domingo, 16 de janeiro de 2022

As contradições das almas

 

Entre as fanfarronices de provocação canalha e a pusilanimidade da cedência à ordem, quando esta provém da autoridade proponente do statuquo. Desta vez, as escolhas de AG para caracterizar o processo de imposição subjugadora de corpos e almas no caso covidiano, e o efeito desse na conduta social, de docilidade sem protesto, centraram-se em personagens estrangeiras, sofrendo das mesmas paranoias de amedrontamento, verdadeiro ou falso, mas mais abjecto ainda, porque menos discreto, no contraste de comportamentos próprios, antes e depois das regras amedrontadoras. Desta vez, a maioria dos comentadores, (entre os muitos aqui não colocados), aceitou melhor a monotonia temática em que, ultimamente, se fixou AG, irredutível na pretensão de atacar o embrutecimento que se generalizou, com o mando superior, e de que grande parte, não acomodada, mas pusilânime, (como nós, que nos vacinámos obedientemente), vai condenando já, não indiferentes às precisões argumentistas dos muitos apoiantes de Alberto Gonçalves.

Embora descontextualizado, proponho o comentário irónico de Luis Soares de Oliveira, extraído do seu Facebook, que contrasta passado e presente, não propriamente por questões de pandemia mas por razões de brio próprio, nacional, hoje:

«RETICÊNCIAS.

Portugal foi um país moderno...no século XVI.

O que não cresce apodrece...mais depressa, se for a crédito.»

E o comentário de apoio a esse, de Custodio Braz: «E nada cresce indefinidamente, tudo apodrece.»…

A Covid matou as estrelas da rádio

É perfeitamente tolerável que um “rocker” se vanglorie da ocasião em que deglutiu 17 linhas de cocaína. O que o “rocker” não pode é esquecer-se de alertar para a importância da “terceira dose”.

ALBERTO GONÇALVES, Colunista do Observador

OBSERVADOR ,15 jan 2022 

Esta semana, Howard Stern, o apresentador radiofónico, chamou “fucking asshole” ao tenista Novak Djokovic e sugeriu que este fosse banido das competições. Porquê? Porque Djokovic recusa a vacina da Covid. Na semana anterior, Stern criticara Oprah Winfrey por organizar festas durante a pandemia: “Estão todos a apanhar Covid. Todos estão doentes. Há pessoas com 40 graus de febre. Não quero ter febre de 40 graus, não quero adoecer, por isso vivo fechado. Mas todos andam por aí à solta. A Oprah recebe amigos em jantares.”

Para quem não conhece, noto que Stern fez uma carreira de décadas a expensas da afronta e do deboche. Durante anos, o programa dele na rádio de sinal aberto foi regular e pesadamente multado por “obscenidade”, leia-se graçolas alusivas a tabus sexuais e demais ingredientes de “escândalos”. Nos tempos que correm, pelos vistos, Stern está em clausura permanente, a denunciar à distância os infractores das “regras” e dos “conselhos” das autoridades de saúde. Seria fácil concluir que o homem envelheceu, ou enlouqueceu – e ambas as conclusões são provavelmente verdadeiras. O problema é que a velhice e a loucura de Stern não são caso único entre as figuras da dita “contracultura”. São o padrão.

De Hollywood, o maior antro de choninhas “virtuosos” do planeta, não vale a pena falar. Já a imprensa musical anglo-saxónica, que continua a enaltecer os hábitos desregrados dos artistas pop, adoptou sem qualquer hesitação os protocolos de “combate” (desculpem) à Covid e de combate aos infiéis do culto. As raríssimas personalidades do meio que ousam revoltar-se contra os abusos das restrições, das segregações e dos confinamentos são tratadas abaixo de violadores de criancinhas (bastante abaixo, aliás, sobretudo se tivermos em conta os esforços da cultura “woke” para reabilitar a pedofilia). Eric Clapton e o até aqui consensualmente reverenciado Van Morrison são os novos párias, vítimas de insultos e, claro, de “cancelamentos”. Uma canção “conspiracionista” de Ian Brown, antigo cantor dos Stone Roses, foi removida do Spotify. (Sendo negro, o “rapper” Busta Rhymes é livre de afirmar “Fuck your mask!” e merecer apenas uma “contextualização” paciente da parte dos “media”). Ou seja, é perfeitamente tolerável, e louvável, que um “rocker” se vanglorie na capa de uma revista da ocasião em que deglutiu 17 linhas de cocaína, nove “groupies” e uma mobília de suite hoteleira. O que o “rocker” não pode é esquecer-se de alertar para a importância da “terceira dose”. E de deixar um aviso: proteja-se a si e aos outros. A irreverência tem limites, e os limites são a ausência de vacina, de máscara e de “distanciamento social”.

Não fora o aroma a Orwell, e à demência institucionalizada do estalinismo, tudo isto teria certa graça. É certamente engraçado ver Marilyn Manson, cançonetista famoso por ligações ao “satanismo” (?) e pelo boato de que teria extraído duas costelas para praticar sexo oral com ele próprio, conceder entrevistas onde descreve a sua mansa rotina nos confinamentos, que cumpre religiosamente – ou satanicamente, não sei. E é engraçado ver comunistas empedernidos, passe a redundância, aconselhar, ou exigir, que sejamos vacinados por ícones do capitalismo do calibre da Pfizer ou da Johnson & Johnson. Tom Morello, guitarrista dos Rage Against the Machine, é um exemplo divertido. Morello, que venera os terroristas e guerrilheiros da praxe, defende o uso da violência – armada, se necessário for – para demolir o “sistema”. Em simultâneo, adopta e publicita sem hesitação ou ironia os mandamentos do “sistema” para “prevenir” o contágio pelo bicho.

Que bicho mordeu a esta gente? Faço uma ideia ou duas. É evidente que, por hipocondria, oportunismo, instinto totalitário ou gozo discriminatório, os “rebeldes” de ontem alinham escrupulosamente com o poder de hoje, do qual são propagandistas zelosos. É possível, e até provável, que a alegada “rebeldia” nunca tivesse passado de truque promocional. E é possível, e quase garantido, que a troca da “rebeldia” pela aceitação entusiástica das imposições governamentais seja mais um truque, capaz de lhes assegurar a manutenção da popularidade. A questão é exactamente essa: o que há na Covid que removeu o charme do “outsider” e o transformou num anacronismo consensualmente deplorável? Sobre isto não faço ideia nenhuma. Só sei que não gosto.

Por acaso, também não gosto de qualquer das figuras que refiro acima. Mas gosto ainda menos de um mundo sem lugar para a divergência ou a excentricidade, a provocação ou a mera dúvida, principalmente quando se opõem ao maior ataque à liberdade que o Ocidente conheceu desde há décadas. Para cúmulo, nos ataques anteriores o Ocidente unia-se para resistir-lhes. Agora une-se para legitimar os ataques – e, imagine-se, criá-los. A unanimidade é triste. E cega. E perigosa. Enquanto pretexto, a Covid sumirá não tarda. Infelizmente, o seu legado de trevas vai reaparecer a cada brecha: a supressão da dissidência não é reversível a breve prazo. A “contracultura” morreu. E a “cultura” mete medo, nos dois sentidos da expressão.

PANDEMIA   SAÚDE   LIBERDADES   SOCIEDADE

COMENTÁRIOS:

Julius Evola: Nao se vê ninguem que mereca respeito a defender as medidas covidescas.  Lixo a defender lixo e o povo ignorante que vai atrás.           Mário Brás: O Covid dá de comer a muita gente..... incluindo este cronista.          Dr. José Cigarrão > Mário Brás: Levamos meses desta lavagem cerebral, rádios, televisões, redes sociais, cafés... não se fala de outra coisa. A injecção pode ser inútil mas dá para empregar muito mentecapto. Mas o Mário encontra tempo para recriminar alguém que questionar os que ganham a vida com esta farsa. Parabéns.          Francisco Tavares de Almeida: Infelizmente não é apenas o "dictatum" político da vacinação mas também o abandono de outras boas práticas por tudo subordinar à vacinação. Recomendo vivamente o artigo "Porque ficou a pandemia fora do debate eleitoral?" do cardiologista Jacinto Gonçalves que, pelo menos hoje, ainda se pode encontrar em "Mais opinião" no Observador.        João Floriano: Excelente crónica. Wokismo e covid. Com um  assunto tão rico para  discussões sérias, acabei por me concentrar numa informação no mínimo exótica. Muitos modelos, social lights (o «nosso» José Castelo Branco), bailarinos, profissionais de circo e outras artes cénicas livram-se do último par de costelas flutuantes em nome de maior capacidade de contorcer o corpo e de ter cinturinha de vespa. No caso deste referido satânico seria para um auto br......... Podemos assumir que eliminando o outro par de costelas flutuantes poderemos ter um  auto beijo grego?           Dr. José Cigarrão: Duas breves notas sobre este excelente texto. 1. É comum um jovem contestatário envelhecer como jarreta e pro-establishment. Mas aqui essas percepções pouca importância têm. O ponto comum dos casos que refere é que as cantilenas da juventude, sobre a dominação, absurdos e discricionariedade do poder, são confirmadas in vita et carne pelo próprio artista. 2. A questão é porque é que os jovens artistas não se afirmam contestando a maior afronta à autonomia sobre o corpo e à liberdade de que há memória. Porquê esse unanimismo em torno de absurdos óbvios envolvendo um vírus com mortalidade reduzida e uma vacina pífia com incomparável ocorrência efeitos secundários? De novo excluindo percepções pessoais, diria que a cultura de cancelamento constrange qualquer tugido ou mugido.       Joaquim Moreira: Mesmo não conhecendo a maioria dos personagens de que Alberto Gonçalves aqui resolveu revelar, não posso deixar de apreciar mais esta crónica d'arrasar! Na verdade, é preciso coragem e determinação para falar dum tema em que até parece que não tem razão! Mas tem e eu vou dar a minha explicação. Devo dizer antes de mais que tenho pelo Almirante Gouveia e Melo e por Rui Rio muita consideração. E porque chamo isto à colação? Porque sei que o AG não tem a mesma opinião, o que não quer dizer que, na sua análise desta situação, eu não lhe dê toda a razão! E, concordando, em boa parte, com a sua explicação para as razões de muitas destas tresloucadas emoções, também tenho as minhas razões: o medo de que, afinal, a morte pode atingir qualquer mortal; E, ao assim ser, fazem tudo para não morrer; e como o medo desperta o irracional, desatam a atacar o cidadão normal, seja no ataque directo ou no ataque virtual! Ou seja, resumindo: vivemos numa sociedade, sem dó nem piedade!          pedro dragone: O escriba parece ter entrado em franca Covidodependência no que à escrita diz respeito. Quando isto acabar, suspeito que terá de fazer umas semanas de desintoxicação ou nunca mais voltará a escrever nada com jeito. Confesso que começo a sentir-me ética e moralmente constrangido por estar a subsidiar dependências com a minha assinatura. Dependências e preguiça, passe a redundância...      Grreite Rissete. Quando o seu Médico ou o Pediatra dos seus filhos lhe disser que estas injecções são seguras, peça-lhe para assinar um termo de responsabilidade sobre os eventuais danos que poderão daí decorrer. Verá que é como o teste do algodão: não engana!         António Silva > Grreite Rissete: Se lhe pedir para assinar um termo de responsabilidade por aquilo que o seu filho, caso o tenha, faça, verá que é como o algodão, não engana. Mas alguém está disponível para assumir o que outro, ou algo, alguma vez possa vir a fazer? Deixe-se de toleimas. Maria araujo > António Silva: Que comparação....responsabilizarem-se por um medicamento que querem obrigar a tomar é diferente de se responsabilizar por atitudes de outra pessoa....mas a nova religião cujo Deus é a "vacina" é intocável!        Anarco Léptico > Grreite Rissete: Que absurdo! Não sendo a vacinação obrigatória nenhum médico tem que assinar o que quer que seja. Quem não quer tomar vá à sua vida. Aliás, coisa que você devia fazer (em vez de andar a trollar por aqui): não quer tomar não tome, deixe que cada um faça as suas escolhas.        Dr. José Cigarrão > Anarco Léptico: Não sei se tem filhos, mas tem noção de que a histeria em torno das vacinas, à laia de defesa da saúde pública, se traduz na inquirição sobre o estado vacinal dos menores e na coação (aka bulling) subsequente por colegas?         António Silva > Grreite Rissete: Sabe que quando praticamos um acto que só nos prejudica a nós é uma coisa agora quando queremos viver em sociedade mas não respeitamos a existência dos outros é uma coisa bem diferente. Querem snifar coca, força estejam à vontade. Não acreditam na covid porque é uma sequência do 5G que é o que a mulher do tenista diz, tudo bem mas respeitem a existência dos outros.        Maria araujo > Anarco Léptico: Acha que não é obrigatória? para além da lavagem cerebral à boa maneira Soviética de convencer os vacinados que só ficam imunes à Covid se todos estiverem vacinados, cria uma  pressão e perseguição social que dá abertura aos governos para restringir a liberdade dos não vacinados. "Do certificado sanitário ao "passe de vacinação". França junta-se aos países que apertam cerco aos não-vacinados"          Dr. José Cigarrão > António Silva: Está prontinho para apresentar o próximo telejornal do medo. E a habilitação também lhe permite dar consultas mediáticas para forçar à "vacinação". A injecção pode ser inútil mas dá para empregar muito mentecapto.     António Silva > Grreite Rissete: A vacina pode ser inútil para si mas, felizmente, não o é para toda a gente. Se há coisa que o homem soube fazer, e bem, foi desenvolver algo que o ajudasse a vencer os vírus que o matam é isso foi a medicação por isso sim, tomo vacinas sem receios e sem medo e não vou na cantiga de idiotas e ignorantes.          Insana Assunta: ai que a vacina primeiro não pegava nem se adoecia, depois pegava mas não se adoecia, a seguir além de pegar adoecia-se sem gravidade, logo depois afinal tinha gravidade mas não se morria e agora garantido pela terceira dose, morre-se mas vai-se para o Céu, prantes.         Maria araujo > Insana Assunta: Maravilha!!! ahahahah.....          João Floriano > Insana Assunta: Pois! Mas só se entra no céu com o teste feito na farmácia. O morto ou apresenta o resultado ou o S. Pedro não deixa entrar.       Grreite Rissete: Para se ter uma ideia de como o método científico foi $UBV€RTIDO => The Pfizer Inoculations For COVID-19 – More Harm Than Good, da autoria da Canadian Covid Care Alliance. A versão Legendada pode ser vista no canal Quero Emigrar no R u m b l e. Se isto não acordar as “ovelhas”, não sei o que mais o fará. O Hitler se fosse vivo estaria embevecido! Se há coisa que esta pandemia revelou, foi o “nazi” que há em muita gente. É através do medo que uma ditadura pode singrar sem qualquer resistência, segundo o mote “divide et impera”. Assim, temos quem faz da C o v i d uma Religião e da Ciência… Dogma. São os que andam sozinhos de máscara na rua e no carro. Incutem o seu medo nos filhos pequenos ao obrigá-los a andar de máscara e inoculam-nos à 1ª oportunidade. Estão viciados no “Fear Porn” das TV´s. São os escolhidos pelos “media” nas entrevistas de rua. Para estes Virtuosos, as mortes e sequelas das inoculações expostas no V A E R S e no E U D R A são “fake news” dos “negacionistas”. Sofrem do Síndrome de Estocolmo pois acreditam que as injecções são seguras apenas porque a DG$ assim o disse. E de Psicose das Massas pois concordam e defendem o certificado N A Z I, a vacinação obrigatória e “alcatrão e penas” para todos esses Hereges e Impuros que não seguem as regras das “autoridades”. Como padecem de dissonância cognitiva, nem os e-mail´s comprometedores do F a u c i os convencem. Têm tanto medo de morrer que até se esquecem de… viver! Depois, há os que seguem os primeiros em comportamento de rebanho apenas para serem aceites e não serem rotulados de “negacionistas”. São os obedientes. Os que cedem à pressão. Os que se inoculam, não por medo da C o v i d, mas para poderem viajar e irem ao ginásio, restaurantes e afins. São os que acreditam que “Vai Ficar Tudo Bem”. Muitos destes, como em devido tempo não fizeram o “trabalho de casa”, estão agora arrependidos. Mas, como “acordaram”, recusam os “booster´s” e por isso, também já são considerados não-inoculados e, como tal, proscritos. Por fim, há os que resistem a toda esta histeria colectiva e que seguem a verdadeira Ciência (não confundir com CI€NCIA), entre os quais eu me incluo. Há que lembrar o seguinte: quando permitimos que outros pensem por nós, esses deixam de pensar em nós. Chamar a estas injecções experimentais, baseadas em terapia genética, de v a c i n a s, é um insulto às próprias v a c i n a s. Infelizmente, as pessoas nem imaginam o que poderá estar a suceder ao seu sistema imune a cada dose que levam. Estas injecções são um embuste, uma fraude, um logro. Mas isso, nunca será assumido. Ao fim de 90 dias, a sua eficácia contra a Ómicron é pior do que 0. É negativa! Favorece o contágio, cortesia do ADE (Antibody Dependant Enhancement). Daí, a necessidade de sucessivos “booster´s”. E com isso vem a exaustão imunológica. Ter muitos anticorpos específicos a competir com a imunidade inata poderá gerar VAIDS (Vaccine Acquired Immune Deficiency Syndrome). E “sem” sistema imune os tumores florescem. E nada se sabe, quanto a eventuais doenças neuro-degenerativas ou auto-imunes, sobretudo no coração e pulmões onde existem muitos receptores ACE2. Isto é jogar à roleta-russa no curto prazo, pois no médio e longo prazo trata-se de uma autêntica bomba-relógio. (Tic Tac, Tic Tac,…)          Maria santos: Verdade, tudo verdade, mas não se pode dizer, porque eles querem que seja mentira! Eles querem que sejamos uma massa inerte, que eles manipulam sem "rebeldias"! Eles não querem rebeldes, e estão dispostos a tudo para que eles não existam a atrapalhar os seus objetivos tenebrosos!         Joaquim Almeida: Excelente reflexão, A. G.  Cipião Numantino: Alguém escreveu, aqui há uns anos, que "os esquerdistas de hoje serão os fas cis tas de amanhã". Seja assim ou não, o determinismo aCtual de certas coisas vem-nos demonstrando que haverá algo de verdade nesta afirmação. A História prova-nos que é justamente em épocas de convulsão que a verdadeira natureza humana se revela. E os anti-leprosos e anti-heréticos de antanho são fielmente copiados pelos respectivos hodiernos émulos atuais pró-couvinhas. De facto nota-se e denota-se a mesma sanha persecutória e a exacta pulsão assolapada de infernizar a vida dos demais. Os leprosos de antigamente escondiam-se em cavernas para fugirem aos puristas sociais da época e os anti-couvinhas de hoje enfrentam soezes ataques de todos aqueles que não pretendem ser "maria vai com as outras". Não se pense, aliás, que a cultura do cancelamento se trata de um conceito exclusivamente moderno. Esta espécie de jogos de luzes e sombras sempre foi transversal a todas as civilizações. Se se reparar bem, as acusações genéricas da anti-religiosidade dominante ou das denúncias dos leprosos, dos heréticos, do judaísmo, dos devaneios pidescos e, agora, dos novos anti-leprosos "couvinheiros", sempre fez escol em largas franjas da população portuguesa de que, no geral, esta proselitagem da cultura do cancelamento são dignos e eficazes herdeiros. De resto o conceito mantém-se. E pouca diferença encontro a um nível comparativo entre aqueles que denunciavam os "marranos" (cristãos novos) de práticas judaizantes e os apaniguados modernos da loucura do couvinhas denunciando todos aqueles que não seguem a cátedra ou os bons manuais de que os denunciantes pensam ser uma espécie de guardiões nomeados pela virtudes peculiares das suas próprias auto-convicções. Se repararmos bem, a mesma espécie de castigos são aconselhados. Aos judaizantes castigados sob o flagelo do chicote e do uso do sambenito pelo Tribunal do Santo Ofício e, os actuais recalcitrantes, atacados por bandos de tipos de hienas onde se derrogam vontades próprias e se elevam os incumbentes a um conceito efectivo de uma espécie de párias sociais. Vejam por exemplo o que sucedeu com o cantor Olavo Bilac e a sua actuação num evento do Chega. Não lhe foram dadas hipóteses. E todos os asseclas, seus pares, lhes caíram em cima sem dó nem contemplações, sob pena de como dizem os espanhóis "nunca mais poder vir a comer uma rosca" (leia-se, nunca mais vir a cantar onde quer que fosse). Todos sabem o que sucedeu a seguir. Debelado o flagelo a que simbolicamente foi submetido, não lhe restou senão pedir desculpa pelo "horrível crime cometido" com promessa explícita de nunca mais vir a sair dos carris. Palavra de honra que esta acção tremendista me fez trazer à memória um programa antigo da TV chamado "Perdoa-me". Exercido o acto de contrição só faltou mesmo o Olavo Bilac ser portador de um ramo de flores tal e qual se fazia nesse mesmo programa. Regressando às artes de dissimulação de que o AG fez excelente eco, diria que tais vicissitudes são mais antigas do que a própria História. Esta gentinha que gravita à volta da cultura e das artes, como diz a garotada "parece que não se manca". E, numa espécie de fuga entre Caribdis e Cila, nunca mais param de bancar o ridículo. Tenho para mim, que muitos destes artistas actuam assim porque têm rabos de palha. E antecipam as consequências de chamarem nomes a alguém, antes que lhos chamem a eles. Olhem, assim do estilo do Dr. Costa que vai buscar no debate com o Dr. Rio um artigo do Expresso onde se avançava uma eventual e hipotética ocorrência, para servir como peregrina tese ao Dr. Costa que ele tinha avisado sobre isso mesmo. Como já escrevi acima, mero jogo de luzes e de sombras. Hábitos difusos e esconsos de se fazer parecer aquilo que não é nem nunca foi. Os judeus seiscentistas tornaram-se mestres deste tipo de floresta de enganos. Por necessidade, claro, que as consequências eram à época pavorosas. Assim, para não serem acusados de não comerem carne de porco, penduravam lustrosos fumeiros, sem carne de porco pois então, dando-se assim a invenção das deliciosas alheiras como uma das nossas surpresas gastronómicas. Mas faziam mais. Já repararam nas majestosas catedrais existentes em algumas das nossas cidades ou vilas do interior? Repare-se, entre outras, por exemplo, nas fantásticas igrejas de Castelo de Vide e Torre de Moncorvo, terras de pousio de muitos judeus. Pois é, os pobres dos marranos colectavam-se furiosamente para ver quem comparticipava mais na construção de tais igrejas. Pela terceira vez escrevo, jogos de luzes e de sombras. Uma autêntica floresta de enganos em que só os que têm tibiezas de carácter, os incautos ou os medrosos, entram. Preparem-se para levarem com ondas de choque de toda esta gentinha que nos querem fazer viver permanentemente num inferno. Que um infeliz nunca o pretende ser sozinho. Diz-nos a História que eles nunca desistem por vontade própria. Por isso, quanto mais não seja justamente só por isso, "ponham-se a pau"!... …………………………………………………………………………………………………………………………

Vitor Batista: Muito bem AG, sem negar as evidências do vírus que existe, convém realçar o circo mundial que se construiu em seu redor. Até quando irá a vida das pessoas permanecer num inferno? Espero bem que o bom senso impere, porque está a ser difícil seguir em frente com tanta restrição e parvoíce.         Tiddly WinksVitor Batista: Se julga que alguma vez vamos voltar à normalidade, é muito ingénuo. O mundo Ocidental entregou de bom grado todo os direitos e todas as famosas constituições de todos os países supostamente democráticos foram atiradas para o lixo. Acha que, uma vez tendo provado o poder absoluto, que os políticos o vão devolver sem uma luta feroz? Pense de novo!           Vitor BatistaTiddly Winks: Eu quero pensar que sim, mas eu talvez seja ingénuo como diz, mas no fundo você tem razão, nunca iremos voltar à normalidade, e o Alberto Gonçalves não se cansa de alertar para esse facto.          António Lamas: Mais um grande artigo e uma pedrada no charco dos saudosos da DGS (a antiga)        Cupid Stunt: BRAVO! Não nego o Covid, nem a vacinação (que faço), mas esta suposta unanimidade bacoca, a imposição de regras e mais regrinhas (que basicamente não cumpro) e, principalmente, a segregação e punição de quem pensa e age diferente do que manda a "bíblia" covideira, causam-me repulsão e nojo.

 

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