Nem roque, naturalmente. O costume, afinal, desde os inícios de uma viragem que começou por referir a paz podre desse país, em alertas de canções, mas que resvalou para um atoleiro, de que dificilmente sairá. Mais uma análise séria, de uma Mulher de espírito – Raquel Abecasis - que, não surpreendentemente, atrai dichotes dos tais a quem sabe bem o atoleiro em que se chafurda.
O país
real volta a 31 de Janeiro
A geração mais qualificada de sempre
foi-se embora, ou está a fazer a mala. Soluções? Nem uma. António Costa acha que o problema se resolve com uma isenção temporária no
IRS.
RAQUEL ABECASIS Jornalista e ex-candidata independente pelo
CDS nas eleições autárquicas e legislativas
OBSERVADOR, 25 jan 2022
1.A assombração marcou presença
no final da primeira semana de campanha. José Sócrates não pediu licença a
ninguém e entrou de rompante pelo ecrã da televisão. Foi uma boa aparição,
porque nos recordou a última maioria absoluta do PS e uma campanha eleitoral em
2009 em que os socialistas, tal como agora, prometiam um futuro radioso
antecipado por um aumento generoso aos funcionários públicos.
Quem viu e ouviu José Sócrates na sexta-feira pôde
verificar que o Ex-Primeiro-ministro socialista continua a mostrar-se muito
satisfeito com o seu legado político. Mais, acha que o PS não chegará a lado
nenhum enquanto não lhe reconhecer os méritos.
2.Quem passa os olhos pela
campanha eleitoral pode ficar com a ilusão de que o PAN está a caminhar para
resultados brilhantes. Mentira, as sondagens colocam o partido dos animais
no fim da tabela e com uma expectativa de reduzir a sua curta bancada no
Parlamento. Pergunta-se, então, porque será que os outros partidos concorrentes
às eleições decidiram fazer dos bichos de cada um o principal objecto das suas
campanhas? Será que os portugueses não têm
problemas que precisam de respostas? Julgarão os líderes políticos que é a
passar-nos a mão pelo pêlo que caçam gato por lebre?
3.Está tudo bem com a educação em Portugal? Deve estar, porque o tema
está ausente da campanha. António Costa garante que agora é que vai ser, vai
acabar com o sistema surrealista que leva a que milhares de alunos do ensino
público continuem sem professores em disciplinas fundamentais quando estamos já
a meio do ano lectivo. Não há professores nas escolas, não há recuperação de aprendizagens
depois de dois anos de pandemia, os alunos no ensino público custam cada vez
mais dinheiro e aprendem cada vez menos, mas este não é um tema quando os
políticos pedem o voto aos portugueses. Até parece que o nosso futuro não
depende quase totalmente do que se fizer ou não fizer para melhorar a educação
dos nossos filhos.
4.Este país não é para velhos,
mas também não é para novos. O inverno demográfico é o maior problema que o
país enfrenta. A nossa incapacidade de garantir uma mudança de gerações
equilibrada é a principal causa de quase todos os grandes problemas nacionais.
Ainda há poucos dias, um estudo da Universidade Nova mostrava que em Portugal
ter um filho é um factor determinante para que as famílias caiam em situação de
pobreza. O problema é que se não temos filhos vamos mesmo ficar
irremediavelmente pobres. Será que as campainhas de alarme não tocam nas sedes
partidárias? A avaliar pelo silêncio na campanha eleitoral as campainhas só
tocam para os bichos.
5.A geração mais qualificada de
sempre foi-se embora, ou está a fazer a mala. Soluções? Nem uma. António Costa acha que o
problema se resolve com uma isenção temporária no IRS. O Primeiro-ministro não
é da geração Erasmus, está visto. Um dos factores que levou esta geração a
ser qualificada foi a possibilidade de conhecer o mundo. E os nossos
jovens qualificados olham para os programas partidários e confirmam que o
melhor é confirmarem o check in que
os leve daqui para fora, porque em Portugal os partidos esqueceram-se de os
colocar na equação. Já por esse mundo fora outros políticos esfregam as
mãos de contentes por poderem captar o talento que o país despreza.
6.A recta final da campanha começa com o interessante
tema da marcação da agenda de reuniões de António Costa. A julgar pelos convites, Costa
terá um dia 31 de Janeiro bem recheado de reuniões. O problema é que Costa
nesse dia não está interessado em reunir com ninguém e, à data de hoje,
ninguém está interessado nas reuniões que os líderes querem ter com o ainda
Primeiro-ministro.
Bem sei que as campanhas eleitorais não são palco para
discursos complicados, mas ao fim destes anos todos já sabemos distinguir
entre conversa para boi dormir ou propostas realistas para resolver os problemas
que realmente nos atormentam todos os dias. A ver vamos se a ausência
de respostas para estes e outros problemas não vão levar muitos eleitores a
preferir passear o cão, o gato ou o periquito em vez de irem votar.
LEGISLATIVAS
2022 ELEIÇÕES POLÍTICA
COMENTÁRIOS
José Dias: Aqui outra vez
se verifica que a coisa não estará mesmo a correr na bem ... o
"maria" já anda a "cavar" tão fundo nas
"citações" que prevejo que Snu Abecassis não deverá tardar! Na minha
classificação baseada no "mariómetro", a situação aproxima-se do estado
de desespero. filipe
mendes homem mendes: Co
Morbilidades? Que
morra quem, e quem dos vivos agora... possa cuidar? Grande percepção do "tempo que passa" que
Mamuel Alegre cantava feliz. com extremo Populismo mórbido! Porém, tudo
dependerá se o PS perderá Deputados após o Orçamento que apresentou aos
Parceiros de extrema Esquerda, já que a Esquerda sempre o PCP ganhou em votos
do POVO, nunca Extrema de si mesmo por muito Verde Saúde, nem
sequer se interroga se há uma Ministra Marta Remido...que se demitiu assim que
foi criticada por Ferro Rodrigues depois de ter azeite... ser do
Partido, e do Aceite que talhou ficando tão ausente, sem existência
física...sem saudade de quem vive de Pandemias e Mortes responsáveis! josé maria: Ainda vamos ter novamente a Assunção Cristas a
liberalizar a plantação de eucaliptos e o Passos a afiançar que são as árvores
que menos ardem? S
Belo » josé maria: O Sr José Maria passou a dedicar-se às amenidades
campestres. Parabéns! Já era tempo de variar.
Nem roque, naturalmente. O costume,
afinal, desde os inícios de uma viragem que começou por referir a paz podre
desse país, em análises de canções, mas que resvalou para um atoleiro, de que
dificilmente sairá. Mais uma análise séria, de uma Mulher de espírito – Raquel Abecasis - que, não surpreendentemente, atrai
dichotes dos tais a quem sabe bem o atoleiro.
O país
real volta a 31 de Janeiro
A geração mais qualificada de sempre
foi-se embora, ou está a fazer a mala. Soluções? Nem uma. António Costa acha que o problema se resolve com uma isenção temporária no
IRS.
RAQUEL ABECASIS Jornalista e ex-candidata independente pelo
CDS nas eleições autárquicas e legislativas
OBSERVADOR, 25 jan 2022
1.A assombração marcou presença
no final da primeira semana de campanha. José Sócrates não pediu licença a
ninguém e entrou de rompante pelo ecrã da televisão. Foi uma boa aparição,
porque nos recordou a última maioria absoluta do PS e uma campanha eleitoral em
2009 em que os socialistas, tal como agora, prometiam um futuro radioso
antecipado por um aumento generoso aos funcionários públicos.
Quem viu e ouviu José Sócrates na sexta-feira pôde
verificar que o Ex-Primeiro-ministro socialista continua a mostrar-se muito
satisfeito com o seu legado político. Mais, acha que o PS não chegará a lado
nenhum enquanto não lhe reconhecer os méritos.
2.Quem passa os olhos pela
campanha eleitoral pode ficar com a ilusão de que o PAN está a caminhar para
resultados brilhantes. Mentira, as sondagens colocam o partido dos animais
no fim da tabela e com uma expectativa de reduzir a sua curta bancada no
Parlamento. Pergunta-se, então, porque será que os outros partidos concorrentes
às eleições decidiram fazer dos bichos de cada um o principal objecto das suas
campanhas? Será que os portugueses não têm
problemas que precisam de respostas? Julgarão os líderes políticos que é a
passar-nos a mão pelo pêlo que caçam gato por lebre?
3.Está tudo bem com a educação em Portugal? Deve estar, porque o tema
está ausente da campanha. António Costa garante que agora é que vai ser, vai
acabar com o sistema surrealista que leva a que milhares de alunos do ensino
público continuem sem professores em disciplinas fundamentais quando estamos já
a meio do ano lectivo. Não há professores nas escolas, não há recuperação de aprendizagens
depois de dois anos de pandemia, os alunos no ensino público custam cada vez
mais dinheiro e aprendem cada vez menos, mas este não é um tema quando os
políticos pedem o voto aos portugueses. Até parece que o nosso futuro não
depende quase totalmente do que se fizer ou não fizer para melhorar a educação
dos nossos filhos.
4.Este país não é para velhos,
mas também não é para novos. O inverno demográfico é o maior problema que o
país enfrenta. A nossa incapacidade de garantir uma mudança de gerações
equilibrada é a principal causa de quase todos os grandes problemas nacionais.
Ainda há poucos dias, um estudo da Universidade Nova mostrava que em Portugal
ter um filho é um factor determinante para que as famílias caiam em situação de
pobreza. O problema é que se não temos filhos vamos mesmo ficar
irremediavelmente pobres. Será que as campainhas de alarme não tocam nas sedes
partidárias? A avaliar pelo silêncio na campanha eleitoral as campainhas só
tocam para os bichos.
5.A geração mais qualificada de
sempre foi-se embora, ou está a fazer a mala. Soluções? Nem uma. António Costa acha que o
problema se resolve com uma isenção temporária no IRS. O Primeiro-ministro não
é da geração Erasmus, está visto. Um dos factores que levou esta geração a
ser qualificada foi a possibilidade de conhecer o mundo. E os nossos
jovens qualificados olham para os programas partidários e confirmam que o
melhor é confirmarem o check in que
os leve daqui para fora, porque em Portugal os partidos esqueceram-se de os
colocar na equação. Já por esse mundo fora outros políticos esfregam as
mãos de contentes por poderem captar o talento que o país despreza.
6.A recta final da campanha começa com o interessante
tema da marcação da agenda de reuniões de António Costa. A julgar pelos convites, Costa
terá um dia 31 de Janeiro bem recheado de reuniões. O problema é que Costa
nesse dia não está interessado em reunir com ninguém e, à data de hoje,
ninguém está interessado nas reuniões que os líderes querem ter com o ainda
Primeiro-ministro.
Bem sei que as campanhas eleitorais não são palco para
discursos complicados, mas ao fim destes anos todos já sabemos distinguir
entre conversa para boi dormir ou propostas realistas para resolver os problemas
que realmente nos atormentam todos os dias. A ver vamos se a ausência
de respostas para estes e outros problemas não vão levar muitos eleitores a
preferir passear o cão, o gato ou o periquito em vez de irem votar.
LEGISLATIVAS
2022 ELEIÇÕES POLÍTICA
COMENTÁRIOS
José Dias: Aqui outra vez
se verifica que a coisa não estará mesmo a correr na bem ... o
"maria" já anda a "cavar" tão fundo nas
"citações" que prevejo que Snu Abecassis não deverá tardar! Na minha
classificação baseada no "mariómetro", a situação aproxima-se do estado
de desespero. filipe
mendes homem mendes: Co
Morbilidades? Que
morra quem, e quem dos vivos agora... possa cuidar? Grande percepção do "tempo que passa" que
Mamuel Alegre cantava feliz. com extremo Populismo mórbido! Porém, tudo
dependerá se o PS perderá Deputados após o Orçamento que apresentou aos
Parceiros de extrema Esquerda, já que a Esquerda sempre o PCP ganhou em votos
do POVO, nunca Extrema de si mesmo por muito Verde Saúde, nem
sequer se interroga se há uma Ministra Marta Remido...que se demitiu assim que
foi criticada por Ferro Rodrigues depois de ter azeite... ser do
Partido, e do Aceite que talhou ficando tão ausente, sem existência
física...sem saudade de quem vive de Pandemias e Mortes responsáveis! josé maria: Ainda vamos ter novamente a Assunção Cristas a
liberalizar a plantação de eucaliptos e o Passos a afiançar que são as árvores
que menos ardem? S
Belo » josé maria: O Sr José Maria passou a dedicar-se às amenidades
campestres. Parabéns! Já era tempo de variar.
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