Com muitos alarmes e reivindicações,
provindos dos povos por aí espalhados hoje, fugindo dos seus habitats, onde
dificilmente se dão bem, retirada que foi a sua estabilidade anterior,
entregues que ficaram aos seus novos governos da espécie dir-se-ia tribal - mas
exigindo sempre, favorecidos por quem lhes estende a mão – ou seja, essa
esquerda piedosa com os oprimidos - justificadora igualmente da mãozinha que a
si próprio se atribui, porque lhe chegou a vez, no esplendor do seu discurso exigente
de preconceito e de radicalismo. Mas a pergunta do título da magnífica lição de
Jaime Nogueira Pinto, é, acima de
tudo – “preocupadamente” – maliciosa, subentendendo uma resposta
bem negativa. Não, a tendência hoje, é para o “acultural”, para a incultura de raiz, fazendo finca-pé nos chavões que
semeiam o ódio pelos seus antigos “exploradores”, de par com o muito amor pelas
antigas “vítimas” daqueles. Daí ninguém os tira, nem querem saber desses
filósofos ou literatos que, com as suas análises do “Bom Selvagem” e quejandos,
foram responsáveis pelos volte-face políticos e sociais, a caminho de uma
massificação em que as sociedades se vão transformando, cada vez mais omissas em
valores humanos. Omissos de cultura, em suma, na banalidade repetitiva e monocórdica
das suas cassettes ofensivas e defensivas.
Uma revolução cultural?
O tempo presente não se cansa de dar
razão à velha máxima de Tocqueville: “Uma ideia falsa mas clara e
precisa terá sempre mais poder no mundo do que uma ideia verdadeira mas complicada.”
JAIME NOGUEIRA
PINTO Colunista no OBSERVADOR
OBSERVADOR, 29
jan 2022, 00:0349
A ignorância e a indigência política
e ideológica é uma das causas e um dos sintomas de um “atraso português” que
tem vindo a arrastar-se no tempo e a agravar-se. O reality show da campanha eleitoral –
no seu frenesi de sondagens diárias, de pequenos sensacionalismos para evitar
“expulsões da casa”, de cães, gatos e coelhos tirados das cartolas, de anúncios
de remédios milagrosos, de polarizações e linhas vermelhas arbitrariamente
traçadas e retraçadas – mostra bem
o deserto de ideias em que, há muito, se tem vindo a transformar a sociedade
portuguesa, excitada por aqueles que supostamente deviam liderá-la, informá-la
e formá-la – políticos, jornalistas, comentadores.
Não digo que passemos a obrigar os
dirigentes a fazer exames, exigindo-lhes conhecimentos mínimos de História
geral e de História das Ideias para se candidatarem e para exercerem funções,
como na velha China dos Mandarins; mas podemos e devemos exigir-lhes um mínimo
de consciencialização do abismo ético, cultural, intelectual, político e
civilizacional a que a presente alienação nos conduz. E
da necessidade de uma mudança.
Sei
bem que isto das “revoluções culturais” ou das “mentalidades” é tão velho que
chega a ser entediante. Desde os Estrangeirados do século XVIII até aos Seareiros, passando por Herculano, pelos “Vencidos
da Vida” e pelos Integralistas,
que a cura proposta para o “atraso português” é,
invariavelmente, a exigência de um urgente “Sapere Aude!” kantiano, de uma
revolução cultural ou de mentalidades capaz de mudar as coisas. E nem a doença era então tão grave, nem os antigos
queixosos tinham a felicidade de poder recolher nos grandes media, nas
redes sociais ou nas caixas de comentários tão abundantes e eloquentes provas
da desgraça.
Mas serão as tentativas de revolucionar
a cultura e as mentalidades – com livros, revistas, movimentos de ideias –
ainda viáveis e eficazes? E será que alguma vez o foram? Será o trabalho das
ideias, a batalha cultural, um esforço determinante, ou um entretenimento
inútil?
Tem-se
dito que as rupturas políticas – as revoluções ou contra-revoluções – foram
sempre precedidas de revoluções ou contra-revoluções intelectuais e culturais. Assim, as Luzes apareceriam como a causa principal da Revolução
Francesa, ao destruírem as bases da legitimidade do Ancien Régime, por um
processo de racionalismo descristianizante, que atingiu o Altar e, por
inerência, o Trono. Em 1932,
Daniel Mornet, em Origines intelectuelles de la Révolution Française, sustentava isso mesmo: que a revolução
intelectual das Luzes fora a causa dos acontecimentos políticos e sociais
conhecidos por Revolução Francesa. Mas em
1990 Roger Chartier, em Les Origines culturelles de la Révolution
Française, virava o argumento ao contrário: as Luzes não tinham feito a
Revolução – fora a Revolução que legitimara as Luzes. Ou seja, era a partir do real, do acontecido, da
Revolução e do seu sucesso, que se tinham valorizado, a
posteriori, os fios narrativos que a ela conduziam, que a explicavam e
justificavam, isolando de um mundo de inúmeras possibilidades as correntes de
pensamento que lhe tinham preparado o terreno.
O poder da palavra
O
poder da palavra como criadora da mudança política foi investigado em muitas Histórias sobre as origens
intelectuais da Revolução Francesa – de Alexis
Tocqueville a Taine,
de Georges Sorel a Daniel Mornet. A partir de Joseph
de Maistre, de Bonald e
do Abade Barruel as escolas
contra-revolucionárias viram no jacobinismo, no terror, no dedo da
franco-maçonaria e na acção anti-religiosa dos Filósofos e dos Libertinos a
causa da destruição das crenças em que assentava a monarquia absoluta.
Mas
mais importante do que tudo isso foi talvez o facto de as elites terem acriticamente mergulhado nos perversos
encantos dos romances libertinos de Laclos, de Diderot ou do marquês de Argens,
amigo de Voltaire e de Frederico da Prússia e autor
do best-seller soft-porn, Thérèse Philosophe. Estes escritos lúdicos, mais elitistas ou mais
populares, completavam
as teses filosóficas e racionalistas sobre a origem e a legitimidade
do poder político de Montesquieu, de
Voltaire, de Rousseau e da Enciclopédia.
Embora
haja algumas lendas sobre a influência e divulgação destes livros – o Contrato Social de
Rousseau aparece muito menos nas bibliotecas da época do que
o Emílio – não há dúvida que, no seu conjunto, esta
literatura aparentemente apolítica serviu essencialmente para deslegitimar, nas
próprias classes dominantes e beneficiárias do sistema, as bases do seu próprio
poder.
Assim, quando eclodiu a Revolução, ninguém, incluindo o próprio Luís XVI, achava que Luís
XVI fosse rei de França pela Graça de Deus; ou que isso fosse sequer importante.
Se lermos qualquer boa História
da Revolução Francesa, percebemos claramente que os revolucionários – que se
vão também devorando entre si, com os radicais, os Jacobinos, a
Montanha, comendo os moderados, os Girondinos, e depois com os Jacobinos
exterminando-se uns aos outros e, finalmente, liquidando o próprio Anjo da Virtude, Robespierre – estão
firmemente convencidos da sua razão e superioridade moral, enquanto os
partidários da ordem estabelecida estão possuídos por um sentimento de culpa, com Luís
XVI sempre a ceder à intimidação e à violência. Havia consciência disto na época, como o mostra o
panfleto de um tal Abbé Proyart, publicado em Londres, em 1800: “Louis XVI, Détrôné Avant d’être Roi, ou Tableau des
Causes necessitantes de la Révolution Française et de L’ébranlement De Tous Les
Trônes”. Houve,
pois, uma revolução intelectual – que desconstruiu o poder entre as elites – e
depois uma revolução político-cultural – que materializou o descontentamento e
o transformou em movimento e violência nas ruas de Paris.
E o que se passou na Revolução
Francesa, passa-se em quase todas as revoluções decisivas. Quem ler politicamente Os Possessos de Dostoievsky vê aí o retrato dos revolucionários; e quem
assim ler Tolstoi também encontra, nos seus aristocratas, inteligentes
e bons, um complexo de culpa activo perante uma sociedade radicalmente
estratificada, onde eles estão no topo: Pierre, em Guerra e
Paz, quer redimir-se
pela Franco-Maçonaria e André, promovendo os seus servos. O próprio Tolstoi, na segunda metade da sua longa vida, e sempre sem sair
do seu lugar de “bom e velho senhor”, faz o mesmo. Berdayev, um profundo
analista do Zeitgeist do século XIX russo, sustentava que os espíritos
religiosamente mais influentes na Rússia de então não tinham sido os teólogos,
mas escritores como Tolstoi. Tolstoi aplaudira a política do czar Alexandre
II que, em 1856, anunciara a libertação dos servos, que aconteceria em 1861
– coisa que o escritor começaria a fazer nas suas propriedades de Yasnaya
Polyana. E nos anos 80, depois de traduzir os Evangelhos e criticar a Igreja
Ortodoxa em nome de um cristianismo menos eclesial e mais cristológico,
enveredava por um populismo místico igualitário.
Algumas
das críticas de Tolstoi à política e à religião dominante na Rússia czarista
coincidem com as críticas dos socialistas revolucionários. O populismo cristão do escritor chega a merecer o
quase-elogio de Lenine que, em artigos vários, se refere às “contradições”
dessse “latifundiário obcecado por Cristo”, aristocrata austero e generoso,
que, apesar de tudo, representava a fraqueza do povo e dos camponeses que
“choravam e rezavam, moralizavam e sonhavam, escreviam petições e enviavam
‘súplicas’.”
Ainda vale a pena pensar a política?
O
facto é que, historicamente, na Europa no mundo, e até em Portugal, as
experiências doutrinárias foram mais frutíferas do que, à primeira vista,
poderiam parecer.
E
hoje, valerão a pena as revoluções intelectuais e culturais? Servirão para
mudar o mundo e a política? Ou estaremos, como defendem muitos, num universo
pós-moderno em que os “bites” e os “likes” tornaram inútil qualquer esforço
pensante, qualquer modelo gramsciano de deslegitimação ou legitimação do poder,
com vista à mudança ou à permanência no status quo?
E,
no entanto, sob um aparente vazio de ideias, com as elites e o povo
entretidos com os modernos sucedâneos dos romances libertinos ou do
divertimento apolítico, num folclórico clima de “democracia, humanidade e
planeta ameaçados”, age e funciona uma cultura de cancelamento que condiciona
dirigentes políticos, agentes e mediadores culturais. A ela
aderem, mais inconsciente do que conscientemente, os inocentes úteis que não
querem deixar de ser modernos, moralmente superiores e especialmente sensíveis
aos “novos direitos humanos e animais”, à igualdade entre os seres de todos os
géneros e ao “respeito pelas minorias” – o que os torna maduros para a
auto-culpabilização, para contrição e para a denúncia.
A
superioridade intelectual das Esquerdas, que remonta aos últimos anos do
anterior Regime e que conheceu altos e baixos, está aí outra vez, sobre estas
festivas formas, usando e abusando da máxima de Tocqueville de que “uma ideia
falsa, mas clara e precisa, terá sempre mais poder no mundo do que uma ideia
verdadeira, mas complicada”.
Por tudo isto, é necessária uma
“descolonização” mental do país, incluindo da própria Direita, em relação aos
mitos que lhe vêm impondo, como a da superioridade ética e racional da Esquerda
e dos seus mestres.
É todo um longo caminho de
consciencialização e libertação. Aconteça o que acontecer no Domingo.
A SEXTA COLUNA CRÓNICA OBSERVADOR POLÍTICA
COMENTÁRIOS:
Helder Machado: O texto é bom
demais para ser entendido por 90% da população. Há outro aspecto a considerar.
Os que estão no trono hoje são agentes. Mesmo que fossem julgados e
penalizados, o verdadeiro poder está longe, bem protegido Talvez fosse afectado
por algum tempo. Em breve tudo voltaria ao mesmo, com mais uns empréstimos para
aguentar o barco. Em termos de autonomia e liberdade não esperem nada. O
JNP escreve como se não soubesse quem manda. Saltar do século XVIII,
mesmo do XIX e do XX para o XXI é arriscado. O poder adquiriu outras formas.
Talvez nos queira poupar. Não merecemos piedade, merecemos holofotes
transatlânticos. Joaquim
Moreira: São sempre muito interessantes estas
crónicas de Jaime Nogueira Pinto, que como historiador de direita, tem,
naturalmente, muita dificuldade, em aceitar esta realidade. De facto, esta
sociedade foi tomada por uma certa intelectualidade. Que toda a gente sabe que
é de esquerda e não é por facilidade. É porque, na verdade, tem vindo a
alimentar a sua superioridade, ocupando a maioria dos lugares da Universidade.
Mas também é verdade que a direita, se tem limitado a aceitar tudo o que diz e
faz esta seita. E, com isto ainda não satisfeita, ataca o centro que em relação
à esquerda está à direita. Ou seja, em vez de se envolver nestas boas e
académicas discussões, entretém-se a criticar as políticas oposições. Que estão
mais preocupadas em encontrar um rumo para Portugal, do que a discutir ideias
de cariz universal. Só o facto de, em pleno século XXI, lembrar esta frase de
Tocqueville leva-me a considerar que a “descolonização” mental, é mesmo um
imperativo nacional. Mas é também fundamental que no próximo domingo, aconteça
mesmo uma mudança em Portugal, e não que fique tudo igual! Maria Melo » Joaquim
Moreira: Oxalá! Espero
que a composição da AR mude, que haja mais deputados a desmascarar esta
República. ”Sapere Aude”
é uma máxima muito importante. Lamentavelmente, nos tempos actuais, o que vale
é o que é imediato, se consegue sem esforço e a sociedade está refém do
politicamente correcto, do movimento woke, da cancel culture… Temos de mudar!
João Afonso: O "abismo
cultural, intelectual, político e civilizacional" que nos conduz ao estado
de alienados, é, afinal, consequência da acção longa e concertada na
Universidade, no meio cultural, incluindo o espaço mediático, da esquerda
ideológica. Aliás a alienação atingiu níveis chocantes, tal como materializada na
"moderação" dos debates televisivos e nos comentários posteriores a
esses debates. O zelo em purificar a mensagem transmitida pelos candidatos, e
em alguns casos, o de lançar anátema sobre a insurreição ideológica, foi uma
demonstração cabal do totalitarismo que sufoca Portugal. João Floriano: Por tudo isto, é necessária uma “descolonização” mental
do país, incluindo da própria Direita, em relação aos mitos que lhe vêm
impondo, como a da superioridade ética e racional da Esquerda e dos seus mestres.
Está tudo dito e muito bem dito.
Isabel Gomes: A política é um meio e não um fim, por isso no
domingo vou usar o voto como uma espécie de faca de ponta e mola! Geiger Dieter » Isabel Gomes: A política
socialista vai acabar num grande guerra que afectará a todos e poderá resolver
de vez a sobrepopulação e a crise do clima. Maria santos: Os donos do poder decidiram há muitos anos, perverter o
pensamento da humanidade, para fazerem a revolução antropológica, que para mim,
acho a pior de todas! Conseguir convencer as pessoas de que menino não é menino
e menina não é menina, foi realmente um passo gigante neste
"progresso" desastroso que estamos a viver duma forma alucinada e
desesperada, que caminha a passos largos para a catástrofe! Os donos do
pensamento, decidiram há muitos anos, que para conseguirem o que pretendiam,
tinham de dominar o pensamento das gentes! Os "bons" livros
encharcaram as bibliotecas e as livrarias a ponto de se sobreporem a toda e
qualquer ideia que não fosse progressista, muito moderna, e como diz o autor,
cheia de "sensibilidade" aos "fracos", doentes, idosos,
grávidas, mulheres, homossexuais, etc... É a revolução! É a revolução, que
precisa de um total desmantelamento da ordem e da sociedade, para, esvaziando
as mentes e consciências das pessoas, as encher com o lixo que para eles, a
Esquerda obediente aos arquitetos da nova ordem mundial, os maçons, etc...é
modernice! é "evolução"! Não sei se já estamos no caos, ou se
ainda falta muito, mas sabemos que o poder deles vem sobretudo do inimigo, mas
isto não se pode dizer, porque eles querem substituir Deus, na Sua Criação,
negá-Lo e tornarem-nos a todos transumanos! Se não lutarmos contra tudo isto,
cairemos na maior das catástrofes que já imaginamos! Maria Alva: Excelente crónica.👌👏 Maria Nunes: Obrigada JNP, por mais uma excelente crónica. Nunca
pensei assistir a uma profunda mudança na nossa sociedade em tão poucos
"anos"
Carlos Grosso: Creio que é
útil. Mais como profissão de fé do que por evidência. É, pelo menos, útil para entreter. É preciso mudar. É
preciso ter iniciativa para mudar. Obrigado
JNP pelo entretenimento, mas também pelo conhecimento e sabedoria. Rui Lima: Estamos numa época em que a esquerda está a conduzir
uma verdadeira caça às bruxas nas Universidades americanas e também já na Europa
esse fenómeno chega também às redacções dos jornais. Mas o mais grave está para
acontecer e vai ser neste século as nossas democracias vão sucumbir às sociedades
multiétnicas afectando a paz e a democracia e os estados-providência, a
diversidade será mortal, vamos ser atormentadas por um aumento exponencial
do nível de violência e da luta entre diferentes facções rivais. Hoje há
menos vontade de pagar impostos, um fenómeno que se vai ampliar com a diversidade
demográfica, quando os cidadãos pensam, que os seus impostos vão para as
pessoas, como eles gostam votam nessa ideia, mas quando o seu dinheiro vai a
pessoas muitos diferentes não gostam e votam em programas com menos despesa. É
uma questão de tempo, o que conhecemos como solidariedade nacional ou bem
comum tem os dias contados e no resto será trágico. Mas isto é válido em tudo,
até na defesa nacional, a França tem milhões de franceses que não sentem essa
obrigação (vi algo que me chocou foi possível identificar um militar pelo ADN e
ligá-lo à sua origem - um dos muitos milhares da 1.a guerra sem nome , foi
enterrado no cemitério onde aconteceu a batalha, teve homenagem na escola onde
tinha andado, nesse tempo todos os jovens se voluntariaram para defender a
Pátria , nessa escola vi os que tinham avós franceses estavam emocionados e
vontade de continuar a defender a França os outros que beneficiam das mesmas
regalias que estão chegando não estavam para aí virados. Clarisse Seca >Rui Lima: "Casa
onde não há pão, todos brigam e ninguém tem razão". e isto acontecerá a
nós se os que não querem ver a realidade, continuarem a votar nessa
esquerda "torce a verdade". Tone da Eira » Rui Lima: O seu
raciocínio tem bases interessantes mas levam-me para outras conclusões.
Primeiro coloco de lado essa questão da "solidariedade nacional"
porque acho que mesmo agora ela quase nem existe, há é obrigação (posts
fofinhos no FB não contam). Fundamentalmente discordo que no futuro esses
programas com "menos despesa" defendidos pela "antiga maioria"
venham a ser relevantes. Nessa situação futura o que aconteceria é
as "minorias ascendentes" votarem em partidos da mesma área
social mas que imponham o aumento de impostos dado que quem os pagaria não
seriam eles. Por isso teriamos o Estado governado não pela classe social que
paga impostos mas pelos que seriam recipientes e por isso defenderiam
impostos elevados (para os outros pagarem) e grande despesa (para eles
receberem). Óbvio que a curto prazo essa situação será logo insustentável e a
solução para a "antiga minoria" será emigrar (mas para onde?) ou
criar um estado sucessionista e defendê-lo pelas armas e haveria milhões de
mortos no processo. Será para isto que se caminha, tendo em conta a cegueira
dos políticos actuais (e de quem os elege) no que respeita ao que deveria ser
cada nação? Rui
Lima: Saber como será a transformação das
nossas democracias em sociedades multiétnicas será o desafio fundamental
do século XXI e será um falhanço .
bento guerra: Uma palhaçada
que rendeu muitas horas de antena e linhas dos jornais. Esta democracia de
espectáculo é mesmo o "nacional mínimo" Ahmed Gany: Enquanto as elites intelectuais continuarem fechadas no
conforto dos seus armários não haverá actores (sérios) em palco que sustentem o
caminho da libertação.
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