Entre as fanfarronices de provocação canalha
e a pusilanimidade da cedência à ordem, quando esta provém da autoridade proponente
do statuquo. Desta vez, as escolhas de AG para caracterizar o processo de imposição subjugadora de corpos e almas no
caso covidiano, e o efeito desse na conduta social, de docilidade sem protesto,
centraram-se em personagens estrangeiras, sofrendo das mesmas paranoias de
amedrontamento, verdadeiro ou falso, mas mais abjecto ainda, porque menos
discreto, no contraste de comportamentos próprios, antes e depois das regras
amedrontadoras. Desta vez, a maioria dos comentadores, (entre os muitos aqui não
colocados), aceitou melhor a monotonia temática em que, ultimamente, se fixou AG, irredutível na pretensão de atacar o
embrutecimento que se generalizou, com o mando superior, e de que grande parte,
não acomodada, mas pusilânime, (como nós, que nos vacinámos obedientemente),
vai condenando já, não indiferentes às precisões argumentistas dos muitos
apoiantes de Alberto Gonçalves.
Embora descontextualizado, proponho o
comentário irónico de Luis Soares de
Oliveira, extraído do seu Facebook, que contrasta
passado e presente, não propriamente por questões de pandemia mas por razões de
brio próprio, nacional, hoje:
«RETICÊNCIAS.
Portugal foi
um país moderno...no século XVI.
O que não cresce
apodrece...mais depressa, se for a crédito.»
E o comentário de apoio a esse, de Custodio Braz:
«E nada cresce
indefinidamente, tudo apodrece.»…
A Covid matou as estrelas da rádio
É perfeitamente tolerável que um
“rocker” se vanglorie da ocasião em que deglutiu 17 linhas de cocaína. O que o
“rocker” não pode é esquecer-se de alertar para a importância da “terceira
dose”.
ALBERTO GONÇALVES, Colunista do Observador
OBSERVADOR ,15 jan 2022
Esta
semana, Howard Stern, o apresentador radiofónico, chamou “fucking asshole”
ao tenista Novak
Djokovic e sugeriu
que este fosse banido das competições.
Porquê? Porque Djokovic recusa a vacina da Covid. Na semana anterior, Stern criticara
Oprah Winfrey por organizar festas durante a pandemia: “Estão todos
a apanhar Covid. Todos estão doentes. Há pessoas com 40 graus de
febre. Não quero ter febre de 40 graus, não quero adoecer, por isso vivo
fechado. Mas todos andam por aí à solta. A Oprah recebe amigos em jantares.”
Para
quem não conhece, noto que Stern fez uma carreira de décadas a expensas da afronta e do
deboche. Durante
anos, o programa dele na rádio de sinal aberto foi regular e pesadamente multado
por “obscenidade”, leia-se graçolas alusivas a tabus sexuais e demais
ingredientes de “escândalos”. Nos tempos que correm, pelos vistos, Stern
está em clausura permanente, a denunciar à distância os infractores das
“regras” e dos “conselhos” das autoridades de saúde. Seria fácil
concluir que o homem envelheceu, ou enlouqueceu – e ambas as conclusões são
provavelmente verdadeiras. O problema é que a velhice e a loucura de Stern não
são caso único entre as figuras da dita “contracultura”. São
o padrão.
De Hollywood, o maior
antro de choninhas “virtuosos” do planeta, não vale a pena falar. Já a imprensa musical anglo-saxónica, que continua
a enaltecer os hábitos desregrados dos artistas pop, adoptou sem qualquer
hesitação os protocolos de “combate” (desculpem) à Covid e de combate aos
infiéis do culto. As raríssimas
personalidades do meio que ousam revoltar-se contra os abusos das restrições,
das segregações e dos confinamentos são tratadas abaixo de violadores de
criancinhas (bastante abaixo, aliás, sobretudo se tivermos em conta os
esforços da cultura “woke” para reabilitar a pedofilia). Eric Clapton e
o até aqui consensualmente reverenciado Van
Morrison são os
novos párias, vítimas de insultos e, claro, de “cancelamentos”. Uma
canção “conspiracionista” de Ian Brown, antigo cantor dos Stone Roses, foi
removida do Spotify. (Sendo negro, o “rapper” Busta Rhymes é livre de
afirmar “Fuck your mask!” e merecer apenas uma “contextualização” paciente da
parte dos “media”). Ou seja, é perfeitamente tolerável, e louvável, que um
“rocker” se vanglorie na capa de uma revista da ocasião em que deglutiu 17
linhas de cocaína, nove “groupies” e uma mobília de suite hoteleira. O que
o “rocker” não pode é esquecer-se de alertar para a importância da “terceira
dose”. E de deixar um aviso: proteja-se a si e aos outros. A
irreverência tem limites, e os limites são a ausência de vacina, de máscara e
de “distanciamento social”.
Não
fora o aroma a Orwell, e à demência institucionalizada do estalinismo, tudo
isto teria certa graça. É
certamente engraçado ver Marilyn
Manson,
cançonetista famoso por ligações ao “satanismo” (?) e pelo boato de que teria
extraído duas costelas para praticar sexo oral com ele próprio, conceder
entrevistas onde descreve a sua mansa rotina nos confinamentos, que cumpre
religiosamente – ou satanicamente, não sei. E é engraçado ver comunistas empedernidos, passe a
redundância, aconselhar, ou exigir, que sejamos vacinados por ícones do
capitalismo do calibre da Pfizer ou da Johnson & Johnson. Tom Morello, guitarrista dos Rage Against the Machine, é um exemplo divertido. Morello, que
venera os terroristas e guerrilheiros da praxe, defende o uso da violência –
armada, se necessário for – para demolir o “sistema”. Em simultâneo, adopta e publicita sem hesitação
ou ironia os mandamentos do “sistema” para “prevenir” o
contágio pelo bicho.
Que
bicho mordeu a esta gente? Faço uma ideia ou duas. É evidente que, por hipocondria,
oportunismo, instinto totalitário ou gozo discriminatório, os “rebeldes” de
ontem alinham escrupulosamente com o poder de hoje, do qual são propagandistas
zelosos. É possível, e até provável, que a alegada “rebeldia” nunca
tivesse passado de truque promocional. E é possível, e quase garantido,
que a troca da “rebeldia” pela aceitação entusiástica das imposições
governamentais seja mais um truque, capaz de lhes assegurar a manutenção da
popularidade. A questão é exactamente essa: o que há na Covid que
removeu o charme do “outsider” e o transformou num anacronismo consensualmente
deplorável? Sobre isto não faço ideia nenhuma. Só sei que não gosto.
Por
acaso, também não gosto de qualquer das figuras que refiro acima. Mas gosto
ainda menos de um mundo sem lugar para a divergência ou a excentricidade, a
provocação ou a mera dúvida, principalmente quando se opõem ao maior ataque à
liberdade que o Ocidente conheceu desde há décadas. Para cúmulo, nos ataques
anteriores o Ocidente unia-se para resistir-lhes. Agora une-se para legitimar
os ataques – e, imagine-se, criá-los. A unanimidade é triste. E cega. E
perigosa. Enquanto pretexto, a Covid
sumirá não tarda. Infelizmente, o seu legado de trevas vai reaparecer a
cada brecha: a supressão da dissidência não é reversível a breve prazo. A “contracultura”
morreu. E a “cultura” mete medo, nos dois sentidos da expressão.
PANDEMIA SAÚDE LIBERDADES SOCIEDADE
COMENTÁRIOS:
Julius Evola: Nao
se vê ninguem que mereca respeito a defender as medidas covidescas. Lixo a defender lixo e o povo ignorante que vai atrás. Mário Brás: O Covid dá de comer a muita gente..... incluindo este cronista. Dr. José Cigarrão > Mário Brás: Levamos meses desta lavagem cerebral, rádios, televisões, redes
sociais, cafés... não se fala de outra coisa. A injecção pode ser inútil mas dá
para empregar muito mentecapto. Mas o Mário encontra tempo para recriminar
alguém que questionar os que ganham a vida com esta farsa. Parabéns. Francisco Tavares de
Almeida: Infelizmente
não é apenas o "dictatum" político da vacinação mas também o abandono
de outras boas práticas por tudo subordinar à vacinação. Recomendo vivamente o artigo "Porque ficou a pandemia
fora do debate eleitoral?" do cardiologista Jacinto Gonçalves que, pelo menos hoje,
ainda se pode encontrar em "Mais opinião"
no Observador. João
Floriano: Excelente crónica. Wokismo e
covid. Com um assunto tão rico para discussões sérias, acabei por
me concentrar numa informação no mínimo exótica. Muitos modelos, social lights
(o «nosso» José Castelo Branco), bailarinos, profissionais de circo e outras
artes cénicas livram-se do último par de costelas flutuantes em nome de maior
capacidade de contorcer o corpo e de ter cinturinha de vespa. No caso deste
referido satânico seria para um auto br......... Podemos assumir que eliminando
o outro par de costelas flutuantes poderemos ter um auto beijo
grego?
Dr. José Cigarrão: Duas breves notas sobre este excelente texto. 1. É comum um jovem contestatário
envelhecer como jarreta e pro-establishment. Mas aqui essas percepções pouca
importância têm. O ponto comum dos casos que refere é que as cantilenas da juventude,
sobre a dominação, absurdos e discricionariedade do poder, são confirmadas in
vita et carne pelo próprio artista. 2. A questão é porque é que os jovens artistas não se afirmam
contestando a maior afronta à autonomia sobre o corpo e à liberdade de que há
memória. Porquê esse unanimismo em torno de absurdos óbvios envolvendo um vírus
com mortalidade reduzida e uma vacina pífia com incomparável ocorrência efeitos
secundários? De novo excluindo percepções pessoais, diria que a cultura de cancelamento constrange qualquer tugido ou mugido. Joaquim Moreira: Mesmo não conhecendo a maioria
dos personagens de que Alberto Gonçalves aqui resolveu revelar, não posso
deixar de apreciar mais esta crónica d'arrasar! Na verdade, é preciso coragem e
determinação para falar dum tema em que até parece que não tem razão! Mas tem e
eu vou dar a minha explicação. Devo dizer antes de mais que tenho pelo
Almirante Gouveia e Melo e por Rui Rio muita consideração. E porque chamo isto
à colação? Porque sei que o AG não tem a mesma opinião, o que não quer dizer
que, na sua análise desta situação, eu não lhe dê toda a razão! E, concordando, em boa parte, com a sua explicação para as razões
de muitas destas tresloucadas emoções, também tenho as minhas razões: o medo de
que, afinal, a morte pode atingir qualquer mortal; E, ao assim ser, fazem tudo
para não morrer; e como o medo desperta o irracional, desatam a atacar o
cidadão normal, seja no ataque directo ou no ataque virtual! Ou seja,
resumindo: vivemos numa sociedade, sem dó nem piedade! pedro dragone: O escriba parece ter entrado em
franca Covidodependência no que à escrita diz respeito. Quando isto acabar,
suspeito que terá de fazer umas semanas de desintoxicação ou nunca mais voltará
a escrever nada com jeito. Confesso
que começo a sentir-me ética e moralmente constrangido por estar a subsidiar
dependências com a minha assinatura. Dependências e preguiça, passe a
redundância... Grreite
Rissete. Quando o seu Médico ou o
Pediatra dos seus filhos lhe disser que estas injecções são seguras, peça-lhe
para assinar um termo de responsabilidade sobre os eventuais danos que poderão
daí decorrer. Verá que é como o teste do algodão: não engana! António Silva > Grreite Rissete: Se lhe pedir para assinar um
termo de responsabilidade por aquilo que o seu filho, caso o tenha, faça, verá
que é como o algodão, não engana. Mas alguém está disponível para assumir o que
outro, ou algo, alguma vez possa vir a fazer? Deixe-se de toleimas. Maria
araujo > António Silva:
Que comparação....responsabilizarem-se por um
medicamento que querem obrigar a tomar é diferente de se responsabilizar por
atitudes de outra pessoa....mas a nova religião cujo Deus é a
"vacina" é intocável! Anarco Léptico > Grreite Rissete: Que absurdo! Não sendo a vacinação
obrigatória nenhum médico tem que assinar o que quer que seja. Quem não quer
tomar vá à sua vida. Aliás, coisa que você devia fazer (em vez de andar a
trollar por aqui): não quer tomar não tome, deixe que cada um faça as suas
escolhas. Dr.
José Cigarrão > Anarco Léptico: Não sei se tem filhos, mas tem
noção de que a histeria em torno das vacinas, à laia de defesa da saúde
pública, se traduz na inquirição sobre o estado vacinal dos menores e na coação
(aka bulling) subsequente por colegas? António Silva > Grreite Rissete:
Sabe que quando praticamos um acto que só nos
prejudica a nós é uma coisa agora quando queremos viver em sociedade mas não
respeitamos a existência dos outros é uma coisa bem diferente. Querem snifar
coca, força estejam à vontade. Não acreditam na covid porque é uma sequência do
5G que é o que a mulher do tenista diz, tudo bem mas respeitem a existência dos
outros. Maria
araujo > Anarco Léptico: Acha que não é obrigatória?
para além da lavagem cerebral à boa maneira Soviética de convencer os vacinados
que só ficam imunes à Covid se todos estiverem vacinados, cria uma
pressão e perseguição social que dá abertura aos governos para restringir
a liberdade dos não vacinados. "Do certificado sanitário ao "passe de
vacinação". França junta-se aos países que apertam cerco aos
não-vacinados"
Dr. José Cigarrão > António Silva: Está prontinho para apresentar
o próximo telejornal do medo. E a habilitação também lhe permite dar consultas
mediáticas para forçar à "vacinação". A injecção pode ser inútil mas
dá para empregar muito mentecapto. António Silva > Grreite Rissete: A vacina pode ser inútil para
si mas, felizmente, não o é para toda a gente. Se há coisa que o homem soube fazer,
e bem, foi desenvolver algo que o ajudasse a vencer os vírus que o matam é isso
foi a medicação por isso sim, tomo vacinas sem receios e sem medo e não vou na
cantiga de idiotas e ignorantes. Insana Assunta: ai que a vacina primeiro não pegava nem se adoecia, depois pegava mas
não se adoecia, a seguir além de pegar adoecia-se sem gravidade, logo depois
afinal tinha gravidade mas não se morria e agora garantido pela terceira dose,
morre-se mas vai-se para o Céu, prantes. Maria araujo > Insana Assunta:
Maravilha!!! ahahahah..... João Floriano > Insana Assunta: Pois! Mas só se entra no céu
com o teste feito na farmácia. O morto ou apresenta o resultado ou o S. Pedro
não deixa entrar. Grreite
Rissete: Para se ter uma ideia de como o
método científico foi $UBV€RTIDO => The Pfizer Inoculations For COVID-19 –
More Harm Than Good, da autoria da Canadian Covid Care Alliance. A versão
Legendada pode ser vista no canal Quero Emigrar no R u m b l e. Se isto não
acordar as “ovelhas”, não sei o que mais o fará. O Hitler se fosse vivo estaria
embevecido! Se há coisa que esta pandemia revelou, foi o “nazi” que há em muita
gente. É
através do medo que uma ditadura pode singrar sem qualquer resistência, segundo
o mote “divide et impera”. Assim, temos quem faz da C o v i d uma Religião e da
Ciência… Dogma. São os que andam sozinhos de máscara na rua e no carro. Incutem
o seu medo nos filhos pequenos ao obrigá-los a andar de
máscara e inoculam-nos à 1ª oportunidade. Estão viciados no “Fear Porn” das
TV´s. São os escolhidos pelos “media” nas entrevistas de rua. Para estes
Virtuosos, as mortes e sequelas das inoculações expostas no V A E R S e no E U
D R A são “fake news” dos “negacionistas”. Sofrem do Síndrome de Estocolmo pois
acreditam que as injecções são seguras apenas porque a DG$ assim o disse. E de
Psicose das Massas pois concordam e defendem o certificado N A Z I, a vacinação
obrigatória e “alcatrão e penas” para todos esses Hereges e Impuros que não
seguem as regras das “autoridades”. Como padecem de dissonância cognitiva, nem
os e-mail´s comprometedores do F a u c i os convencem. Têm tanto medo de morrer
que até se esquecem de… viver! Depois,
há os que seguem os primeiros em comportamento de rebanho apenas para serem
aceites e não serem rotulados de “negacionistas”. São os obedientes. Os que
cedem à pressão. Os que se inoculam, não por medo da C o v i d, mas para
poderem viajar e irem ao ginásio, restaurantes e afins. São os que acreditam
que “Vai Ficar Tudo Bem”. Muitos destes, como em devido tempo não fizeram o
“trabalho de casa”, estão agora arrependidos. Mas, como “acordaram”, recusam os
“booster´s” e por isso, também já são considerados não-inoculados e, como tal,
proscritos. Por
fim, há os que resistem a toda esta histeria colectiva e que seguem a verdadeira
Ciência (não confundir com CI€NCIA), entre os quais eu me incluo. Há que lembrar o seguinte: quando permitimos que outros pensem por
nós, esses deixam de pensar em nós. Chamar
a estas injecções experimentais, baseadas em terapia genética, de v a c i n a s,
é um insulto às próprias v a c i n a s. Infelizmente, as pessoas nem imaginam o
que poderá estar a suceder ao seu sistema imune a cada dose que levam. Estas injecções são um embuste, uma fraude, um logro. Mas isso,
nunca será assumido. Ao fim de 90 dias, a sua eficácia contra a Ómicron é pior
do que 0. É negativa! Favorece o contágio, cortesia do ADE (Antibody Dependant
Enhancement). Daí, a necessidade de sucessivos “booster´s”. E com isso vem a
exaustão imunológica. Ter muitos anticorpos específicos a competir com a
imunidade inata poderá gerar VAIDS (Vaccine Acquired Immune Deficiency
Syndrome). E “sem” sistema imune os tumores florescem. E nada se sabe, quanto a
eventuais doenças neuro-degenerativas ou auto-imunes, sobretudo no coração e
pulmões onde existem muitos receptores ACE2. Isto é jogar à roleta-russa no curto prazo, pois no médio e longo
prazo trata-se de uma autêntica bomba-relógio. (Tic Tac, Tic Tac,…) Maria santos: Verdade, tudo verdade, mas não
se pode dizer, porque eles querem que seja mentira! Eles querem que sejamos uma
massa inerte, que eles manipulam sem "rebeldias"! Eles não querem rebeldes, e estão dispostos a tudo para que eles
não existam a atrapalhar os seus objetivos tenebrosos! Joaquim Almeida: Excelente reflexão, A. G. Cipião
Numantino: Alguém escreveu, aqui há uns
anos, que "os esquerdistas de hoje serão os fas cis tas de amanhã".
Seja assim ou não, o determinismo aCtual de certas coisas vem-nos demonstrando
que haverá algo de verdade nesta afirmação. A
História prova-nos que é justamente em épocas de convulsão que a verdadeira
natureza humana se revela. E os anti-leprosos e anti-heréticos de antanho são
fielmente copiados pelos respectivos hodiernos émulos atuais pró-couvinhas. De facto nota-se e denota-se a mesma sanha persecutória e a exacta
pulsão assolapada de infernizar a vida dos demais. Os leprosos de antigamente
escondiam-se em cavernas para fugirem aos puristas sociais da época e os
anti-couvinhas de hoje enfrentam soezes ataques de todos aqueles que não
pretendem ser "maria vai com as outras". Não se pense, aliás, que a cultura do cancelamento se trata de um
conceito exclusivamente moderno. Esta espécie de jogos de luzes e sombras
sempre foi transversal a todas as civilizações. Se se reparar bem, as acusações
genéricas da anti-religiosidade dominante ou das denúncias dos leprosos, dos
heréticos, do judaísmo, dos devaneios pidescos e, agora, dos novos
anti-leprosos "couvinheiros", sempre fez escol em largas franjas da
população portuguesa de que, no geral, esta proselitagem da cultura do
cancelamento são dignos e eficazes herdeiros. De resto o conceito mantém-se. E pouca diferença encontro a um
nível comparativo entre aqueles que denunciavam os "marranos"
(cristãos novos) de práticas judaizantes e os apaniguados modernos da loucura
do couvinhas denunciando todos aqueles que não seguem a cátedra ou os bons
manuais de que os denunciantes pensam ser uma espécie de guardiões nomeados
pela virtudes peculiares das suas próprias auto-convicções. Se
repararmos bem, a mesma espécie de castigos são aconselhados. Aos judaizantes
castigados sob o flagelo do chicote e do uso do sambenito pelo Tribunal do
Santo Ofício e, os actuais recalcitrantes, atacados por bandos de tipos de
hienas onde se derrogam vontades próprias e se elevam os incumbentes a um
conceito efectivo de uma espécie de párias sociais. Vejam
por exemplo o que sucedeu com o cantor
Olavo Bilac e a sua actuação num evento do
Chega. Não lhe foram dadas hipóteses. E todos os asseclas, seus pares, lhes
caíram em cima sem dó nem contemplações, sob pena de como dizem os espanhóis
"nunca mais poder vir a comer uma rosca" (leia-se, nunca mais vir a
cantar onde quer que fosse). Todos
sabem o que sucedeu a seguir. Debelado o flagelo a que simbolicamente foi
submetido, não lhe restou senão pedir desculpa pelo "horrível crime
cometido" com promessa explícita de nunca mais vir a sair dos carris.
Palavra de honra que esta acção tremendista me fez trazer à memória um programa
antigo da TV chamado "Perdoa-me". Exercido o acto de contrição só
faltou mesmo o Olavo Bilac ser portador de um ramo de flores tal e qual se
fazia nesse mesmo programa. Regressando às artes de
dissimulação de que o AG fez excelente eco, diria que tais vicissitudes são
mais antigas do que a própria História. Esta gentinha que gravita à volta da
cultura e das artes, como diz a garotada "parece que não se manca".
E, numa espécie de fuga entre Caribdis e Cila, nunca mais param de bancar o
ridículo. Tenho
para mim, que muitos destes artistas actuam assim porque têm rabos de palha. E
antecipam as consequências de chamarem nomes a alguém, antes que lhos chamem a
eles. Olhem, assim do estilo do Dr. Costa que vai buscar no debate com o Dr.
Rio um artigo do Expresso onde se avançava uma eventual e hipotética ocorrência,
para servir como peregrina tese ao Dr. Costa que ele tinha avisado sobre isso
mesmo. Como
já escrevi acima, mero jogo de luzes e de sombras. Hábitos difusos e
esconsos de se fazer parecer aquilo que não é nem nunca foi. Os judeus seiscentistas tornaram-se mestres deste tipo de floresta
de enganos. Por necessidade, claro, que as consequências eram à época
pavorosas. Assim, para não serem acusados de não comerem carne de porco,
penduravam lustrosos fumeiros, sem carne de porco pois então, dando-se assim
a invenção das deliciosas alheiras como uma das nossas surpresas gastronómicas. Mas faziam mais. Já repararam nas majestosas catedrais existentes
em algumas das nossas cidades ou vilas do interior? Repare-se, entre outras,
por exemplo, nas fantásticas igrejas de Castelo de Vide e Torre de
Moncorvo, terras de pousio de muitos
judeus. Pois é, os pobres dos marranos colectavam-se furiosamente para ver
quem comparticipava mais na construção de tais igrejas. Pela terceira vez escrevo, jogos de luzes e de sombras. Uma autêntica floresta de enganos em que só os que têm tibiezas de
carácter, os incautos ou os medrosos, entram. Preparem-se para levarem com ondas de choque de toda esta gentinha
que nos querem fazer viver permanentemente num inferno. Que um infeliz nunca o
pretende ser sozinho. Diz-nos
a História que eles nunca desistem por vontade própria. Por isso, quanto mais não seja justamente só por isso,
"ponham-se a pau"!... …………………………………………………………………………………………………………………………
Vitor Batista: Muito bem AG, sem negar as
evidências do vírus que existe, convém realçar o circo mundial que se construiu
em seu redor. Até quando irá a vida das pessoas permanecer num inferno? Espero
bem que o bom senso impere, porque está a ser difícil seguir em frente com
tanta restrição e parvoíce. Tiddly
WinksVitor Batista:
Se julga que alguma vez vamos voltar à
normalidade, é muito ingénuo. O mundo Ocidental entregou de bom grado todo os
direitos e todas as famosas constituições de todos os países supostamente
democráticos foram atiradas para o lixo. Acha que, uma vez tendo provado o
poder absoluto, que os políticos o vão devolver sem uma luta feroz? Pense de
novo! Vitor
BatistaTiddly Winks: Eu quero pensar que sim, mas eu
talvez seja ingénuo como diz, mas no fundo você tem razão, nunca iremos voltar
à normalidade, e o Alberto Gonçalves não se cansa de alertar para esse facto. António
Lamas: Mais um grande artigo e uma pedrada no charco dos
saudosos da DGS (a antiga) Cupid Stunt: BRAVO!
Não nego o Covid, nem a vacinação (que faço), mas esta suposta unanimidade
bacoca, a imposição de regras e mais regrinhas (que basicamente não cumpro) e,
principalmente, a segregação e punição de quem pensa e age diferente do que
manda a "bíblia" covideira, causam-me repulsão e nojo.
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