Socialistas, está visto, tudo bem explicadinho por Helena
Matos e os seus acompanhantes nos esclarecimentos, em precisão de traços.
Os fidalgos da casa socialista
Como invariavelmente acontece aos fidalgos, os fidalgos
da casa socialista não percebem porque se tornou um escândalo aquilo que para
eles era a normalidade.
HELENA MATOS,
Colunista do Observador
OBSERVADOR, 08
jan. 2023, 00:2184
Eles
são os fidalgos da casa socialista. Essa casa em que a mãe está na empresa
pública, o pai no gabinete de estudos, a filha na Santa Casa, o namorado da
filha no gabinete do ISCTE… Esta gente está com o PS por instinto de
sobrevivência pois sendo a máquina do Estado a sua casa ninguém a controla e
usa com tanta eficácia como o PS, logo a proximidade ao PS tornou-se tão
natural e indispensável quanto respirar.
O poder dos fidalgos da casa
socialista advém-lhes precisamente da sua capacidade na hora de agilizar os
procedimentos, contornar as exigências e ultrapassar os requisitos desse
conglomerado de leis, regulamentos, procedimentos, empresas públicas,
comissões, institutos, gabinetes que nem o Governo consegue contabilizar
(só estruturas temporárias serão 206
segundo o Governo que demorou seis meses a contá-las e mesmo
assim esqueceu-se de algumas).
Agora, alguns desses fidalgos são
apanhados nos enredos dessa máquina que eles mesmos acrescentam e alimentam.
E como invariavelmente acontece aos fidalgos, os fidalgos da casa socialista não percebem porque se tornou um
escândalo aquilo que para eles era a normalidade.
A zona por excelência dos fidalgos da
casa socialista (e das outras, mas a sua dimensão tem-se reduzido
significativamente) é esse nenhures que fica na rectaguarda do governo,
constituído pelos cargos de nomeação e também alguns de eleição municipal. Em termos de remuneração podem ganhar
mais do que se estiverem no governo. Em termos de poder têm muito à sua escala.
Em termos de escrutínio predomina a opacidade ou mesmo a quase invisibilidade.
Este último e muito invejável estatuto – o da invisibilidade – é por exemplo
aquele de que goza a holding estatal das indústrias de Defesa, IdD — Portugal
Defence. Nem o descontrolo do custo das obras no Hospital Militar ou a
detenção do ex-presidente Conselho de Administração de uma das empresas desse
entramado (a EMPORDEF) foi suficiente para que se desse mais atenção ao
universo da IdD — Portugal Defence,
cujo peso nos gabinetes dos ministros da
Defesa Gomes Cravinho e Helena Carreiras é evidente.
Quando, num momento de irreflexão, os
fidalgos saem dessa zona de conforto expõem-se. Carla Alves e Alexandra Reis devem
amaldiçoar agora o momento em que aceitaram convites para integrar o Governo,
sendo que no caso de Alexandra Reis cabe perguntar: alguma vez a indemnização
que recebeu da TAP seria questionada se não tivesse aceite o convite de
Fernando Medina? Provavelmente não. Sobre Carla Alves o caso
configura quase o regresso às personagens secundárias de um romance de Camilo!
Não é um acaso que nos governos
socialistas de António Costa as relações familiares no círculo mais interior do
poder tenham atingido proporções inéditas: pais, filhas, irmãos, maridos e
mulheres são os representantes de uma nomenclatura endogâmica que, ao contrário
do que acontece com os fidalgos, está mais ou menos blindada contra os escândalos
dos Vinhais de cada um dos recém-chegados. A ministra Mariana Vieira da Silva é o rosto mais genuíno dessa
nomenclatura que muda de cargos no governo como se estivesse a
progredir na função pública: filha de um antigo ministro, passou do
ISCTE para assessora, de assessora para adjunta, de ajunta para secretária de
Estado, de secretária de Estado a ministra… Mas temos também os
irmãos Mendes (Ana
Catarina e António Mendonça, ela ministra e ele secretário de Estado) e
já tivemos o casal Eduardo Cabrita
e Ana Vitorino. No preciso momento em que acabo este artigo constato
que a mulher de Fernando Medina,
Stéphanie Sá da Silva, filha de Jaime Silva, ministro da Agricultura durante o
primeiro Governo de José Sócrates, vai ser substituída no cargo de directora jurídica
da TAP por Manuela Vasconcelos Simões, que vive com João
Tiago Silveira, antigo secretário de Estado de José Sócrates.
António Costa vive agora um momento de crise: a sua nomenclatura
dividiu-se — Pedro Nuno Santos desafia-o e os fidalgos da casa socialista geram
escândalos atrás de escândalos. Mas pode dizer-se que isso faz parte
da vida de qualquer um que ocupe o lugar de primeiro-ministro por tanto tempo.
O que realmente choca é que para lá da espuma dos dias chegamos à razão de ser
do nosso presente bloqueio: aquilo que garantiu a António Costa, primeiro,
fazer governo e, depois, anos de governo sem contestação é também a razão do
seu insucesso como primeiro-ministro: em 2015 António Costa comprou
o poder garantindo às corporações que não faria uma única reforma.
O resultado foi primeiro a degradação
dos serviços públicos e agora a sua contestação. A contestação a quem em 2015 garantiu
o que não podia nem devia: nesta
semana que agora acaba os comboios não andaram; a espera nas urgências de
alguns hospitais foi de 14 horas; o ministro da Educação desistiu de tentar
alterar o regime de colocação de professores. Na semana que vem os oficiais de
justiça começam uma greve por tempo indeterminado e outros sindicatos da
educação anunciam mais luta… A não ser que por reforma se
entenda o imobilismo, o estatismo e a redistribuição de fundos comunitários não
se entrevê uma reforma que tenha a assinatura dos governos de António Costa.
Por ironia, o mesmo António Costa que
não vai deixar uma marca no progresso do país vai deixar uma marca no PS:
mudou-o decisivamente. Deslocou-o para a esquerda acreditando que mais tarde
podia fazer alianças ao centro. Não foi
isso que aconteceu. Acabou a insuflar a ala esquerda do PS que neste momento em
nada se distingue do BE. Asfixiou a ala centrista do PS e gerou um antagonista,
Pedro Nuno Santos. O muro que Costa dizia ter derrubado à esquerda caiu, só que
caiu dentro do PS.
Como é que isto vai acabar? Muito
provavelmente António Costa vai beneficiar de um último favor do Presidente: em
2024 pode muito bem acontecer uma crise a tempo de António Costa deixar o
governo e vir a ocupar o lugar de Charles Michel no Conselho Europeu.
Portugal ficará com um PS em deriva esquerdista e com um PSD com
medo de ser poder num país que passou de uma ditadura de partido único para uma
democracia de política única, o estato-dependentismo.
PS. O ministro da Saúde, Manuel
Pizarro resolveu anunciar que não exclui o
encerramento de maternidades privadas pois “é preciso
“fazer com que as regras muito exigentes no sector público” sejam aplicadas ao
sector privado também”. Portanto perante o descalabro do SNS o ministro anuncia um estudo
alargado do sistema, tão alargado que inclui também a oferta dos privados.
Quando o público corre mal nada como virar as atenções para os privados, não
é?!
Para abreviar o ministro pode
fazer aquelas respirações de trabalho de parto e perguntar-se: que sentido faz
excluir os privados do SNS? Porque não pode uma grávida ir ter o seu filho na
unidade que quiser pagando o SNS à maternidade pública ou privada esse parto?
Em seguida pode simular o que de mais aproximado existe de um
parto com recurso a fórceps “fazer com que as regras muito exigentes no setor
público” sejam aplicadas no sector público. Boa sorte e que tenha uma hora
pequenina, como diz o povo.
ANTÓNIO
COSTA POLÍTICA GOVERNO
COMENTÁRIOS (de 85):
Américo Silva: Helena Matos,
nas suas excelentes crónicas, parece sempre esconder alguma coisa. A grande
burguesia deu realmente continuidade à fidalguia, mesmo continuidade biológica,
e as suas fortunas dependem da relação com o estado. Na mota-engil, depois de
Jorge Coelho temos Paulo Portas, o partido é indiferente. Cipião Numantino: Perfeito,
cara HM! A mim, bem mais que os fidalgos de uma casa socialista, parece-me uma
espécie de albergue espanhol onde tudo (ou quase tudo) cabe. A entreajuda é
notória e a cumplicidade bem mais que evidente. Uma lógica de seita que
sem, claro, os excessos peculiares da N'drangetha obedece a similares formas de
organização. No limite, para a família tudo, para os amigos o empurrãozinho
necessário e, aos restantes, que se aplique a lei. E lá vamos assim
cantando e rindo. A "créme de la créme" xuxa em franca progressão
expansionista e o resto do país afundando-se numa mais que vil miséria e
tristeza. Mas (há sempre um mas) ultimamente tenho-me deparado com
algumas surpresas. Que não são lá muito próprias ao relambório xuxualista nem
são lá muito habituais naquelas paragens. Refiro-me aos muitíssimos casos e
casinhos que ultimamente têm vindo a ser dados à estampa. Parece que os diques
de informação para aquelas bandas definitivamente se romperam e um ou mais
gargantas fundas puseram mesmo a boca no trombone. Donde, nos diz a prática das
seitas, de que poderá tratar-se de mero ajuste de contas ou alguém pretender
fazer a cama a alguém. Eu até tenho as minhas desconfianças mas, logicamente,
não as revelo porque poderá tratar-se de um mero processo de intenções. Assim
como assim, estou com a pulga atrás da orelha. Tanto mais, que um pouco de
atenção, nos indicia que as lutas intestinas neste tipo de organizações, primam
por este tipo de jogadas. Em síntese, alguém mesmo "andou a dormir com o
inimigo". Seja como for que se amanhem. E até desejaria que se entretivessem
a passar rasteiras entre eles pois, em tais jogos de poder, teriam menos tempo
para empurrarem o país para a desgraça. Assim sendo, tal como perfilhava
Napoleão Bonaparte "nunca interrompas o inimigo enquanto ele estiver a
cometer um erro". Algum dia alguém nos livrará dos grandes malefícios
do socialismo. E se não for a divina providência, pois que seja a envolvência
de todos à canelada uns com os outros. Qualquer coisa servirá, conquanto alguém
nos possa livrar desta espécie de peste maléfica xuxualista que está a garrotar
Portugal. Quanto mais depressa melhor!... Maria Paula Silva: Excelente, HM! como sempre :) Obrigada. Infelizmente
é o ponto a que chegámos: a mediocridade generalizada. Em qualquer país
verdadeiramente democrático e evoluído, como os países nórdicos por exemplo,
isto nunca aconteceria. O mal já teria sido cortado pela raiz logo no início. O
ps é actualmente um polvo gigante, muito corrupto, com tentáculos em todos os lugares,
até na PJ (José Gomes Ferreira falou disso há cerca de 2 anos). E como se
cortam todos esses tentáculos? Os partidos psd + il + chega + o que resta do
cds deviam deixar-se de egocentrismos e protagonismos idiotas e inúteis,
unirem-se e formarem um novo partido de centro. Se tiverem alguma dignidade e
verdadeiro espírito de SERVIR a pátria, talvez consigam. Ou talvez isto não
passe de uma ideia onírica da minha parte. Mas não vejo outra alternativa
de acabar com esta pornochanchada. Filipe Paes de Vasconcellos: E
depois esta maralha-fidalga não percebe que não está capacitada para o
exercício dos cargos públicos que ocupa. Falta-lhe experiência de vida,
profissional e, o mais importante, arcaboiço ético-moral e dignidade para o
exercício desses cargos. Donde vem esta gentalha-fidalga que ninguém conhece e
que ninguém nunca ouviu falar. Em que é que se distinguiram, repito ,
distinguiram na sua vida pública, académica, profissional para serem convidados
para o exercício dos cargos mais exigentes que o pais lhes oferece? E ninguém
se revolta! E ninguém vai preso por má gestão dos dinheiros públicos? Amigo do Camolas: Um
partido corrupto tal como um ladrão ainda é um ladrão, quer use uma máscara, um
casaco ou uma camisa cor-de-rosa de fidalgo com um slogan de justiça social.
Quando as pessoas escolhem ladrões para roubar para elas, elas não se devem surpreender quando os ladrões também roubam
delas para beneficio próprio. Como o escorpião disse ao sapo: "Você sabia
o que eu era quando me deixou saltar para as costas". E visto que os
socialistas não mostram o mínimo de vergonha na cara, o mínimo que se pode
fazer para o bem deles não é tratá-los como fidalgos mas como eles merecem: A
Máfia socialista é pouco mais do que uma recriação servil da bagunça russa
pós-comunista que sequestrou o estado e a democracia para perpetuar seu próprio
poder e encher seus próprios bolsos. João Ramos: “Os
fidalgos da casa socialista “, casa essa onde impera a mediocridade e a falta
de vergonha… João Floriano: A maioria absoluta tornou-se tudo o que António Costa
disse que não seria naquela noite vencedora de Janeiro, já lá cai quase um ano.
Segundo ele seria uma maioria de diálogo com a oposição e ninguém deveria
recear a tentação de abusar que muitas vezes acontece nas maiorias
absolutas, porque lá estaria ele mesmo, António Costa e o Sr. Presidente
da República para exercer o escrutínio e evitar as más práticas. Precisamente o
inverso! A maioria PS transformou-se num pesadelo daqueles em que temos de
acordar mas não sabemos como. O que nos acontece agora não é surpresa, só que
chegou demasiado cedo. Até 2026 ainda temos muito que penar e nos arrastar
entre casos e casinhos. Em 2015 António Costa não prometeu apenas que não
haveria reformas e que o mais que aconteceria seriam operações cosméticas
simples como depilação de sobrancelhas ou de buço, mas nada de mexer na estrutura
de um nariz, ou fazer uma mentoplastia. E é isso que tem acontecido. António
Costa não tem feito nada de notável, embora anuncie regularmente, as novidades
não saem do papel. Mas em 2015 António Costa prometeu mais a Bloco e PCP.
Prometeu a reversão de várias medidas tomadas pelo culpado disto tudo: Passos
Coelho. E durante algum tempo manteve os parceiros contentes até que não havia
mais nada para escavacar e as exigências feitas a Costa ultrapassavam aquilo
que ele podia fazer. O resultado está à vista. Aumento da pobreza, serviços
públicos desgraçados, escândalos semanais, governo desorientado, clivagens no
partido e aquele enorme poço de Carkoon para onde Jabba , o mafioso
da Guerra das Estrelas queria atirar Han Solo e amigos: a TAP. Mas esta
não é o único sarlacc. O Hospital Militar de Belém tinha um orçamento para
obras de 750.000 euros. Houve uma «pequeníssima» derrapagem nos custos e ficou
pela bagatela de cerca de 2.600.000 euros. Deve ser o único hospital militar
com arrastadeiras e escarradeiras de platina. Não demorou muito até Manuel
Pizarro começar com delírios semelhantes ao da sua antecessora e como ela a
atingir os privados. Não tarda muito e os portugueses de 2023 nascerão em casa,
pelo que é aconselhável ir verificando na internet como evolui um parto e como
se corta e trata o cordão umbilical. Fernando CE: Brilhante. Ana Maria Pina de Melo Adrião:
Muito bom, como sempre! Ana
Oliveira: provavelmente nestes 7 anos de PS regrediu-se uma ou duas
gerações....a sociedade perdeu fôlego, o país esmoreceu, fechou-se numa redoma
de esquerda que não permite o desenvolvimento do privado. Provavelmente o
futuro vai passar por uma habituação ao convívio com a mafia socialista em que
o privado terá de se subordinar a este poder obscuro tutelado por algumas
famílias. Quando a quinta deixa, os porcos instalam-se na casa da quinta tal
como descreveu Orwell quase há cem anos Pedro
Campos > Américo Silva: Você confunde as coisas...Jorge Coelho foi presidente
executivo e ex-ministro da tutela. Paulo Portas nunca foi ministro na
área da Mota-Engil e não vai exercer funções executivas na empresa. Percebeu
bem a diferença???? Pedro de Freitas Leal: A Helena Matos cada vez melhor! O artigo é fabuloso.
É sempre um prazer ler as suas crónicas que resultam de um trabalho aprofundado
e de muita reflexão e intuição feminina. Parabéns! Consegue sempre surpreender
quem a lê. Pedro Campos: Esta
ideia, também propagada por Marques Mendes de que António Costa irá
deixar o governo e para ir ocupar o lugar de Charles Michel no Conselho Europeu
é completamente disparatada e desprovida de qualquer sentido. Não apenas a UE
se está "deslocar" para leste como, pior, António Costa não tem
curriculum interno e europeu, nem condições para exercer tal cargo. A UE pode
estar a atravessar um período mau, mas ter um individuo como António Costa a
exercer um cargo politico seria o descalabro da UE. Os alemães tratam das
perninhas do Costa... Maria Tubucci: Muito
bom, HM. Claro que “os fidalgos da casa socialista não se apercebem porque se
tornou um escândalo aquilo que para eles era normalidade”, porque se consideram
acima de tudo e de todos, a eles as leis não se aplicam e a ética não existe. Eu
não acredito que a Ministra da Agricultura não soubesse das minhocas da sujeita
das 25 horas de tacho, porque numa organização há sempre um bufo para lamber a
botas ao dono contando-lhe tudo o que se passa, natureza humana. Além disso, a
sujeita eventualmente contou à ministra a sua situação e a ministra
desvalorizou, porque de certeza o seu currículo tem mais minhocas que o da
sujeita. Que pena a comunicação social não fazer o escrutínio dos governantes,
acertava em cheio no jackpot em vez de recebem migalhas pela porta do cavalo. L.
Solla: Muito bem, Helena! O panorama é terrível! Mas pergunto
só, por que carga de água deveria o PSD tentar, uma vez mais, assumir o ónus de
governar o país em situação de crise extrema, deixando ao PS, sem novidade, o
papel de bonzão crítico daqueles que tentariam desse modo emendar todos os
estragos causados pelos desmandos desse mesmo PS? Para mal dos nossos pecados,
os Socialistas só desbarataram oportunidades quando, nestes últimos anos
navegaram com vento a favor. Deixemos-lhes pois agora, a missão de bolinar com
ventos fortes pela frente. Espero que alguma comunicação social, tão ciosa de
um tipo de "verdade" aquando do governo de Passos Coelho, faça agora
o seu trabalho com a mesma interventora acuidade que demonstrou em tempos ser
capaz de ter. João Angolano: A
superioridade moral da esquerda resume-se a destruir o país de duas formas:
quando está no poder come por dentro e distribui os seus peões pelos cargos de
poder, quando por breves momentos não tem o poder não deixa governar e tudo faz
para sabotar. Vitor Batista > Rosa Lourenço: Mário
Soares? Não creio, pois foi ele que os ensinou, juntamente com Almeida Santos,
que afirmava que, para o pêiés tudo, e aos outros que se aplicasse a lei. Como
é habitual o chefe da quadrilha dizer: habituem-se. Censurado sem razão
> Maria Paula Silva: Já não vamos a tempo. Estes 7 anos liquidaram Portugal.
Você tem 60 a 70% da população totalmente dependente do estado. Mesmo a ser
enganado, prefere manter quem diz que lhe aumenta dez euritos por mês o
ordenado ou a pensão. Portanto, o melhor é emigrar. Isto tornou-se uma choldra
socialista. Hei-de morrer fascista é a elogiar passos coelho, mas nunca por
nunca votei socialista. Também nunca votarei em escumalha esquerdalha. Fernando Cascais: Muito
bem Helena Matos. Já não foi a tempo de referir o novo escândalo com a
ex-secretaria de estado do turismo. Fazer parte de um governo foi sempre
um vínculo para encaminhar o núcleo familiar numa carreira com bons lugares
dentro da administração pública. Numa outra escala, famílias inteiras trabalham
numa câmara municipal. Quem está dentro do sistema facilmente mexe os
cordelinhos para encaixar mais um familiar. Nas câmaras municipais - isto é
corriqueiro - são lançados concursos públicos com currículos à medida para
contratações já pre-determinadas. Por vezes aparecem intrusos como foi o
caso da escolha para o procurador europeu. António Costa venceu todos os seus
adversários políticos, agora é tempo, depois de sete anos, de mostrar o que
vale como governante para o país. PNS é um problema interno do PS, e Costa não
se pode servir dele como desculpa para não governar. Governar é fazer
reformas e é aqui que a porca torce o rabo. António Costa não pode fazer
reformas porque qualquer reforma passa quase obrigatoriamente por ser uma
reforma liberal para poder produzir resultados positivos. O SNS é um bom
exemplo. Os problemas estão identificados: mais utentes menos oferta de
serviços médicos. Para agravar, o problema é sazonal, com a procura a
duplicar ou mesmo a triplicar no inverno. O governo não pode montar uma super-estrutura
médica no inverno para depois essa estrutura passar o verão a coçar a micose
com custos enormes para os contribuintes. A reforma do SNS passa
inevitavelmente por acordos durante o período inverno com os hospitais privados
e sociais para aumentar a oferta, ou seja, passa por uma reforma
liberal. Costa não tem condições para governar, não porque os escândalos
são muitos no governo, mas porque não pode fazer reformas. Costa está castrado
na governação porque não pode cair na teia do liberalismo. Assim, o SNS
continuará a ser um poço sem fundo para os dinheiros públicos. Na TAP, Costa
contra tudo aquilo que prometeu aos amigos comunistas decidiu fazer uma reforma
na empresa. Qual? Uma reforma liberal. Costa, o Comunista, na TAP veste
agora a pele de um liberal. Como disse Costa a Maduro na última cimeira do
clima: “ - vamos pouco a pouco manejando as coisas”, ou seja, governando
dia-a-dia ao sabor do vento sem uma ideia definida do caminho a seguir. Vou
esperar para ver o que Costa, agora, que pode despir o fato de político e
vestir o de governante consegue fazer. Na minha opinião, pessimista, mas é a
minha, acho que nem vai conseguir mudar de fato. Carlos Quartel: Mesmo uma colunista séria tem dificuldade em reconhecer
o óbvio. Tudo a que se refere é do conhecimento de muita gente, há demasiado
tempo. Só que a dita informação "de referência" tratava do assunto
com pinças, com receios vários, desde o corte de publicidade até ao corte de
relações com gente que pode sempre ajudar numa emergência- Nestes assuntos, a
novidade é a o CM e CMTV, que resolveu pespegar estes assuntos na primeira
página do jornal ou do telejornal. E assuntos escaldantes começaram a ser
impossíveis de desconhecer e deram nisto. Mas a desfaçatez mantém-se e a
ministra irmã de ministro veio agradecer ao "caminhense" os 300 mil
que voaram. Um gesto de gestão de elevado mérito. Quanto aos de Vinhais,
parece haver mais uns rabos de palha, com heranças e verbas na câmara, tudo
dentro dos procedimentos habituais e que se repetem por centenas de chafaricas,
criadas para esse efeito, aliás. TIM DO Ó: É isto tudo que eles vão
comemorar no 25 de Abril. Volta Salazar! Rui Cotrim: O OBS tem a sorte de ter duas
Helenas nos seus quadros. Muito bom como sempre. Ainda sobre as maternidades...
NASCER EM SEGURANÇA NO SNS. É o último título propagandista do Governo e do
agora CEO... Tendo como primeira medida REDUZIR o número de maternidades... Não
percebo.
Rui Teixeira: Tal como o queijo Tipo Queijo
da Serra, estes "fidalgos", para já mais feios do que os que o eram,
são "fidalgos" do Tipo Ratazana.
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