Abrirmos os olhos sobre o que
poderá – ou não - vir a suceder. Muitos avisaram, José Milhazes deu o pontapé de saída…
“E as mães que o som terríbil escutaram
Aos peitos os filhinhos apertaram…” (“Lusíadas”)
Campanha eleitoral parola
Os nossos políticos fazem de conta que
uma guerra às portas de países da União Europeia e da NATO, organizações de que
Portugal faz parte, ou com a participação delas, não nos diz respeito.
JOSÉ MILHAZES, Colunista do Observador.
Jornalista e investigador
OBSERVADOR, 14 jan
2022, 00:1765
Claro
que a abordagem da degradação do Serviço Nacional de Saúde, do aumento dos
salários, das pensões, do preço dos combustíveis, da carga fiscal são muito
importantes numa campanha eleitoral em Portugal, mas uma guerra entre as
“distantes” Rússia e Ucrânia poderá pôr tudo a perder.
Por
isso, esperava que esse tema fosse abordado em algum dos numerosos debates
televisivos entre os dirigentes de vários partidos, mas enganei-me
redondamente. Os nossos políticos fazem de conta que uma guerra às portas de
países da União Europeia e da NATO, organizações de que Portugal faz parte, ou
com a participação delas, não nos diz respeito. Isto tornou-se particularmente evidente no debate entre
João Oliveira, representante do Partido Comunista Português, e Rui Rio,
dirigente do PSD. Quando
este último tentou abordar as posições assumidas pelo PCP face à União Europeia
e à NATO ou falar de modelos de governo que os comunistas veneram: Coreia do
Norte, Venezuela, Cuba, João Oliveira contra-atacou para dizer que estava ali
para falar dos problemas do país.
Com
isto não quero dizer que Rui Rio quisesse dedicar algum do seu tempo cronometrado à
grave situação criada na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia ou à profunda
crise existente nas relações entre a Aliança Atlântica e Moscovo. Ele e outros
dirigentes políticos nacionais não fazem isso simplesmente porque discutir os
grandes temas internacionais, mesmo aqueles que já nos afectam ou podem vir a
afectar no futuro, não dá votos.
Dediquei
algum tempo à procura de uma palavra capaz de definir esta forma de estar na
política e acho que “parola” é a que melhor a define; dizer que ela é
“provinciana” será pouco.
Impasse
perigoso na Europa
Não quero fomentar o pânico, mas as
relações entre a Rússia, por um lado, e os Estados Unidos, NATO e União
Europeia, entraram num terreno muito perigoso. A situação é tão grave que já se
ouvem vozes na Finlândia e na Suécia, países que se mantiveram neutros durante
a “guerra fria”, a falar da possibilidade da sua adesão à Aliança Atlântica.
No
caso concreto da Finlândia, país que sempre evitou irritar o seu poderoso
vizinho e até tirou grandes proveitos económicos da sua neutralidade, perdeu o
receio e ameaçou aderir à NATO caso a Rússia invada a Ucrânia. Esta é a
posição unânime do Presidente conversador Sauli Niinistö e da jovem
primeira-ministra social-democrata Sanna Marim.
Isto
deveria fazer pensar o Presidente russo, que conseguiu pôr todos os seus
vizinhos ocidentais contra si, considerando que a culpa da deterioração das
relações com o Ocidente é toda deste último.
Mas
parece que esse momento não chegará. Dmitri
Peskov, porta-voz de Vladimir Putin”, utilizou
a palavra “fracasso” para caracterizar a primeira volta das conversações
entre as partes, um sinal
de que o Kremlin vai continuar a pressionar para conseguir os seus objectivos,
principalmente no que respeita ao não alargamento da NATO a países como
Ucrânia, Geórgia e Moldávia e à instalação de infraestruturas e armamentos da
Aliança Atlântica junto das fronteiras russas. Segundo
Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, os Estados Unidos prometeram apresentar uma resposta
por escrito ao ultimato de Putin na próxima semana, mas é praticamente certo
que ela não agradará a Moscovo. Já foi prometido por ambas as partes continuar
o diálogo, mas até quando? O Kremlin quer resultados rápidos, o que dificulta
ainda mais as coisas.
Entretanto, continuam as acusações
mútuas de instalação de tropas e armamentos nas zonas fronteiriças. Os
separatistas pró-russos de Donetsk e Lugansk falam de armamento pesado. Nesta
situação, qualquer atrito ou provocação poderá gerar um conflito armado de
grandes dimensões.
É
difícil compreender a razão e as vantagens que poderão levar Putin a
envolver-se num confronto militar com a Ucrânia, mas ele colocou a fasquia tão
alto que é difícil vislumbrar qual a solução para este grave problema. Talvez ela passe mesmo pelo “Quarteto da Normandia” (França, Alemanha, Rússia e Ucrânia) e pelos Acordos
de Minsk? Aqui há
uma unanimidade quanto ao conteúdo do citado documento, havendo divergências na
sequência da sua realização. Kiev quer reaver primeiro o controlo da fronteira
russo-ucraniana nas regiões separatistas e só depois definir o estatuto desses
territórios, mas os separatistas (leia-se, Putin) defendem o contrário.
Em
Agosto de 2008, Vladimir Putin, então primeiro-ministro da Rússia,
encontrava-se a assistir à abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim quando deu
ordem às suas tropas para invadir a Geórgia. Dentro de três semanas, ele estará
na capital chinesa para assistir à abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno… Não
sou supersticioso, mas…
LEGISLATIVAS
2022 ELEIÇÕES POLÍTICA UCRÂNIA EUROPA MUNDO NATO RÚSSIA
COMENTÁRIOS:
João Floriano: Também reparei mas não me provocou qualquer espanto. O PCP é um ninho
de bacocos empertigados na sua superioridade moral. Estão presos algures no
tempo mas o pior é que sempre os temos aturado, ano após ano. Não consigo
perceber a empatia que uma figura sinistra como Jerónimo de Sousa possa
provocar. Só o politicamente correcto pode ter justificado as expressões hipócritas
de rápido retorno por parte dos nossos igualmente políticos bacocos. Que melhore
mas fique em casa porque faz-nos tanta falta como um ataque de sarna. Não
esquecer que o PCP tem no seu programa o contributo nacional para a dissolução
da NATO. Anarquista Inconformado > João Floriano: Um chaganista bacoco e
empertigado é isto. Apenas um carrapato.
Elvis Wayne: Portugal pouco ou nada interessa. Até a Moldávia nos dava uma abada de
criar bicho. Hugo c:
a Finlândia não foi neutra
durante a Segunda Guerra Mundial. A Finlândia teve de lutar sem qualquer aliado
contra o exército Vermelho de Stalin e Trotsky. Teve 22 000 mil mortes, o seu
exército aceitava Judeus no seu regimento. Lançar um suposto atrito entre a
Finlândia e a Rússia será enganador ou não confirmado. Finlândia foi derrotada
no seu próprio reduto, duvido que tenham esquecido a destruição de Helsínquia,
muito menos negar os laços económicos com Moscovo. Seria um erro absoluto. David Pinheiro: Façam um referendo por região,
na Ucrânia. Os de Leste que quiserem pertencer à Rússia, adeus. Os de Oeste são muito bem-vindos
na UE e NATO. Todos ficam satisfeitos. Antonio Tavares: Na Tugalandia o pessoal só acorda
para a situação na Europa/Rússia quando um ou dois aviões militares nacionais
forem destruídos por mísseis made in Rússia, numa missão aérea no âmbito
da NATO. Depois já pode ser tarde para parar a guerra NATO / Rússia. João Afonso: Parola é uma boa escolha para
definir a pobreza das ofertas político-partidárias à escolha para dia 30. Anarquista Inconformado Oh Milhazes, que tem a tua
agenda a ver com as eleições legislativas em Portugal? PENSADOR: Rio foi o único que aflorou o
tema. Logicamente o PCP descartou a ideia, bem como toda a esquerda...
Elucidativo! PortugueseMan
...: O Kremlin quer resultados rápidos, o que
dificulta ainda mais as coisas... O Kremlin já está a ter resultados rápidos. Basta ver
o caos energético na Europa. O pipeline
que passa pela Polónia há 24 dias que não passa gás russo. Em pleno Inverno. Os polacos estão assim: Polish
government to scrap VAT on food and gas in latest anti-inflation package ...Poland’s
government has unveiled further measures intended to soften the blow of rising
inflation, which is at its highest level in over two decades and among the
highest in the European Union... Os
russos ainda nem sequer começaram a se mexer. A
Europa está a pagar para ter alguns barcos GNL a preços nunca vistos. Vai ter
repercussões em tudo. Os ucranianos então,
se não estivessem a receber gás pela Polónia...
márioUnas > PortugueseMan A Europa está a pagar para ter alguns barcos GNL a
preços nunca vistos. Refere-se à rota transatlântica de gás? Serve provavelmente para
conseguir(mos) manter o braço de ferro com o modo de fornecimento de gás
russo (via países de trânsito - Ucrânia e Polónia) pelo menos durante o período
de inverno. Lá para o final do ano, a factura dessa conta vai cair sobre todos nós com
estrondo. PortugueseMan
> mário Unas: Sim. E a factura vai cair (com estrondo) antes do fim do
ano. Elvis Wayne
> PortugueseMan: Sobre nós não, recebemos gás da
Argélia PortugueseMan >
Elvis Wayne: Nós directamente não. Mas vamos ser afectados
indirectamente porque vários países da UE vão ter subida de preços nos seus
produtos/serviços. Que vai afectar um pouco de tudo. Incluindo a
competitividade da economia europeia. No entanto gostaria de salientar que o gás vindo da
Argélia poderá ter os seus problemas. Neste momento já há problemas
com um dos pipelines e Marrocos. E a Gazprom está na Argélia... Dê uma espreitadela. mário Unas > Elvis Wayne: Quando o Elvis vir a inflação e as taxas de juro a
escalar até se vai assustar. mário Unas: Face à presente intransigência
daqueles que fizeram e continuam a fazer tábua rasa do Tratado de Minsk,
parece-me ter sido tomada por alguns países membros da NATO (North Atlantic
Terrorist Organisation) uma decisão tão ousada quanto gananciosa. Os imensos
recursos energéticos russos são simplesmente irresistíveis. Curiosamente,
enquanto a Rússia se converteu numa nação nacionalista e conservadora, os erros
do comunismo espalharam-se como ervas daninhas pelos países do ocidente: Os
“comunistas” agora somos nós… A continuarmos este rumo, aquela nação ainda vai
acabar por ser instrumento do
nosso castigo. Nuno Pê: Oh Milhazes, todos já
perceberam há anos que a Rússia é um tigre de papel e que apenas quer ser
respeitada como potência regional, e que a NATO e os EUA não o permitem porque
querem subjugar a Rússia. E, para guerras parvas como esta, ninguém dá um
cêntimo. Queres guerra, vai tu para a frente de batalha. Fernando Fernandes >
Nuno Pê: O que passou na Chechénia, o que se passa na
Ucrânia (actual), o que se faz durante a ocupação de territórios pós 2ªGM, o
que se passou durante a revolução, durante a URSS, não são coisas de animais de
papel. A Rússia tem o maior arsenal de armas nucleares e temo, não essas bombas,
mas o louco que pode utilizar uma delas. josé maria: José Milhazes, todas as ocasiões
são boas para bater no Putin, eu também acho que ele é um político desprezível.
Mas não será obsessão a mais contra o homem ? Não tem mais assuntos,
politicamente relevantes, para equacionar? O SMN por exemplo? Ou qualquer outro
assunto que interesse directamente à bolsa dos portugueses ? Fernando Fernandes > josé maria: Pois... Diziam o mesmo quando alguns atacavam Hitler. Tinha
seguidores em França, Itália, Noruega, EUA, Argentina, Vaticano, Espanha, e foi
o que foi. Álvaro
Aragão Athayde: Dado que a população portuguesa não faz a menor ideia do que é a Questão do Intermarium.
Dado que o governo português
não teve, tem, nãoterá, a menor influência na resolução da dita questão.
Qual seria o sentido de a
trazer à colação nos debates das eleições legislativas de 30 de janeiro de
2022? Fernando Fernandes > Álvaro Aragão Athayde: Caro Álvaro, Vamos admitir que a Rússia
invade a Ucrânia ou a Polónia. A NATO intervém. Tem filhos, netos, primos,
sobrinhos, irmãos mais novos, família, amigos? Pois, irá provavelmente
despedir-se deles para sempre. Não nos devemos preocupar? Olhe que sim! Álvaro Aragão Athayde > Fernando Fernandes: Caro Fernando Alguma vez a Rússia avançou
sobre o Ocidente sem antes o Ocidente tenha avançado sobre a Rússia?
A História é uma Grande Mestra,
sabe? mário Unas
> Álvaro Aragão Athayde: Mas a História desde 1990 até
ao presente diz-nos que o Ocidente, ao contrário do que prometera, já avançou
sobre a Rússia, a tal ponto que esta se encontra cercada! Elvis Wayne > Álvaro Aragão Athayde: Sim, pergunte à Polónia. César Fernando Diniz das Neves:
Mais um artigo de
colaboracionismo puro e duro. Aqui há anos, os EU quase provocavam uma guerra
mundial, por Cuba querer lá instalar misseis russos. Agora, os EU e a NATO, querem
colocar os mísseis junto á fronteira da Rússia, numa nítida ameaça e provocação
á Rússia. Mas não: os colaboracionistas e a propaganda vira tudo do avesso, e
guincham que quem está a provocar é a Rússia. Conclusão: os EU estão agora a
utilizar a UE para vir a chacinar as crianças russas, como já fez no Iraque e
Afeganistão; e uma vez isso feito, é a vez das crianças da UE. Têm dúvidas? Não tenham. O Hitler fez o mesmo.
Juntou-se à Polónia e à Rússia
para as invasões iniciais. Uma vez isso feito: invadiu e destruiu a Polónia; e
invadiu e tentou destruir a Rússia. Preparem-se Miguel Nobre Leitão > César Fernando Diniz das Neves: Lol. O seu comentário está completamente
desajustado da realidade. Não existe nenhuma colocação de mísseis da NATO na
fronteira da Rússia, nem o propósito de invadir a Rússia. A Rússia é que quer
destabilizar a Europa e invadiu a Ucrânia, violando um tratado
internacional. César Fernando Diniz das Neves > Miguel Nobre Leitão: Querer que Ucrânia faça parte
da NATO é o quê? Um acto de paz e amizade aos russos? Pela sua conversa, só pode
achar... Fernando
Fernandes > Miguel Nobre Leitão: Bem, a questão dos mísseis não
é bem como diz. Há realmente mísseis na Turquia, Alemanha (MGM-31 Pershing), entre
outros. Mas a Rússia tem-nos bem no centro da Europa a escassos segundos de seus
alvos europeus (caso o deseje fazer). Kaliningrado fica a minutos de qualquer país da NATO.
Ora isso, não é alvo de
discussão por nenhuma das partes, mas é uma verdadeira ameaça ao Ocidente. César Fernando Diniz das Neves >
Fernando Fernandes: Caro Senhor, Mas que ameaça!? Ameaça, só dos EU á Rússia,
China, UE, países árabes, e tudo e mais alguma coisa que seja produtor de
recursos importantes ou concorrente nos mercados….. Não esqueça que um presidente
dos EU já disse que a UE era mais perigosa que a China, só que mais pequena: é
que não se ensaiava nada de enfiar uma bomba atómica na Europa. Convém não esquecer.
A Europa devia era unir-se á
Rússia, para então poder fazer frente aos EU e á China. Teotonio Bernardo: A UE deve ficar de lado pois
isto é apenas uma guerra entre os USA e Russia. Nada de servir de rede de
tenis. A Nato quer ter posições avançadas na Geórgia e Ucrânia, a Rússia não
tolera. A Rússia Nato é totalmente
manobrada pelos americanos, a UE passa melhor sem ela. A UE deve ter forças
armadas próprias. Riaz
Carmali > Teotonio Bernardo: Concordo consigo meu caro.
Para "cãozinho de
estimação" dos EUA já basta o Reino Unido!! Nós europeus só temos a ganhar
se mantivermos boas relações com a Rússia. 40% do petróleo e gás usado
pelos países da Europa Central vêm da Rússia, e Putin não quer perder o seu
cliente europeu. Estas tensões são de facto entre os EUA e a Rússia, medida em que a Guerra
Fria só acabou formalmente para os EUA!!! Depois, há outra questão..... ..... Os americanos
podem, segundo a NBC, a Newsweek, o New York Times e outros media americanos de
prestígio, estar perto de uma guerra civil!!! E Biden, numa tentativa
desesperada de unir a população do seu país, poderá fazer uma guerra com outra
potência........ A bem da paz na Europa é bom a UE ter o seu próprio exército, porque a
NATO, como disse e bem, é controlada pelo Tio Sam!!! Miguel Nobre Leitão > Teotonio Bernardo: A NATO não é manobrada pelos
EUA, e Portugal é membro efetivo da NATO, algo que presumo que não deve gostar.
Ou se contém a Rússia, ou
iremos ter graves problemas. A afirmação que a NATO quer ter posições avançadas
na Ucrânia e na Geórgia é falsa. Miguel Nobre Leitão > Riaz Carmali: Vendes a alma pelo dinheiro! A Europa se diminuir as
necessidades energéticas acaba de vez com a prepotência da Rússia. Ademais a
Rússia não se mete com os EUA, está a chantagear a Europa com a imposição de
posições, i.e, não permitir que os países decidam livremente se podem aderir à
NATO. Sendo Portugal um país que consagra a liberdade, não devemos limitar
a liberdade dos outros. A não ser que sejamos comunistas ou bloquistas, aí, a
liberdade é definida por eles e não pelo Povo. Riaz Carmali > Miguel Nobre Leitão: Longe!! Muito longe estou eu se
ter simpatia com o Comunismo, que para mim é na prática, outra forma de
Fascismo!!! Apenas estou a colocar os interesses de Portugal acima dos de todos
os outros países!!! Eu não tenho partidos na questão da Rússia e dos EUA.
Mas se vir num mapa, a Rússia Europeia tem um território plano, fácil de ser
invadido!! Daí, os russos não quererem tropas do Tio Sam às suas portas!!! Os
EUA de hoje não são os mesmos de há 30 anos!!! Muita coisa mudou lá
dentro!!! Veja como passaram por cima da França, na questão da venda de
submarinos à Austrália!!! Na minha opinião, a NATO está obsoleta, servindo
apenas para a projeção do poder militar americano!! Sou favorável à criação de
um exército da União Europeia que seja forte o suficiente para acabar com a
nossa dependência dos EUA!!!! Teotonio
Bernardo > Riaz Carmali:
Nem mais, e existe ainda o
pormenor de que a quebra de fornecimento de gás da Rússia à Europa tem obrigado
a Europa a comprar gás vindo dos Estados Unidos em navios. Estas
"ajudas" dão sempre grande lucro a quem as presta. "estar perto
de uma guerra civil!!! " A situação interna nos USA é muito complicada,
inflação de mais de 7%, o dólar fraco, altamente dependentes da China, muita
miséria. Não sei no que vai dar.
Teotonio Bernardo > Miguel Nobre Leitão: Isto não tem que ver com
comunismo ou capitalismo. A Rússia nem é comunista. Cuidado com a propaganda. Mas
a respeito de liberdade, a Rússia também pode colocar posições avançadas em
Cuba e na Venezuela, aliás já ameaçou. A Rússia pode muito bem meter-se com os
USA, os USA perdem as guerras todas. Até a Coreia do Norte pode enfrentar os
USA. Não me venha com insinuações de que não devo gostar (logo devo ser um
comunista). Claro que a NATO são os USA. Ser membro da NATO significa permitir
aos USA ter posições avançadas fora do seu país. Os USA são o país mais bélico
do planeta e não param de criar instabilidade por todo o lado. Riaz Carmali > Teotonio Bernardo: Vivemos tempos muito
complicados!!! Os EUA, são claramente uma potência em declínio acelerado. E a
história tem mostrado que potências assim, acabam por fazer manobras de
diversão como criar uma guerra em larga escala, para tentar desesperadamente
unir a sua população em torno de uma ideia comum!!! Na minha modesta opinião, é
o que Biden está a fazer, tanto na Rússia como no Extremo Oriente!! A situação
interna nos EUA é caótica!!! Além do que descreveu, temos franjas da sociedade
americana armadas "até aos dentes" que em nada se revêem no governo
federal!! Temos boa parte do Partido Republicano a "pensar" que Trump
foi quem ganhou as eleições!! As infraestruturas americanas estão envelhecidas!!!
E depois há a questão da secessão da Califórnia que sozinha seria a 7a maior
economia mundial!!!! Já um terço da população daquele estado quer separar-se da
União..... Se me permite, faço minhas as suas palavras concluindo apenas que
"não sei no que vai dar"..... Com os melhores cumprimentos Riaz Carmali >Teotonio Bernardo: De facto!!! Pensa-se que os
russos já têm uma presença na Venezuela!! O quão significativa é, pessoalmente
não sei!! A NATO está obsoleta na medida em que é apenas uma forma do Tio Sam
projetar o seu poder militar pelo Mundo!! Daí eu ser favorável a que a União
Europeia tenha a sua própria aliança militar e uma política externa comum!!!! Quando
os EUA decidiram invadir o Iraque em 2003, a Alemanha e França souberam
"dar um murro na mesa" ao não participarem nessa invasão!!!! Hoje,
França e Alemanha, parecem ter perdido o alento...... Fernando Fernandes >
Riaz Carmali: A Europa pode e deve ter um exército comum. Mas para
que isso aconteça, primeiro temos de ter uma federação que una os países.
Doutro modo será como tem sido até agora, uns a pagar e outros calminhos
esperando que nada aconteça. Mas mesmo com essa federação, com um comando
único, não faltarão dos que dirão que a Alemanha se está a rearmar e a ameaçar
a Rússia e outros fora da NATO. A melhor solução foi desenhada por Trump, mas
ninguém a seguiu. Seria reforçar o investimento na NATO e ter uma entidade
comum como gestor com um chapéu-de-chuva que nos livrasse das ameaças presentes
e futuras. Biden acabou por dizer o mesmo. No entanto os EUA não podem estar em
todas as frentes. O Pacífico tem mais problemas e ali, tem aliados fortes e que
estão disponíveis para se defender (Japão, Coreia, Filipinas, Vietname,
Austrália) e ainda por cima, do outro lado do Pacífico estão os EUA. Penso
que, infelizmente, estamos num momento muito complexo com a Rússia e a China a
armarem-se e, não sendo democracias plenas, com interesses muito díspares e
perigosos. Milhazes viveu muito perto das mentalidade russas e o que escreve devia ser
lido. Miguel Nobre
Leitão > Teotonio Bernardo: A Coreia do Norte nem ganha à Coreia do Sul, quanto mais aos EUA. Nem sabes
o que escreves. PortugueseMan:
...Não quero fomentar o pânico, mas as relações entre
a Rússia, por um lado, e os Estados Unidos, NATO e União Europeia, entraram num
terreno muito perigoso... Ainda na semana passada me mandava ter juízo e agora escreve uma coisa
destas. Comparou a gravidade das duas situações, esta e a do Cazaquistão, e é
tão grave tão grave, que agora nem um parágrafo dedica ao tema... Quer falar de
coisas parolas? comece por este artigo. Você continua sem perceber que o problema
não é uma guerra na Ucrânia. A Ucrânia está a esvair-se a cada dia que passa
sem os russos mexerem um dedo. ...pelos Acordos de Minsk? Aqui há uma
unanimidade quanto ao conteúdo do citado documento, havendo divergências na
sequência da sua realização. Kiev quer reaver primeiro o controlo da fronteira
russo-ucraniana nas regiões separatistas e só depois definir o estatuto desses
territórios, mas os separatistas (leia-se, Putin) defendem o contrário...
Sabe porque é que você nunca foi a fundo sobre o que está escrito neste
tratado? Claro que sabe. E eu também sei. Para poder escrever coisas
destas. Pena o Observador alinhar com este tipo de
"interpretações" e não haver os tais "fact checks" para
verificar certas afirmações colocadas em artigos do Observador. É por causa de
coisas destas que agora estamos onde estamos. bento guerra: Não há guerra nenhuma. Basta
que a NATO nâo actue de modo hostil. A Rússia tem sempre a arma do gás. Acham que
os States iam colocar os seus soldados e material na Ucrânia? Fernando Fernandesbento guerra: A Ucrânia é um grande país enterrado no centro da
Europa. As ameaças são reais e já morreram dezenas de milhares de pessoas no
leste do país. Os interesses russos também se estendem à Geórgia e Polónia. Se
ninguém se opuser e com o apoio que a China dá a todas as ditaduras e crimes de
guerra que acontecem por aí, é bem possível que a passividade não dê bons
resultados. Cisca
Impllit: Muito boa chamada
de atenção , mas em Portual os dias passam-se iguais!!
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