O povo para a rua… Com os respectivos
mentores de momento, em cata de votos, transmitindo o seu programa - um modo de
transmissão espalhafatoso, que nos quadra. Os jornalistas e fotógrafos fazem o
resto, aqueles conduzindo as entrevistas no confronto dos candidatos, que se entre
acusam e se desdobram em mostrar os seus programas, na televisão. Vivemos,
assim, da arruada e do ruído há 48 anos, na liberdade de expressão, com
escassez de leitura, talvez, mas com muitas mostras de sensibilidade, para
chegarmos ao coração do povo. E assim vamos aprendendo. Mas há os que escrevem
e nos ajudam na desmistificação das tramoias. Assim o Dr. Salles, triste, esclarecendo.
Henrique
Salles da Fonseca
25.01.22
Para
ganhar uma batalha eleitoral basta saber comunicar; para a perder, basta
qualquer coisa de tudo o resto…
Nas
campanhas eleitorais, o que interessa são os «chavões», não a lógica nem sequer
a verdade.
Mas isso é para quem anda em comícios
e arruadas porque quem está no recato das ideias, tem a obrigação de explicar,
de se centrar na verdade ou naquilo que crê ela ser.
Em
política, onde sempre existe algum subjectivismo, a verdade está onde a
cremos mas não onde a queremos, sob pena de sofisma. Desta «nuance» entre crer
e querer, resulta muita desconversa, muito torcionismo da democracia e muito contorcionismo
de carácter. E já não refiro as promessas irrealizáveis, as
exigências utópicas, os anúncios de fracturas sociais se não mesmo de ameaças
encapotadas… E
é isto num país com quase 900 anos de História!
Eis por que as sondagens tão
maltratam quem não é trauliteiro, quem não acena com a utopia nem apregoa
demagogias.
Eis a «sorte» que cabe a quem
procede sempre com determinação e serenidade.
A ver…
Janeiro de 2022
COMENTÁRIOS
Alice Gouveia 25.01.2022: Muita verdade, Henrique. Mas em campanhas eleitorais, aquele que não for Pinóquio não tem credibilidade. O país está de rastos; mas o povo espera promessas de Shangrilá. Se não o fizer, é automaticamente excluído mesmo antes de chegar às urnas. " Este não tem nada para oferecer/prometer", dirão. Ainda não caímos na "real"(bras) para avaliarmos que há muito caminho por fazer. Daí que, entra Pinóquio, sai Pinóquio, e ficámos na mesma, ou um pouco pior. Era preciso que o Povo não se lançasse em "aventuras", que a nossa dívida baixasse, e quem sabe iríamos vislumbrar melhor futuro. Na minha perspectiva, nestas eleições, vai ganhar o menos pior (aparentemente). Ai a Política.....
Quanto ao resto, discordo do comentário que refere que o "país está de rastos". Talvez seja uma opinião demasiadamente radicada numa visão partidária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário