Para justificar, tantas vezes,
a vida:
Amar!
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente…
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma Primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!
E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
O que não morre nunca é o amor pelos filhos, acho eu. E esses, sim, têm o direito de saber quem é o seu pai e a sua mãe. Os que escondem isso não são gente digna. Mas a sociedade encaminha-se também no sentido desse aniquilamento pessoal, com a doação de espermatozoides, as barrigas de aluguer, etc, e lamento os seres assim gerados, que não sabem donde provêm… Estou, é certo, fugindo à questão posta pelo P. Portocarrero. Os comentadores deram os seus pareceres criteriosos. Penso que o respeito é muito necessário na vida. Próprio e alheio. Está na base da ordem, neste mundo caótico…
Bom Ano Novo da família!
As tentativas pós-modernas de
redefinição da família são, na realidade, formas de promover a sua extinção: se
tudo é família, a família não é coisa nenhuma.
P. GONÇALO PORTOCARRERO DE ALMADA
OBSERVADOR, 01
jan 2022
Os
últimos dias de Dezembro são, por regra, aproveitados pelos meios de
comunicação social para fazer a retrospectiva do ano velho. Por sua vez, os
primeiros dias de Janeiro são propícios à formulação de esperançosos votos para
o novo ano.
2022 é o Ano da Família Amoris
laetitia. Iniciado pelo Papa Francisco, no
passado 19 de Março, terminará com o Encontro Mundial das Famílias, que tem por
lema “Amor em família: vocação e caminho de santidade”, e que se
realizará em Roma, de 22 a 26 de Junho.
Este
tempo dedicado à família propõe-se recordar a Exortação Apostólica
pós-sinodal Amoris laetitia e recentrar a acção pastoral da Igreja na defesa da família,
talvez a instituição natural mais ameaçada no Ocidente. A emergência das chamadas ‘novas famílias’, bem como a
ideologia de género, embora sob a aparência de um louvável propósito de
igualdade de todas as pessoas, qualquer que seja o seu ‘género’, na realidade
perverte a ordem natural, em benefício das teses ideológicas da respectiva
agenda.
As
tentativas pós-modernas de redefinição da família são, na realidade, novas
formas de promover a sua extinção: quando
tudo é família, a família não é coisa nenhuma. Com certeza que todas as pessoas, quaisquer que
sejam as suas opções de vida, devem ser respeitadas, mas a família não pode ser
uma qualquer união fortuita de sujeitos.
Como
instituição natural – independente, portanto, de qualquer religião, cultura ou
ideologia política – a família é, por definição, fruto da união estável de
duas pessoas de diferente sexo: esta diversidade e complementaridade é
necessária para que a união possa ser enriquecedora para o casal e fecunda, ou
seja, princípio da vida. Há, com
certeza, outras formas de amizade muito louváveis e, até, de grande mérito
espiritual – pense-se, por exemplo, nas comunidades religiosas, consagradas ao
serviço de Deus e do próximo – que devem ser respeitadas em nome da excelência
da caridade e da liberdade, mas não são famílias naturais, cujo fundamento
está na natureza humana.
Com
certeza que sempre houve e haverá reprodução à margem da família, mas uma
criança precisa de dois progenitores, feminino e masculino, para a sua
concepção. Para a sua educação, também carece de um pai e de uma mãe,
naturais ou adoptivos. Por isso, o ordenamento jurídico, pela adopção, procura
reconstruir o modelo da família natural, dando a um casal a possibilidade de
ter, como filho, um menor sem pais.
Uma crescente ameaça para a família
decorre da instabilidade do vínculo matrimonial. O Estado não protege a estabilidade das famílias, de que depende a
sobrevivência nacional. De facto, a legislação divorcista em vigor não apenas facilita
a dissolução do vínculo conjugal, como a promove.
A
Igreja católica recebeu, do seu divino fundador, a missão de defender a união
matrimonial. Não pode ceder à tentação de, por via do abuso da declaração de
nulidade matrimonial, estabelecer, de facto, uma espécie de divórcio eclesial. Também
a abusiva interpretação da Amoris laetitia poderia favorecer, na
prática, a infidelidade conjugal se, por regra, todos os ‘divorciados
recasados’ pudessem comungar, ficando assim equiparados aos crentes que permaneceram
fiéis ao seu compromisso matrimonial.
Com
certeza que, desde sempre, houve na Igreja a possibilidade, justa e necessária,
de recorrer aos tribunais eclesiásticos para a declaração da nulidade do
vínculo conjugal, quando o mesmo não foi validamente contraído. Mas a Igreja
não anula casamentos: declara a nulidade de matrimónios que, embora parecessem
válidos, nunca o foram.
O
abuso deste procedimento judicial converteria as declarações de nulidade numa
espécie de divórcio encapotado.
Assim seria se os tribunais eclesiásticos, em vez de defenderem o vínculo e as
obrigações morais decorrentes, declarassem nulos casamentos válidos, de facto
substituídos por uma nova união, originária de uma outra família. Os filhos
havidos fora do matrimónio não podem ser prejudicados por razão de uma
circunstância de que são inocentes, mas não assim os seus progenitores, se não
foram fiéis ao compromisso de fidelidade conjugal a que, diante de Deus e da
Igreja, livremente se obrigaram. A autoridade eclesial não pode ser cúmplice
destes atentados à indissolubilidade matrimonial, nem pode legitimar as uniões
estabelecidas em flagrante desrespeito da ordem divina: “não separe o homem o
que Deus uniu” (Mt 19, 6).
Outra
ameaça à família procede da incorrecta aplicação da Exortação
pós-sinodal Amoris laetitia. Este documento do magistério pontifício
admite a hipótese de que uma união materialmente irregular o não seja
formalmente, em cujo caso os unidos por esta via estariam habilitados para a
vida sacramental, de que estão necessariamente excluídos os que vivem em
adultério, ou numa relação extramatrimonial. Esta excepção é, desde sempre, da
doutrina e praxe da Igreja e, se os que, não sendo canonicamente casados entre
si, viverem como irmãos, podem frequentar os sacramentos. Francisco não
autorizou a comunhão dos ‘divorciados recasados’, mas permitiu que, em certos
casos extraordinários, depois de um exaustivo discernimento, alguns fiéis, que
vivem maritalmente com uma pessoa com quem não estão canonicamente casados,
possam ter acesso aos sacramentos. A regra continua a ser a de sempre: enquanto
constar como válido o casamento canónico, qualquer união com outra pessoa é, em
princípio, impeditiva do acesso à Eucaristia e aos demais sacramentos que
exijam o estado de graça.
Recentemente atendi um fiel que, casado canonicamente,
vive maritalmente com outra pessoa. Como tinha ouvido dizer que o Papa
Francisco autorizara a Eucaristia aos ‘recasados’, queria saber se podia
comungar. Expliquei-lhe que a Amoris laetitia não afirma isso, nem o
papa, nenhum bispo ou sacerdote pode dar, com carácter geral, uma tal
autorização, mas que ia estudar o seu caso. Depois de o ter feito, concluí que
esse fiel não estava em condições de regressar à prática sacramental e assim
lhe disse. Surpreendeu-me a sua rectidão de consciência, porque me respondeu
que essa era também a sua convicção! Entendi esta sintonia como expressão do
que o Espírito Santo diz à Igreja: a melhor pastoral não é a do facilitismo e
da cedência às modas, mas a que propõe, como o Papa Francisco no próximo
Encontro Mundial das Famílias, o “Amor em família” como “vocação e caminho de
santidade”.
Bom
Ano Novo da Família Amoris laetitia!
CRISTIANISMO RELIGIÃO SOCIEDADE FAMÍLIA LIFESTYLE
COMENTÁRIOS:
Manuel Martins: Todo o sistema de sociedade se baseia na família nuclear, que parte
da procriação entre homem e mulher. Obviamente que todos têm o direito de
ser felizes, mas importa não desprezar uma das bases das sociedades Alexandre
Barreira: ...e Deus chamou
o Adão....e disse........"olha.....toma lá isto...e agora atura-a
tu".....!!!! Alexandre
Barreira: ....como diria o
"outro"........."não vais à missa....não és pai de boa
família"....!!! João Mourinho:
A família natural foi e é um
elemento base de todas as civilizações ao longo da história. Destruam a
família, e verão quanto tempo dura esta civilização. O que está a acontecer não
é nada de novo, e os cristãos estão habituados a ser perseguidos ao longo dos
tempos. O medo é coisa que não assiste a um cristão. Quando o império Romano
caiu de podre (como está a acontecer ao ocidente agora), havia um santo que
dizia "o mundo romano está a cair, contudo, as nossas cabeças não
se vergam". Façam as "famílias" que quiserem, com três
pais e dois cães, os cristãos continuarão tranquilamente o seu caminho pela
história. Bom ano a todos! josé maria > João Mourinho: A família natural foi e é um elemento base de todas as
civilizações ao longo da história. Tão
natural como aquela em que, alegadamente, uma virgem foi inseminada pelo
Espírito Santo, sem consentimento dela e do marido ? Teria sido uma violação
divina contra o superior valor ético da família natural? Alexandre
Barreira > josé maria: ...mas olha que o marido....ficou com a "testa
benzida"....!!! João Mourinho
> josé maria: «Eis a
serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38). Parece-lhe que isto é sem
consentimento? De resto, a família de Jesus
era uma família normal: mãe, pai, tias, parentes, primos, etc, aliás
sobejamente referidos na Bíblia. Quanto à origem de Jesus (o mistério da
Encarnação), como eu sei que você aprecia muito o evangelho de S. João, sugiro
que o estude e tente compreender à luz da fé e da razão - de ambas, não apenas
de uma!
josé maria > João Mourinho: Sabe que mais ? Não desconverse, não use aquela
estafada táctica de alguns católicos de dizerem o mesmo e o seu contrário com
uma inexcedível leviandade... josé maria: Vamos supor uma pergunta
evidentemente provocatória: Na próxima eleição de 30/1/2022, em que partido votariam Jesus e os
apóstolos? Tem ideia, padre Gonçalo? Acha que eles pediriam inscrição no Opus
Dei e votariam no seu Chega ou no segregacionista racial do AV ? Eu penso que
eles votariam no partido que estivesse mais próximo do princípio "de
cada um segundo as suas possibilidades, a cada um segundo as suas
necessidades", mais na linha do ecologista Francisco de Assis ou do
progressista Ambrósio de Milão, do que do torturador Torquemada ou do reacionário.Tomás
de Aquino. Concorda padre Gonçalo ? João Ramos > josé maria:
Para quê meter o Chega no meio
de um problema de consciência e de fé, se quiser fazer essa pergunta então tem
de incluir todos os partidos, e nesse caso era capaz de ter uma surpresa que
não esperava… josé maria > João Ramos: Não é o Chega que mete Deus no seu lema político, fariseu
? João
Mourinho > josé maria: Não politize Jesus. Já muitos o tentaram (Hugo Chaves
dizia que Jesus era socialista e revolucionário, Franco dizia o contrário) e a
verdade é que Jesus não veio trazer nem lutar por nenhum projecto político.
Deixe lá a opus dei, o chega e coisas que não têm mistura possível. PEDRO
AIRES PEREIRA > josé maria:
Tantas afirmações tendenciosas
e sem sentido, sr. José Maria. Torquemada Tomás de Aquino nada têm a ver um com
o outro. Querer anular os princípios morais porque houve e sempre haverá
pecadores na Igreja não é sério. É que os pecadores da Igreja ainda pedem
desculpa mas os outros nunca pedem desculpa dos seus muitos desmandos. Alberto Rei: Continua a existir uma grande
diferença entre as palavras de Jesus e a prática da Não é por uma pessoa casada viver maritalmente
com outra que deixa de ser um bom cristão, ou um seguidor do cristianismo. mas,
assim, não segue a Igreja Católica. O Sr. Padre, pode dizer, V. Exa é livre, se não quiser desfazer essa ligação
amorosa, para todos os efeitos familiar, paciência! através de regras duras,
estão a abandonar Cristo como muitos fizeram, até os discípulos. Não ao
facilitismo não é? ok, está bem. Porque é que se precisa da Igreja então? para
nada, se ela está para excluir (e punir, neste caso impedir), com regras como a
lei antiga ... julgo que não é assim que se ganham discípulos e fiéis.
José Miranda > Alberto Rei: A Igreja não quer ganhar discípulos e fiéis com
facilitismos que contradigam a doutrina de Cristo. A Igreja não se rege pelos
critérios do mundo. PEDRO AIRES
PEREIRA > Alberto Rei: O julgamento definitivo só Deus o pode fazer. Contudo,
essa pessoa casada que vive maritalmente com outra pessoa está numa situação
irregular, embora possa ser em todos os demais aspectos uma boa pessoa e nunca
deixa de ser cristã. Todos os cristãos são pecadores (se quisessem uma
Igreja sem pecadores provavelmente não havia ninguém) de uma maneira ou
outra, agora o que se quer é achar que não existe pecado nem princípios
morais cristãos e isso está errado. Pensar-se que como houve Inquisição deixou
de haver moral é um raciocínio rebuscado e sem sentido. João
Paulo Reis: Ano Novo, Luta
Nova (cfr. S. Josemaria 1972 biografia Andrés Vasquez de Prada) é o que Deus
nos pede todos os dias sem exceção, mas que o início de um novo ano nos alente
a continuar a divulgar o Senhor e a Sua Palavra, e lutarmos para sermos
melhores filho Seus e mais fiéis Paulo
acp > João Paulo Reis: Já tomou a medicação? Ainda
acredita no pai natal? FME:
Mais futuro menos futuro e a
família tornar-se-á um conceito ultrapassado. Já estamos a viver um período de
transição quanto ao conceito de família no mundo supostamente mais
desenvolvido. Nos continentes "sub-desenvolvidos" como por exemplo em
África, o conceito de família ainda está muito presente, e é uma experiência
gratificante interagir num dia de festa com uma grande família africana. No
mundo desenvolvido a maioria das famílias são núcleos muito pequenos que criam
uma espécie de sub-pastas autónomas e individuais, como acontece na estrutura
de uma árvore genealógica. Além disso, a normalização de casamentos entre
indivíduos do mesmo género rompe com o paradigma da Madona do mundo antigo com
o seu filho ao colo. A formação de famílias nestas comunidades obriga a um
desvio na concepção dos bebés. É precisamente este desvio que irá futuramente
dominar o que entendemos hoje como a formação de uma família. Não andamos
longe, Ronaldo, com dinheiro e acesso aos novos conhecimentos já pode optar por
bebés sem mãe. Um dia, todos poderemos fazer estas escolhas. Só por
curiosidade; um dia quando fizerem as partilhas, os filhos sem mãe de Ronaldo
terão uma cota parte diferente dos filhos com Georgina? Obviamente que a
nova evolução de família continuará, e os filhos por encomenda em incubadoras
artificiais serão uma realidade mais do que certa, e a mulher futurista,
finalmente atingirá a sua verdadeira emancipação feminina. Vivemos um
tempo de transição caro Padre, felizmente que as grandes mudanças que se
avizinham já não serão no nosso tempo, caso já tenha vivido mais do que meio
século. Bom Ano Novo 2022 Ahmed Gany > FME: A esse "novo período" imparável acresce-se a
eutanásia e o crematório.
Anarco Léptico: Parabéns sr. padre gonçalo, bela ode à intolerância e ao separatismo. Bom ano de 2022! Pedro Augusto > Anarco Léptico: que comentário tão intolerante
a uma ideia diferente da sua... Paulo
acp > Pedro Augusto:
Católicos a falar de
tolerância? Pedro
Augusto > Paulo acp: nem sou católico... Jorge Oliveira: Pois mas se os católicos
ocidentais são cada vez mais um bando de divorciados o que tem fazer a Igreja é
aceitá-los…ou então fechar os olhos como faz com o PR. Américo Silva: Bom ano. Judaísmo e
cristianismo são incompatíveis, honrar pai e mãe, dizem os cristãos que um deus
encarnou, ora encarnar numa virgem é negar todas as mães, e se esse deus
forneceu o espermatozoide, é ainda mais negar todos os pais, e abrir caminho a
aberrações e à autodestruição do ocidente, apesar do muito de positivo que a
igreja levou a cabo. Coronavirus
corona: Quem tiver
oportunidade, assista à homilia do padre Paulo Ricardo de 26 de dezembro. No
YouTube com o título "família, escola, tempo, dinheiro e
Fátima". Muitos parabéns pela crónica. Um bom ano de 2022 para si e
para todos os leitores. José
Miranda > Coronavirus corona: Eu assisti. Aliás assisto
diariamente às suas notáveis homílias. João Floriano: A família qualquer que ela
seja, pode ser um porto de abrigo ou pode ser um local extremamente castrador.
Não concordo praticamente em nada com a presente crónica. Não é de todo verdade
que uma família tradicional, pai mãe, filhos, cão e papagaio com a avó no banco
de trás, seja o ideal para o desenvolvimento feliz dos indivíduos. E todos
sabemos os casos horripilantes que têm vindo a público no seio de
famílias aparentemente normais. E todos nós, mais velhos, conhecedores de uma
realidade antes do 25 de Abril, sabemos de várias famílias que pura e
simplesmente não o eram: mantinham as aparências. Quanto à adopção por parte de
casais homossexuais, tanto gays como lésbicas, torno a repetir o que a
experiência de quase 40 anos numa escola da periferia me ensinou: não noto
diferenças entre crianças criadas por heterosexuais e por homosexuais. Como se
justifica então que um casal hetero tenha um filho homosexual? Concordo que o
maldito wokismo tem na agenda a destruição do núcleo familiar mas há que
separar o trigo do joio. A igreja julga demasiado e arvora-se como conhecedora
da palavra de Deus (se é que Deus existe). A Igreja católica devia julgar muito
menos e amar mais. Coronavirus
corona > João Floriano: "seja
o ideal para o desenvolvimento feliz dos indivíduos" O problema começa logo aqui:
achar que a família é apenas um mecanismo para alcançar felicidade. A
Igreja não julga. Mas era o que mais faltava a Igreja (leia-se, os sacerdotes)
não poder explicar a doutrina de Cristo. Se não estiver de acordo com a
doutrina não é a doutrina que se deve adaptar a si. É você que deve ter a
humildade de perceber que não está a agir de acordo com a doutrina. Eu peco
muitas vezes. Mas Deus me defenda de alguma vez ser arrogante ao ponto de
aliviar a minha consciência invertendo ou relativizando os preceitos
morais. João
Floriano > Coronavirus corona: Bom Ano, Corona. Se o indivíduo não conseguir
ser feliz no seio familiar, então estamos muito mal. E aqui provavelmente
termos ideias diferentes sobre o que é felicidade ou infelicidade. Para mim.
felicidade é achar que há um sentido para a minha vida, que a minha passagem
por aqui não foi irrelevante, que nalguma coisa fiz a diferença. Não sou
religioso, para mim, Jesus Cristo é um profeta, não acredito na bíblia como a
palavra de Deus e nem sequer discuto se Deus existe ou não. Os preceitos morais
não são exclusivos dos crentes na divindade. E à semelhança do Corona também eu
digo que a igreja também é extremamente arrogante quando separa as
ovelhas do rebanho entre as cumpridoras e as ranhosas. Jesus não fez isso em relação
a Maria Madalena, a parábola do filho pródigo não exclui. Não conheço a Bíblia
como certamente o /a Corona deve conhecer, mas sei que a pregação de Jesus está
cheia tolerância e que de arrogante Jesus nada teve. Coronavirus corona
> João Floriano: Só duas notas. Em primeiro não discuti o que é ou não
é a felicidade. Obviamente que a felicidade deve ser procurada. Mas não é o
único propósito de uma família. Em segundo, o padre tem uma crónica neste
espaço em que diz ser pecador. Todos somos pecadores. Não é essa a questão. A
questão é ao invés de assumirmos os pecados, pretendermos aliviar a consciência
dizendo que o pecado não é pecado e que a Igreja é arrogante ao dizer que é
pecado. Ontem estava a ver um programa em que uma especialista qualquer
dizia que para se resolver o problema do alcoolismo o primeiro passo é
reconhecer o problema. Idem para
os pecados: quando não reconhecemos o problema nunca resolveremos esse
mal. A igreja tem muitos santos que eram tremendos pecadores. Desde Santo
Agostinho a Santa Olga de Kiev, há assassinos, ladrões, adúlteras, etc. E
porque foram santos? Porque em primeiro lugar reconheceram os seus pecados, em
segundo arrependeram-se deles e em terceiro tiveram posteriormente uma vida
virtuosa. Se diz que Jesus foi um profeta obviamente que não é cristão. E
não tem de o ser por lei. É que para todos os cristãos (excepto uma seita que
nega esse dogma), desde católicos a luteranos, desde ortodoxos a anglicanos,
Jesus é Deus. É Deus verdadeiro de Deus verdadeiro. Jesus Cristo é a encarnação
do Verbo. É o Criador de todas as coisas que se fez homem e viveu no meio de
nós. João
Floriano > Coronavirus corona: Tem razão: não sou cristão
porque não acredito em Jesus do modo como o/a Corona a Ele se refere. Todos nós
erramos e muito, prefiro esta frase em vez de pecadores. E só posso concordar
consigo quando diz que é preciso admitir o problema para o conseguir resolver.
Em relação aos santos, eles sempre cumpriram um objectivo pedagógico na
doutrina da igreja. antonio
rodrigues > João Floriano: Não há felicidade como não há igualdade pode ser
uma busca um caminho uma luta para tentar ser melhor viver melhor respeitar
mais os outros. João
Floriano > antonio rodrigues: Bom ano António ........ e aceitar o que não
pudemos mesmo mudar. Edmund
Burke: É lógico que 2
invertidos não podem ser um casal! São uma aberração da natureza, um erro
infértil e uma tentativa de usurpação da verdadeira família. João Floriano > Edmund Burke: Infértil? O sexo serve apenas para conceber? E o
prazer, a alegria, o bem-estar, onde ficam? Nunca usei ou usarei a palavra
invertido e não acho que os homossexuais sejam um erro da natureza. Estamos
cheios de exemplos da verdadeira família: pais que matam filhos, filhos que
assassinam pais, cônjuges às facadas, à machadada a tiros de caçadeira. E isto
é a ponta do iceberg.
Coronavirus corona > João Floriano: Não, não serve apenas para conceber. O catecismo da
Igreja diz expressamente que o sexo também é fonte de prazer (2322). É preciso
é estudá-lo em vez de apadrinhar frases-feitas Coronavirus corona > João Floriano: A homossexualidade não é crime nem deve ser. Mas de
acordo com a doutrina da Igreja católica a relação sexual homossexual é pecado.
Não é a homossexualidade em si que é pecado. É a relação sexual homossexual.
Tal como a sodomia. Isso significa que quem tiver uma relação sexual
homossexual não pode ser católico? Nem pouco mais ou menos. Obviamente que pode
ser católico. Existe Igreja porque somos pecadores. Como escreveu o cronista há
uns anos, a igreja não é um condomínio fechado de almas selectas. É um hospital
de campanha para pecadores José
Miranda > Coronavirus corona: Magnífica resposta! João Florian > Coronavirus
corona: Já reparou bem
até que ponto a visão da igreja sobre homosexualidade é frustrante? O indivíduo
pode ser homossexual, só não pode é concretizar através de uma relação. Como se
Deus tivesse dado asas a um pássaro mas este não as devesse usar. Então e
a sodomia em casais hetero? Edmund Burke > João Floriano: Segundo a etologia (Konrad Lorenz) a agressividade é
natural no ser humano. Não devemos fazer um esforço para domesticar o lado
negro do ser humano? E isto aplica-se mutatis
mutandis a todas as fraquezas que impedem o Homem de se
emancipar em relação aos animais não humanos. Ana Macieira: Ter que vir assim pôr em
escrito o que para todos deveria ser o mais simples e óbvio de tudo, ao alcance
de todas as pessoas racionais, atesta bem o lugar de podridão, sujidade e
imoralidade escabrosa, a que os terroristas ideológicos da imundice repugnante
conduziram a nossa sociedade. São seres que tarde ou cedo acabarão julgados,
também aqui, na no mundo terreno, pelos atentados e os maus tratos que infligem
nomeadamente a crianças puras e inocentes e pela imundice contra-natura que
encerra a sua existência. bento
guerra: Ardil de pulpito.
Jogar com as palavras josé
maria: As tentativas
pós-modernas de redefinição da família são, na realidade, formas de promover a
sua extinção. Quanta intolerância, insensibilidade e maldade vai nessa frase
tão mesquinha... Meio
Vazio > josé maria: Quanta argúcia, amigo Zé! Não lhe escapa uma... Tenha
um bom ano. João
Floriano > josé maria: Bom dia, José Maria. O texto é todo ele muito
falacioso. O autor coloca tudo dentro do mesmo saco e quase que acende uma fogueira
inquisitorial. Há que separar o oportunismo dos lobbies gay e do wokismo das
pessoas que têm todo o direito de ser felizes com quem quiserem. Desta vez
concordo consigo: intolerante, arrogante, insensível. José Miranda > josé maria: Zezinho, tu é que és um pequeno intolerante,
mesquinho, sem ter a mínima capacidade racional para entender o óbvio. Zezinho,
estiveste à espera que fosse publicado o texto para o criticares. Além de te
terem que pagar horas extra, tens que passar a receber subsídio de turno. Que
triste figurinha! João
Correia > João Floriano: O José Floriano cai no erro
inicial, que lhe influencia todo o pensamento posterior, de considerar que o
cristianismo (ou a Palavra de Deus) é a resposta a uma busca da felicidade ou
bem-estar; está equivocado porque isso são objectivos no budismo ou nas
filosofias new age. De resto, não compreende o texto porque não quer, porque já
tem um preconceito contra a Igreja e aquilo que a sua doutrina ensina. De qualquer modo, religião
aparte, só não vê quem não quer que a família está a ser sociológica e
politicamente destruída. Não é por se passar a chamar uma cadeira de mesa que esta passa a ser uma
cadeira e a sua função, ainda que momentaneamente seja idêntica, não nunca será
preenchida correctamente. João
Floriano > João Correia: Bom Ano, João Correia Penso que
associei família com felicidade, sendo que se eu me sentir equilibrado,
motivado e capaz de ver um sentido na minha vida, isso para mim já é ser feliz.
Aceito ter um certo preconceito em relação não só à igreja católica como a
qualquer outra igreja. Não sou particularmente dogmático nem sou movido pela
fé. Concordo que a família tradicional está a ser alvo de ataques e de
destruição, tanto a partir do exterior como do interior da própria família. De
quem é a culpa? daria para horas e horas de discussão. O que eu não posso
concordar é que as uniões homossexuais sejam aqui apresentadas como pecadoras,
corruptoras e causadoras do declínio familiar.
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