37”, afirmou Silva Ribeiro numa conferência de imprensa conjunta no âmbito da visita a Portugal do presidente do Comité Militar da NATO, almirante Rob Bauer.

O CEMGFA foi questionado também sobre quantos desses veículos poderão vir a ser eventualmente incluídos no pacote de ajuda à Ucrânia, mas indicou não poder “comentar essa questão” e remeteu para o comunicado divulgado esta tarde pelo Ministério da Defesa Nacional.

Na quinta-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que vários países europeus, incluindo Portugal, estão disponíveis para fornecer tanques de guerra ocidentais, como o ‘Leopard 2’,.

Portugal vai enviar mais 14 viaturas blindadas M113 e oito geradores elétricos de grande capacidade para a Ucrânia, elevando “para 532 toneladas o total de equipamento militar, letal e não letal” fornecido ao país.

No que se refere ao envio de tanques Leopard 2 para a Ucrânia, o ministério indica que, durante o encontro em Ramstein, “Portugal participou numa reunião convocada pela Ucrânia e pela Polónia onde estiveram presentes os países que possuem estes meios”.

Nessa reunião a ministra da Defesa Nacional reiterou a oferta de treino nesta tipologia carros de combate e manifestou a disponibilidade do Governo português para identificar, de forma coordenada com os seus parceiros, formas de apoiar a Ucrânia com esta capacidade”, refere o ministério.

Questionado também sobre a notícia avançada jornal Público de que os seis helicópteros Kamov oferecidos por Portugal à Ucrânia em outubro ainda não foram requeridos por aquele país, o almirante Silva Ribeiro indicou que essas “conversações estão a ter lugar a nível político”, recusando fazer mais comentários.

GUERRA NA UCRÂNIA  UCRÂNIA  EUROPA  MUNDO  DEFESA  NATO

 

Nenhum comentário: